Rumo ao Desconhecido - Parte 1

Um conto erótico de Lucas Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 989 palavras
Data: 02/01/2015 22:39:46
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Capítulo 1 - "Into The Blue"

- Vai ser bom pra você passar esse tempo com seu pai meu amor!

- Mãe, por favor, eu odeio aquele cara! Será que não tem como me levar na mala pra Rússia com a senhora?

- Claro que não e você sabe disso. Eu vou a uma viagem de trabalho, poxa me entende filho, serão só duas semanas!

- Que saco, minha mãe na Rússia e eu com um cangaceiro no fim do mundo.

Eu sabia que essas viagens não duravam só duas semanas. Bom, me chamo Lucas, tenho 17 anos e moro com minha mãe que se chama Luana, tem 38 anos e é agente de modelos. Ela sempre viajou bastante e eu sempre fico na casa da minha avó durante essas viagens, mas essa vez minha mãe achou melhor eu passar um tempo com o homem que doou o sêmen pra eu vir ao mundo. Ele se chama Alberto e tem 40 anos.

Nossa relação sempre foi estranha. Víamos-nos sempre uma vez por ano (No Natal) ele nunca ligava antes disso, também nunca ajudou minha mãe a me criar com nada e quando descobriu que sou gay (Me assumi com 15 anos) disse que eu não era filho dele, que sou uma aberração e muitas outras coisas. Pouco tempo atrás ele apareceu aqui em casa me pedindo perdão, que queria recuperar o tempo perdido e uma baboseira que eu nem prestei atenção.

Tenho certeza que minha mãe esta mancomunada com ele e já estavam planejando me mandar para aquele fim de mundo há muito tempo! Mas com relação ao Alberto eu nem sei bem o que esperar dele... Como ele sempre vinha me ver só no Natal eu só sei o básico sobre ele: mora em uma fazenda no interior com a mulher e o enteado que vulgo ser meu quase meio irmão.

Depois que ele veio tentar recuperar um tempo que ele acha que perdeu sempre me chama para passar um tempo com ele, diz que me ama e que me aceita, mas eu nunca quis papo com ele. Depois de tudo que ele já me disse eu não acredito mais. Eu sempre senti falta de um pai, no dia dos pais só eu não tinha um pai pra dar presente, essas coisas... Hoje eu aprendi a conviver com isso, mas como a vida é uma filha da puta o Alberto veio dar uma de pai presente nessa altura do campeonato, vai saber né!

- Eu não vou aguentar isso mãe! – Disse fingindo um choro. – Como à senhora tem coragem de me largar na casa de um estranho? E se ele me torturar lá? Me jogar no rio e me matar afogado?

- KKKKK que mente fértil hein?! Ele não é um estranho Lucas, é seu pai!

- Será que ele se lembra disso? – Ironia mesmo.

- Olha, senta aqui... – Ela apontou para um lugar no sofá em que estava sentada. – Eu sei que você não se sente confortável com ele, nem o conhece direito, mas ele é seu pai e quer esse tempo com você.

- Mas eu não quero passar nem um dia no meio do mato com aquele louco cangaceiro!

- Eu não posso privar ele disso, e tenho certeza que você vai gostar de conhecer ele melhor! Ele é um homem bom e te ama. Dê essa chance a ele.

- Tenho escolha?

- Não! E vai arrumar suas coisas que amanhã cedo o cangaceiro já vem te buscar kkkkkkk.

- Quê? Como assim? – Disse assustado. Ela me disse que ele viria só na semana que vem!

- Eu viajo só na semana que vem, mas ele pediu pra vir mais cedo te buscar. Não achei nenhum problema nisso.

- Mas eu achei né! Aff

- Vem, vamos arrumar suas coisas criatura! Kkkkkkk até parece que está com medo dele.

- Nunca meu bem, agora me ofendeu! Vamos logo com isso, só espero que ele não me mate afogado no rio.

Arrumamos tudo naquela tarde em meio a risos e brincadeiras. Minha mãe sempre foi tudo pra mim, nós nos entendemos e compartilhamos tudo um com o outro. Se ela achava que aquele cara ia me fazer bem, mesmo não concordando eu iria fazer aquilo por ela.

A noite ela me levou na casa da minha avó e eu fiquei um pouco com ela, depois avisei os meus amigos do curso pelo whatsapp mesmo e fui pra cama... Nem sei quando fui dormir, rolava pela cama toda, mas não conseguia parar de pensar em como seria na casa do Alberto, se ele iria me tratar bem, como era sua família e se eu me adaptaria já que eu tinha quase certeza que passaria bem mais que duas semanas naquele lugar.

Parece que quando eu finalmente fechei os olhos a minha mãe começou a bater na porcaria da porta dizendo que meu pai estava lá embaixo. Levei um susto tão grande que cai da cama, mas logo levantei e abri a porta e puxei minha mãe pra dentro.

- Mãe que isso? Esse cara já esta aqui e a senhora não fala nada? Cara doido, vir perturbar o sono dos outros essa hora da manhã!

- Kkkkkkk Olha as horas Lucas! – Peguei meu celular e vi que já eram quase 09hs da manhã – Ele está te esperando lá embaixo, se arruma logo que ele tem muita coisa pra fazer e o caminho de volta é bem logo. – Ela nem esperou eu responder e saiu do quarto falando alto que eu estava me arrumando e já descia.

Levantei sem pressa, tomei banho, escovei os dentes e vesti uma roupa bem confortável para a viagem... Peguei minhas duas malas (enormes) e sai do quarto. Quando eu cheguei ao alto da escada eu vi o Alberto sentado conversando com a minha mãe. Ela me viu e deu um aceno de cabeça pra ele que se virou pra me ver. Acho que a única coisa que eu pensei quando o vi me olhando todo feliz foi: “Bem, vamos lá”.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Lucas Way a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Continua e logo por favor. O enredo foi bom e espero que fique melhor.vou acompanhar sempre se você não demora a postar.

0 0