Neto, o moto-boy que virou a minha cabeça – Parte 13

Um conto erótico de garotodoscontos
Categoria: Homossexual
Contém 2720 palavras
Data: 16/02/2015 10:17:53

Passei a noite pensando na palhaçada que ele fez e fiquei muito aborrecido com ele. Essa noite deveria ter sido ótimas mas ele estragou tudo mais uma vez, tava planejando ver qual era a dele.

Acordei com um mau humor do caralho tanto que nem tomei café direito, nem fome eu tinha na verdade. Quando eu sai, o primo já tinha tirado a moto e estava ali, me esperando com um sorriso muito lindo, o sorriso mais lindo que ele já me deu. Parei um pouco e fiquei contemplando a cena, ele de bermuda marrom, blusa cinza, boné branco, completamente lindo, o mau humor desapareceu e puts, como eu queria beijar aquele cara ali, naquele instante. Ver ele ali me fez pensar em como aquele carinha era importante pra mim e de como ele se tornou uma parte de mim, de chato a príncipe em semanas. Eu estava completamente apaixonado por aquele cara e pensei nisso com uma certeza incrível. Eu acho que já estava amando aquele sujeito, ri comigo mesmo, que situação.

Ele buzinou a moto e eu voltei a mim mesmo, ri sem jeito e fui até ele.

– Você estava dormindo era?

- Não, mas estava vendo um anjo parado numa moto me esperando.

- O que? E quem era esse anjo?

- Hum, a árvores que está atrás de você .

- Palhaço, e de anjo eu não tenho nada.

- Que bom que você entendeu e que bom que você sabe que és um safado, mas um safado pelo qual estou apaixonado.

Ele ficou meio sem jeito mas esboçou um sorriso de quem gostou muito do que ouviu. Pena que estávamos no meio da rua. Subi na moto e fomos indo, eu até pensei em falar para ele sobre o Neto e a noite anterior, mas eu achei melhor resolver tudo e depois falaria para ele, não queria que ele ficasse chateado. No meio do caminho, ele dobre em direção a uma área bem arborizada, fiquei preocupado.

- Desce um pouco aí – Fiquei mais preocupado ainda, mas desci.

- O que foi? Algo com a moto? Pneu furado? – Ele desce da moto, me empurrou para um local com árvores bem próximas e me arrancou um beijo que fiquei sem conseguir respirar.

– Seu doido! O que você está fazendo? E se alguém nos ver aqui? – Confesso que eu curti a surpresa e naquele momento estava pouco me importando com as pessoas. Continuamos nos beijando e eu já estava quase tirando a camisa dele e ele a minha mas pô, ali não!

Olhamos um para a cara do outro e caímos na risada. Voltamos a nos beijar e depois subimos na moto. Chegando ao trabalho, na hora que desci ele diz.

– Minha madrinha me convidou para ir para Altamira. Ela disse que lá eu posso conseguir um bom estágio e até ficar empregado depois de formado.

Aquilo caiu com um raio em minha cabeça. PQP! Não acreditava naquilo que estava acontecendo. Putz, que situação! Mas ao mesmo tempo eu tinha que tentar entender o lado dele.

- Hum… Bacana. Seria bacana mesmo, mas e a faculdade? – Perguntei esperançoso que ele fosse cair na real.

– Tem um polo de minha faculdade lá e que oferece meu curso. Rapidamente eu conseguiria a transferência.

Pqp! Não acreditava que isso estava acontecendo, fiquei sem chão, mas tinha que dar uma de durão e que estava entendendo o lado dele, mas, tinha que perguntar.

- Mas… assim… Você vai? – Muito medo de ouvir a resposta.

– Não… achei melhor não, não agora. Quem sabe mais para frente, ela vai ficar por aqui uma semana e disse que se eu mudasse de ideia, era só avisar.

Não pude esconder um sorriso. Não queria demonstrar que fiquei feliz com o que ele disse, mas não consegui.

- Não vou dizer que fiquei triste!

- Palhaço!

- E qual o motivo de você não ir? Uma boa oportunidade como essa não se pode perder.

- Não vou porque to afim de alguém e eu to amando essa pessoa. Não posso ir embora – Olhei para ele bem sério.

– E quem é essa pessoa? – Como se eu não soubesse ou achava que sabia.

- Eu te amo cara. Te amo!

- Voltei a ficar sem chão. Meu primo gostoso dizendo que me ama? Como pode isso?

Poderia cair matando naquele cara, mas bem ali na frente do meu trabalho não podia né? Mas era impressionante o quanto aquele carinha estava me fascinando. Queria a cada dia mais e mais aquele primo e ia me virar para que ele ficasse comigo.

Nos despedimos e ele se foi, entrei em minha sala e tinha uma pilha de documentos e fichas para colocar em dia mas entre 10 fichas e 10 documentos eu pensava nele e no Neto. Ele tinha que parar com aqueles lances, poderia prejudicar minha relação com o Henrique eu eu não queria. E foi só pensar no primo que uma mensagem me chega no telefone: “Te quero!”…Porra, ele queria acabar comigo mesmo.

Na hora do almoço o Neto manda uma mensagem a qual li mais por obrigação. Nela ele dizia, entre outras coisas, que me amava e tinha muita saudade da gente, me pedia desculpas pela maneira como estava agindo, mas que não sabia o que fazer, que estava ficando maluco porque não conseguia viver sem mim e estava muito apaixonado por mim e que me queria mas só precisava que eu entendesse o lado dele… Ainda me pedia para voltar para ele, que me desejava todas as noites e que lamentava muito as coisas que tinham acontecido.

Fiquei um tanto impressionado com as palavras dele. Li mais umas duas vezes a mensagem para ter certeza que era ele. Pensei que eu poderia aproveitar esse momento para resolver logo aquilo tudo e no dia seguinte eu estaria de folga na parte da tarde, poderia aproveitar para marcar com ele e colocar a verdade na mesa. Poderia marcar em casa, já que ficaria sozinho e o Henrique ia está no estágio e não teria problemas dos dois se estranharem de novo. Em casa seria bom porque eu estaria em minha casa e ele não poderia se fazer de doido e tentar alguma coisa, então fiquei ali pensando naquilo, eu poderia tentar só estava preocupado com a reação que ele teria quando eu dissesse que eu não o queria mais, porém, tinha que resolver logo aquilo tudo.

Mandei a mensagem: “Oi. Tudo bom? Preciso muito falar com você . Vai lá em casa comigo amanhã, por volta das 13 horas. Você pode? Te espero lá”. Enviei e depois até bateu certo arrependimento, não saber se você tomou a decisão certa é cruel, mas já tinha feito. Só o que me restava agora era esperar a resposta.

Uns minutos depois ele responde: “Pô cara… Muito feliz com sua mensagem, você nem imagina o quanto. Posso ir sim, pode aguardar que estarei lá.”

Não sei se eu ficava animado com aquilo tudo ou triste, mas, como eu disse, já estava feito. Agora eu tinha que articular tudo para que o plano não falhasse, ele iria em casa, conversaríamos e diria o que eu tinha a dizer. Ele responderia alguma coisa, mas não daria muito tempo para ele dizer nada mais e teria que ir embora, pronto, tudo resolvido. Eu não ia contar nada pro Henrique por não ia ajudar em nada.

Voltei para o trabalho com aquilo em mente, mas não podia ficar me batendo muito com aquilo. O primo foi me buscar e combinamos de ir comer algo num restaurante ali perto pois seria bom pra mim. Fui tomar banho e fiquei olhando a cueca do Neto. Fiquei lembrando de nossos momentos, como foram bons. Tomei banho, me vesti, o primo apareceu e saímos. Eu estava tentando não transparecer, mas estava nervoso pacas.

- Você está bem Mateus?

- Hum? O que?

- Você está bem? Parece tão distante?

– Nada não – tentei mudar a fisionomia – Estou bem sim, apenas cansado. Problemas no trabalho, essas coisas.

- Ah sim. Se você quiser eu te levo…

- Não! Não precisa. Ficar aqui vai me fazer bem. – Sussurrei a ele – E com você aqui comigo, estou bem melhor.

Meu telefone vibra. Uma nova mensagem do Neto, PQP! Dizia “Até amanhã, meu lindo!”, quase deixo o telefone cair.

– O que foi? Algum problema?

- Hum? Não, não. O povo do trabalho falando sobre a bronca que tivemos hoje, esse povo é foda.

- Hum… Você não está bem.

- É. Realmente não estou. Preciso mesmo é relaxar.

- To percebendo. Você quer ir para um lugar melhor?

- Hum… Sim. Vamos para a praça? Aquela daquele dia?

- Hum… Tem certeza? Pode ter gente lá!

- Sem problema, preciso respirar.

Pagamos a conta e lá fomos nós. Chegando lá, fomos para o Coreto onde nos beijamos, deitei-me no chão e ele ao eu lado… Ficamos olhando para o Céu e conversando besteiras por um bom tempo que até squeci de mim. Depois de umas horas, a praça estava vazia e ele veio para cima de mim me beijando, foi tão bom, eu fiquei nas nuvens.

Fomos embora por volta de 1 hora da manhã. Despedimo-nos e entrei em casa, fiquei ali pensando no dia de amanhã. Estava aflito, deveria ficar assim? Fiquei ali, deitado, tentando lembrar dos passos de como tudo deveria acontecer e acabei dormindo. Sonhei um monte de besteiras e acordei cedo, rolando na cama. Fui tomar banho e nem tomei café direito. Ele veio me buscar e eu confesso que fui meio frio com ele nesta manhã, não deveria ter feito isso. Desci da moto, olhei para ele e dei um sorrio meio murcho, com minha consciência que pesava uma tonelada. Porque eu me sentia assim?

- Você sabe que eu tenho estágio hoje né? Como você vai voltar? – Fiquei ali pensando. O que eu deveria falar?

– Dou um jeito. Acho até que posso sair mais cedo hoje e peço para alguém ir me deixar.

- Tudo bem então, mais tarde conversamos.

- Ok. Bom estágio.

- Valeu. Bom trabalho.

Não consegui trabalhar nada, nada. Na hora do almoço eu fui pra casa. Comi uma besteira para não ficar com o estômago vazio e esperei. Na hora ele chega, engulo em seco e vou abrir a porta.

- Tudo bom?

- Tudo cara. Vai ficar melhor agora. – Ele entrou. Fechei a porta e ele foi logo me agarrando.

– Epa! Peraí cara! Vamos conversar primeiro!

- Mas, conversar o que cara? Não temos o que conversar. Você me chamou e eu estou aqui, o que mais?

- Sobre eu e você!

- Ele me solta e fica me olhando.

- O que? Como assim?

- Isso mesmo, nossa situação. Não estamos mais juntos e nem tem como ficarmos mais.

- O que? Não entendi. O que você quer dizer com isso?

- Você já deve ter entendido, você fez uma escolha e agora eu fiz a minha. Não tem como ficarmos juntos, não tem como ser. Então acho melhor você continuar com a Patrícia e só com ela porque eu vou ficar na minha. Ele ficou aborrecido com minhas palavras, muito aborrecido. Começou a andar de um lado para o outro.

- Você quer dizer ficar com aquele sujeito lá do seu primo, não é isso? Aquele porra lá?

- Ei cara. Isso não é mais com você e não tenho porque te falar nada, ele tem nome.

- Eu lá quero saber se aquele imundo lá tem nome, cara. Quero saber de você, de mim e de você, de nós dois – Me segurou.

- Eu te amo cara, você não entendeu? Eu te quero, entende? E pra mim isso é o que basta – Ficou andando pela sala.

– Aquele carinha lá, teu primo, o que ele tem de bom? O que ele pode te dar? Nada! Um merdinha sem noção e imoral, fudido da porra.

- Cara, deixa de falar dele. Estamos falando de nós dois, não coloque o nome dele na conversa.

- Isso cara – volta a me segurar – apenas nós dois. Porque colocar outro sujeito no meio? Apenas eu e você, nós dois, te amo cara e sinto sua falta – começa a chorar e senta no sofá – Você não entende? Sou maluco por você, doido por você e não sei o que faço sem ti.

Putz, ver aquele cara ali, chorando, acabou comigo. Esta me sentindo culpado, mas eu não podia desistir. Fui ate ele e passei a mão na sua cabeça.

– Vê se me entende cara, você fez uma escolha. Como eu poderia ficar nisso tudo? – Ele levanta a cabeça e me olha.

- Eu ficaria com ela, para o pessoal saber que eu não sou gay e ficaria com você também, entende? Ela não representaria nada pra mim, só você – Aquilo me deixou furioso e não me segurei.

- Você tem noção do que está me dizendo cara? Você está em si? Que sacanagem seria essa? Comigo e com ela? Desse jeito? Você tem noção do que está falando? Você tem noção da situação? Eu não me colocaria numa situação dessa de jeito nenhum! Não faria isso com… com ela! E muito menos comigo. Me prestar a um papel desses? Eu jamais faria isso! Jamais! Nem por você e nem por ninguém cara!

Ele se levanta e começa a berrar:

- E o que você queria que eu fizesse? Que largasse ela e ficasse com você para todo mundo sair por aí me chamando de gay? Como eu ia ficar?

- Já te disse que não seria assim! Te disse que seria diferente?

- Ah sim , sim. Ficaria com você e tal, só com você e mais ninguém. Aí a galera ia começar a avacalhar comigo, me chamar de parado, correnteza de poço, viadinho, eu não poderia ficar com ninguém porque você não ia deixar! Você no bem bom e eu me fudendo com os outros, assim que você diz que me ama?

PQP! Gota d’água essa, me mordi mais ainda.

- Não acredito no que você está dizendo! Você tem noção do que fala? VOCÊ tem noção de que deveria falar essas coisas pra mim? Logo pra mim? Nunca pedi para você se assumir se nem mesmo eu sou e nem quero assumir nada. Sempre te disse que seria um lance nosso e só nosso. Quanto aos seus amigos, bem, você é adulto não é? Você precisa dar satisfação de sua vida a eles? Acho que faço a coisa certa em respeitar a sua escolha e fazer a minha.

- Ficar com aquele teu priminho viadinho lá não é escolha e não é a escolha certa!

- Ah, então quem seria a escolha certa? Você ?

- Eu sim! Eu! Me entreguei a você ! O que tivemos foi show! Você não lembra? O que acha que aquele viadinho lá vai fazer por você ?

Fui irônico com ele: Não sei. Não temos nada e nem sei se teremos, mas com certeza se tivermos alguma coisa ele não vai ficar comigo e com outra ao mesmo tempo.

Ele ficou com raiva e tentou falar alguma coisa, mas começou a chorar feito uma criança e logo em seguida se levanta.

- Eu sou louco por você e eu te amo cara, fica comigo vai. Larga aquele mané lá e fica comigo.

- Não tem como cara, você já escolheu e agora sou eu, eu tenho esse direito.

- Ele não vai fazer nada com você. Ele não vai te dar o que você merece, só eu posso te amar como você gosta. Só eu gosto o tanto que você merece e precisa.

- Não, você está errado. Do seu jeito, ninguém em sã consciência aceitaria, e ela? Como ficaria?

- Ela não precisaria saber nada! Nada! Ela seria só para disfarçar, ficaria com ela aqui acolá. Daria uns tratos nela e pronto! O lance seria com você, eu e você .

- Ela a tira colo? Não! Desse jeito não! Sinto muito. Acabou! Não da mais! – Ele fica me olhando inerte.

– Eu te amo cara! Eu te amo – Ele fala isso e vem em minha direção, começa a me segurar, me abraça e me beija, tentando me beijar de verdade mas eu tento afastar ele.

Queria esmurrar ele mas não podia, ele fica insistindo e me beija. Mas eu logo fujo do beijo e na direção que eu olho, para a porta, o vejo ali, parado, lindo, sem o sorriso e triste, decepcionado, com cara de frustração com tudo o que está vendo. Parado ali, nos olhando decepcionado. Alguma coisa na mão e continua parado, eu fico se ação.

--

CONTINUA (...)! (Estamos na reta final desse contos, faltam apenas mais dois capítulos para o fim.)

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Comentários

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Verdade, quem é o Alan que tem o cacete reto de cabeça rosa? Também fiquei pensando.

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A propósito, quem é o Alan que tem um cacete reto de cabeça rosa?

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Incrível como as coisas acontecem! Sempre que alguem vê alguma coisa, sempre é a parte mais comprometedora que, sem o cntexto, fica parecendo outra coisa. Espero sinceramente que o Mateus consiga reagir e colocar o Neto para fora da vida dele. Estou apaixonado pelo Henrique. Se Mateus fizer a burrada de ficar com o Neto, manda o Henrique para mim!

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coitado, só viu a cena do beijo :(. Espero que o Mateus não volte com o Neto, apesar do título do conto ser bem sugestivo kkkkkk

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Coitado do Henrique! Não merece isso! Matheus gosta de sofrer mesmo pqp

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Neto filho da Puta! Coitado do Henrique, espero que ele dê a chance do Mateus explicar, ansioso pro final!

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Bom demais. Ansioso pelo próximo e triste que já vai terminar.

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O Mateus tem mais e q levar na cabeça pra deixar de ser trouxa...parece q gosta de ser corno manso... tadinho do Henrique! continua...

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O culpado é ele, quem mandou ser um maria mole com o neto .

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