Alexander no País de Oz Capítulo 14

Um conto erótico de ©@M£;)
Categoria: Homossexual
Contém 5328 palavras
Data: 11/02/2015 00:53:41

Capítulo 14

O Vale Bombástico e os Lunugangas

Alec e Tsol, Quatro dias depois conseguiram se arrastar novamente para o casarão. Havia começado uma nevasca no meio do caminho e o veneno da bruxa que continuara no sangue de Tsol havia começado a fazer efeito. Ele começou a gemer a cada passo que dava. Ficou tao debilitado que mal conseguia levantar-se.

Alec foi quem cuidou dele desde então. Alec não esperava gratidão, mas podia senti-la no olhar dele. Tsol, depois de Algumas semanas, vinha tentando se levantar sozinho, mas Alec o proibira de até mesmo fazer movimentos bruscos.

- Argh, Alec!! Eu estou bem! Que droga!!

- Não, não está - Alec mergulhou a colher na tigela e a encheu de sopa de legumes - Agora abra a boca.

Tsol obedeceu. Alec vinha tendo cada vez mais confiança de Tsol. Parecia que finalmente estavam se tornando bons amigos.

- Mas eu já estou melhor! - Tsol disse meio que aborrecido - Isso não é justo.

- Só mais alguns dias, por favor - Alec pediu com um sorriso.

Tsol entortou a cabeça de maneira boba e melodramática.

- Tsol! - ambos sorriram. Alec ofereceu outra colher de sopa, que Tsol nem deixou ser erguida corretamente e já abocanhou - Ei! Calma aí - Ele riu - A sopa no mundo não vai acabar.

- Nem a minha fome - Tsol começou a ficar inquieto - Me dá mais logo!!

- Você não está mastigando direito - Alec deu outra colherada.

- Como é bom... - Tsol mastigou com uma carranca - pronto. Mastiguei o suficiente?

- Hm. Sim. Bom Menino - brincou Alec bagunçando o cabelo dele com a mão esquerda.

- Para com isso Alec - Tsol riu, abaixando a cabeça. Alec parou por um momento analisando o Sorriso de Tsol. Era algo tão... Belo... Puro... Os olhos azuis dele transbordavam uma alegria calma porém contagiante.

-Certo - Alec deu mais algumas colheradas de Sopa para Tsol. Ele olhava para Alec da mesma maneira que o Olhou quando fora salvo da casa da bruxa. Grato, porém preocupado.

- Eu não sei porque essa comida não apodrece - Alec disse curioso, com as lembranças vindo à tona.

-São bênçãos de Oz.

Ele lembrava do que ele lhe dissera ainda.

" Alec " a conversa começou quando eles estavam perto de chegar em casa " Nunca mais se arrisque daquele jeito, por favor ".

" Arriscar? " Alec tentou por uma ênfase de *não foi nada* mas deu a impressão de *morro, mas salvo você * .

Tsol pareceu se sentir culpado.

" Por favor. " Ele se pôs afrente de Alec assim que chegaram perto de casa " Só não se arrisque por mim" ele pôs a mão no ombro re Alec e apertou de leve " não se ponha em perigo por minha causa ".

Alec segurou a mão de Tsol. Ele ficou vermelho quando a mãozinha de Alec foi envolta pela sua.

" Não vou me pôr em perigo " disse ele " e nunca mais fiquei isso. Dá a impressão que você é um fracote, coisa que você não é ".

" Mas... "

" 'Mas' nada! " Alec falou autoritário " me arrisco sim senhor. O maior risco de todos é estarmos aqui. E já que estamos as coisas não podem piorar ".

Tsol e Alec pararam na entrada do Casarão. Alec era tão... Forte. Não uma força física, mas uma força espiritual. Por mais que as coisas complicassem, ainda assim ele continuava em frente. Nunca parava. Nunca desistia. Isso é invejável.

" E mais uma coisa " Alec olhou nos olhos de Tsol. Os olhos castanhos dele destilavam competitividade " Nem eu e nem você vamos morrer enquanto eu não te provar que sou mais forte que você ".

" Ah, tá " Tsol ironizou com um sorriso " Quem sabe nunca ".

Então ele começou a entrar pra casa.

" Se eu provar você vai ter que engolir as suas palavras " Alec garantiu " Você VAI engolir as suas palavras, Garanto ".

" Isso aí, vai na fé, Alec ".

Foi legal o clima desse dia. Alec se perguntou se a amizade real deles nasceu a partir dele.

- Alec!! Aleeeeec!!! - Tsol berrou - ALEC!!!!

Alec retomou os sentidos. Estava sonhando acordado.

- Ah, Oi - ele ainda estava com um olhar distraído.

- Me dá mais sopa, por favor? - Alec pegou uma colherada enorme e levou á boca de Tsol. Ele mastigou avidamente e engoliu - Você só não cozinha melhor que a minha mãe mas ainda assim é um cozinheiro de mão cheia.

- Oh, Obrigado - Alec sorriu remexendo a sopa com a colher.

- No que você tá pensando? Está mais lerdo que o normal.

- Apenas lembranças.

Tsol ergueu uma sobrancelha.

- Lembranças do quê? - ele olhou de maneira investigativa.

- Oras, a curiosidade matou o Gato Sabia? - Disse Alec com um tom de repreensão infantil demais para ser levado a sério.

- Ah, agora que eu fiquei curioso mesmo - Tsol apoiou o cotovelo esquerdo numa almofada e posicionou o queixo sobre o punho - muuuuito curioso.

-Era uma bobagem minha - Alec disse cauteloso.

- Então fala! - Tsol estava com um brilho investigador nos olhos azuis brilhantes.

Droga. Tsol é insistente ao extremo.

- Ou fala por bem... - Tsol olhou como quem adverte - Ou fala por ma... !

Alec enfiou uma colher cheia de sopa na boca dele. Ele sentiu o rosto queimar como brasa. Concerteza estava vermelho de vergonha.

- Aaahhh - Ele tinha que desconversar Tinha que mudar o rumo do assunto, mas o que serviria... O QUÊ?!.

" Por isso odeio situações embaraçosas " Alec imaginou pondo mais uma colher na boca de Tsol quando ele se preparava para falar novamente.

" Porque você não consegue manter o controle da situação " disse Shulåãn sarcástico.

" Oi pra você também, Cëla ".

" Não lhe devo esse tipo de educação ". Disse Shulåãn ignorantemente.

Alec tinha se esquecido da acidez do seu Reflexo. Mas se aderiu a ela facilmente.

" Você andou sumido " Alec falou de forma incisiva " Mas enfim, depois conversamos. Estou com problemas demais por ora".

"Ah, Vai me ignorar, é isso? " Shulåãn resmungou mas Alec estava pensando em uma desculpa para desviar o assunto da conversa " As Vezes você é insuportável ".

Tsol cutucou Alec.

-Anda, fala de uma vez.

- Hãã - " pense rápido pense em algo, pense em algo, pense em aaaalgooo!!" - O que são as bênçãos de Oz?

Tsol fez careta.

- Pensei que fosse algo mais interessante - Ele sorriu remexendo a mão para afastar um formigamento repentino. Tsol fez um resumo básico falando sobre isso. Bênçãos que não permitem que comida alguma apodreça caso você não queira, que não lhe falte água ou comida e as suas feridas e machucados se cicatrizam muito rapidamente naquele mundo. Outra bênção.

- Nossa, legal - mesmo que Alec não quisesse saber antes, até que era bastante interessante essa história de comida que nunca estraga - não importa quanto tempo passe ela continua intacta? - Alec perguntou.

- Podem passar décadas. Nem uma migalha fica velha ou dormida - Tsol disse - ser terráqueo é chato né?

- Cala a boca - Alec riu - e eu NÃO SOU terráqueo!!

- Certo, Certo. Mas ainda é mesmo que não aceite.

Alec estava planejando algo a algum tempo. Antes ele só queria recuperar uma coisa, mas agora que ele sobre sobre essas bênçãos uma coisa estava se formulando em sua mente.

- Tsol, eu queria te pe... - Tsol parou de coçar o braço disfarçadamente e se alarmou pensando ter sido descoberto e ele havia acertado - Tsol!! Não coce o seu braço ferido!! Teimoso.

- Mas é insuportável!! - Ele birrou.

- Não toque seu braço direito. Ele está cicatrizando. Realmente coça, mas você tem que se aguentar! Minha perna coça, mas eu nem toco nela.

Tsol olhou de soslaio

- Eu vi você coçando a perna com um garfo nessa noite.

Alec ficou rubro de vergonha.

- Ahh tá esquece - ele coçou o pescoço - eu queria lhe pedir uma coisa.

- O que seria?

- Bem, respire fundo e pegue seu saco de pipoca porque lá vem história. - Alec se preparou para falar mas Tsol perguntou com um olhar confuso.

- O que é Pipoca? - Ele fez um olhar estilo " '-' " .

- Apenas fique quieto enquanto eu falo, Droga!! - Alec resmungou.

Tsol sorriu da cara de Alec mas ficou quieto, enquanto ouvia atentamente o que ele dizia

♣♦♠♥♣♦♠♥ ♣♦♠♥♣♦♠♥♣♦♠♥♣♦♠♥ ♣♦♠♥♣♦♠♥

Valete estava assistindo o torneio em seus aposentos. Alguém bateu em sua porta e pôs a cabeça para dentro, abrindo a porta levemente.

- Valete? - era Às - Você está melhor?

Valete expulsou o Olho de Balrog e olhou Fixamente para ele. Um sorriso surgiu em seu rosto. Um sorriso que só Às sabia causar.

-Às, entre . Você não têm que me pedir nada.

Às entrou meio vergonhoso. Ele já estava em trajes íntimos . Valete ainda estava com um hematoma roxo no queixo e arranhões.

- Estou melhor, Claro.

-Me desculpe por não vir antes. Estive ocupado durante todo o dia - disse Às. O Príncipe vinha dando cada vez mais trabalho. Ele estava ficando obstinado com Alec. Não saía nem um minuto da sala de Controle e estava sempre observando Alec com um olhar voraz.

- Tudo bem. Aquele bastardo gosta de te explorar, esse ...- Valete começou a falar mas Às tapou a sua boca...

- Não diga esse tipo de coisa em voz alta!! Às resmungou. Alguém pode ouvir!

- Quem? - Valete puxou o braço de Às - Nossos irmãos que se fazem de surdos?

- Velette - ele beijou Às.

- Fique tranquilo. Até o Príncipe sabe que eu o temo, mas não tenho respeito nenhum por ele.

O Olho de Balrog observou tudo, então voou vagarosamente para fora dali.

•♪•♪•♪ •♪•♪•♪ •♪•♪•♪ •♪•♪•♪ •♪•♪•♪ •♪•♪•♪ •♪•♪•♪

- Então você quer recuperar aquelas mochilas? - Tsol olhou bem para os olhos de Alec para constatar que ele realmente falava sério.

- Sim - Alec falou seriamente num tom de teimosia.

Tsol olhou para os olhos de Alec com receio. Ele apertou a beira do lençol.

- Alec - ele ergueu o olhar. Ele respirou fundo - você promete que vai se cuidar?

Alec estranhou. Ele esperava um "NÃO" ou "Você não vai nem morto!!" mas ele não podia acreditar que ele só havia dito aquilo.

- O que Você...

-PROMETA, ALEC - Tsol impôs, elevando o tom de voz - Prometa que não vai morrer. E que não vai se machucar.

- Tsol - Alec estava cada vez mais confuso.

-Prometa!! - Tsol mandou com o rosto vermelho como um tomate - Se você prometer isso eu te deixo ir.

- Porque você quer que eu prometa isso? - Perguntou Alec, com o rosto no mesmo estado que o De Tsol - Por quê?

Tsol fechou os olhos.

- Tsol.... !

- Cala a boca! - Tsol gritou. Ele tentou olhar nos olhos castanhos de Alec mas não conseguiu. Seu rosto só ardeu de vergonha ainda dizer- eu só... - as palavras entalaram em sua garganta - quero proteger Você. Não quero que nada de ruim aconteça com você.

Alec sentiu seu Rosto queimar tanto que parecia que o seu rosto estava em chamas. Ele olhou para Tsol. Por mais embaraçoso que fosse, ele sentia o mesmo. Ele queria poder proteger Tsol não importava o que acontecesse.

- Tsol... - o coração de Alec palpitou - obrigado, eu... estou tão embaraçado com isso que você disse... Muito obrigado, eu não sei o que dizer...

- Diga que promete - disse Tsol - promete que vai se cuidar. E que vai voltar vivo para cá - Ele pôs a mão no ombro de Alec - por favor, prometa.

- Eu prometo - Alec disse com a voz trêmula - Prometo.

-Certo - Tsol soltou o ar que estava prendendo em seus pulmões - sendo assim, vamos dormir.

-Mas já? - Alec perguntou de forma confusa.

- Sim. Se Você quer voltar antes do sol se pôr, tem que estar bem descansado. - Disse Tsol.

Alec foi dormir sem protestar. Ele estava estranhamente feliz por aquilo que Tsol disse. Sentia vontade de sorrir como um idiota. Mas não entendia porquê. Só sabia que era bom ser importante para Tsol. Depois de um tempo, ele adormeceu.

No dia seguinte, Acordou mais cedo que o normal e preparou mais sopa com a batata e a cenoura restantes. Bendita a hora que ele decidiu aprender a cozinhar.

- Alec? - Tsol veio caminhando vagarosamente - Acordado numa hora dessas?

Alec sentiu um frio nas costas. Logo em seguida esse frio foi substituído por um calor. Que se concentrou inteiramente no rosto dele.

- Ah, é, hm... Oi Tsol - Alec provou a sopa. Estava com a mesma textura amarelada e cremosa depois seguiu o mais rápido o possível para o banheiro.

- Fez mais sopa? - Tsol perguntou seguindo-o.

- Si-Sim - Alec adiantou o passo.

- O que foi? - Tsol perguntou.

- Quero ir logo pra voltar logo - mentiu Alec pegando um pouco de água num caneco e molhando o rosto sentindo o frescor da água no rosto que ainda ardia de vergonha.

- Alec, você tá estranho - constatou Tsol - tudo bem mesmo?

- Sim, Claro - Alec enxugou o rosto com uma toalhinha - Só estou ancioso.

Tsol e ele trocaram olhares por um tempo mas Alec desviou o seu primeiro e voltou para o quarto.

- Você poderia explicar de novo como pretende chegar lá Alec? - pediu Tsol.

- Vou seguir rio abaixo até o Salgueiro gigante e um jacarandá. Você mesmo disse que é a 1 km daqui então acho que posso voltar antes do meio dia.

-Certo é um bom plano - Tsol sentou-se ao lado de Alec na cama - mas escuta: tome cuidado com armadilhas existem vários tipos - Tsol explicou uma lista de armadilhas que existiam ali. Armadilhas que imobilizavam, matavam, impossibilitavam dentre outros - enquanto a frutos selvagens você já sabe. Tome cuidado com bruxas, goblins, ogros, bestas e os Olhos de Balrog. Eles são bastante intrometidos então não faça nada de que se envergonhe mais tarde como conversar sozinho no meio da floresta.

- O quê, Conversar sozinho?

- É, tipo " estou quase lá " , " eu consigo " , " tenho que voltar logo para casa ". - os ladrões se escondem muito bem. Eu fiz mais cinco flechas pra você. E arrumei sua mochila...

Alec foi fiscalizar sua mochila. Tinha duas facas ali dentro. Maçãs, um saco com frutinhas, duas garrafinhas de água, bandagens e uma lata metálica velha.

- Eu pensei que você poderia querer levar sopa ou então guardar algo aí - disse Tsol.

Alec deixou tudo de lado e foi até Tsol. E o abraçou. Mesmo que ele estivesse sentado, ainda era mais alto que ele e teve que se equilibrar na ponta dos pés para conseguir alcançá-lo.

- Obrigado, Tsol - Alec respirou fundo e aspirou o cheiro de hortelã dele - você é uma boa pessoa. Espero que a gente consiga terminar o torneio...

- A gente VAI terminar esse torneio - disse Tsol no seu tom reclamão retribuindo o abraço - nós não podemos ficar nessa droga aqui para sempre. Temos que voltar. Por isso que vamos conseguir.

- Certo - Alec soltou Tsol, mas ele continuava o abraçando - Hã... Ei, dá pra me largar?

- Ah, desculpa. Só tava aéreo.

- Hora de ir - disse Alec engolindo em seco e começando a se equipar. Vestiu seu casaco, depois pôs a aljava de tecido velho nas costas e a mochila por último. Enfiou os pés nas suas "botinhas kids", como havia apelidado e apanhou o arco. Tsol o acompanhou até a porta.

- Volto logo - Alec falou enquanto avançava.

Quando ele pisou no chão, sentiu uma mão agarrar seu pulso.

Tsol.

- Leva isso - ele pôs algo que parecia uma bússola na mão de Alec. Mas era do tamanho de um pires e d

a grossura de um vidro de desodorante deitado - Ele mostra o mapa do País de Oz , o clima e a hora.

- Uau - Alec tentou brincar - Onde eu compro um?

- Meu pai que criou esse troço - Tsol disse como se esse assunto o aborrecesse - se cuida.

- Vou ficar bem, seu chato. - Alec olhou de forma amiga - não se preocupe.

- Não consigo - Tsol agachou e ficou com um joelho no chão e com o braço apoiado na outra perna - Não consigo parar de me preocupar com Você e muito menos parar de te... - as palavras pesaram na garganta de Tsol - de te... amar. Eu te amo, Alec - Ele encostou em Alec e beijou de leve a testa dele.

- Pronto, vá. logo - disse Tsol.

- Tsol... Alec estava com a mão estendida e boquiaberto - o que você...

- Vai logo Alec!! Anda, quero você aqui antes do meio dia como o combinado, senão Eu vou atrás de você.

- O quê?!

- 10, 9, 8,Seu chantagista - Alec começou a andar devagar

- 3, 2, 1, 0 e lá vou Eu!!! - Ele sapateou o chão para dar a idéia que já estava correndo. E isso fez Alec disparar floresta adentro.

- Trapaceiro miserável!!! Você nem contou direito!!!

Tsol riu e pôs a mão na cabeça.

- Aaaah, que droga não acredito que fiz issooo!!!!! - Tsol berrou - eu podia ter beijado ele. Maldita timidez!!!

Já floresta adentro, Alec continuava com cara de Idiota. Seu rosto iria pegar fogo se esquentasse mais. E Shulåãn, digamos que não estava cooperando. Para que ele mantesse a calma.

" Minha nossa, nunca gargalhei tanto de uma só vez " disse o reflexo quase sem ar de tanto rir.

" Dá pra parar de encher o saco? " Alec estava vermelho de raiva e vergonha agora.

" Alec, me responda sinceramente " A voz de Shulåãn mudou para um tom de provocação " você ama esse loirinho não é? ".

- O QUÊ?!! - Alec teve que parar um pouco para pensar sobre o que ele dissera. Seu rosto queimou mais - porque você não cala a boca Cëla?!

" É verdade mesmo " afirmou Shulåãn com uma certeza extrema em suas palavras " você ama ele ".

" Eu não... "

" Ama sim. Você age como um idiota na frente dele e eu sei que você até sonhou em qual seria a sensação de beijar a boca dele.

" Shulåãn!! "

" Alec " disse sarcástico em resposta " não adianta Alexander. Você ama ele. E é melhor aceitar isso logo. O que você nega ao seu coração, é negado por ele pelo resto da sua vida ".

" Ah, virou escritor de livro de espiritualidade e auto ajuda? " Alec resmungou.

" Calado. A culpa não é minha se você ficou apaixonado pelo camponês bonitão ".

" Droga, fica quieto "

" Veja o lado bom, quando você está com raiva acaba andando mais rápido. Já está na metade do caminho ".

" Sua praga. Se você estivesse aqui eu quebraria sua cara ".

" Você não é violento. Isso é algo bom porque posso usar essa falha na sua personalidade contra você ".

Certo. Além de irritante e odiável, Shulåãn também é cauculista.

Alec andou por um tempo pensando sobre o que o reflexo lhe dissera. Ele... não sabia direito o que sentia por Tsol. Ele é uma pessoa que o faz se sentir um idiota. O olhar dele o faz se sentir alguém especial e o fazia corar até ficar vermelho como um pimentão.

" Pode ser que eu ame o Tsol ".

" 'pode ser' nada. Você ama ele. Seu trouxa. " respondeu Shulåãn " Enganar seu coração só lhe causará problemas nesse mundo ".

" Certo, Senhor vidente ". Alec disse ignorando.

" Eu te avisei ". falou o reflexo irritado, sumindo da sua mente.

Alec voltou sem problemas até o grande salgueiro e o jacarandá. Do corpo do urso que jazira meses atrás só restava o endo esqueleto. O matagal havia crescido vertiginosamente, mas Alec ainda conseguiu achar sua mochila com roupas e itens pessoais e a com comida intactas.

- Bendita a hora que optei por mochilas com isolamento interno - Alec disse aliviado - Está tudo intacto.

Ele descansou por um minuto e tentou usar seu Tablet, mas estava totalmente descarregado.

- Onde está aquela tranqueira? - Alec remexeu a mochila até que encontrou uma plaquinha metálica ligada a alguns fios e um plugue - Obrigado por ser um japonês inventor, Came - disse abrindo a placa solar para o sol do dia - quem diria que um carregador a base de energia solar feito pro projeto de ciências seria tão útil.

Depois de beber muita água, Alec conseguiu voltar tranquilamente, sem problemas. As vezes ouvia um farfalhar nas árvores ou um barulhinho causado por algum animal selvagem mas nada preocupante. Um mormento pensou ter ouvido alguém se mexer por detrás de um arbusto mas era sob um gato selvagem devorando um rato preto gigantesco.

Quando estava prestes a chegar em casa, o sol do meio dia já estava em destaque no céu. Ele enxugava o suor e mordia a maçã verde na velha mochila de pano que Tsol lhe dera. O calor estava infernal. Mas Tsol havia comentado que o verão havia voltado. Ele nunca se deu bem com o sol mesmo.

Mas... Aquele calor não era normal. O corpo dele parecia estar sendo queimado por dentro. Um calor insuportávelmente grande.

Ele voltou ao casarão e chamou por Tsol, que abriu a porta devagar .

- Eu disse que ia conseguir - falou Alec sorrindo num tom grogue. Seu coração palpitou - Ah...!

Seu coração parecia parar de bater. Tsol berrava o seu nome e já estava em cima dele.

Então apagou.

" Você não deveria ter feito isso! Onde já se viu, pôr o meu menino numa situação dessas! " disse uma mulher no sonho de Alec.

" Ele queria me abandonar! Como ele tem coragem de fazer isso logo comigo?! " disse a voz de um homem num tom triste.

" Ainda assim é errado. Ele não sabe muito sobre isso. Pode morrer " disse uma terceira voz.

" Isso é verdade. " disse a voz da mulher " por favor, desfaça isso! ". Pediu desesperadamente.

" Não! " disse a segunda voz autoritariamente " se ele quiser sair, vai ter que fazer isso sozinho ".

" Não vou ficar ficar aqui sem fazer nada. Ele tem que acordar. " Alec ouviu passos. Uma onda sonora poderosíssima o atingiu e ele ouviu:

" acorde "

Sua visão embaçou, o mundo tomou forma, então seus olhos se abriram. Estava escuro. Parecia ser noite.

- Alec? - ele ouviu a voz de Tsol e já se sentiu aliviado - está acordado?

Alec sentiu o forte cheiro de couro e Hortelã de Tsol. Algo tão bom que não enjoava.

- Sis... - sua língua embolou.

- Calma, não se esforce demais. Aqueles espinhos que a bruxa enfiou em sua perna tinham veneno de podridão. Sua perna está apodrecendo Alec.

- Me... rda - Alec grunhiu. Ele estava agarrado ao pescoço de Tsol que o carregava nas costas.

- Não se preocupa. Prometi a mim mesmo que iria arranjar uma maneira de te curar.

- Na... o preci...

- Você cuidou de mim - disse Tsol - porque não posso cuidar de você?

Alec forçou o ar nos pulmões e disse.

- Não quero ser um - ele tossiu - problema pra você - mais tosse.

- Você sabe que não é - Tsol falou com ternura - e também sabe porque.

" Eu amo você, Alec " ele havia dito.

" Aproveita a chance Alec " disse Shulåãn " é o momento ideal pra falar logo a verdade ".

Então sumiu em sua mente. Ele tinha razão era a hora de por pra fora de uma vez. Mas... a vergonha... Seu rosto queimou.

- Ahh... Tsol - ele falou em voz baixa.

- Pode falar - disse Tsol calmamente.

- Bem, eu tenho meio que uma dupla personalidade maluca, que as vezes manipula meus atos.

" Maluco, não, seu merda!! ". Cëla berrou irado, mas Alec fingiu não ouvir.

- Ele tava me controlando quando ele te forçou a fazermos um acordo.

- Que trapaceiro - Tsol sorriu levemente. Ele gosta de ter sua inteligência desafiada.

- Enfim, estávamos conversando sobre você quando eu fui atrás da minha mochila.

- Certo. Posso saber o que vocês conversaram?

-Ele falou que... Que se amo você é melhor admitir logo. Porque o que eu nego ao meu coração é negado por ele a mim.

- E então?

- Eu percebi que amo você - Tsol pareceu ficar tenso - em partes, mas ainda é amor.

- Como assim, Alec?

- Gosto do seu sorriso bobo, quando estamos brincando ou numa discussão boba; do jeito fofo como você fala meu nome quando tá preocupado comigo; - Alec tossiu - do... seu cheiro de hortelã e couro; do seu jeito corajoso e da sua personalidade sincera. Da sua - outro acesso de tosse - boa vontade em me ouvir quando tô falando... enfim, só queria que soubesse que não amo você por interesse físico ou de sobrevivência. Te amo porque você gosta de mim como eu sou. Mesmo que eu seja um retardado...

-Você não é retardado - Tsol interrompeu - você é - mesmo abaixando o rosto dava pra ver o seu ouvido avermelhando - você é fofo.

- Espera - Alec tossiu de novo - você acha que eu sou... Fofo?

- Acho. Também acho que você é a pessoa mais paciente do mundo por me suportar. Também Acho que você é super corajoso, honesto, humilde, Alegre e é um ótimo cozinheiro. E médico também. Graças a você eu estou 100% com meu braço. Você é incrível...

-Sério que você acha tudo isso de mim? - Alec queria ver o rosto de Tsol mas ele parecia estar analisando algo naquela escuridão.

- Escuta, Alec - Tsol começou - eu vou lhe carregar para todo o lugar caso você desista de andar. Nunca vou te deixar desistir, tá?

- Obrigado, Tsol. Mesmo, muito Obrigado...

Tsol moveu Alec pra sua frente e o segurou pela cintura e depois o sentou dentro de algo. Depois ele próprio entrou. Ele se agachou e olhou nos olhos dele.

- Alec, você me ama? De verdade mesmo?

- Sim - Alec respondeu com sinceridade, mas seu rosto corou violentamente.

- Então vamos fazer o seguinte: vamos terminar esse torneio, vamos sobreviver e vamos ficar juntos. - Ele disse olhando nos olhos de Alec - o que me diz?

- Eu quero - Alec o abraçou - quero ficar com você até o Fim, Tscky.

- Huh, é um apelido pra mim? Gostei. - Tsol disse - Agora... - ele pôs o rosto de Alec entre suas mãos e avançou devagar. Seus lábios se tocaram causando um rubor violento em ambos. Alec nunca considerou possível a possibilidade de um primeiro beijo, e muito menos que ele seria tão perfeito assim - temos que ir, a saída é logo...

Ao longe na escuridão da mina, houve uma explosão, seguida de um rugido. Um rugido alto, assustador e forte.

- Droga, eu fiz de tudo pra não chamar atenção! - Tsol agarrou uma tora de madeira e acertou uma alavanca com força, seja lá o que for em que eles estivessem, começou a se mover rapidamente.

- Tsol, onde estamos? O que é 'aquilo ' ? - perguntou Alec.

- Estamos numa mina abandonada, que é parte do torneio, num carrinho de mineiro e AQUILO é um Lunuganga.

- Luno o quê?!

- Lunuganga! Ou Cérebros Explosivos na nossa língua. Eles explodem quando estão com muita raiva. Isso só acontece se os acordarem, mas eu tinha certeza que não fiz barulho nenhum, não entendi o porque deles estarem furiosos.

- Que droga! - Alec olhou para trás o chão tremulou, então inchou e criou uma forma gigantesca e assustadora. Oh, Céus!

- Que merda! - Tsol gritou quando o carrinho fez uma curva violenta o os lançou para o lado. Alec quase bateu a cabeça mas Tsol se enfiou ao seu lado e a cabeça de Alec bateu em seu ombro.

Na frente deles surgiu um deles. Alec só pôde ver por um momento: Olhos negros como carvão e uma cara branca como uma nuvem e um corpo amarelo esbranquiçado como areia. Ele escancarou a boca de um modo exagerado. O lábio inferior chegou até a barriga, então parou. Um brilho vermelho se formou num formato de esfera no centro da bola dele então disparou. Foi algo rápido e assustador. Houve uma explosão. E outra pior ainda. Pedaços de rocha voaram pelo ar e o carrinho de mineiro voou pelos ares. Tsol abraçou Alec com força e quando o largou, Alec viu um filete de sangue escorrer pela lateral do rosto de Tsol.

- Tsol - Alec estava com o coração a mil e podia ouvir a grande aceleração do dele por estar com o ouvido grudado em seu peitoral - Por que você...

- Não foi nada - Tsol falou olhando os Lunugangas rugirem furiosos - Saímos da rota.

- E isso é ruim? - Alec perguntou.

- Veja por você mesmo - Tsol apontou para frente. Havia um barulho de correnteza forte. Alec pensou um pouco.

- É uma cachoeira né?

- Sim, se conseguirmos sair á tempo eles não poderão usar outro raio Zero. Aqueles disparos vermelhos.

- Eu vou enlouquecer com tudo isso - Alec se agarrou á sua mochila de roupas.

- Por favor, não me abandona agora - Tsol pediu com um tom de desespero na voz. Era a segunda vez que ele ouvia esse tom dele - vamos ter que pular.

( Ouça " I Can't Wait Forever - Simples Plano )

Alec sentiu medo. Ele só queria abrir um buraco no chão, entrar nele e ficar quietinho lá. Mas ele não abandonaria Tsol. Ele simplesmente não podia parar. Não podia deixá-lo.

- Certo, vamos nessa - Alec Tentou levantar-se usando a perna direita, mas esta estava dormente até o joelho. Essa parte da perna dormente estava amarronzada. Ele fechou os olhos, respirou fundo e se apoiou na perna esquerda. Tsol olhava com receio pra ele - Eu tô bem. Vamos.

- Certo - Eles prenderam todas as mochilas e bolsas no corpo da melhor maneira que puderam e então Tsol segurou a mão de Alec. A mão dele era enorme mas era quente e macia. E transmitia força e confiança - Toma cuidado, Alec.

- Você também Tscky - Alec engoliu em seco. O carrinho começou a ficar mais rápido. Os trilhos começaram a clarear. E foi possível ver ferragens enferrujadas e alaranjadas. A água entrava dentro do carrinho e o empurrava. Até que Alec viu realmente uma luz mo fim do túnel . O pôr do Sol havia se iniciado mas ainda era possível ver tudo com claridade. O Por do sol era perfeito assim ou só estava belo daquele jeito porque aquele abismo poderia significar o fim?

- Eu amo você, Tscky.

- Eu te amo, Alec.

Então pularam.

Alec pensou por um momento que estava voando. Quando ele olhou pra baixo viu um borrão verde que provavelmente era a floresta e um círculo gigantesco que era o rio que seguia floresta adentro. Atrás deles tudo explodia, haviam rugidos e afrente havia o mundo despencando. O ar ficou violento e a gravidade pesou. Tudo parecia estar sendo levado, mas Alec lutou para acreditar que nada disso importava enquanto a mão de Tsol o mantesse firme.

Tsol olhava para ele sorrindo. Era um sorriso perfeito. Alec se sentiu feliz por morrer vendo-o sorrir.

- Obrigado, Tsol - disse sentido seus olhos ficarem úmidos. Pedregulho voou pelos ares, mas antes que pudesse olhar mais um pedaço atingiu sua testa. Tudo se desfigurou. Nada parecia estar normal, a sua visão distorceu-se e desfigurou-se.

" ALEC!! " ele ouviu Tsol gritar.

Seu corpo gelou. Era assim sentir a morte? Ele podia ver feras gigantescas voando pelo ar mas ele sabia que não eram reais. Ou será que eram? Ele não conseguia ter certeza.

" POR FAVOR!! " ele ouviu. Então sua visão escureceu-se. Uma escuridão imensa, sem fim... Então sua consciência se foi.

- ALEC!! - Tsol berrou com o s olhos jorrando lágrimas - POR FAVOR, NÃO ME DEIXE!!! ALEC!!!!

ele só se lembrava de ter chorado três vezes. Quando o seu pai abandonara a sua família, quando quebrou a perna esquerda e agora. Alec foi a pessoa que o fez sorrir dr verdade como há muito tempo ele não sorria. Ele tinha sido a pessoa que mais tivera paciência com ele em toda a sua vida.

Ele foi a primeira pessoa por quem se apaixonou...

- NÃO ME DEIXE, ALEEEEEC!!!!! - Tsol berrou - ALEEEEEEEEC!!!!

Ele nadou até Alec e o abraçou. Uma outra pedra despencou céu abaixo e atingiu as suas costas. Tsol apenas cerrou os dentes. Seu coração era o que mais parecia doer.

- Eu vou cuidar de você, vou salvá-lo - Tsol prometeu - Eu juro, Alec! Nem que eu tenha que dar a minha vida em troca da sua!! Só não me abandone até lá. Por favor!!!

Tsol nadou até a pequena praia que havia no leito do rio. Ele ainda soluçava. Quando chegou, analisou a cabeça de Alec. Havia um corte imenso. Sangue fresco ainda jorrava e sujava o chão e o rosto de Alec.

- O que eu faço? O que eu faço, Alec?! O que eu faço?! Eu não posso fazer nada!! Eu sou um inútil!!!

Atrás de Tsol, surgiu uma pessoa. Alguém portando um bastão. Essa pessoa aproximou-se, sorrateira e então golpeou a ccabeça dele, fazendo com que ele perdesse os sentidos.

- Fácil assim? Que decepção - disse uma mulher.

- Isso nos poupa trabalho. Agora tragam os corpos - disse outra pessoa.

- É vamos dar o fora daqui - disse a primeira pessoa largando o bastão e avançando.

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Continuação Brevíssima

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Agradecimentos :3

Ru/Ruanito - Obrigado pelo 10. Eu não sei a sua opinião, mas se você dá 10 é porque gosta.

Trick - Não suma Migoh. Sempre estarei por aqui :v

Geomateus - Obrigado pelo apoio, Fã número 1 de Alexander no País de Oz><

Nefhero - Obrigado por ler comentar e apoiar :v

Atheno - Obrigado pelo apoio.

continuem por aqui Gente. Prometo postar com mais freqüência :v

~Came;)

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Tio Lulis l('0'l) a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Ai jesuis, quando o alec acordar, tomara q o tsol seje um médico q se apaixonou por ele .

0 0