O Hetero e o Misterioso. Cap 2

Um conto erótico de Goddoi.
Categoria: Homossexual
Contém 1460 palavras
Data: 22/02/2015 01:31:04

Peguei calmamente meu copo de suco e o tomei enquanto pensava em alguma resposta.

Acho que o Mateus percebeu que eu precisava de ajuda.

- Quem disse que você é o único Victor na faculdade? - perguntou o Mateus o encarando.

Ele riu.

- Eu nao perguntei nada a você, Mateus Sales.

Mateus deu de ombros e me olhou.

Era a minha vez.

- Nao falávamos de você - Falei - Era outro Victor.

Ele se aproximou e arqueou a sobrancelha.

- Nos conhecemos ontem Victor - sorri - Ainda não te acho estranho.

Ele desviou os olhos dos meus. Passou as mãos pelos cabelos.

- Porque Victor, deveria? - perguntei.

Ele riu.

- É lógico que não - ajoelhou-se ao meu lado - Você não acredita em mim, não é?

Sorri.

- Acredito.

Ele se levantou, satisfeito.

- Eu tenho que ir - disse - Nos vemos por aí.

Sorriu para mim e saiu.

Percebi que meu coração batia mais rápido que o normal.

Respirei aliviado.

- Foi por pouco - Falei.

- Eu nao disse que ele era estranho? - Falou Mateus - Acho melhor você ficar longe dele.

Meus olhos foram direto para os dele.

- Está preocupado comigo? -perguntei curioso.

- Nao quero que ninguem morra.

- Nao seja dramático Sales.

- Nao é drama - ele parou e pensou - Um Goddoi não pode morrer, não é?!

- Nao agora - conclui - Ele parece inofensivo.

Mateus começou a bater na mesa. Pequenas batidas ritimadas.

- Nao gosto dele - Falou.

- Você já disse isso.

- E repito.

Por mais que eu detestasse admitir, o Victor era um pouco estranho. Não sabia dizer, mas alguma coisa não estava certa. Ou era paranoia?

- Você precisa descobrir o sobrenome dele. Talvez descobrimos alguma coisa ...

- Ok Sherlock - O sinal indicando que o intervalo havia começado tocou.

Comi o resto do sanduíche em silêncio.

Mateus continuava batendo na mesa, o que me irritava levemente.

Olhei para ele.

- Para com isso.

- Isso o que?

Peguei em suas mãos e as segurei.

- Isso.

As mãos dele estavam geladas, diferente das minhas que estavam quentes.

Vi Leticia entrando na cantina ao longe.

Soltei as mãos dele.

Ela veio em minha direção.

- O que aconteceu com vo...

Ela parou de falar assim que viu o Mateus.

- Eu já estou saindo ... - ele se levantou, e olhou para mim - Tome cuidado.

Leticia sentou-se no lugar dele.

- O que foi isso?

Expliquei tudo pra ela. Inclusive a cisma do Mateus com o Victor.

- Misteriosoela riu - É mais excitante.

Revirei os olhos.

- Cala a boca - Falei.

- Mas ele é bonito.

Fiz que sim com a cabeça.

- E essa cisma do Mateus com o Victor?

- Nao sei ... - mexi nos meus cabelos - O Mateus não o acha confiável.

Ela deu de ombros.

- Eu o acho normal - disse.

Conversamos até o intervalo acabar.

Depois, voltei para a sala para assitir as últimas aulas.

Hoje, levei a Leticia para casa.

Já em casa, fui tomar banho. Foi um banho demorado, gostava de pensar.

Quando acabei, me deitei na cama e olhei para a lua, atraves da porta de vidro que dava para una pequena sacada.

A luz da lua era a única iluminação que havia na meu quarto.

Meu celular tocou, me assustando.

Era um número que eu não conhecia.

- Alô?

- Gabriel - era a voz do Victor.

Minha boca rapidamente secou.

Acendi a luz do abajur que havia no lado esquerdo da cama.

- Como conseguiu meu número? - tentei manter a calma e a leveza na voz.

Poderia ter conseguido com um de seus amigos ou conhecidos.

Eu era conhecido na faculdade.

"Quem não conhece o Gabriel Goddoi?"

- Um amigo me passou, espero não ter te incomodado ...

- Nao! - Falei - Tudo bem.

- Que ótimo - disse ele - Eu liguei para saber se você não quer almoçar comigo amanhã ...?

Fiquei em silêncio por alguns segundos pensando na resposta.

Precisava saber mais sobre ele para tirar essa cisma.

- Onde? - perguntei.

- Onde você quiser .. - suspirou - Na minha casa, talvez?

Saberia onde ele mora. Já era alguma coisa.

Mas mudei de idéia.

- Acho melhor em um restaurante - Falei.

- Tudo bem - pausa - Onde quiser.

- Oster, conhece? A comida de lá é ótima.

- Conheço, sem problemas.

Fiquei em silêncio por que não tinha nada para falar.

Olhei para a lua cheia que iluminava meu quarto.

- A Lua está linda, não é?

- Victor ... - eu podia sentir meu coração quase saindo pela boca.

Calma Gabriel, é quase impossivel ele estar ali.

Era impossível!!!

O condomínio era fechado. Seguranças, camera, cercas eletricas... As pessoas só entravam com autorização.

- Que foi, meu anjo? - perguntou ele.

Me levantei e andei lentamente em direção a varanda.

Abri a porta de vidro e um vento quente, veio em minha direção.

Olhei para baixo, procurando alguma coisa. Ou alguém.

Algumas luzes do jardim estavam acesas, mas a área não era totalmente iluminada.

Não tinha ninguém ali.

- Nada - Falei - Eu tenho que ir dormir.

- Tudo bem - ele provavelmente sorriu - Tenha uma Boa noite.

- Boa noite - sussurrei.

Desliguei e segurei o celular nas mãos.

Dei uma última olhada para o jardim.

Silêncio.

Dei meia volta e entrei no meu quarto.

Tranquei a porta de vidro e fui em deitar.

★★★★

Me levantei quase na hora do almoço.

Tomei banho e me vesti normalmente.

Minutos depois, fui de carro até o restaurante.

Victor já me esperava por lá.

- Gabriel - sorriu ao me ver.

Sorri se volta para ele.

Me sentei de frente para ele.

Victor estava bonito demais. Usava uma blusa social azul e uma calça jeans escura.

Cheirava a loção pós-barba.

O métri veio e fizemos nossos pedidos.

- Dormiu bem essa noite? - perguntou ele bebendo um pouco do vinho que havia na sua taça.

- Dormi - respirei - E você?

Ele fez que sim com a cabeça.

- Desculpa por ontem ... - Sorriu - Liguei tarde, não foi?

- Nao, eu estava acordado - Falei.

- Desculpa pelo o que aconteceu na cantina também - ele me olhou sem graça - É que não gosto do Mateus.

"É, ele também não gosta de você" pensei.

- Sem problemas - Falei.

Me lembrei que devia lhe fazer algumas perguntas.

- Ah - mexi no meu cabelo - Depois que seus pais morreram, você ficou com quem?

Ele sorriu ao me ouvir perguntar isso.

Um sorriso cansado.

- Com meus tios - disse - Sem dúvida, meus segundo pais.

Assenti.

- Eu realmente sinto, pelo o que aconteceu ...

- Tudo bem - Falou - Eu morava com meus tios até vir para a faculdade.

- E onde seus tios moram?

- Em uma cidade longe.

Que droga. Aquilo não era grande coisa.

- Qual seu sobrenome?

Ele arqueou a sobrancelha.

- Tantas perguntas ...

- Quero saber mais sobre você - sorri - Os Goddoi são curiosos.

Ele sorriu e assentiu.

- Oliveira Mello.

- Victor de Oliveira Mello?

Ele assentiu.

- Belo nome - Falei.

- Obrigado.

Depois disso conversamos mais.

Não consegui tirar tanta coisa dele.

Algumas informações aleatórias sobre a família, o lugar de onde ele vinha ... Nada de muito importante.

O Almoço acabou e agradeci, prometendo que faríamos novamente.

Fui para a casa e pensei a respeito de tudo o que tinha ouvido.

Ele não parecia estar mentindo.

Mas sei lá ... Tinha alguma cosa errada.

Peguei meu celular e liguei para o Mateus.

Enquanto chamava, caminhei até os fundos da casa, onde havia uma piscina enorme.

Assim que me sentei na espreguissadeira ele me atendeu.

- Fala!

- Acabei de almoçar com o Victor de Oliveira Mello.

- Olha, já sabe até o sobrenome !

- Faço um trabalho bem feito.

Ele riu.

- Sei ... Mas o que descobriu?

Falei para ele tudo o que o Victor havia me contado.

- Nada de muito importante! - reclamou.

- Da próxima vez, vá você então! - Falei.

Ele riu.

- Estava demorando ...

- O fato é que eu acho tudo isso uma loucura - Falei - Ok, ele deve esconder alguma coisa, mas os pais dele morreram, talvez ele queira esquecer isso ou sei lá ... Ele é inofensivo, já falei .

- Eu ainda não sei ...

- Vou investigar o nome dele, para ver se encontro alguma coisa. Se não encontrar nada, vou parar com isso - Falei.

Mateus bufou do outro lado da linha.

- Tá bom Gabriel - ele disse - Me ligue se descobrir alguma coisa.

Desliguei e disquei outro número.

- Natan? - perguntei.

- Sim, Gabriel?

- Isso! - Falei.

- Sr! Quanto tempo não nos falamos ...

- Sim, muito tempo não é Natan ...

- E como o Senhor está?

O Natan trabalha para o meu pai. Ele meio que investiga as pessoas com quem meu pai faz acordos financeiros que ajudam a empresa.

- Estou bem e você?

- Bem ... - ele disse - Em que posso ajuda-lo?

- Entao, tem uma pessoa que eu queria que você descobrisse algumas coisas ...

- Nome?

- Victor de Oliveira Mello.

Natan pareceu anotar o nome em algum lugar.

- Ok, quando tiver alguma coisa te falo.

Sorri.

- Obrigado Natan - Falei - Ah, e por favor, não conte nada para o meu pai.

- Nao contarei Senhor. - ele disse - Em breve te ligarei.

Assenti e desliguei.

Era só questão de tempo até eu saber a verdade.

♒♒

EI GENTE! OBG POR TODOS OS COMENTARIOS DIZENDO PARA EU CONTINUAR A HISTORIA. ESPERO QUE GOSTEM DESSE CAPÍTULO E ME DIGAM O Q ESTAO ACHANDO. VICTOR, BOM OU RUIM?

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Comentários

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a parte 3 não esta funcionando poderia colocar de novo?

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Corre q ele e um doido kkkk muito bom! Ansioso pelo prox

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Hum...provavelmente o vitor quer se vingar dos goddoi, pela morte dos pais dele. então por isso ele tá se aproximando do gabi .

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Tá muito bom seu conto. Parabéns!

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