Primeiro gostaria de agradecer á Alê8, Geomateus, Canadian, kelly24, _hunter, Agatha28, Atheno, B Vic Victorini, M(a)rcelo, Ru/Ruanito, esperança, Monster e a todos os outros pelos comentários.
...vida normal...
...Voltamos pra cidade no final da tarde de domingo e Roberto ligou pra família pra dizer ''que tinha dado tudo certo'', obviamente ele já havia contado pra eles seus planos, então, só quiseram falar comigo pra dar os parabéns pelo aniversário e nos parabenizar pelo casamento. Na segunda feira quando fomos pra academia Daisy e Karine trataram de espalhar a noticia fazendo um pequeno escândalo (no bom sentido, ou seja, dando gritinhos e batendo palmas) com direito á, ''ah meu Deus vocês se casaram?'' confirmamos mostrando as alianças e Roberto tratou de inventar uma mentirinha e às vezes me fazia confirmar alguma coisa. Naquela mesma noite pegamos a câmera e fomos separar as nossas melhores fotos e no dia seguinte fomos passá-las pro papel, obviamente ganhamos olhares nada convencionais dos atendentes do estúdio, pois eram fotos de casamento então tinha fotos da gente se beijando, eu como já estava acostumado a olhares, simplesmente resolvi fazerem aqueles que tinham raiva (que no fundo pra mim não passam de [momento bicha má kkkkkk, sem ofensas] invejosos, mal amados e recalcados ou talvez são casados mais não tem a nossa felicidade e nosso amor ou o marido põe chifre ou a mulher é preguiçosa e não faz nada que preste) ficarem com mais raiva, segurei a mão do Roberto pegamos as fotos e saímos do estúdio de mãos dadas.
Bem o ano de 2014 foi assim: fazendo os (invejosos) preconceituosos nos ''engolirem'', porque nunca partiram para a agressão física e também não falavam nada na nossa cara quando estávamos juntos, apenas nos olhavam feio e isso graças a Deus isso não mata. O engraçado e que quando eu estou sozinho em algum lugar me tratam normalmente como se não soubesse que sou um ''homem casado com outro homem'', nunca entendi o porquê (vai ver eles só tem preconceito com casais gays e não com os gays em si. ''Grande diferença'').
Naquele ano eu também ganhei uma promoção que aumentaria o meu salário, mas teria que ser disponível pra viagens. A promoção seria um cargo de supervisor, eu teria que visitar cinco filiais da loja em outras cidades e consequentemente pernoitar por lá devido á distância, eu claro recusei sem pensar duas vezes, não conseguir imaginar a minha vida viajando cinco dias por semana e ver o meu amor só no fim de semana, isso era (é) uma coisa fora de questão (e claro que ele também não aceitou), portanto conversei com o meu chefe e ele promoveu outra pessoa, que ficou super feliz com o cargo e eu continuei no mesma área.
Nossa família recebeu a notícia no final do ano que iríamos ser ampliados, Renata estava (está) grávida e esse foi um dos quatro motivos da comemoração daquele final de 2014. Pela ordem o primeiro motivo foi o aniversário do Roberto, o segundo motivo foi a formatura de Renata e (terceiro motivo) também a gravidez da própria, e por último a virada de 2014 pra 2015, isso tudo resultou em uma grande algazarra familiar, pra começar banho de ovos no Roberto logo cedo e a noite na hora do tradicional BATISMO quem mais saiu molhado da situação fomos nós, eu, Roberto e Fábio por ser tios, Marcos por ser pai e Silvio por ser avô (Renata escapou por estar grávida e Marcos não deixou que ninguém se aproximasse dela. Isso significava que ele ia ter um cuidado além do normal com ela, o que era uma boa coisa) e com isso aquela se tornou uma das mais divertidas noites em família que nós tivemos.
1 mês e alguns dias depois... Dia atual
Como vocês viram (leram) eu descrevi três anos da minha vida nesses dezesseis capítulos, acho que foi o suficiente pra vocês saberem que a vida às vezes nos presenteia com coisas ruins e outras vezes ele nos recompensa por ter sobrevivido ao sofrimento. Eu era uma pessoa perturbada e com um passado um tanto quanto traumático e então eis que no momento certo surge Roberto, uma pessoa especial que me fez entender o significado do verdadeiro amor entre duas pessoas, infelizmente nem todos que conviviam comigo foram capazes de ver e nem mesmo quiseram ouvir antes de julgar, condenar e me expulsar só porque eu aceitei a minha condição, mas ao passo de que fui expulso também fui aceito dentro da família dele que me fez um de seus membros e meu deu o amor que aqueles de sangue se recusaram a me dar. Com o passar dos anos eu mudei bastante e por isso vou fazer uma segunda apresentação de mim, mesmo vocês já tendo uma pequena ideia.
Meu nome vocês já sabem, moro na mesma cidade só que com endereços diferentes, tenho 25 anos completados mês passado, meu distúrbio continua ativo então tenho cara de ter 19 anos, não sou mais tão pessimista como antes estou mais pra realista kkkk, o meu corpo também não mudou muito eu continuo com 1,75 m o meu peso aumentou para 76 kg e completamente definido, tenho a tatuagem de um anjo guerreiro nas costas e uso cavanhaque, meu status de relacionamento passou de solteiro para casado, o meu marido também não mudou muito na verdade eu acho que ele só mudou a barba ele a usa por fazer agora e consequentemente o deixa mais bonito e safado do que já é seu corpo continua do mesmo jeito de quando o conheci definido, um pouquinho mais bronzeado por causa do trabalho na fazenda e seu peso aumentou mais um quilo apresentações refeitas, como eu disse a nossa vida conjugal e a mais perfeita possível sem brigas, sem crises de ciúmes e muito respeito, compreensão e amor.
E agora pra finalizar esse relato vou deixar um pequeno recado;
Se você já ama e é correspondido seja feliz do modo como acharem melhor, mas se amam e não são correspondidos não deixe que escape, lembre-se a vida é cheia de surpresas e às vezes o impossível pode ser mais possível do que se imagina.
Muito obrigado gente por ler a minha história e se vocês também tem uma história não fiquem com vergonha ou medo de contar, pois ás vezes tudo o que precisamos é saber que sentimentos existem e se outras pessoas sentem, por que nós também não podemos sentir?
ABRAÇOS A TODOS.
DE
Clever A. M. & Roberto.
