Meu mestre na vida e no amor 2

Um conto erótico de XandeMartiin
Categoria: Homossexual
Contém 1368 palavras
Data: 10/02/2015 02:54:08

Após termos conversado pela internet, o nosso contato se limitou apenas a escola e mesmo assim as coisas não iam muito bem, pareciam que nunca tínhamos tido aquela conversa, e eu estava um tanto quanto inseguro a isso. Como o ano letivo já estava encerrando, não tínhamos mais o contato em sala de aula e muito menos dentro da escola, o que de início procurávamos evitar (não durou muito tempo, rsrs). Naquele fim de ano ele foi passar o ano novo com os pais em São Paulo e a nossa conversa cara-a-cara estava sendo adiada mais uma vez, embora continuássemos nos falando por redes sociais sentia como se ele estivesse me enrolando. Tentávamos nos falarmos todas as noites, o que nem sempre era possível (ele vivia nas baladas).

Uma noite eu estava assistindo “filmes” e navegando na internet (era o que me restava fazer), quando meu celular começou a tocar. Era um número não identificado e já passava da meia noite, inicialmente eu ignorei (detesto atender números desconhecidos, ainda mais com prefixo diferente), o número tornou a me ligar e finalmente atendi.

Eu: Alô, quem está falando.

Eu só consegui ouvir um som muito alto e por alguns segundos, ninguém disse nada e quando eu estava preste a desligar, ele respondeu.

Ele: Oi, desculpa te ligar a essas horas, você já deve estar dormindo né? Mas eu te liguei porque precisava ouvir sua voz.

Embora eu soubesse que era ele, eu imaginei que ele pudesse estar bêbado em uma balada qualquer quando me ligou e por isso resolvi me fazer de desentendido.

Eu: Quem é?

Ele: Sou eu Diogo, seu namorado.

Eu: O que? Como assim namorado? Você andou bebendo?

Ele: Um pouco, mas você não é o meu namorado? Então acho que eu liguei pro número errado, deixa eu procurar o certo aqui.

Eu: Rsrs, espera, não faz isso comigo. Isso é um pedido?

Ele: E se for? Você ficaria comigo?

Eu: Você tem dúvidas? É o que eu mais quero, mas eu preciso pensar em tudo isso, e temos que ter aquela conversa.

Ele: Você não confia em mim?

Eu: Confio, mas não é só confiança... E se o meu sentimento por você for só admiração, ou sei lá e se a gente não der certo, você seria meu primeiro namorado e eu nunca fiz isso antes, tô um pouco confuso, me desculpe.

Ele: Mas e o meu sentimento, não conta?

Eu: Claro que conta, mas eu quero ouvir isso de você quando estiver sóbrio, e isso tudo tem que estar naquela nossa conversa.

Ele: Nós já estamos conversando caramba, por que é tão difícil você dizer sim ou não?

Eu: Porque eu já me machuquei antes na minha vida e quero que dessa vez dê certo, eu sinto algo por você que eu ainda não consigo entender o que é, você consegue me tirar do sério quando quer e mesmo assim o que eu quero é sempre estar do seu lado, você me faz querer rir sempre, desculpe de novo, mas... Preciso desligar, quando você voltar nós conversamos. Boa Noite, meu anjo.

Ele: Boa Noite.

Quando eu desliguei o telefone, não acreditava no que acabava de acontecer. O que eu queria estava se tornando real, mas de uma maneira tão rápida e intensa que eu estava ficando acuado e com medo. Era obvio que ele estava embriagado quando me ligou, mas eu queria que não fosse só de álcool, mas de paixão também. Eu comecei esse jogo, apostei minhas fichas e parecia querer desistir, era tudo novo pra mim, meu último namoro foi um fracasso que nem pensava em contar como namoro, havia questões éticas sobre nós, ele era mais velho que eu e eu nem sequer sabia nada sobre ele e para piorar parece que os meus sonhos não me ajudaram muito a não pensar nele.

Naquela noite demorei muito pra dormir, minha cabeça girava para todos os lados e eu queria apenas que tudo desse certo, quando eu consegui dormir tive o sonho mais prazeroso. No sonho estávamos deitados em minha cama, trocando beijos fogosos, enquanto ele roçava sua barba em meu queixo e pescoço, aquela sensação fazia sentir como se um raio passasse por todo meu corpo e eriçasse todos os meus pelos, aos poucos ele começou a morder a minha orelha e dizer que eu seria só dele. As coisas foram ficando mais quentes, eu me sentia mais vivo... E pra avacalhar com tudo, eu acordei. Acordei todo melado, tinha tido uma polução noturna e isso começou a me perturbar ainda mais.

No dia seguinte eu tinha combinado de ir ao cinema com alguns amigos e fomos, eu precisava tirar um fardo das costas e conversar com alguém. Chegando lá, não me contive e tive que rir da cara de curiosidade de todos. A minha turma é composta por 3 amigos, o Gustavo que é meu melhor amigo e isso é desde que me entendo por gente, nossas mães são amigas desde o colegial e sempre mantiveram contato o que torna a tia Lúcia minha madrinha e a minha mãe, madrinha do Guga, nós crescemos juntos e sempre estudamos juntos, o Guga é como um irmão pra mim, sempre me ajuda quando me meto em encrencas, sempre me dá conselhos, sempre compra brigas por mim e ele namorava com a Gabi, bem na verdade fui eu quem juntei os dois, ela tinha interesse nele e acabamos ficando amigos, ela me pediu para apresentar e os dois começaram a namorar e vivem me dizendo que eu vou ser o padrinho de casamento deles e por último tem a Aline que fora o Guga foi a primeira pessoa com quem eu falei quando entrei na minha escola, todos sabem da minha sexualidade e me respeitam por isso. Assim que eu cheguei na praça de alimentação do shopping, não pude deixar de rir da cara de curiosidade deles.

Gabi: Isso vai rindo mesmo. Nós já reparamos que ultimamente você tem estado muito alegrinho né?

Eu: Rsrs, Eu? Como assim? Tú tá metida com droga Gabi?

Aline: Quem é esse menino? Eu quero conhece-lo pra ontem.

Eu: Bobagem de vocês, não tem ninguém na história não.

Aline: Será? Eu aposto que tem e se você não me contar agora, eu vou descobrir e você sabe que eu descubro.

Gustavo: Fala logo Xande, vai ficar fazendo mistério pra gente agora.

Eu: Vocês têm que me prometer que isso não sai daqui.

Todos: Tá prometido.

Eu: Eu estou apaixonado por um cara que vocês conhecem, na verdade a gente meio que esta tentando ter um lance, é o Diogo.

Gabi: Diogo? Que Diogo? Eu não conheço nenhum Diogo.

Eu: Claro que conhece, o nosso professor.

Gustavo: Ah sim, o nosso profeSSOR... VOCÊ TÁ DE CASO COM O NOSSO PROFESSOR?

Eu: Guga fala mais baixo, ainda não temos nada. Só estamos conversando, mas eu quero ter algo com ele, ele me faz sentir sei lá, assim... como vocês mesmo descreveram.

Gabi: Xande, você bebeu? Você não pode se envolver com ele. Ele tem o dobro da sua idade e é seu professor. Se descobrirem ele pode perder o emprego e sabe se lá quais serão as outras consequências desse romance.

Eu: Eu sei, esse é o problema, temos esse dilema moral, não que a idade dele importe pra mim, você melhor que ninguém sabe que eu gosto de caras mais velhos, mas essa questão dele ser nosso professor é que me perturba, eu não consigo parar de pensar nisso e nem nele. Mas eu achei que ao menos vocês fossem me apoiar.

Aline: Eu to contigo amigo, ainda vou ser madrinha do seu casamento lembra?

Gabi: Ai amigo, nem sei o que te dizer, mas se ele está te deixando assim... Que dê tudo certo pra vocês.

Eu: E você Guga o que me diz? Ta comigo?

Gustavo: Claro, você sabe que eu estou contigo até o fim.

Naquele momento fizemos um pacto, aquilo não sairia dali, não por enquanto e eles iriam me ajudar a fazer dar certo. Naquela noite, o Diogo não me ligou, não respondeu minhas mensagens, o que me chateou um pouco, mas os meus sonhos, HA! Esses não me deixaram na mão.

Continua...

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Comentários

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O professor tà enrolando... Acho que ele tem medo de se envolver.

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O professor tà enrolando... Acho que ele tem medo de se envolver.

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