O jornalista e o enfermeiro

Um conto erótico de Guilherme Ludtke
Categoria: Homossexual
Contém 676 palavras
Data: 11/05/2015 08:10:48
Última revisão: 11/05/2015 09:03:50

Essa é a minha história, primeiro conto,espero que gostem

Dedicado ao loiro da minha vida.

Estava deitado com a barriga pra cima, mão esquerda em baixo da cabeça e a mão direita em cima da barriga, pensando nele. Passei aos mãos no rosto e virei para a esquerda ficando de lado na cama,as imagens do seu sorriso desconcertado quando limpei o bigode de espuma que ficou na sua boca dentro da loja da Starbucks na paulista não saia da minha mente, eu realmente estava apaixonado. Tudo indicava que ele seria perfeito, cavalheiro, inteligente, meigo, despojado e masculo, ele tinha jeito de homem, seu olhar era penetrante como o de um animal feroz prestes a te atacar e eu adoraria ser sua presa. Peguei meu celular e o chamei no whats:

"Biel?"

"Oi Luluzinho"

"Para Kkkk" sorri besta

"Vc tem cara de ser tão sapeca quanto ela" respondeu

"Sou um santo" respondi mudando o rumo da conversa

"Vi como vc me olha,'santo'"

"Tá drogado" ironizei

"Posso ser sua droga?"

Congelei. Não sabia o que responder, eu o queria mais que tudo, mas o medo me consumia, inclusive de perder a virgindade.

"Auto lar" me defendi

"Vai dizer que não me quer"

"Não" respondi petulante

Não sei porque eu tomava essa postura sendo que ele era o que eu mais queria nos últimos dias.

"Duvido vc dizer isso olhando em meus olhos"

"Eu digo, repito e confirmo" afirmei

"Chego aí em 15 minutos"

"Como assim?" perguntei sem ter resposta.

Levantei imediatamente com meio sorriso na boca, eram 02:00 da manhã e no outro quarto meu primo dormia profundamente, chequei tudo rapidamente e em um estalo paro no meio da sala.

-O que eu to fazendo?! Quem ele pensa que é para aparecer aqui quando quer, eu não sou puta e ele me deve respeito - brigava comigo mesmo- Ah mas eu o aticei, aí meu Deus eu sou uma meretriz, atacando machos na madrugada, Cláudia do céu, o que eu faço?

Caminhava impaciente de um lado para o outro na sala assustado com a idéia de que um homem viria me provar não sei o que as duas horas da manhã. De repente a campainha toca, corro para o quarto do primo ver se ele havia acordado, ele ainda dormia como pedra, ao passar pela porta me deparei com o espelho, eu estava terrível, samba canção, camisa cinza com os ombros brancos, óculos e meu cabelo enrolado completamente baguncado, e pior, pantufas de sapo. Corri tentando pentear o cabelo e a sirene toca novamente, Pedro se move na cama e mais uma vez sirene, corri do jeito que estava para impedir que a sirene fosse tocada mais uma vez, ao abrir a porta ele estava lá, com flores na mão, moleton e boné para trás. Seu sorriso era lindo. A luz amarela do poste deixava sua pele branca bronzeada, a calça desenhava suas pernas e seu "brinquedo", ele vestia uma camisa fina e branca que contornava seus músculos bem trabalhados, fiquei em transe o admirando.

-Tá frio aqui fora- ele falou rindo, me despertando do transe.

-De-Desculpa- gaguejei

Atravessei a modesta varanda de casa, destranquei o portão baixo e ele entrou, o convidei para entrar e ele por sua vez me seguiu. Entramos, eu não sabia o que fazer e ele disse:

-São suas- estendeu as flores em minha direção- Acho que vc está tão vermelho quanto elas- sorriu debochando de mim.

-Palhaço- protestei caminhando até ele, quando me aproximo ele me puxa com um único braço e ficamos com o rosto colado, ou quase por conta de eu ser centímetros menor que ele, sentia seu corpo no meu e seu perfume agora preenchia meu olfato, meu rosto estava quente de tanta vergonha.

-Agora diz que não me quer- Ele disse com uma voz diferente, não era mais uma voz empolgada e carinhosa como os audios no whats e sim uma voz mansa, sedutora e firme.

Ele colou a sua boca na minha, minha respiração acelerou

- Que porra é essa?- Era Pedro, ele acordou.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Gui Ludtke a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários