e se fosse... parte.03

Um conto erótico de ane de oliveira
Categoria: Homossexual
Contém 1859 palavras
Data: 06/05/2015 13:41:58

Vejo pessoas indo e vindo de todas as partes, indo para algum lugar, cada um com um pensamento distinto, algumas sem tempo outra com tempo de sobra mas o que vejo na verdade é um bando de gente que não tem tempo para nada, nem pra gostar, nem pra sorrir nem pra amar e quando encontro alguém que se pré-dispõe a sentir o mundo ao redor e compartilhar com sua metade, essa pessoa se torna uma pessoa fadada a uma estrada de pedras e lagrimas. E quando desiste as mesmas pessoas que a fizeram chorar, se lamentam por não encontrar uma pessoa que as levem a serio.

“e quando a vida vai e vem. Você procura achar alguém, que um dia possa lhe dizer, quero ficar só com você”A campainha toca freneticamente, Eliane afoita querendo falar com a Dani.

- Eliane quando eu disse que poderia vir em casa quando quisesse eu não especifiquei o horário eu acho, já são seis horas da manha.

-eu tenho que conversar com você cério.

-que foi.

-é sobre o beijo de vocês?

-que, que tem?.

-não brinque com ela, por favor. Se for ter algo com ela que seja serio.

-olha, não te pedi conselho, e acho que você deve ter muito que fazer, e por que tá me perturbando assim, você é uma mulher casada, aja como tal.

-só quero que essa não seja mais uma experiência traumatizante pra ela.

-tá bom, não vou magoa-la.

- hoje vai ter filme na casa delas, e acharia bom você ir também.

- tá ok.

Na chagada da casa delas quem atende a porta é Alexandra, e logo arregala os olhos quando dá de cara com a Dani.

Eliane logo entra sem falar com Alexandra deixando as duas sozinhas na porta.

-oi.

-oi

Elas se olharam e ficaram procurando palavras para dizer uma pra outra.

-quer sentar ali na varanda?

-sim.

Elas olhavam pra cima e pra baixo, Dani esfregava as mãos na coxa espantando o frio e o nervosismo, não aguentou acendeu um cigarro.

-Dani? Quero te dizer algo.

-diga.

-desde o principio que te vi, de quando com você sonhei, desde que nossos olhares se cruzou, eu soube logo que te amava.- nessa hora ela se sentiu a pessoa mais idiota de esta dizendo isso.

Dani sorriu.

- Entendi, o beijo que te dei eu não conseguia mais resistir, e vejo que você esperou todo esse tempo e agora te digo “cheguei”.

Alexandra entendeu mas ficou com os dois pes atrás com medo de reagir aquilo e não for o que a Dani quis dizer.

Dani a beijou e olhando em seus olhos disse as palavras mais lindas que podia encontrar.

-como um beijo, com amor te entrego meu coração, me apaixonei.

Alexandra quase chora, o ar lhe falta, ela esperava tudo menos aquilo.

Dani sorri e se diverte com a reação da sua nova amada.

-desculpa, eu tenho essa mania de surpreender.

Ainda não conseguiu falar nada, só se jogou nos braços de Dani.

Dentro da casa as três estão confabulando sobre a conversa das duas.

-oque vai dar dessa conversa?

-a Dani gosta dela.

-Eliane ninguém consegue ficar “sem” por muito tempo.

-a Alexandra consegue.

-ela não conta, ainda acredita em namoro de antigamente.

-quem sabe a Dani acredita também.

-não creio.

-só sei dizer que se minha irmã sofrer eu mato ela.

-ate parece que ela é uma criancinha.

-ela tem razão, deixa acontecer, não se aprende a cair sem levantar.

-dandara acho que é ao contrario.

-vocês entenderam.

E lá fora.

Elas estão mais a vontade agora que o nervosismo passou a conversa entre elas agora flui normalmente.

Alexandra olha pra para o alto e sorri.

-gosta das estrelas?- Dani pergunta

-são lindas.

- sabe. Os xavantes acreditam que as estrelas são os olhos das pessoas que as contemplam todas as noites, e eles contam que um dia um índio se apaixonou por uma estrela que era a mais linda e diferente, ela piscava, todas as noites ele a admirava e um dia adormeceu e a estrela se transformou em mulher e desceu, o índio ao acordar a viu na sua frente bela e real a enamorou e a estrela teve que voltar, o índio triste perguntou como ele pode ficar junto a ela, e ela o mandou subir em uma palmeira e ela cresceria e o levaria pra junto dela. E todas as noites que se vê uma estrela piscando quer dizer que eles estão felizes juntos.

-que bonito, tem outra, real?

-existem estrelas que possuem densidade tão pequena, que possuem o tamanho do monte Everest, e um ser humano pode carregar com uma só mão.

-que legal você sabe coisas diferentes deve ser muito inteligente.

-que nada, só leio muito.

-como você aceitou assim numa boa a amizade com a atual esposa do seu ex?

- a senti muito sincera, e agora não me vejo sem a amizade dela, mesmo possuindo o mau hábito de querer falar comigo muito cedo.

-ela é muito afoita.

-ela é especial.

-você é especial ao tentar entender ela, outra pessoa no seu lugar ficaria com raiva.

-não sou não, só procuro sentir pelas duas partes mesmo sendo um pouco difícil, a Eliane tornou isso mais fácil pra mim, sem aquela visita dela eu ainda estaria deprimida no meu quarto esperando minhas férias passar.

.

-sacanearam com você.

- isso me perturba muito, não fiz isso. E a Eliane me fez esquecer um pouco essa situação.

Sussurrou baixinho -ou esta se sentindo culpada- mas Dani ouviu.

-como assim?

-nada, só acho estranho a atual ajudar a ex. muito louco.

-é. Mas acontece.

Enquanto na sala de estar, a conversa continua.

-a Dani parece bacana afinal, nunca vi a Alexandra conversar por tanto tempo assim com alguém.

-exigente?

-não, só é um pouco tradicional.

-uma dançarina que sobe no palco com roupas mínimas?

-em compensação o coração vive debaixo de varias camadas, ela sofreu de mais pra se jogar nos braços da primeira pessoa que oferece carinho pra ela.

- a Dani anda carente acho que as duas irão se completar nessa parte.

-acho você benevolente demais, o que você ganha com isso? Paz de espirito?

-tá me julgando mal, só quero ajudar.

Lá fora...

As duas tinham o mesmo desejo, que o tempo pare ali naquele momento.

Alexandra deitada no colo de Dani e ela afagando o cabelo dela, as duas olhando para o céu.

-alexandra?

-oi

-me explica uma coizinha.

-o que é?

- por que menina das pedras?

Ela começou a rir de vergonha e pôs as mãos no rosto, e respirou.

-poxa, eu não sabia seu nome, tinha que ter um jeito de te chamar.

- que estranho.

-desculpa.

-não, não é isso, ate achei fofo, mas o estranho é que estou aqui como se a gente estivesse juntas há anos.

-é, concordo.

O relacionamento dela foi bom, pra melhor em diante, muitas vezes quando Dani saia do trabalho meia noite, ela passava na cada da namorada, esse horário as três ainda estavam acordadas, mas o que era mais engraçado nisso era que a Dani não podia passar da sala,

E dali ela ia pra casa dela ou dormia na sala, e era muito usada como piada por isso, mas nem ligava o importante pra ela é estar com quem ama.

Em uma bela manha Rafaela decidiu falar com a irmã:

-mana?

-diga.

-não acha que é hora de avançar um passo o seu namoro?

-não sei, não pensei não.

-não pensou? Vocês namoram faz oito meses e ela não passa da sala.

Alexandra ficou pensativa.

-tem razão.

Ela pegou uma maça e saiu.

A tarde Eliane foi a casa das primas e sentada no sofá assistindo um filme começou a conversa.

-E ai, e o namoro?

-tá bem, por incrível que pareça.

-por que?

-a mana, não a deixa entrar nem no quarto dela.

-humm, desde quando virou virgem?

Alexandra ficou com raiva e se segurou.

Dani estava próximo a casa da namorada, comprou uma caixa de bombom e seguiu feliz, passou pelo portão e no momento que ia pousar a mão na porta entreaberta ouviu Eliane.

-não acho incrível isso acontecer, o Cláudio me disse que ela era fria pra transar, e foi assim que o conquistei, na cama.

Alexandra não aguentou.

-e fazendo montagens com a foto dela.

O choque percorreu o corpo de Dani.

-olha qui...

- olha você, só ta dando de amiga pra ela por que sabe como ela estava com tudo isso, e sabia que o motivo era por causa da foto e a consiencia pesou, só esta em busca da paz de espirito e to vendo que conseguiu, ela ta comigo.

Eliane se irritou.

- você fala como se não fosse a pessou que fez a montagem pra mim, ou esqueceu.

-nem sabia que era ela, e não sabia que era pra roubar o marido de outra.

O ar faltou nos pulmões de Dani, ele neste momento ela voltava no passado, quando Alexandra disse que se ela procurasse muito encontraria o que não queria, que a Eliane podia estar se sentindo culpada, como isso foi acontecer?

Meu carrasco me visitou.

E quem ajudou me fez apaixonar.

O ódio foi grande, que não conteve e foi porta a dentro.

Elas congelaram ao ver ela ali com um semblante irreconhecível.

- se outra pessoa me falasse, nunca que iria acreditar, vocês duas não prestam- ela jogou a caixa de bombons no chão- e em pensar que me preocupei o máximo em te deixar feliz, e você- apontando pra Eliane- se fez de minha amiga, não quero ver a cara de vocês.

Dani saiu porta a fora, foi pega pelo braço por Alexandro.

-AMOR!

Dani como ódio daquilo tudo olhou bem nos olhos dela, conseguiu falar calmamente.

-nunca mais me chame assim, eu me arrependo tanto de ter te entregado meu coração, de te por em todos os meus pensamentos, de ser capaz de confiar a minha vida a você, e descubro que você participou do meu maior pesadelo. Esse tipo de coisa que me faz desejar ficar pra sempre na minha bolha de solidão, lá eu nunca vou ter novas decepções, nunca vou ter esperanças falsas de um amor perfeito.

-Dani, eu te amo, não vai por favor, eu te amo, eu não sabia.

-que ridículo, me larga!

-por favor, não me deixa eu preciso de você, não sei viver sem você, eu esperei minha vida toda por alguém como você, não faz isso comigo, eu te amo.

Dani chorava, lutava para tirar Alexandra do seu caminho, mas não queria empregar mais força para isso, não queria machuca-la, nem ir embora, mas sua raiva a fazia querer isso a o mesmo tempo.

Pegou ela pelos ombros e disse.

-deixa eu ir embora, vai ser melhor pra mim e pra você, me esquece, fique aqui com sua culpa.

-mas eu não sabia que era você.

-não me interessa.

Girou o corpo e se soltou dela.

Antes de entrar no carro deu o ultimo olhar em direção dela, que estava se joelhos em frente a sua porta, chorando com a testa no chão, repetindo a palavra, “por favor, porvfavor,não vai, eu te amo!”

Continua

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