Minha nada mole vida..Cap.2

Um conto erótico de AugustoPR
Categoria: Homossexual
Contém 2309 palavras
Data: 02/02/2015 00:28:05

Obrigado pelos comentários.

Continuando...

O Fer nos apresenta:

(EU) – Oi Fer, Boa noite

(FER) – Mãe, este é o Augusto, as apresentações foram ideia ele. Guto, esta é a minha mãe.

(MÃE DO FER) – Então você é o famoso Augusto, de quem meu filho vive falando. Disse me estendendo a mão, apertei sua mão e vi que o Fer estava vermelho (o Fer era bem branquinho e ficava muito vermelho quando estava envergonhado ou bravo).

Uma amiga me chamou uns instantes depois, me despedi deles e fui ver o que acontecia. A apresentação foi na quarta-feira que antecedia o dia das mães, então no outro dia já estávamos de volta a nossa rotina. Encontrei o Fer no início da aula, ele estava muito calado, perguntei se havia acontecido algo mas ele não respondeu. Na hora lembrei, e falei:

(EU) - Você está assim pelo que sua mãe disse?

(FER) – É. Na hora ele ficou vermelho.

(EU) – O que tem? A não ser que você esteja falando mal de mim pra ela.

(FER) – Não. Eu jamais falaria mal de você. Não devemos falar mal de que gostamos.

Se foi uma indireta, confesso que não percebi, sou meio sonso pra isso kkk.

Simplesmente sorri pro Fer e falei pra irmos logo pra sala por que já havia batido o sinal, e se encontrássemos a pedagoga íamos levar aquela bronca. No meio da aula aquela conversa me veio à cabeça, ele disse que não falamos mal, de quem gostamos, kkk deve ser coisa da minha cabeça, somos amigos. Mas por que ele falou isso, E assim passei toda a aula, sai para o intervalo, passei na sala do Fer mas não o encontrei, fui até a cantina comprei um lanche e um suco e resolvi ir para as arquibancadas da quadra, lá é bem sossegado, e poderia ficar em paz com meus pensamentos.

Quando me aproximava dos banheiros atrás da quadra, ouvi uma discussão e como todo curioso fui ver o que era. Levei um grande susto, era o Fer e outro garoto, (depois descobri que seu nome era Diogo, era um novato do primeiro ano). Ele segurou o Fer pelos braços e o empurrava contra a parede, ¬e gritava pro Fer:

(DIOGO) – Se eu souber que você falou alguma coisa da Flavia, eu te parto em dois, viado de merda. Nisso ele empurrou o Fer no chão, ele se levantou, virou-se e saiu dali pelo outro lado. Fiquei pensando o que deveria ter acontecido, o Fer era quieto, calmo, não falava de ninguém e por que aquele moleque tinha ficado tão bravo. No final da aula, fui até a sala do Fer, só tinha ele lá, parecia que estava dormindo, fui até ele, sentei do seu lado e coloquei a mão no seu ombro:

(EU) – Acorda mocinho, sei que você ama esse colégio, mas agora tá na hora de ir kkk. O Fer me olhou, seus olhos estavam bem vermelhos, acho que estava chorando, ele se levantou, pegou sua mochila e saiu sem falar nada. Em casa fiquei pensando, que devia ter reagido, devia ter feito alguma coisa, e jurei pra mim mesmo que ninguém ia machucar o Fer, não sabia o porquê mas tinha que protege-lo, precisava saber que ele estava seguro.

No outro dia, já estava atento caso algo acontecesse, pedi para ir ao banheiro antes do intervalo, e fui pra quadra fiquei nas arquibancadas de modo a ver tudo ao meu redor, mas da área dos banheiros ninguém me ver.

Chegou o Diogo e começou a fumar um cigarro, enquanto falava ao celular, vi o Fer perto da cantina, um garoto chegou do lado dele e segurou ele pelo moletom e o trouxe até onde estava o Diogo, via os dois discutirem mas não ouvia, o garoto e o Diogo o levaram para dentro do vestiário, nisso desci e fui até lá.

(DIOGO)- A Flavia (essa era uma garota que não gostava do Fer, os dois tiveram uma briga no passado e agora namorava com o Diogo e infernizava o Fer), me falou que você só aprende na base da porrada, então você vai começar a apanhar até parar de se meter na vida dos outros.

(FER)- Bem feito aquela galinha ter apanhado, e se cruzar meu caminho vai apanhar de novo. O Fer falou isso bravo e sério encarando o Diogo. O outro garoto segurou o Fer e o Diogo deu um soco na barriga dele, nessa hora eu entrei.

(EU) – Seu fdp, larga o Fer agora, quer brigar, vem brigar comigo, isso é se você for homem para brigar, por que parece que só sabe brigar se seu amigo segurar pra você bater, seu viado. O Diogo veio pra cima de mim, e apanhou bonito kkk, (faço Caratê desde os doze anos, não sou nenhum bonzão de briga, mas sei me virar), enquanto isso o Fer pisou no pé do outro garoto e saiu correndo, quando deu de cara com a pedagoga.

(PEDAGOGA) – O que tá acontecendo aqui? Nisso eu dei um chute nas costelas do Diogo e ela viu. Vão todos pra diretoria agora, onde já se viu ficar brigando na escola.

Esperamos um pouco na secretaria, e fomos os quatro para a sala da diretora, os três começaram a falar ao mesmo tempo e virou aquela bagunça ( a diretora é amiga da minha mãe e me conhece a muito tempo e sabe que só chego a esses estremos quando a coisa é realmente séria). Ela mandou todos ficarem quietos, e me perguntou, o que havia acontecido.

(EU)- resumindo, esse garoto segurava o Fernando, e o Diogo dava socos na barriga dele, pelo que entendi por problemas no colégio anterior, tentei separar mas eles vieram pra cima de mim, e deu no que deu, daí a pedagoga chegou. Ela perguntou ao Fer se havia sido isso mesmo, ele concordou com a cabeça, e ela mandou que nos dois voltássemos pra sala, fomos tomar agua, quando vejo os outros dois saírem com um papel na mão, (eles haviam sido suspensos por briga, três dias) o Diogo olhou pro Fer e falou que isso só estava começando, quando eu voltar eu vou acabar com você, eu parei do lado do Fer e falei:

(EU) – você não é nem louco de encostar no Fer, pro seu bem pirralho é bom que nem comece, ok. Ele veio pra cima de mim, o Fer correu pra trás de mim. Nisso, alguns amigos meus que estavam no corredor, gritaram:

(AMIGOS) – tá tudo certo ai, Guto se quiser damos uns cola, nesse moleque se ele tiver te perturbando. O Diogo só me olhou com cara de raiva e saiu.

Na hora da saída, estava no portão esperando o Fer, ele passou por mim.

(EU)- onde você pensa que vai?

(FER)- oxi, vou pra casa. Nisso eu o convidei para almoçar em casa, mas ele não aceitou.

(EU)- OK. Mas então vou te escoltar até em casa kkk

(FER)- não precisa não

(Eu)- precisa sim, quero ter certeza que o Diogo não vai mexer com você. Fomos em direção a casa do Fer que era um pouco longe.

Durante o caminho olhava por Fer e pensava por que, estava sentindo aquilo, queria ver ele bem, achava que estava gostando dele, me sentia bem, ficava feliz com ele por perto, e sei lá do nada, parei e segurei o Fer pelo braço.

(EU)- Fer, o que está acontecendo, fala comigo?

(FER)- não é nada, me deixa, me larga. Ele se soltou, e nisso eu o puxei e o beijei, não foi bem um beijo foi um selinho, mas senti como se levasse um choque um frio na barriga uma emoção nova, de tocar nos lábios do Fer. Mas ele me empurrou, e a ficha caiu, que merda que eu fiz.

(FER)- ficou louco, por que me beijou?

(EU)- não sei, de verdade não sei, me perdoa. Fiquei pensando, eu o beijei, no meio da rua, na hora me veio uma angustia, e se eu confundi as coisas e se nós somos apenas amigos, não quero perder a amizade dele, não quero ele bravo comigo, logo chegamos a casa dele.

A mãe do Fer estava no portão, depois soube que seu nome era Adriana, devia estar indo pro trabalho, já se passava dá uma da tarde. Quando me viu, me chamou e falou:

(DONA ADRIANA) - O que faz perdidos para esses lados Augusto? Menti, disse que estava indo buscar um trabalho na casa de um amigo, e que resolvi acompanhar o Fer.

(EU)- Fer você vai no contra turno de matemática hoje? Ele não me respondeu, mas sua mãe gritou olhando pra ele, vai sim, Augusto se der passa para ir com ele.

Nos despedimos, fui achar algum lugar para lanchar em quarenta minutos tinha que estar de volta no colégio, comi um salgado, e passei para buscar o Fer, no caminho comprei dois milk shakes, já sabia que ele gostava.

Chamei o Fer e ele logo saiu, todo de preto e de all star, pensei nossa que lindo, depois pensei o que que eu estou pensando, ele é um menino é meu amigo. Entreguei o milk shake pra ele e fomos sem falar uma palavra, resolvi perguntar:

(Eu)- Fer, tudo bem, cara?

(FER)- Vamos parar de conversa fiada e andar logo, não quero chegar atrasado.

Chegamos, mas não estava em clima para a aula, disse que estava com dor de cabeça e o professor me dispensou. Fui pra casa, fiz um lanche, ainda estava com fome, conversei um pouco com minha avó, e fui pro meu quarto, deitei, fiquei perdido em meio aos meus pensamentos, até que dormi, acordei já passavam das nove da noite. Passou o fim de semana, chegou a segunda-feira, passaram os dias. Eu e Fer não nos falávamos, decidi deixa-lo em paz, pensava que havia confundido as coisas e que tinha perdido ele. Chegou então o dia 23 de maio, não aguentava mais, estava abatido, não me sentia bem ia abrir o jogo e explicar o que estava sentindo, se mesmo assim ele não quisesse falar comigo, ao menos saberia que tentei. No final da aula, fiquei nos armários esperando ele, cheguei do seu lado e disse:

(EU)- Fer preciso falar com você.

(FER)- não tenho nada para falar com você. Por favor, me esquece me deixa em paz.

(EU)- não. Eu preciso falar com você, depois desapareço da sua vida, só me dá alguns minutos, preciso esclarecer as coisas, por favor. Enquanto falava, senti meus olhos se encherem de agua, aquela vontade de chorar, não entendia, sempre fui frio, não sou de demonstrar sentimentos, e estava quase chorando ali. Mas ele aceitou disse para irmos pra quadra, mas que tinha que ser rápido por que ele já estava com fome.

Chegamos na quadra, e ficamos um olhando pra cara do outro, uma coisa era eu imaginar tudo o que falaria o que faria, outra era ele ali na minha frente, aqueles olhinhos lindos, me encarando e aquele sorriso maravilhoso. Mas criei coragem e fui falar:

(EU)- Fer por que está me tratando assim, o que está acontecendo?

(FER)- nada, não está acontecendo nada. Nesse momento segurei a mão do Fer.

(EU)- Me perdoa, por ter te beijado, se soubesse que ficaria chateado comigo jamais teria feito isso, me perdoa, não aguento te ver triste, te ver e não conversar com você, não poder estar perto de você.

(FER)- Você não gostou de me beijar?

(EU)- é, que, eu gostei, gostei muito. Falei um pouco envergonhado.

(FER)- é por isso que eu to assim

(EU)-? como assim:

(FER)- Eu também gostei, de te beijar, você é maravilhoso comigo, mas eu mudei de escola por isso, os garotos me chamam de bicha, boiola, viadinho, já até apanhei na outra escola por ser gay, e não quero que isso se repita. Ele começou a chorar. Eu o abracei, abracei forte, como se ele fosse parte de mim, não queria que ele chorasse, que nenhum mal acontecesse a ele. Ele deitou a cabeça na minha perna, e começou a contar tudo o que passou no outro colégio, que seus pais se divorciaram, que sua mãe tinha dois empregos para bancar a casa e o colégio pra ele, a cada coisa que o Fer me contava, mais eu gostava dele, mais ia me apaixonando por aquele garoto incrível. O Fer se levantou, nos entre olhamos e ele falou que gostava de mim, mas que não queria que tudo aquilo se repetisse, eu o falei que jamais ele passaria por aquilo de novo que eu ia cuidar dele, que ele era o meu bebe rsrs. Nessa hora o Fer sorriu, o sorriso mais lindo, e eu o beijei, um beijo de verdade, salgadinho por causa das lágrimas, um beijo calmo, perfeito, com paixão, naquele momento o mundo poderia explodir, que eu não me importaria. Paramos o beijo aos selinhos, o Fer falou que tinha que ir, eu o abracei, e o chamei para almoçar comigo, para passar a tarde em casa. Ele aceitou, pegou meu celular, ligou para sua mãe, que prontamente deixou que ele passasse a tarde em casa e lá fomos. Como morava perto logo já estávamos em casa, apresentei o Fer pra minha avó, que o adorou, ele cativava as pessoas, engraçado, meigo. Fomos almoçar, e depois fomos para o meu quarto, ficamos lá por um tempo eu jogado na cama e o Fer no pc. Convidei ele para darmos uma volta, sair um pouco.

(FER)- Vou adorar, mas só se tiver sorvete.

(EU)- Tudo o que quiser bebe. Ele riu muito, ele falou um moleque desse tamanho sendo chamado de bebe, seu bobo. Fui tomar um banho e o Fer ficou lá no pc... CONTINUA

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