a atitude é indutiva(3)

Um conto erótico de skosak
Categoria: Homossexual
Contém 1193 palavras
Data: 31/03/2015 13:02:22
Última revisão: 31/03/2015 13:16:02
Assuntos: Gay, Homossexual

Ele acordou assustado e logo me acordou. Ele falou:

---Sem rodeios, eu te quero aqui comigo.

Eu, num sorriso eu disse:

--- Então você tem o que quer.

--- Nem tudo, você por exemplo eu não tenho.

--- Como não, eu to aqui contigo cara!

--- Eu to confuso cara, eu nunca sentia algo desse tipo.

--- Nunca sentiu o que, uma chupada selvagem?-eu disse.

--- Ah, isso sim, mais to falando de nós.

Eu entendia perfeitamente o que ele estava falando. A resposta é óbvio que é não. Só não resta coragem ou maturidade suficiente pra falar na cara dele. Ele queria que eu fosse morar junto com ele. Eu ainda sou uma criança perante a lei, nunca poderia fazer o que ele está pensando. Então eu disse:

--- Cara, eu sinto paixão por você sim. Amor? Eu to aprendendo.

Ele sorriu e falou:

--- Isso eu posso te ensinar.

---Ah cara, você tem que ver o meu lado, né? Essa é a nossa primeira vez, até ontem eramos apenas desconhecidos.

--- Eu to te entendendo, você precisa de tempo, to certo?

--- É, mas talvez você não entenda, essa coisa de fazer o mundo.....acreditar, que nosso amor, não será passageiro.

--- A você eu garanto, não será. Os outros? São os outros – disse, sorrindo.

Eu ainda estava ressabiado. Ele chegou mais perto de mim e ficou enrolando meu cabelo e eu perguntei:

---Por que você tá fazendo isso?

--- É que eu percebi que tu tá meio nervoso, percebi também que você enrola as pontas do cabelo quando isso acontece. Então eu to te ajudando a se expressar.

Minha nossa, que meigo aquilo, ele estava profundamente apaixonado. Pena que eu nem tanto, e tentava esconder isso ao máximo, a situação não deixava acontecer. Acho que ele estranhou o fato de eu não ter sorrido.

---Tu deve tar com os nervos na flor da pele, né?

---To sim.

---Mas você não me ama?

--- Sim.

---Então temos o mundo, em nós dois, meu parçinho.

---Mas você não tá entendendo a real daqui, eu estou refém do seu amor. Posso perder meus pais, posso perder minha família. Posso perder você – disse eu, quase chorando.

Ele me amparou, me abraçando e disse:

---Se você quer assim, podemos ser amigos então […]

---Não, não é isso – sim hehe, bateu um puco de desejo de posse nesse momento. Marquinhos, você é muito mais que um amigo pra mim.

--- Luquinhas, que tal durante 4 meses a gente conviver (como amigos) e nos conhecer mais ainda?

---Ótimo cara. Que alívio.

Dito isso nos levantamos da cama, nos vestimos e fomos até a sacada, que era bem pequena e distante do chão, havia umas tres cadeiras velhas de metal. O sol estava se pondo, num tom alaranjado claro bem forte. Havia algumas estrelas no céu, sabe aquelas estrelas do inicio da noite? Então ele disse:

---Luquinhas, cê tá vendo aquela estrela lá no céu?

---Qual Marquinhos? Tem tantas – eu fui procurando, só que elas estavam meio apagadas, por que ainda não era noite.

---Não essas, meu lerdinho, aquela lá – disse ele, apontando para o enorme sol alaranjado.

Eu abri um sorriso imenso.

---Sim, o Sol, que que tem ela?

---Seu fogo brilha mais que ela.

Sentados, de mãos dadas, as cadeiras estavam tão próximas que o metal enferrujado rangia. Eu disse:

---Eu não vou pegar tétano sentando aqui, né?

---Não, mas você pode pegar algo bem pior, amor.

De repente fomos interrompidos pelo meu celular que tocava lá embaixo, na sala, onde eu o deixei. Eu fui correndo lá buscar. Tinha umas cinquenta chamadas perdidas e umas duzentas mensagens na caixa de entrada.

“Filho... onde você tá?”.

“Filho, me liga logo...”.

“Se forem sequestradores, me liguem por favor... eu pago qualquer valor.”

Eu pensei “vish, deu merda”; então eu respondi:

“Mãe, eu to na casa de uma amigo meu”.

Ela respoondeu:

“Vem pra casa agora!”.

Realmente deu merda. Então ele passou o número do celular dele e eu passei o meu.

---Você não precisa mesmo que eu vá com você até a tua casa e fale com a sua mãe?

Eu disse:

--- Você? Com essa tua cara de bobo apaixonado? Aí sim que eu me entrego.

Rimos nosEu vou estar na academia, me liga se precisar, blz?

---Tá bem, boa noite Marquinhos.

Ao sair da casa dele eu reparei na grama, a grama pelo menos tava cortada, acho que foi ele quem cortou. Cheguei em casa, a minha mãe tava parada na frente da porta, com as mãos na cintura, daí eu pensei “Fudeu muito”.

---Tu tá achando que eu sou palhaça?

Então foi aquela coisa, eu menti que eu fiquei lá com uns amigos meus, ela não acreditou e falou pra outro dia eu trazer eles aqui em casa. Eu achei um saco o sermão, mas fazer o que, né?

---Lucas, você até se esqueceu que hoje é a janta dos bicicleteiros aqui em casa.

Minha família é dona de uma loja de bicicletas. Meu pai iria fazer uma janta com os clientes.

--- É mesmo mãe, espera aí, posso começar ajudando onde?

--- Bem, poderia ter começado comprando os ingredientes, mas estava andando com seus amigos imaginários.

Eu me virei os olhos pro lado e pensei, “Agora vou ter que aguentar mais isso”.

Ela tinha comprado o macarrão, eu fui fazer o Yakisoba, tipo um macarrão com shoio.

Nós fizemos a janta, veio um monte de gente, alguns chegaram de bicicleta mesmo. Tiveram dois carinhas que vieram e trouxeram uma gaita e um violão, tocando musicas paraguaias e sertanejas. Eu curti bastante a festa, mas ela seria perfeita se ele estivesse junto. Não deu noutra, ele apareceu na frente da minha casa, soando a campainha. A minha mãe atendeu. Então ela foi me chamar:

---Parece que é verdade, você tem um amigo mesmo.

Eu fui correndo recebe-lo no portão. Quando eu vi ele me impressionei. Ele tava diferente, vestido calça jeans e uma camisa xadrez. Eu falei:

--- Deu uma repaginada, hein?

--- Pensei que você iria gostar, acertei?

Eu estava de costas para a casa e fiz um sinal de “chiu” pra ele não falar essas coisas. Minha mãe gosta de ficar entre os cômodos escondida, escutando conversas dos outros. Então ele disse:

--- E aí amigo – dando uma piscadela discreta -, vamos sair numa festa hoje?

--- Mas eu já to numa festa.

--- Então só de eu chegar é motivo de festa? - ele riu.

--- Não, a festa estava acontecendo antes de eu chegar.

---Posso participar então, amigão?-rindo.

--- Cara, eu não sei. Entra aí – disse eu, abrindo o portão.

Apresentei meu “amigo” a todos, meu pai ficou feliz por porque eu estava andando com um cara gente boa. Seria uma boa influência pra mim.

Confesso que era bastante coisa pra um dia só. Festa, sexo e drogas. *brincadeira*, drogas não.

Ele me impressionou tocando gaita, na festa. Foi repreendido pelo meu pai:

---Guri, tocas bem mas não tocas musicas boas.

Acho que é por que ele só tocava as melodias dos funk's que ele escutava, na gaita. Meu pai nunca tinha ouvido aqueles funk's, por isso só estranhou do ritmo não parecer sulista.

CONTINUA.....

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Que bom que vocês tem gostado, isso me motiva a escrever mais. "parças" hehehe

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Comentários

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Amei, Amei, Amei, estou amando o conto, apesar de eu achar um pouquinho rápido, mas ta incrível!

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O conto tá perfeito, apaixonante demais. Não demore a postar ok? Beijooooooos!

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