Fingi que estava bem e que não havia acontecido nada. Olli nem desconfiou.
No dia seguinte quis dar algumas roupinhas do Ariel, tinha muitas roupinhas perdidas e que gostaria de dar.
Fiquei sabendo que por alí havia uma instituição de caridade que aceitava qualquer tipo de doação, coloquei todas em sacolas, e coloquei no porta-mala do carro, peguei Ariel e a gente foi.
Chegando lá, tirei Ariel do carro e entrei. Lá havia muitos atendentes...
Havia uma mulher logo na entrada...
Eu: Olá?
Ela: Olá, bom dia.
Eu: Bom dia. Eu tenho roupinha de criança para doar.
Ela: Esse é o seu filho.
Eu: Sim.
Ela pegou ele no braço e brincou bastante... - Está no carro?
Eu: Sim.
Ela chamou alguns homens para me ajudar com as sacolas.
Fui até o carro e as tirei junto a eles.
Chegando lá dentro ela ainda estava com Ariel...
Ela: Quanta coisa!
Me devolveu Ariel.
Eu: Sim, ele cresceu muito, algumas coisas só usou uma vez, são novinhas!
Ela: Venha, você tem que preencher uma fichinha, é só para dizer que doou.
Eu: Ok.
Fomos...
Ela me perguntava algumas coisas e eu respondi enquanto ela preenchia.
Eu: Desculpe mas qual seu nome?
Ela: Como sou boba, nem me apresentei, Joana, me chame de Joaninha.
Eu: Combina com você.
Ela riu...
A gente saiu...
Eu: Nossa, aqui é grande, é sempre cheio assim?
Ela: Por incrível que pareça sim, muitas pessoas vem doar, graças a Deus.
Eu: Vou vir mais vezes.
Ela: Traga alimentos, é o que mais faz falta.
Eu: Vou trazer.
Ela: Quer conhecer mais?
Ela me mostrou as caixas enormes onde as doações ficavam, coloquei Ariel no chão por enquanto, ele já dar passinhos, saiu andando se segurando nas coisas...
Me virei para olha-lo e vejo uma pessoa com ele nos braços. Olivia.
Não é possível, estão me seguindo, só pode. Logo depois seu esposo vem rindo e conversa com ela então brinca um pouco com Ariel.
Eu: Joaninha, você pode ir até aquele casal e pegar Ariel para mim por favor?
Ela: Claro!
Ela foi até eles e pegou Ariel, depois veio até mim.
Eu já ia embora, cheguei no estacionamento, estava de costas e Ariel com a cabecinha por cima do meu ombro.
Olivia: Olha, a gracinha que a gente viu lá dentro!
Suspirei fundo e me virei.
Ela: Tá trabalhando de babá agora? Vi você no supermercado a alguns dias com o bebê.
Ele: E aceitam doentes como ele se aproximar e cuidar de bebês? Que pais desnaturados são esses?
Me virei, não respondi nada, coloquei Ariel na cadeirinha enquanto eles me olhavam, depois entrei no carro e saí.
Cheguei em casa, coloquei Ariel no chão, passei a mão na cabeça e sentei no sofá. Comecei a chorar, olhando para o chão e para minhas mãos com meus braços pousados nos joelhos, quando de repente vejo uma mãosinha pegando meu dedo.
Olho para cima e vejo Ariel. - Papapapa...
Peguei ele no colo e beijei muito. Ele me dava forças.
Marta apareceu: Chorando de novo?
Contei tudo...
Ela: Eles pegaram Ariel?
Eu: Sim.
Ela: E te ofenderam de novo. Não sabiam que estava com o próprio neto no colo.
Eu: Para onde quer que eu vá agora, eles estão, que droga!
Barulho de chave na porta, era o Olli, limpei meu rosto, ele entrou em casa...
Ele: Amor. - Pegou em minha cintura e me beijou.
Olli tem o poder de tirar qualquer tristeza que estou sentindo.
Eu: Te amo.
Ele: Eu sei.
Dei um murro no peitoral dele: Convencido!
Ele: Vamos sair hoje a noite? Nada formal, para uma churrascaria ou pizzaria...
Eu: Claro!
Ele pegou Ariel no colo.
Eu: Hoje de manhã eu fui levar,as roupinhas dele para doar.
Ele: Sim, você me falou que iria fazer.
Eu: Vou doar mais coisas.
Ele brincava fazendo cocegas no Ariel...
Continuei: Alí é tudo muito sério, tinha fotos nas paredes de entregas de doações.
Fomos tomar banho juntos, não preciso dizer o que rolou né?
Nos arrumamos, Marta havia dado banho no Ariel.
Eu: Obrigado Martinha!
Ela: Deixa de besteira, você sabe que eu amo esse menino.
Eu: Quer ir com a gente?
Ela: Eu posso?
Eu olhei para ela com uma cara de besta. - Vai logo se arrumar, se não a gente não espera.
Eu e Olli ficamos namorando no sofá e Ariel brincando...
Com umas meia hora ela apareceu.
Eu: Nossa que gata!
Olli assoviou...
Ela: Parem com isso ou vão levar uns tapas.
A gente foi em uma pizzaria, pegamos a cadeirinha do Ariel para ele não precisar ficar no colo!
Pedimos uma pizza tamanho familia, mas claro que não ia dar, Olli sozinho devorava ela.
Marta: Calma meu filho, não sei como você consegue comer tanto!
Eu: Nem eu Martinha, Deus tem de misericórdia!
Ele: Olha meu tamanho, vocês acham que um pedacinho me satisfaz?
Eu e ela: Não.
Eu e Marta cortávamos pedacinhos pequenos e dávamos a Ariel.
Olli: Vou pedir mais uma.
Saiu...
Marta: Você já viu quem chegou a algum tempo?
Olhei para onde ela estava olhando, eram eles. Meu sangue gelou.
Eu: Isso só pode ser um pesadelo.
Ela: Relaxa, você não está fazendo nada de mal.
Eu: E se eles resolverem falar algo?
Ela: Ai a culpa é deles.
Olli voltou, começamos a conversar novamente, de repente Ariel ficou inquieto na cadeirinha.
Olli: O que foi amor quer andar um pouquinho?
Eu: Não Olli.
Ele: Deixa ele se divertir um pouquinho.
Ele desceu Ariel, tinha outras crianças brincando e ele foi.
Com um tempo Marta me cutuca e aponta, quando olho tá lá, eles mimando Ariel, claro que Olli estava sempre vigiando Ariel e viu a cena.
Ele: Meus pais.
Ariel caiu e começou a chorar. Me levantei imediatamente para pegá-lo.
Chegando lá que era bem em frente a mesa deles, peguei Ariel e vi que tinha arranhado o joelho.
Pai dele: Até aqui você me aparece baitola? Ainda está dando uma de babá? Como que pais aceitam gente deste tipo cuidando de seus filhos?
Olli levantou e veio ao nosso encontro, pronto ele ouviu...
Ele: Babá coisa nenhuma ele está cuidando do nosso filho e exijo respeito!
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Estão gostando?
Beijinhos gente.
