A Voz do Coração - Parte 10

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1458 palavras
Data: 27/05/2015 21:14:22

Olá meus anjinhos. Como vão vocês? Saudades de conversar com os meus leitores lindos. Gente, estou muito feliz que estejam gostando do conto. Muita coisa boa ainda vai acontecer nesta história... Aguardem. Quem quiser me seguir no instagram: @alexandremasantos ou conversar comigo: ale.daring@gmail.com

Beijos no coração e boa leitura...

*****

Dez minutos depois e a ambulância havia chegado. Gustavo foi socorrido e levado para um hospital particular. Como não sabia onde a Amanda trabalhava, Paulo se responsabilizou em ir junto, para o hospital, enquanto o Luiz seguiu para clínica da prima. Dentro da ambulância, Gustavo abriu os olhos com dificuldade, e não acreditava que estava vendo o Paulo ao lado dele. A única coisa que precisava naquele momento foi segurar a mão dele firme.

Paulo olhava dentro dos olhos dele, e apertava a sua mão, como forma de dize: “Eu estou aqui. Você vai conseguir”! Gustavo conseguiu sorrir pra ele, e apagou. Os paramédicos tiveram que reanimá-lo com um desfibrilador, pois o Gustavo estava tendo uma parada cardíaca. Paulo ficou em choque. A cena era dramática e desesperadora... Vê-lo daquele jeito, o deixou atônito e sem respiração.

- Ele vai ficar bem? – perguntou ele chorando.

- Sim. O seu coração voltou a bater, mas ele precisa de um médico especialista urgente! – disse um dos ajudantes. – O senhor é irmão do paciente?

- Não, eu sou... Um amigo. – ele estava trêmulo e tomou um remédio dentro da ambulância. Enquanto isso, a sua festa de casamento acontecia lá fora, mas no fundo, ele pouco estava se importando com a festa. Estava preocupado com o Gustavo. Com o homem que ele descobriu o amor e aprendeu a amá-lo.

A ambulância chegou ao hospital e Gustavo foi levado às pressas. O Paulo não pôde entrar na sala, e esbravejou, se contentando em esperar na recepção. Logo em seguida, surgiu a Amanda desesperada.

- Cadê? Qual sala esta? – ela chorava apavorada.

- Calma. Ele acabou de entrar na sala. Os médicos disseram que iriam fazer exames complexos e que só mais tarde dariam notícias do estado de saúde dele.

- Eu posso entrar! Eu sou médica! Conheço os médicos deste hospital. – ela foi até a recepção, buscou informações e desapareceu no corredor. O Luiz agradeceu ao Paulo, e pediu para que ele voltasse para festa, e que qualquer informação, ficaria responsável em ligar.

A princípio ele recusou, mas lembrou-se que a Julia merecia uma satisfação, além de todos da festa.

*****

- Por onde esteve? Você me disse que iria socorrer um amigo e demora mais de uma hora? É a sua festa de casamento. São os seus convidados! – ela quase gritou.

- Julia, se acalma. As coisas ocorreram de outro jeito. A vida de um ser humano é muito mais importante do que qualquer festa. Eu faria isso por qualquer um. E afinal, eu estou aqui, não estou? Então vamos parar de discussão e aproveitar.

Ele dizia aquilo, mas a sua cabeça estava voltada para o hospital e como estaria o Gustavo. Conversava com as pessoas meio perdido, com a cabeça desfocada. A Julia, apesar de irritada em pleno dia do casamento, fez cara de paisagem e fingiu estar tudo bem. Dançava com as amigas do trabalho e bebia uns drinks. Uma hora depois, e o Luiz ligou para o Paulo.

- Oi cara! Fiquei aguardando a sua ligação. – tadinho, ele estava trêmulo e com o coração na mão. Escondeu-se em um banheiro, para conseguir ouvir, pois o barulho devido ao som alto, não o deixaria escutar nada.

- A Amanda também é médica e conversou com o médico responsável pelo caso do Gustavo. Pelo que eu soube, ele está com um entupimento em uma das veias que liga ao coração e será submetido a uma cirurgia. É só o que eu sei até agora.

Paulo não quis desabar em lágrimas. Nunca, nunca mesmo, havia ficado daquele jeito por ninguém, nem mesmo por sua atual mulher. Ele secou uma lágrima que insistia em cair e apenas pediu ao Luiz que o mantivesse informado. Voltou para a festa e não via hora de ir para o hotel. Ficou imaginando como se concentraria na sua primeira noite, depois de casado, se a sua cabeça estava em outro lugar...

*****

CINCO HORAS DEPOIS...

- Então Doutor Álvaro? Como foi a cirurgia? – perguntou a Amanda. Sua especialidade era a Neurologia.

- Bem, a princípio ocorreu tudo perfeito. Ele está sedado e só deve acordar amanhã. Mas ficará em observação por uma semana no hospital. Temos que fazer novos exames...

- Ok. Eu vou em casa pegar umas roupas e volto pra cá.

- Eu aconselho a Doutora, ir para casa e descansar. Seu marido está sob ótimos cuidados e com uma equipe de primeira par atendê-lo no que for necessário. Tenta descansar um pouco. E amanhã, vem visitá-lo.

- Tem razão. Estou muito cansada. – o Luiz a levou em casa. Ela poupou a filha de grandes detalhes e apenas disse que o seu pai estava internado, pra fazer exames de praxe.

- Mas ele vai ficar esse tempo todo lá mãe?

- Sim minha querida. É necessário. Mas rapidinho passa e seu pai estará de volta, enchendo esta casa de alegria. Agora vá dormir, porque já está tarde e a senhorita tem aula amanhã cedo.

- Eu queria visitar o meu pai.

- Pode deixar que eu te levo! Agora vai dormir meu amor. – ela deu um beijo na testa da mãe e foi para o quarto. Amanda aproveitou o seu momento sozinha, e desabou no choro. No fundo demonstrou certa preocupação com o marido. Ela sabia que o Gustavo nunca se queixara de dores e sempre foi um homem saudável e cauteloso com a alimentação.

****

- Ei, relaxa! Estou te achando tão tenso. É a nossa primeira noite depois de casados. Você não está feliz? – Julia o cobria de beijos pelo corpo.

- Claro que estou feliz. É que... Sei lá, a gente fica tenso com tudo. Com a festa, com a cerimônia... Quando chega o dia, parece que a preocupação aumenta.

- Mas você deveria está aliviado. Tudo ocorreu como planejamos, com exceção da sua saída durante a festa.

- Vai começar com este assunto? – ele enfezou o rosto.

- Não, hoje não! Mas depois conversaremos sobre isso. Agora você é o meu marido e eu estou louquinha para tê-lo nesta cama.

Ela era ousada, e tirou a roupa dele, o jogando da cama. Em seguida veio por cima, e esfregava sua bunda sobre o membro do Paulo, ao mesmo tempo em que o beijava. Tava na cara que ele iria fazer um esforço para cumprir o seu papel de homem, pois o psicológico dele estava completamente abalado. Não que ele não amasse sua esposa e que a desejasse, mas a sua mente era voltada para o Gustavo. Para o homem que mudou a sua vida completamente.

E assim o fez. Ele honrou o seu papel e deu muito prazer a Julia. Tiveram sua noite especial antes de viajarem para a Europa, numa lua de mel que durariam quinze dias.

O dia seguinte, Amanda passou em sua cínica para deixar algumas ordens a serem seguidas, antes de ir para o Hospital ficar com o marido.

Ao mesmo tempo, Paulo e Julia arrumavam as malas para a viagem, mas antes ele teria que ir a um lugar.

- Eu não acredito que você vai sair! – esbravejou ela.

- Calma, eu já volto. Em uma hora estou de volta. O Nosso vôo ainda é pra daqui cinco horas. Eu preciso resolver um assunto antes de viajar. Não confia em mim? – ele olhou dentro dos olhos dela.

- Claro que confio. Não demora Paulo. Não quero chegar ao aeroporto em cima da hora. Por favor!

É rápido. – é claro que ele iria ao hospital ver o Gustavo antes de viajar. Só de imaginar ficar longe dele seu coração doía. A Amanda ainda não havia chegado, então ele teria tempo de ficar a sós com o Gustavo. Pediu informações na recepção e só pode entrar, depois que o médico liberou sua entrada. Paulo tinha muitos conhecimentos...

Ele tremia muito, e encostou-se ao lado da cama. Gustavo estava sedado e cheio de troço grudado em seu corpo, ligados a vários aparelhos. Paulo alisou os cabelos dele e lhe deu um beijo na boca. Ele precisa fazer aquilo. Seu coração implorava.

- Você é forte! Vai sair dessa. Acredite! – ele apertou sua mão, que a princípio estava gelada, mas que passou a responder aos toques dele. – Você pode me ouvir?

Gustavo apenas disse “sim” com a cabeça, sem conseguir abrir os olhos ainda, devido a tantos remédios tomados.

- Eu quero te dizer uma... – Paulo segurou as lágrimas, mas a emoção foi mais forte do que ele. – Eu te amo meu amor. Eu não tenho vergonha de dizer que eu te amo. Você está aqui dentro de mim. – ele levou a mão do Gustavo até o seu coração.

CONTINUA....

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Comentários

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Que linda a declaração Paulo. Maravilhoso Alê. Bjus.

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Triste e lindo, estou emocionado, continua

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nossa que lindo ainda bem que acabou aqui pois já estou com os olhos marejados aqui.. Muito bom

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Que lindo, cap perfeito, gostei muito, nossa ate emocionou cara

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Wow que susto hein...mas o amor é assim mesmo...quando menos esperamos,nos vemos apaixonados...adorei ....continua por favor....bjs

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