Pra quem leu meus outros contos, vai perceber que em um deles mencionei que fazia faculdade de História, e eu fiz, mas depois descobri que minha paixão é Letras, então no terceiro ano me transferi de curso. E pra quem não sabe, quando se escolhe estudar Letras, precisa também optar por uma língua estrangeira, no meu caso Espanhol. Por isso fui cursar espanhol paralelamente à faculdade, me inscrevi numa escola super conceituada aqui de São Paulo (não vou dizer o nome por motivos óbvios) e foi lá que conheci o Flávio, ele era jovem, 28 anos, branco, cabelos castanhos, barba por fazer (coisa que acho que todo homem deveria ter, nada como uma barba roçando nas costas. Enfim...), um pouco mais alto do que eu, que pra quem não sabe tenho 1.79 de altura.
Ele era bem magro, super estiloso, tinha algumas tatuagens, dois alargadores pequenos nas orelhas, se vestia muito bem e sabia ministrar uma ótima aula mas era extremamente tímido. Nossa turma era pequena, 12 alunos, todos muitos participativos. Nos intervalos de aula, eu sempre comia alguma coisa e depois comprava um café pra acompanhar o cigarro que eu fumava na porta da escola. Já no segundo dia de aula vi que o Flavio também fumava, mas como todo mundo era estranho, e ele muito tímido, durante a primeira semana ele sempre ia pra longe fumar. E durante essa semana, eu já interessada, pesquisei um pouco sobre ele nas redes sociais, vi que ele era solteiro e: viva!!! Era tudo que eu precisava saber.
Comecei a pensar em como puxaria assunto mas não precisei, numa dessas saídas pra fumar ele ficou perto e puxou assunto, alguma coisa sobre como decidi fazer espanhol, engatamos uma conversa animada, perdemos a hora de entrada.
Depois disso as conversas eram diárias, estávamos naquele clima de paquera bem gostoso. Mas era hora de agir, afinal, aquela história já estava açucarada demais.
Percebi que Flávio me olhava mais durante as aulas, consegui o efeito que eu queria. Nos nossos intervalos tão esperados, entre uma palavra e outra eu sempre mexia no cabelo, mordia os lábios enquanto olhava pra sua boca. Num desses intervalos, ele me perguntou se eu teria tempo para um almoço antes do trabalho, fiquei super empolgada, estava chegando onde queria.
Saímos pra almoçar e foi tudo muito tranquilo, o Flávio era muito educado, e consegui deixá-lo bem à vontade. Quando terminamos, eu já estava atrasada para o trabalho, naquela época eu dava aulas numa escola estadual no bairro onde morava e o Flávio me ofereceu uma carona, eu disse que não precisava, pois morava longe e ele perderia um tempão pra ir e voltar, mas ele insistiu me dizendo que a companhia valeria a viagem, e eu topei.
Durante o percurso, que foi de aproximadamente 40 minutos, cruzei as pernas pra que pudesse ficar mais curvada em direção a ele, me atrevi, coloquei uma das mãos sobre sua nuca e fiz carinho o tempo inteiro. Percebi que ele ficou surpreso, mas não me deu sinais de recusa então continuei. Quando chegamos na porta do colégio, e nos despedimos, segurei sua cabeça com as duas mãos e roubei um selinho, daqueles que vc morde o lábio inferior, ele ficou super sem graça. E fui embora.
No dia seguinte o Flávio estava inquieto, não parava um minuto. Na hora do nosso costumeiro intervalo, eu ainda estava na cantina com uma colega quando ele chegou afobado e sentou conosco, como essa colega estava lá ele não falou nada, participou do papo normalmente. Quando saímos pra fumar ele disse que não tirava aquele selinho da cabeça e que queria mais, mas que não poderíamos, pois se alguém do curso descobrisse ele perderia o emprego (Quem leu meu conto anterior deve estar pensando que ouço isso com frequência, e ouço mesmo, talvez porque eu sempre me interesse por caras que são um desafio, e normalmente esse caras estão numa posição de comando sobre mim, de alguma forma. E definitivamente isso me excita muito.), eu concordei, não dei argumentos, apenas concordei. Mas estava decidida, eu o teria.
Naquele mesmo dia, no final da aula, esperei até que todos saíssem pra que eu pudesse falar com ele a sós. Disse que queria que fôssemos amigos porque adorava conversar com ele e adorava mesmo, pedi seu telefone e ele me deu. Quando cheguei em casa mandei uma mensagem (a coisa é recente, aconteceu no meio do ano passado, então já rolava wathsapp), ele me respondeu bem rápido, começamos a conversar e, embora eu já sabia, perguntei sobre namoradas e tal. Ele me disse que estava solteiro a um tempo, meio carente, engatamos uma conversa mais íntima, perguntei sobre sexo, ele me disse como gostava, e cada detalhe me deixava mais interessada. Ele gostava exatamente das mesmas coisas que eu, mordidas, puxões de cabelo, tapas, sussurros. Eu estava tão excitada de imaginar tudo aquilo. Depois de um tempo nos despedimos e eu, na maior cara de pau, mandei um foto minha, do jeito que costumo dormir, só de calcinha...
No dia seguinte no final da aula, ele fez sinal pra que eu esperasse, era um Flávio que eu não conhecia, fechou a porta, me pegou pelo braço e me colocou em cima de sua mesa, de frente pra ele, me beijou com vontade, alisava meu corpo, segurava meus cabelos, que beijo incrível!! Quanto mais ele me tocava mais eu queria que ele tocasse, minha calcinha já estava encharcada e eu senti, pelo volume da calça, que ele também estava muito excitado...
Continua :)
Renata.
