Vizinho safado 1 - Contato

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 678 palavras
Data: 16/04/2015 19:04:59

Conheci Leonardo na escola. Cursamos o ensino médio juntos e apesar dele ter feito parte do meu círculo de amizades mais próximas não éramos de fato amigos. Nós não tínhamos papo fora do grupinho, mesmo sendo vizinhos de quarteirão. Não vou mentir, eu já havia reparado em algo no mínimo suspeito nele. Eu não considerava a hipóteses de ser gay ou bi, mas sabia que eu me excitava por homens, e Leonardo sempre foi gostoso pra caralho, porém não pegava mulher. Uma ou outra, mas nada sério.

Após o ensino médio perdi contato com a maioria dos meus amigos da escola. Cada um seguiu sua vida, e eu estava bem feliz seguindo a minha, calouro na faculdade e tudo mais. A universidade é na mesma cidade em que moro, então continuo na casa dos meus pais, continuei vizinho do Leonardo. Mas não tive a chance de revê-lo na rua, como acontecia de vez em quando, foi no clube que nos reencontramos.

Eu curto jogar futebol com uns primos e às vezes meu tio mais novo. É quase sagrado, quando temos tempo. E num desses dias de ócio resolvemos ir ao clube. Lá pegamos a bola mas já havia uns moleques jogando no campo, um deles era mais velho. Me surpreendi, pois era o Leonardo. Porque conhecia-o, pudemos juntar e jogar normalmente enquanto não chegava o resto do pessoal que reuníamos. Leonardo estava a mesma coisa de sempre, apesar de já ter se passado uns seis meses desde a última vez em que nos vimos.

Jogamos, cansamos, e alguns foram tomar banho lá no clube mesmo. Eu nunca gostei de banheiro público, então ia direto para casa com meus primos. Mas o Leo engatou a conversar comigo, queria saber como eu estava. O clube fica bem perto da nossa casa, por isso disse ao meu tio que ia a pé com o Leonardo. Fomos caminhando, ele contando algumas coisas que não lembro, até que chegamos na rua da casa dele, que fica acima da minha. Ele perguntou uma coisa que na hora eu pensei ser estranha:

— Me passa seu número?

Eu não hesitei, passei o número e ele falou que me mandava mensagem mais tarde para eu anotar o dele. Parecia aqueles encontros casuais em que há a troca de contatos mas que não levam a lugar nenhum. Nem se ele quisesse a gente marcaria uma pelada, não fomos tão amigos na escola. Porém mais tarde eu recebi a tal mensagem.

— Vc n tem whatsapp?

— N — respondi, sem ao menos perguntar quem era. Adicionei o número dele com o nome “Leo”.

Ele não respondeu na hora, achei até que fosse ignorar. Mas algum tempo depois veio:

— Fazendo oq?

Depois dessa pergunta foram horas conversando por mensagem. Eu nunca achei que fosse tão fácil conversar com alguém assim, só mandando mensagem, sem ouvir a voz da pessoa, mas com o Leonardo foi bem fácil. Jantei conversando com ele, avisei que ia tomar banho, voltei para o celular para continuar a conversa e, quando dei por mim, estava deitado, com sono e com o celular na cara digitando. Já passava da meia-noite.

Leo insistiu muito para eu instalar o Whatsapp, mas eu relutei. Até hoje nunca tive esse aplicativo e pretendo ficar desse jeito. Ele queria mandar mensagem de áudio, explicar coisas que estávamos falando. Surgiu tanto assunto que digitar não era mais suficiente. Ele pediu para eu fazer o download do Skype para meu celular então, conversaríamos por vídeo. Então eu percebi que era demais e resolvi ir dormir sem avisá-lo.

Lembro que no dia seguinte tinha umas dez mensagens dele me chamando, perguntando se eu tinha ido dormir. Eu fiquei meio intrigado com suas atitudes, aquilo não estava nada parecido com as amizades que eu tinha. Mas eu resolvi não ligar para essas coisas. Nos dias seguintes eu e Leonardo nos tornamos cada vez mais próximos, ou o máximo que a tecnologia nos permitia. Conversávamos por mensagem durante o dia e à noite por vídeo-chamada. Mas foi um outro aplicativo que acabou nos aproximando de vez. O kik.

Continua...

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