Garoto de Ipanema 6

Um conto erótico de Rick
Categoria: Homossexual
Contém 1201 palavras
Data: 26/04/2015 20:42:27
Assuntos: Gay, Homossexual, REAL, Viagem

Olhei pro Kaio e ele estava com um sorriso inocente no rosto, daquele que dá gosto de ver e se tem uma coisa que me chama a atenção é sorriso. Acabei por aceitar o convite dele e saímos andando pela avenida até encontrarmos um MC Donald's.

- Então, como se sente sendo abandonado pelo próprio amigo?

- Ele me paga. Mas a culpa foi minha, eu esqueci o celular e as chaves e também ele estava querendo pegar alguém, não ia atrapalhar a noite dele.

- E você, não pegou ninguém?

- Não. Sou meio travado para essas coisas de pegar e largar na mesma noite.

- Olha, então estou olhando para o último romântico carioca.

- Hahaha não é bem assim, nem carioca sou.

- Mineiro?

- Também não. És ruim de chute hein!?

- Sou bom de taco.

Ele conseguiu me deixar sem graça e ao mesmo tempo me arrancar um riso, aproveitei a situação para dizer que iria fazer nossos pedidos mas ao chegar ao balcão lembrei que estava sem dinheiro e voltei meio que com o rabo entre as pernas pra mesa onde meu mais recente colega já estava rindo.

- Oh tonto, deixa comigo. Te convidei.

- Tá bem.

Ele saiu rindo em direção ao balcão. Ao voltar ele tirou a câmera do pescoço e a pousou na cadeira ao lado dele, assim como a jaqueta, o que me permitiu ver uma tatuagem que escapava pela manga da camiseta. Ele me contou que trabalhava para uma revista e tinha em conjunto com uma amiga um espaço nas edições da revista, ligado à moda e fotografia e soava bem interessante.

- Ainda é um curto espaço mas já é um começo.

- Para alguém recém formado como você, deve ser bom demais.

- Sim, vejo que posso fazer isso pelo resto da vida.

A gente conversava sem parar, os assuntos fluíam com bastante facilidade até eu me tocar do horário.

- Caralho, já tá anoitecendo.

- Você já tem que ir?

- Você não?

- Não pretendia - disse ele botando a mão dele sobre a minha.

- Mas tenho de ir, os meninos podem estar preocupados comigo.

Pura mentira, se o Bruno estive sóbrio seria o único a lembrar da minha existência.

Passei meu número pra ele e prometi que manteria contato. Nos despedimos timidamente e segui andando até um ponto onde pudesse pegar ônibus pra casa.

Cheguei no apê e estavam todos dormindo, até o Bruno que estava dormindo lindamente na sua cama, só o Arthur estava acordado pois abriu a porta pra mim.

- Cara, o Bruno chegou caindo de bêbado aqui mas estava perguntando por ti. Ninguém sabia e ele caiu ali no sofá, o Flávio que levou ele pro quarto.

- Valeu.

- Vocês saíram ontem?

- Sim, e eu estava sem celular.

Arthur fez cara de quem estava pouco se importando e voltou a ver TV.

Eu cheguei a falar pouco com o Kaio durante os outros dias, ele teve que viajar a trabalho até São Paulo (que irônico) e passaria uma temporada por lá. Eu me entrosava um pouco mais com os meninos, o Arthur era mesmo que nada naquela, pouco fazia e falava. Fiquei mais próximo do Flávio também, mas ele tinha umas oscilações de humor que às vezes estressava. Mas que eu sempre estava em sintonia era o Bruno, vivíamos rindo e saindo, ficamos tão próximos que ele chegou a me convidar para passar as férias de julho em sua cidade natal, cidade próxima à Goiânia. Minha ideia inicial era passar esse período todo com a minha família.

- Vamos, vai ser legal.

- Tenho de falar com meus pais, havia dito a eles que passaria o mês todo lá.

- Você vai nas duas últimas semanas.

- Tenho que ver se tenho fundos para tudo isso.

- Estou te convidando, com despesa não se preocupe.

- Nem vem com essa.

- Ahhh, aceita ou não?

Era quase que uma ofensa recusar esse passeio, e meus pais entenderam quando expliquei. Soube pela minha mãe que meu pai comentou que não aprovava muito essa ideia, ainda citou o Ricardo na história.

Chegou dia 02 de julho nós viajamos para Goiás, até no voo nós não parávamos de falar, já era constante sempre ter alguém para se queixar de nossos papos e gargalhadas. Na hora do pouso eu agradeci por ter chegado, não gosto muito de viajar para lugares desconhecidos e ainda mais se tratando de uma família que não tenho nenhuma afinidade.

- Enfim chegamos. Não via a hora. – agradeci.

- Nem eu. – disse ele se levantando mas antes disso deu uma boa apertada na minha coxa. Foi o suficiente para me deixar ainda mais nervoso.

No aeroporto, tinha um rapaz, uma criança e uma senhora o esperando, mais tarde soube que eram seu irmão, sobrinha e mãe (era uma tia que ele adotou como mãe).

- Cadê a vovó? – perguntou o Bruno.

- Ela ficou em casa arrumando o almoço. Ainda mais que teremos um convidado.

- Ah, claro. Mãe, esse é o meu amigo Henrique.

Todos já conhecidos, partimos até o sítio, que por sinal era bastante longe. Como eu me sentia intimidado no meio da família acabei dormindo e só acordei com o motor desligado e o Bruno me despertando.

- Caraca, dormi a viagem toda.

- Teve companhia. – apontou para a sobrinha que ia carregada pelo pai. – Vamos que a vovó está esperando.

A casa era enorme, mesmo de fora dava para notar que havia divisões no terreno, deduzi que o irmão dele com certeza não morava na mesma “casa” que a avó. E ela nos esperava bem em frente a porta de entrada, uma graça. Ela abraçou o neto com um carinho imenso e ele retribuía do mesmo jeito. Quando chegou a minha vez até um beijo no rosto ganhei. Ela disse para o Bruno me ajudar a guardar minhas coisas e ele me guiou até o seu quarto, como ele morou lá antes de ir para o Rio ainda tinha um quarto pra si quando a visitava.

- Aqui tem a minha cama mas se preferir pode dormir no colchão que tem aqui.

Eu já fiz cara feia porque dificilmente consigo dormir em colchão desses de viagem mas não quis fazer desfeita e apenas concordei com a cabeça. Mal deu tempo de desarrumar algumas coisas das malas e a dona Laura já nos chamava para almoçar.

- Vamos logo para a mesa – dizia o Bruno – tens que acostumar a pegar o lugar logo, antes que meus primos cheguem de viagem e isso vire uma zona.

Se eu já não estava muito bem essa notícia me deixou pior, mais gente desconhecida naquela casa me deixaria loucoDesculpem a demora, vida corrida. Sobre o tamanho, ainda estou tentando me acostumar. Sobre descrever mais os personagens, é proposital algumas poucas informações. Com o tempo vocês irão perceber que algumas pessoas não têm tanta importância na história e as que surgem e/ou ganham mais importância irão ser mais bem descritas ao longo dos relatos. Dei um pulinho na história porque não tinha muito o que contar nesse intervalo, enquanto que a partir daqui vai ser uma montanha russa de acontecimentos (olha eu vendendo meu peixe hahaha). Quanto aos e-mails, continue me mandando (lricksena@gmail.com). Adoro ler as perguntas, curiosidades e até mesmo bater um papo com vocês. Não demoro com o novo relato, beijos.

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Comentários

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Sera que rola vc com o Bruno? Aguardando.

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