Império – Parte 13 – Parte 2.

Um conto erótico de Sr. Obito
Categoria: Homossexual
Contém 1865 palavras
Data: 20/03/2015 20:21:05

Império – Parte 13 – Acabou aqui? - Parte 2.

* * *

Desço às pressas do carro do Andrew, estou nervoso, mas tento manter a respiração e a ansiedade estável. Não posso vacilar, qualquer vacilo que eu der hoje me custará a vida.

- abre o porta-malas do seu carro. Preciso verificar algo. – peço para o Andrew. – pode ir andando na frente, te encontro no hall.

- não, não vou te deixar sozinho aqui.

- mas eu não estou correndo perigo nenhum. Vai logo! – aumento o tom de voz para que ele comece a caminhar até o hall do prédio e me esperar lá e assim ele faz.

- então, o que você queria vê – pergunta ele me encarando.

- onde fica o apartamento do Miguel? – ele me encara ainda mais confuso. – número, prédio, piso, andar, onde? – pergunto novamente.

- ah sim, saquei qual é a sua. Não precisa me bater com o extintor, amo meu rosto. Piso 13, número 69. Boa sorte! – ele exclama balançando as mãos. – prédio 2. – ele fala como se tivesse lembrando de uma informação faltosa.

Passo por ele e começo a correr, preciso chegar o mais rápido possível ao segundo prédio. Tudo tem que dar certo, até agora tudo está conspirando ao meu favor. Não foi tão difícil assim com o Andrew, espero que não seja tão difícil assim com o Miguel.

Encontro o prédio dois e corro para o hall, sei que vou encontrar o Gustavo lá, preciso pôr a parte dois do meu plano em prática. Com ele não será tão fácil assim, o que ele vai pensar? Que eu estou ficando louco por ter batido em seu rosto? Acho que ele não ficará com tanta raiva assim, mas eu preciso ir sozinho. Não posso envolver mais pessoas nisso.

- Kleber. – ele fala assim que passo pelas portas de vidro. – achei que não viria, cadê o Andrew? – ele pergunta meio desconfiado.

- ele disse que não vinha, então eu concordei. – olho para os lados e percebo que não tem ninguém no local, e que há uma pilastra alta de mármore branco perfeito para eu esconder o corpo do Gustavo até o fim de tudo. – quanto menos gente, melhor. – falo encarando-o. – piso 13. – falo.

Ele se vira e aperta o botão que faz o elevador descer, o encaro, suas costas são linda com os músculos bastante trabalhados e tudo dividido na medida certa. Se eu pudesse, foderia com ele aqui e agora, sem se importar, desistiria de tudo, mas não posso voltar a trás, não posso continuar sendo o fraco que sempre fui. Se aproximo dele e fico ao seu lado, encarando as portas de metais duplas.

O elevador para e as portas se abrem, jogo meu cotovelo para trás e o acerto no rosto do Gustavo fazendo-o cambalear para trás, ele tenta falar algo, porém sou mais rápido e soco seu rosto diretamente fazendo-o cai no chão desacordado. O arrasto pelos dois braços e o levo pra de trás do balcão de mármore, corro para que a porta do elevador não se feche, e consigo entrar. Aperto o botão do número treze e tiro o celular do bolso, aperto no botão de energia e vejo que tenho pouco tempo, no máximo três a quatro minutos para achar o apartamento do Miguel e entrar, abro o aplicativo de gravador e desligo a tela colocando-o no bolso novamente.

Enquanto o elevador sobe para o piso treze meu coração acelera, sinto uma pontada de preocupação e percebo o quão louco estou sendo por não trazer o Gustavo comigo, mas que se foda, não tem como voltar atrás. As portas se abrem e corro pelo corredor, passo pelos números 59 e 60, e começo a correr um pouco mais rápido, finalmente encontro o número 68. Tiro a piercing do bolso direito do bolso do casaco e coloco na fechadura, desta vez abre de primeira e empurro a porta, como o Andrew disse, não tem ninguém no apartamento.

Procuro pelo interruptor de energia e o encontro, ascendo uma única vez para ver onde o sofá fica e o encontro, desligo e vou caminhando de vagar até o sofá. Se sento e respiro fundo, ligo o aplicativo e começo a gravar, coloco o celular no bolso do casaco novamente, ouço risadas vindo do corredor, uma masculina e feminina – são eles, penso.

- a porta está entreaberta. – diz a voz feminina. São eles, reconheço a voz da Clarissa.

- não a deixei a sim quando sair. Estranho. – Miguel fala desta vez. – não importa, vamos comemorar mais um pouco. – diz Miguel empurrando a porta. As luzes se ascendem e ele me encara enquanto beija o pescoço da Clarissa.

- virou heterossexual agora? – falo e os dois me encaram. – pois bem, como eu não recebi o convite dessa comemoração, decidir vim de penetra.

- filho da puta. – Miguel exclama. – então é mesmo verdade o que dizem, não é? Que quando o vazo é ruim, ele não quebra.

- quebrará sim. – diz Clarissa vindo em minha direção com as mãos estiradas como se fosse um animal raivoso.

Ela pula em minha direção e eu me esquivo indo para o outro do sofá, ela é rápida e avança pra cima de mim enquanto tento me levantar e recebo um tapa no rosto, ela sobe em meu colo e tenta me enforca, empurro ela, fazendo-a cair no chão, sentado no sofá levanto a mão e acerto um tapa em seu rosto, ele se apoia nas mãos e me encara com a mesma expressão que na loja: nojo. Ela tenta levantar do chão, mas acerto um chute em seus seios a fazendo cai com as mãos sobre eles, como se estivesse procurando por ar.

Um tapa atinge meu rosto, não forte o suficiente pra me fazer cair, é o Miguel, ele grita e avança pra cima de mim, se levanto e o empurro, jogando no outro sofá, subo em seu colo e percebo que seu pau está duro.

- isso tudo te deixa excitado? – pergunto. – ainda gosta de bater em gays não é mesmo seu viado? – pergunto o irritando.

- morre desgraçado! – ele grita e ouço o disparo de uma arma.

Sinto o impacto atingir meu abdômen, mas não sinto dor, apenas o encaro enquanto ele me encara de volta, seus olhos azuis estão trêmulos, como senão acreditasse no que acabará de fazer. Saio de cima dele e procuro por sangue em minha camisa, não acho, apenas o símbolo da bala em meu casaco, o que houve? Pergunto-me, coloco a mão no bolso e tiro o celular de dentro, a bala está presa nele.

- por isso eu amo Nokia. – digo de forma sarcástica e tento ir pra cima dele. Mas sou arremessado por outro corpo que é o da Clarissa que invade meu campo de visão e me derruba no chão e ouço outro disparo.

Desta vez sei que não pegou em mim, ele errou? Ouço o gritar, e a Clarissa me encara com a boca cheia de sangue pingando de seus lábios, ela sussurra algo como “desgraçado” e me encara. Levanto meu corpo do chão e caminho de costas, vejo o Miguel correr na direção de seu corpo abatido no chão, ele grita mais uma vez o “não”.

- desgraçado, não, não, não era pra ser nela. Seu viado desgraçado! – ele grita me encarado. Sinto como se não tivesse pernas para correr, ou algo assim, fico parado estático no local. Ele corre onde derrubou a arma e a pega do chão, apontando-a pra mim. Sinto meu corpo gela e um arrepio se passar pela minha espinha, é o meu fim. – penso. Ele aperta o gatilho e não ouço nada, apenas o barulho do qual as armas fazem quando não tem mais nenhuma bala.

- eu venci. – falo o encarando. – acabou Miguel, o seu joguinho acabou. O seu, o da Michele, o do William, de todos vocês, inclusive o seu! Seu assassino. – olho procurando algo e acho uma bandeja de prata em cima do centro, corro e a pego, vou até ele e o acerto na cara com tanta força que ele cai no chão com os olhos fechados, topo em seu pescoço e sinto sua pulsação, está vivo.

- coloque as mãos na cabeça ou seremos obrigado a agir com força bruta. – faço o que pedem. – você tem o direito de permanecer calado, tudo que dizer ou fazer será usado contra você no tributal. – ele fala se aproximando e colocando minhas mãos em minhas costas, sinto ele prender as algemas em meu pulso.

- finalmente acabou. – é a única coisa que eu digo e respiro fundo.

* * *

- eu disse que eu derrubaria o seu império. – sussurro no ouvido do William assim que ele passa por mim e continuo caminhando para a saída da delegacia. Olho por cima do ombro e ele me encara, continuo andando e um dos policiais o arrastam para onde quer que seja que colocarão ele.

* * *

Desço do carro e caminho até a porta da minha casa, Andrew vem atrás de mim em seguida e abre a porta. Entro e sento no sofá, coloco as mãos de trás e respiro fundo. Não consigo mesmo acreditar que tudo isso, tudo, toda a dificuldade que eu passaria, acabou, e que todos os meus inimigos estariam presos.

Michele foi condenada a sete anos de prisão, William foi condenado a onze e Miguel foi condenado a trinta e cinco anos de prisão. Todos eles passarão um bom tempo atrás das grades.

- aham. Sim, pode deixar. Aham. Amanhã cedo eu passo ai. – diz Andrew. E em seguida ele desliga o celular, por sorte o chip da operadora não danificou com o tiro, apenas o aparelho, e como ele tinha outro de reserva (pessoas ricas, puft!), colocou o chip no novo. – tenho uma notícia ótima para lhe da.

- notícias ótimas, essas sim são sempre bem-vindas. – falo me apoiando o braço no encosto do sofá o encaro, ele está encostado no balcão da cozinha.

- meu pai receberá alta amanhã.

- meu Deus. – sinto-me como se borboletas estivessem flutuando em meu estomago. Não consigo conter a felicidade e desabo no choro. Ele vem até mim e senta do meu lado, coloca minha cabeça em seu ombro e pede para que eu fique calmo.

O seu celular apita mais uma vez, ele checa a tela e desliga.

- senão se importa, posso dá uma saidinha rápida?

- claro. Você é livre e eu não sou nada seu. – falo.

- é sim. É como um pai pra mim. – ele me abraça. – fica bem. – ele sussurra em meu ouvido.

- vai sair com o... o... Me esqueci o nome.

- Calebe? – ele pergunta e antes que responda ele fala: - não, já pagina rasgada, vou sair com o Gustavo. – antes que eu fale alguma coisa ele se levanta, pega um casaco em cima do outro sofá e sai pela porta.

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Encosto a cabeça nas almofadas e fecho os olhos, finalmente consigo imaginar a minha voltando ao normal, e amanhã estarei com o Cláudio novamente, de volta aos meus braços, a minha cama, e ao meu apetite sexual. Respiro fundo e deixo que o sono chegue.

* * *

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