Luca - SINOPSE - Parte 1

Um conto erótico de Moa Sipriano
Categoria: Homossexual
Contém 936 palavras
Data: 26/02/2015 15:08:26

SINOPSE: Advogado revela ser viciado em "homossexo", praticando o ato friamente e de maneira egoísta com inúmeros parceiros anônimos durante anos. Mas o Destino coloca no caminho de Detlev um jovem simples e puro de coração, que se transformará num companheiro compreensivo, conduzindo Detlev a compartilhar algo que ele jamais imaginava viver ao lado de outro homem: o Amor“Céus, como eu adoro homossexo”, meditou Detlev, ofegante.

O suor escorria-lhe pela face. O corpo estava encharcado, enquanto

uma gelatinosa boca sem

dentes lhe sugava o membro rochoso.

Bastaram dez minutos para a realização daquele ato mecânico.

Após ter ejaculado na garganta do

velhote, Detlev retirou o lenço italiano do bolso da Ellus desbotada

. Enxugou primeiramente o rosto e

em seguida o peito liso carregado de satisfação.

“Tome um agrado e, por favor, saia do meu carro!”, ele disse

ao coitado que acabara de lhe

oferecer prazer. Este lhe sorriu com malícia, jogando os cabe

los melados e malcheirosos para trás,

contando as notas de vinte com um ar de triunfo, como se dissesse: “tudo bem, babaca!”.

O chapado homem sem rumos abriu a porta da Saveiro, ganhando o ar gélido da ilha, enxuga

ndo a

boca úmida com as costas da mão fina, enrugada, imunda.

Assim que o chupante desapareceu, desbravando o vazio da noite, Detlev travou todas a

s entradas.

Secou o membro desfalecido, guardando-o dentro do tecido de seda pura.

Fechou os botões de metal do jeans preferido utilizado nas noites de boa

caça. Sorria de satisfação

pelo ato realizado, pois curtia “rapidinhas” com pescadores m

orenos ou andarilhos descoloridos do

Araxá, geralmente corpos sem identidades.

Detlev era um homem atraente. Vaidoso, o alemão tinha orgulho da pel

e muito bem cuidada. Era

dono do maior patrimônio físico que um homem pode ter na vida: dentes natura

is perfeitos. E a

exuberante cabeleira cor prata harmonizava com brilhantes e astutos ol

hos azuis acinzentados.

Advogado, especialista em ganhar causas que outros profissionais do seu

ramo achavam

impossíveis, fez fama em São Paulo, defendendo os interesses de diver

sas empresas e comerciantes

influentes da capital.

Ao ultrapassar os quarenta, no auge da carreira, decidiu viver no anonimat

o da pequena e pacata

Ilha Comprida, que descobrira durante uma visita a um amigo empres

ário, morador antigo da terra de

ninguém, que sempre solicitava seus eficientes serviços.

Ilha Comprida detém o poder de atrair homens solitários.

Solteiro, era cobiçado por fêmeas e machos de todos os quilates.

Estabilizado, culto, viajado, não

fumante, não sedentário...

Bebidas? Somente duas taças de vinho tinto por dia; uma no almoço e out

ra na hora do jantar

invariavelmente sem companhia humana. No restante do tempo embebedava

-se de água filtrada,

geladérrima. Litros por dia. Um vício!

Defeitos? A lista era minúscula. Detlev era um homem práti

co e objetivo nas ações. Era filho

único de mãe solteira; uma mulher que dedicou todas as energias par

a o bem-estar do menino, dando lhe, com tremendo esforço, a melhor educação possível em bons colégi

os, boa alimentação e vestuário

decente na medida de suas posses.

Detlev aprendeu com a mãe a tomar conta de si mesmo desde muit

o cedo, tornando-se

independente logo aos quinze.

Vícios? Somente um: sexo. Detlev era fascinado pela arte da

boa fodaria. Manteve-se virgem,

casto e ignorante até os vinte e dois. Tímido em demasia, nunca avanç

ara o sinal com nenhum homem

durante a primeira confusa boa parte da vida.

Dedicava todo o tempo livre aos estudos, ao trabalho (foi assistente

do famoso doutor Perine, uma

das maiores autoridades jurídicas daquele tempo) e a Roxie, seu la

brador chocolate, que fora um

presente de Carina, amiga de faculdade. Nos anos 1980, os pais de Cari

na administravam um popular e

rentável canil na periferia de Taboão da Serra.

Foi somente numa noite infernal em outubro de 1981, durante um passeio

com Roxie pelas ruas

próximas de sua antiga casa na Vila Mariana, que Detlev desco

briu o baixo prazer quando um

estonteante maluco todo tatuado lhe abordou com um olhar sensualmente ameaçador.

Tocando no sexo esférico que dispensava todo tipo de discrição dentro da

calça de couro, o

morenaço como que hipnotizara os sentidos de Detlev, que o acompanhou, t

odo abobado, até um beco

nada seguro.

Na noite sufocante acima do normal, corpos de machos eram espremi

dos no grafitado concreto

frio. Línguas debatiam-se num beijo seco. Roxie deitou-se ao la

do do seu dono, indiferente aos agarros

animalescos que ocorriam entre os dois combatentes.

O moreno rapaz atacava o corpo de Detlev com afinco. Sua boca per

corria cada centímetro do

branquelo, desbravando todas as fronteiras existentes, enquanto o pá

lido e nervoso jovem não-mais-

virgem segurava com firmeza a correia do seu cão, temendo ser dei

xado sozinho nas mãos

extravagantes do maravilhoso selvagem que lhe desvendara os mistérios da carne.

Antes mesmo de ter seu membro retirado por completo para for

a do agasalho, Detlev despejara

sua porra nas pontas dos dedos daquele que lhe proporcionara o primei

ro orgasmo real de sua vida.

Levou um belo e sonoro tapa na fuça esquerda, enquanto ouvia palavras grossei

ras do sujeito que

deixara claro que não havia terminado a brincadeira.

Mais de vinte anos haviam se passado desde aquela experiência pueril.

Hoje era Detlev que dominava todas as situações.

Nas horas livres de seus compromissos particulares – que atualme

nte eram escassos, por

destemida opção –, havia tempo suficiente para o “homossexo”, cí

nica expressão idealizada desde que

começara a trepar com machos de todos os tipo.

************************** Continua *************************

E então continuo ? ou não ? deixem suas sugestões , críticas, elogios e é isso , deixem seus comentário , bjss

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Comentários

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Oi , gente que eu amo tanto rsrs , então eu vi agora que o meu texto ficou um pouco desorganizado , mil desculpa .

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Falta muito pra ser,texo bom mas confuso boa escrita mas toda dezordenada enfim e um bom mas ainda precisa melhorar muito pra levar meu 10 hoje voce sai com 8

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não sei pq perguntou se continua, quando a resposta é óbvio (sim). yenta fazer com que as palavras não se separem. Amei!

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Legal, descreve eles mais detalhadamente

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E obvio q deve continuar ta perfeito.. amei o conto, e romântico e esitante kk, continua e se vc poder, da uma olhada no meu conto: Odeio te Amar. bjs lindo

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