Capítulo curto mas muito quente e revelador.
CONTINUANDO:::
Depois que Miguel desligou o telefone foi para a cozinha onde seu pai escutava uma música e se balançava enquanto mexia na colher dentro da panela. Nem percebeu que o filho estava lá, estava num mundinho só dele, por alguns minutos Miguel ficou observando ele, e naquela sua beleza natural dos pés a cabeça.
-Oh filho, nem te vi ai. *Disse reparando em Miguel na cozinha e dando um sorriso por conta que o filho o observava.
-Tudo bem, falei com Alice e avisei do ocorrido para Alb. *Disse um pouco abalado ainda.
-E o resultado do teste? *Perguntou o pai voltando a atenção pra panela.
-Deu negativo, a criança não é minha. *Disse sentando na bancada.
-Ah, meu filho, e como você está se sentindo?
-Um pouco triste né, mas vai ficar tudo bem.
-Tenho certeza que sim. *Disse o pai se aproximando e o abraçando por trás.
-Pai? *Disse Miguel, pois o pai não o largava.
-Hum?
-A comida está queimando.
-Putz. *E saiu correndo para salvar a comida, por sorte conseguiu.
Minutos depois no jantar...
-Nossa a comida está maravilhosa. *Disse o filho saboreando o prato.
A campainha toca e Miguel vai atender. Começara a chover faz poucos minutos, muitos raios iluminavam o céu que estava coberto por uma névoa. Quando ele abre a porta tem uma surpresa chocante que até o último pelo do braço ficou de pé.
-Daniel? o que... aconteceu... com você? *Ele estava todo coberto de sangue nas mãos, seu olho estava inchado e tinha um corte na barriga, não muito profundo mas o bastante para sujar ele todo.
-Me ajuda. *E foi para desabar mas Miguel conseguiu segurá-lo.
-Pai... corre aqui. *Gritou ele.
Davi logo apareceu.
-Mas... o que? *Perguntou ele assustado.
-Me ajuda a levar ele pra dentro. *Disse quase caindo com o peso daquele homem.
Davi o pegou no colo assim como fez com Miguel nos primeiros dias, levou ele já para o quarto e depositou ele na cama de
Miguel, o filho o acompanhará até lá.
-Vou pegar os curativos, fique aqui com ele. *Disse saindo.
-Ok.
Daniel estava desacordado, talvez bateu a cabeça pensou Miguel, mesmo estando todo coberto de sangue e com o olho
roxo ele não deixava de ser um cara bonito.
-Vai ficar tudo bem. *Disse Miguel passando a mão em seu rosto e os pelos da barba recém tirada fez cócegas nele.
Davi voltou segundos depois com ataduras, kit de primeiros socorros e uma toalha e um balde com água para tirar o sangue.
-Vou ligar para a farmácia e pedir alguns remédios para dor. *Disse Davi e saiu do quarto novamente.
-Vou limpando ele então. *Disse firme.
Miguel pegou a toalha e molhou a ponta na água e depois limpou o rosto cheio de sangue de Daniel com bastante cuidado, morrendo de medo dele sentir mais dor ainda. Depois pegou uma tesou que tinha dentro do kit e cortou a camiseta para tirá-la dele, vira quilo em filmes algumas vezes e decidiu fazer, já que a camiseta branca não tinha mais com ser salva mesmo. E revelou um corpo malhado e perfeito que Miguel não teve como não admirar.
Limpou em volta do corte da barriga e depois pegou os pedaços de curativos que tinham no kit para limpar com a pinça,
se não causaria uma inflamação. Depois de minutos de limpeza Daniel estava limpo, e com o corte coberto pelo curativo a única coisa que não sairá foi o roxo no olho que demoraria algumas semanas até voltar ao normal.
-Miguel... eu. *Disse Davi entrando e reparando que Miguel já fizera tudo o que precisava em Daniel.
-O que? *Perguntou ele, o pai travara.
-Vejo que se da muito bem com curativos. *Disse sorrindo.
-Fiz um curso de enfermagem uma vez. *Disse tirando o lixo e colocando em uma sacola.
-Ta explicado, já pedi os remédios, agora ele não vai ficar com dor durante anoite.
-Que bom, obrigado pela ajuda lá em baixo. *Disse olhando nos olhos do pai.
-Não foi nada, ajudaria qualquer um, só gostaria de saber como ele conseguiu esses hematomas e o corte. Espero não arranjar problemas mais tarde.
-Amanhã tiramos a história a limpo. Bom acho que vou ter que dormir aqui mesmo. *Disse como se aquilo fosse a coisa mais horrível do mundo, mas no fundo estava adorando.
-Então tá, se quiser dormir comigo pode ir. *Disse um pouco triste e enciumado.
-Tudo bem, mas vou ficar bem. Boa Noite pai.
-Boa Noite filho. *Pegou as coisas que Miguel usará em Daniel e levará embora com ele.
Miguel pegou uma coberta no guarda roupa e ligou o ar-condicionado. Se deitou e por alguns instantes ficou com o braço apoiado na cabeça olhando Daniel e seus traços do rosto. A luz do abajur que batia em seu rosto o deixava mais lindo ainda. Miguel pensou em chegar mais perto, e o fez. Tirou um pouco a coberta para ver o físico dele, e por alguns segundo passou a mão como uma criança descobrindo o corpo do adulto. Mas se conteve logo pois estava com medo dele acordar.
Mas isso não o impediu de passar a mão em seu cabelo macio e brilhoso, ficou fazendo os mesmos movimentos por minutos até que a porta é aberta e o pai o pega em uma cena um tanto esquisita.
-Eu... eu... eu vim trazer o remédio pra ele, devia ter batido. *Gaguejou ele, deixou o remédio no criado mudo e saiu sem nem mesmo deixar Miguel explicar.
Miguel resolveu não dar os remédios a ele, só se caso fosse necessário. Daniel estava de barriga para cima por conta do corte e dormia um sono profundo que só se ouvia o som de sua respiração forte. Miguel não resistiu e deitou agarradinho a ele, mas pensou em ficar só alguns minutos mas acabou adormecendo.
No quarto ao lado...
Davi andava de um lado para o outro pensando na cena que virá minutos antes, "o que Miguel sente pelo cara" pensou ele. Mas nada lhe vinha a cabeça, ficou muito triste, pois já se apegara demais ao filho, mesmo ele já sendo um adulto formado. Só pensava nele ultimamente, todas as noites ia em seu quarto para vê-lo dormir, passava horas admirando sua beleza, até cansar, mas nunca cansava.
Mais tarde decidiu ir lá no quarto ver como andava as coisas, sua curiosidade era estupenda. Foi bem devagar para não acordar os dois, já que não conhecia o sono de Daniel, abriu a porta e viu o filho agarrado ao Daniel e no mesmo momento teve vontade de gritar, mas não o fez. Apenas saiu do quarto morto de ciúmes.
Seus sentimentos pelo filho estavam cada vez mais confusos e misturados, sentia tudo e não conseguia explicar nada, só sentir. Depois da cena que vira no quarto ficara abalado e triste, com pena de si mesmo por pensar que algum dia teria uma chance com Miguel.
CONTINUA:::
Me conta com quem vocês gostariam que Miguel acabasse junto:
Miguel e Davi?
Miguel e Daniel?
Miguel e Carlos?
Miguel e Alb.?
