Sol de Verão - Capítulo 02

Um conto erótico de Yego
Categoria: Homossexual
Contém 1126 palavras
Data: 16/04/2015 14:21:12
Última revisão: 16/04/2015 14:43:28

1 ANO ANTES...

Malditos funcionários que inventam de faltar justo hoje que eu tinha um cineminha com o Joabson, eu até ri da reação da bicha quando liguei pra ele desmarcando;

Mentira que a senhora vai me deixar na mão? — Perguntou incrédulo.

Deixar na mão o quê menino? E eu te prometi sexo pra te deixar na mão? — Falei

Claro que não! Se bem que dava pra você pagar um boquete delicioso lá no fundão, eu iria amar. — Zombou

Joabson! — Repreendi.

Mas é sério, amor. Você sabe que ainda quero te comer! Comer esse bundão aí. — Disse com uma voz bem sexy.

Joabson vai se foder! Já mandei você se foder hoje? Enfim, te liguei pra te avisar isso — Disse finalizando.

Menino, vocês são ricos, eu nunca vi um patrão ser garçom. — Disse debochando.

Porque faltaram dois funcionários de uma vez por causa da epidemia de Dengue que tá aqui, então como eu sou uma pessoa boa e sempre ajudo, aliás, não é a primeira vez que ajudo na Sol de Verão. — Disse me achando.

Joabson? — Chamei.

Oi! Ahn? Quem é você? AH, é você Yego, é que eu cochilei com sua bondade. — Debochou.

Ai Joabson, hoje eu tô com preguiça de você, sério! — Disse já sem paciência.

Tá certo bicha pão com ovo! Eu te perdoo, vai lá e LACRA naquela espelunca e que você consiga arranjar um boy magia delicioso lá e consiga tirar esse BV — Joabson falou dando uma gargalhada no final.

Para com isso Joabson, nós já conversamos, já disse que quero tirar meu BV com uma pessoa especial, você sabe disso. E espelunca é a casa onde você mora. — Falei já irritado.

Joabson? — Chamei.

JOABSON? — Gritei

Filha da puta! Ele desligou na minha cara.

Eu e o Joabson sempre éramos assim, quando estamos sozinhos ele virava uma bicha louca, eu chorava de rir com ele SEMPRE de suas palhaçadas. Uma vez nós estávamos numa lanchonete defronte a faculdade que estudávamos, eu estava com uma fome daquelas que não prestava atenção em nada que não fosse aquela coxinha recheada de frango com catupiry, Joabson estava tomando seu suco de laranja quando de repente um ônibus para numa parada que ficava de frente a lanchonete, por acaso nós começamos a olhar as pessoas descendo do coletivo, quando de repente uma senhora bem gorda não viu que faltava um último degrau e desceu livremente caindo que nem pamonha no chão, mas o pior de tudo é sentir algo me molhando num lado do rosto, sim, Joabson cuspiu todo o suco que estava tomando na minha cara.

PUTA QUE PARIU JOABSON! OLHA O QUE VOCÊ FEZ! — Gritei limpando meu rosto com um guardanapo.

HAHAHAHAHAHAHAHAHA — Joabson ria fartamente sem vergonha alguma.

Eu não achei graça nenhuma seu nojento — Continuava limpando

Não, eu vi aquela gorda caindo em câmera lenta feito merda — Ele chorava.

Meu sonho é que a mulher viesse aqui, desse na sua cara e ainda te processava. — Disse irritado.

A coitada da mulher foi levantada por algumas pessoas e até o motorista do coletivo desceu para ajuda-la.

Joabson riu pelo resto do dia.

...

Como eu ainda não havia tirado minha CNH por puro desinteresse, eu cheguei na Sol de Verão de GOL (Grande Ônibus Lotado), assim que coloquei meus dois pés no lugar, eu quase desmaio, a mesma estava LOTADA, mas também pudera, o estabelecimento é um dos mais famosos da cidade, com diversas opções de lanches que ia de Sanduíches naturais até salgados simples, petiscos variados, açaí na tigela, diversos tipos de bebidas, crepes e entre outros, sempre muito bem frequentado se é que vocês entendem.

Ah meu filho, você chegou! — Disse minha mãe já descabelada.

Ué mãe! Não eram dois funcionários que tinham faltado? Só estou vendo o Donatelo. — Estranhei

Não meu filho! Foram três, sendo que Marília fez uma cirurgia no dente e o Marcelo ainda veio, mas sua mãe que estava internada acabou de falecer, então são quatro faltas. — Disse minha mãe com pesar.

Ah! — Lamentei — Que coisa, de uma vez assim, sai pra lá urucubaca. — Joguei a mão para cima.

Vá meu filho, seja bonzinho e me ajude, temos muita gente para ser atendido. — Disse se afastando.

Ué? Cadê o Yago? — Perguntei.

Ele está ali — Disse apontando — Com os amigos dele.

O quê? Como é? O bonito tá ali comendo, bebendo e falando merda com aqueles... Aqueles amigos dele, enquanto o empregado aqui vai se matar de tanto trabalhar? Mais uma pessoa seria ótimo para poder equilibrar, sabia mamãe? — Falei

Meu filho, seu irmão já deve sair para ir para o estágio, você sabe que ele estagia daqui a pouco e de lá ele vai pra faculdade e outra, ele já deu uma mãozinha. — Falou minha mãe com toda paciência.

Ele fez o quê? — Perguntei

Ficou no caixa! — Respondeu.

Ah claro, seria humilhante demais ele servindo os outros. — Debochei.

Para com isso Yego! Você tá fazendo um favor para a sua mãe. — Falou

Tá, tá! — Disse derrotado.

Agora vai lá entregar esses lanches para eles. — Disse me dando uma bandeja.

Ah, eles são de casa, deveria ficar por último para atender os outros. — Reclamei.

Não Yego, vai lá entregar que seu irmão precisa ir para o estágio e os outros para seus respectivos trabalhos e casa também, porque eles estão PAGANDO também. — Disse minha mãe me empurrando.

Não gostava muito dos amigos do Yago, aliás, a mesa estava cheia deles, o meu gêmeo era um garoto muito popular e tinha muitos amigos, ao contrário de mim, eu também tinha, mas ele tem até demais, mas dos amigos dele o que mais eu DETESTO é aquele nojento, imbecil e ridículo do Rodrigo, pense num cara para gostar de me perturbar, ele ama encher meu saco, não perde a oportunidade, mas o que me deixou com mais ódio é ele gritar para os quatro cantos do mundo que eu sou veado, fresco, bicha e etc. Isso me deixa muito chateado, brincadeiras tem limites e até certo ponto me deixa bastante constrangido, eu tento levar na brincadeira, mas tem certos pontos que ele chega a exagerar e o pior de tudo é que ninguém sabe que eu sou Gay, que eu gosto de homens, não sou assumido.

Mas olha quem chegou! — Rodrigo já começou a zombar.

Para Rodrigo! — Repreendeu meu irmão gêmeo.

Virou serviçal agora. — Disse com um sorriso debochado.

Da licença que eu tenho mais o que fazer. — Bufei e saí.

Eu fui até outra mesa recolher os pedidos e olho discretamente a mesa onde meu irmão e seus amigos estavam, até que meus olhos encontram com o do Rodrigo me olhando descaradamente.

Esse cara adora me perseguir, ele deve ter algum amor encubado por mim, só pode. — Disse para mim mesmo.

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