Entre a Razão e o Coração - Parte 5

Um conto erótico de Marujo RJ
Categoria: Homossexual
Contém 1960 palavras
Data: 05/04/2015 19:15:06

Meu coração estava batendo forte novamente. Parecia que eu havia acabado de correr uma maratona. Não esperava rever Alexandre, muito menos que ele fosse o primo da Gisela.

- Espera aí. Vocês se conhecem? – perguntou Gisela.

- Não, não. Não conheço não. Confundi ele com alguém. – disse Alexandre.

- Ah tá! Então Ale, Aquele lá é o Mateus, meu namorado, aquele do lado dele é o Felipe, que é um fofo, mas é gay, aquela é a Mari, a Amanda que namora o Gabriel, que e aquele ali, e essa é a Camilla, minha melhor e mais linda amiga em todo o mundo, o resto do pessoal você conhece mais tarde.

Confesso que eu queria um banho de sangue ali na sala de jantar, queria uma verdadeira carnificina. Primeiro eu mataria o Alexandre, pela forma idiota que ele me tratou dizendo que não me conhecia, segundo a Gisela por estar jogando a Camilla tão descaradamente encima do primo dela, e por ultimo eu me matava por estar com ciúmes de um carinha que eu mal conhecia.

- Então esse é o seu tão maravilhoso primo? – perguntei a Gisela, enfatizando bem a palavra maravilhoso. – Não me parece grande coisa! E quanto ao lance do gay, não é necessário você dizer isso pra todo mundo ao me apresentar. Eu não tenho uma doença a qual você deva orientar as pessoas para não se contaminar, ok? Você não me vê por ai dizendo: “Hey, essa daqui é a minha amiga Gisela, ela é bonitinha, mas não tem cérebro!”. – disse me levantando da mesa.

- Não estou com o humor muito bom! Estou indo para o quarto. Desculpe aí cabeça. – disse para o Mateus.

Na verdade a indiferença do Alexandre me afetou mais do que a forma que a Gisela me apresentou. Coitada, acabou pagando por algo que não tinha culpa alguma.

Decidi que eu precisava de outro banho para esfriar um pouco a cabeça. Fiquei cerca de meia hora no banho, só deixando a água gelada passar pelo meu corpo e me relaxar de toda a tensão.

Ao sair do banheiro, para minha surpresa, Alexandre esta no meu quarto com a mala sobre a cama, tão concentrado procurando algo, que não notou a minha presença.

- O que você está fazendo aqui dentro? – perguntei alto, fazendo com que ele se assustasse.

- Vou ter que dormir aqui. Os outros quartos estão cheios e você está sozinho nesse. – disse Alexandre.

- Nem fodendo! Não vou dividir o quarto contigo! Por que você não vai dormir com a Camilla? A Gisela está doidinha pra juntar vocês dois mesmo. Assim você já facilita as coisas pra ela.

- Cara, qual é a sua? – perguntou Alexandre se aproximando de mim. – Numa hora estamos bem, no meio da praia no maior romance, curtindo um momento agradável, e depois do nada você diz que tem que ir embora e foge, me deixando com cara de bobo, agora quer ficar fazendo cena de ciúmes por que a minha prima quer me juntar com a amiga dela? Serio cara. Qual é a sua?

- Qual é a minha? – perguntei olhando nos seus olhos, e depois para sua boca. – Qual é a minha? – perguntei novamente como tesão já a mil. – Você é a minha! – disse beijando-o.

Alexandre me pegou com força pela cintura com uma das mãos e com a outra segurou a minha cabeça. Eu percorria todo o seu corpo com as minhas mãos. Sentia cada um dos seus fortes músculos sob a palma da minha mão. Agora nada mais importava.

Alexandre me jogou sobre a cama e voltou a me beijar com desejo. Suas mãos grandes agora percorriam todo o meu corpo, me provocando arrepios e arrancando gemidos. Quando ele apertou minha bunda com força, fez com que meu cuzinho piscasse, e pela primeira vez desde que eu havia me assumido gay, eu desejei ser penetrado por outro homem.

Em meio aos beijos fui retirando a camisa dele, que revelou um peitoral moreno e forte. Depois retirei sua bermuda, deixando-o apenas com uma cueca box branca que deixava marcado todo o seu pau.

Não sei quanto tempo ficamos nos beijando até que ouvimos algum batendo na porta do quarto.

- Ale! Anda logo! Já colocou a sunga? As meninas querem ir logo para a praia. – reconheci sendo a voz da Gisela.

Com sorriso no rosto, Alexandre coloca o dedo indicador sobre a boca pedindo para que eu ficasse em silencio, e então fala:

- Já estou indo Gisela. Precisei ir ao banheiro antes de colocar a sunga, mas já estamos descendo, ok?

- O Fe também vai? Ai que bom! Então não demorem hein! – disse Gisela se afastando.

- Eu vou, é? – perguntei com um sorriso bobo no rosto.

- Vai sim. E agora vai se comportar, por que sabe que eu quero você, e não a amiga boba da minha prima, ok?

- Vamos ver. – disse ainda como sorriso no rosto.

- Ohh! Se você se comportar, mais tarde terminamos o que começamos agora. – disse Alexandre com um sorriso safado.

- Tudo bem. – disse dando o braço a torcer. – O que eu não faço por uma boa noite de sexo? – disse rindo enquanto Alexandre jogava o travesseiro na minha direção.

***

- Desculpem a demora. Eu estava convencendo o garotão aqui a ir com a gente. – disse Alexandre apontando para mim. – E acho que vocês melhor do que ninguém sabem como é difícil convencer ele de alguma coisa. Cabeça dura esse moleque. – disse Alexandre passando a mão na minha cabeça e bagunçando meu cabelo.

- Eu sei muito bem o que é isso Alexandre. E como sei... – disse Mateus.

- Ah! Nem tanto, né galera? – disse em tom de brincadeira.

- Então, estamos todos prontos? – perguntou Gisela.

Após todos confirmarem, Gisela diz:

- Ótimo então! Agora vão indo na frente que eu vou falar com o Felipe. É bem rápido, já encontramos vocês na frente da casa.

- Tudo bem, mas não demore Gi. – disse Mateus.

Depois que todos saíram da sala, eu tomei a iniciativa e tratei de pedir desculpas a Gisela.

- Gi, eu queria falar muito falar com vc. Na verdade que queria muito te pedir desculpas por mais cedo. Não queria ter sido tão grosso com você como eu fui. Minha cabeça anda a mil, tem hora que eu simplesmente não sou eu, sabe? As vezes eu...

- Tudo bem Fe. – disse Gisela me interrompendo. – Eu te entendo. E também não fiquei chateada como que você falou. Eu só quis fala com você em particular, por que precisava pedir desculpas também, pela forma que te apresentei ao meu primo. Eu não devia ter falado que você era gay. Não tinha a ver. Eu fui muito idiota com meu comentário. E eu fiquei com medo de que você não fosse mais falar comigo. E tipo, eu gosto muito de você, sabe? Não é só por que você e o Mateus são como irmãos, eu gosto de você por que você e tipo o irmão que eu também não tive, sabe? Você sempre está com a gente, sempre defendendo a gente, não importa se estamos certos ou errados, você sempre esta lá, entende?

- Que isso Gi. Não tem problema não. Relaxa, esta tudo esquecido. Ok? E Antes que você comece o momento novela mexicana, eu também gosto muito de você. – disse enquanto eu dava um abraço nela. – E vamos logo. Antes que nos deixem para trás. – disse pegando ela pela mão e indo em direção a porta de saída.

- Mateus que não se atreva! Eu corto aquela coisa molenga no meio das pernas dele, se ele for sem mim. – disse Gisela simulando aborrecimento.

- Eu sei que você seria capaz disso minha cara. Eu sei... – disse em tom de brincadeira.

***

- Quem vem comigo pra água? Eu estou louquinha para dar um mergulho – disse Gisela.

- Eu vou ficar aqui um pouquinho, aproveito e fico vigiando as coisas. Vocês podem ir se quiserem. – disse para eles.

- Eu fico com o Felipe, e depois nós dois vamos. – disse Alexandre sentando ao meu lado.

Confesso que eu não esparva isso do Alexandre, sabe? Achei que na frente de todos, ele fosse agir da mesma maneira que antes, mas pelo contrario, sentou bem próximo de mim, de forma que nossos joelhos se tocassem.

- Tudo bem então! – disse Gisela. – Vamos meninas!

- Estamos indo então. – disse Mateus me dando um daqueles olhares dele de “eu sei que tem alguma coisa aí, e é bom que mais tarde você me diga”.

Eu apenas confirmei com a cabeça.

- O que é isso Alexandre? – perguntei confuso.

- O que é o que?

- Isso! – disse apontando para nossos joelhos encostados.

- Isso? Sou eu querendo ficar mais perto de você. – disse Alexandre dando um sorriso lindo.

- E se alguém perceber? – perguntei.

- Perceber o que Felipe? Que está rolando algo entre a gente?

- Sim. Mais ou menos isso.

- Cara, eu não me importo com o que vão pensar. Eu quero você. Simples assim. – disse Alexandre me dando um beijo. – E quem não gostar... Bem... Que se foda! – disse sorrindo e em seguida me dando outro beijo.

Graças a Deus nenhum de nossos amigos pareceu perceber o que havia acontecido ali entre a gente, pois quando eles chegaram estavam agindo de forma super normal, com exceção é claro, do Mateus que ainda insistia em ficar olhando pra gente.

- Vocês já podem ir dar um mergulho se quiserem meninos. Nós ficamos aqui. Vamos aproveitar e tomar sol. – disse Mariana.

- Bem, eu vou sim. Você vem Alexandre? – perguntei enquanto fazia levava a mão a bermuda para tira-la.

- Vou sim. Mas por que não vamos de bermuda? É melhor, você não acha? – disse Alexandre.

- Sim, é melhor. – concordei sem entender nada.

Quando nos afastamos dos nossos amigos eu perguntei:

- O que foi isso Alexandre? Por que não fomos de sunga?

- Por que não quero meu namorado se exibindo pra todo mundo. – disse ele com um sorriso bobo no rosto.

Ok, ok. Vocês devem estar se perguntando, “onde está o Felipe de antes?”, “onde está o Felipe que só queria uma foda rápida e nada de romance?”, na verdade nem eu sei. Normalmente depois de ouvir algo assim eu iria tirar a bermuda e ficar de sunga, e faria questão de me exibir ao máximo pra todo mundo, dava uma ajeitada na mala, e pronto, faria o oposto do que o cara havia dito, mas no caso do Alexandre eu não conseguia, eu queria o romance, sabe? Eu queria me sentir amado e protegido por ele, e por isso permaneci de bermuda e apenas balancei a cabeça dizendo:

- Não lembro de ter aceitado namorar com você.

- É por que eu ainda não pedi. Estou esperando a ocasião certa. – disse me dando um sorriso safado. – Quem sabe mais tarde eu não o faça?!

- Idiota. – disse sorrindo e correndo em direção ao mar.

***

- Eu não queria que o dia acabasse. – disse Alexandre ao meu lado na varanda da casa dos avós de Mateus no inicio da noite.

- Nem eu.

- Ah! Vocês estão aqui. – disse Mateus. – Ale, a Gi está te procurando lá na cozinha.

- Obrigado. Eu vou lá ver o que ela quer. Nos falamos depois? – perguntou Alexandre pra mim.

- Claro. Estamos no mesmo quarto, lembra? – disse sorrindo timidamente antes de Alexandre ir encontrar Gisela.

- Tudo bem. Agora me diga quem é você e o que você fez com meu amigo Felipe! – disse Mateus.

- Eu sou eu cabeça. Não tem nada de estranho.

- Sei... E o que está rolando entre vocês dois? – perguntou Mateus.

- Nada... Não esta acontecendo nada entre a gente.

- Tá bom Felipe. Eu te conheço a tempo suficiente pra saber quando você esta ficando com outro cara. Se bem que nunca te vi assim dessa forma...

- Que forma cabeção?

- Assim... Meio apaixonado... Não! Não é possível! Você está apaixonado! – disse Mateus quase gritando.

- Shhhh! Cala a boca porra! Fala baixo caralho! Quer que todo mundo saiba? – perguntei.

- Saiba o que Felipe? – perguntou Gisela

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Comentários

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pena que tá incompleto como sempre aqui

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Obrigado meu caro Bruce W., esse tipo de comentário ajuda muito na hora de escrever. E quanto a. meu amado Felipe, só posso dizer que muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte rsrs

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Seu estilo de certa forma mudou, mas foi para melhor. Quanto a um comentário que vi no outro conto sobre "os prólogos", acredito que se encaixarão na estória à medida que o enredo for se desenvolvendo. Continua. Abraço.

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