Amarga Mentira - Penúltimo Capítulo (Parte II)

Um conto erótico de May Lee
Categoria: Homossexual
Contém 2371 palavras
Data: 13/01/2015 04:15:53

MARC

Estava parado mesmo no meio da estrada chuvosa vendo o homem de preto bater em alguém. Encaminhei-me para onde eles estavam e escutei a vitima gritar de dor. Eu queria fazer alguma coisa, mais o meu corpo não saia do lugar. Era como se eu tivesse preso. De repente o homem olha pra mim e começa a rir. Ele aponta para a vitima no chão. Quando eu vi que era o rosto do meu irmão, gritei alto querendo que o homem de preto parasse de bater nele.

- Marc! Marc! Acorda! – havia alguém me balançando.

Eu comecei a bater nessa pessoa tentando me livrar de seus braços.

- Calma, Marc. Sou eu, o Eduardo. – disse segurando as minhas mãos.

Abri meus olhos e me vi olhando para os olhos mais pretos que alguém poderia ter. Aqueles olhos que ainda era a minha perdição.

- Me desculpe, Eduardo. – o puxei para sentar na cama. – estava tendo um pesadelo.

- Tudo bem. Você quer falar sobre isso? – o Eduardo se debruçou para me dar um beijo na cabeça.

- Não, eu acho que não. Quem sabe depois. – dei de ombros.

- Tudo bem, então. Como você está? Você ainda sente alguma dor? – perguntou passando as mãos pelo meu peito nu.

- Não, Dr. Eduardo. Estou ótimo para o trabalho pesado. Quero dizer... – em um movimento rápido eu puxei o Eduardo para o meio da cama e sentei em seu colo. – Eu estou ótimo para pegar pesado.

Eu ri antes e fundir a minha boca na do Eduardo. Passei os meus braços pelo seu pescoço precisando do contato. Comecei a pressionar a minha bunda em seu pau totalmente duro. Gemi alto quando o Eduardo mordeu o meu lábio inferior.

- Eu preciso te perguntar uma coisa antes da gente colocar essa casa abaixo. – o Eduardo segurou a minha cintura parando os meus movimentos.

- Não quero conversar agora. Eu preciso de você. – disse capturando os seus lábios.

- Espera, Marc. A gente precisa conversar, por favor. É sério.

Eu saí de cima dele e me sentei de frente para o Eduardo.

- O que é tão importante? – perguntei olhando em seus olhos.

O Eduardo esfregou as mãos uma na outra e respirou fundo. Ele parecia nervoso.

- Eu sei que não faz muito tempo que a gente está junto, mas o que eu sinto por você é maior do que qualquer tempo. E eu o amo. – disse passando a mão pelo cabelo.

- Eu também te amo, Eduardo. – e eu merecia esse homem, senhor? Eu não sei, mas aproveitaria todo o tempo que eu tivesse com ele.

Ele ficou olhando pra mim como se ainda não tivesse terminando de falar. Por quê ele estava nervoso?

- O que você quer me dizer realmente? – perguntei um pouco apreensivo.

Nesse exato momento alguém resolveu bater na porta do meu quarto.

- Será que os pombinhos querem ir para um jantar na casa do Pedro? – o Stefan perguntou entrando no quarto.

- Eu acho que sim. – disse o Eduardo olhando para mim.

- Pois eu acho que não. Eu não gosto desse tal de Pedro. Não fui com a cara dele. – eu não senti boas vibrações vindas desse tal de Pedro. O Stefan e o Fernando poderiam até morrer de amores por ele, mas eu não era obrigado.

E além do mais, o Eduardo não havia terminado de dizer o que realmente queria. Não tinha nada no inferno que me fizesse sair desse quarto sem antes dele me contar.

- Você fala isso por que tem ciúmes do rapaz. - o Stefan disse revirando os olhos.

- Qual é, Stefan. Sem essa! Eu não vou discutir isso com você. Eu não quero ir e ponto.

- Então eu acho que vamos ficar por aqui mesmo. – disse o Eduardo com aquele sorriso dele encantador.

- Tudo bem. Qualquer coisa tem sobras na geladeira.

- Obrigado, Stefan. - o Eduardo disse antes de o meu irmão fechar a porta do quarto.

- Que saco! Sempre esse tal de Pedro. – eu disse jogando um travesseiro na porta.

- O seu irmão é legal, Marc. Pare disso! Talvez ele esteja falando a verdade. Acho que você está com ciúmes.

- Nem venha com essas conversas também. – disse o cortando com um olhar.

- Me desculpe. – ele pareceu envergonhado.

- Eu só desculpo se você falar o que você quer dizer.

- Não é nada. Vamos comer? Eu estou com fome. - o Eduardo saiu da cama.

- Não tão cedo. O que você tem pra me dizer? – eu fui em direção à porta e me coloquei entre ela e o Eduardo. - Agora você vai me dizer ou vamos ficar a noite toda nisso?

- Marc, eu quero saber se... – ele engoliu em seco, respirou fundo e depois olhou em meus olhos. – Marc, eu quero saber se você gostaria de vir morar comigo. Eu quero dizer, como um casal. Eu quero ter você todas as noites na minha cama. Quero voltar pra casa depois de um plantão cansativo e ter alguém que me apare. Eu quero você comigo, Marc. Você aceita?

Morar com ele? Mas isso era um passo muito grande no nosso relacionamento. Será que daria certo? E tão cedo assim? Mas olhando em seus olhos eu podia tirar todas as minhas duvidas.

- Eu aceito. – eu me ouvi dizer.

- Oh, graças a Deus! Eu já estava quase morrendo aqui. – ele ia me abraçar, mas parou no meio do caminho quando bateram na minha porta pela segunda vez.

Por Deus, será que ninguém dessa casa poderia ter paz?

Eu abri a porta do meu quarto preparando pra explodir com quem quer que fosse, mas qualquer som ficou preso na minha garganta quando eu vi uma arma sendo apontada na minha testa.

- Qualquer movimento e eu atiro. – disse aquele ser que não esperava ver tão cedo novamente.

- O que você quer, Thiago? – o Eduardo perguntou atrás de mim tentando pegar o meu braço.

- Você é surdo, Eduardo? – perguntou o Thiago. – Sai de perto dele.

O Thiago me puxou colocando as minhas costas contra o seu peito.

- Vai andando de vagar pra sala, Eduardo. E coloca as mãos pra cima. – disse pressionando a arma na minha cabeça.

- O que você vai fazer, Thiago? – o Eduardo perguntou olhando pra trás.

- Não olhei pra trás.

Quando chegamos à sala o Thiago me colou de joelhos de frete para o Eduardo.

- Eu te avisei, Eduardo. Eu disse pra você não me deixar. Mas você sempre foi teimoso, não? Preferiu ficar com esse daqui. – o Thiago deu uma joelhada nas minhas costas.

Doeu muito, pois elas haviam ficado boas recentemente.

- Não faz isso com ele, Thiago. – o Eduardo disse.

- Por quê? Eu acho que ele gosta de apanhar. Ele fica bem quietinho enquanto a gente faz isso. Bom, pelo menos ele não reclamou quando eu bati nele. Como estão suas costelas, Marc?

Então foi ele? Mas por quê? Oh, senhor...

- Foi você, Thiago? O homem de preto que me bateu, não foi? – eu perguntei.

- Homem de preto? Interessante. Sim, foi eu mesmo. Era pra você ter morrido naquela noite, sabia? Nós havíamos planejado isso.

-Nós? Nós quem? – o Eduardo perguntou irritado.

- Isso não interessa mais. O que importa é que a vida do Marc pode ser poupada se você voltar pra mim, Eduardo.

Só por cima do meu cadáver. O que esse louco do Thiago estava planejando? E quem realmente estava por trás do meu acidente junto com ele? Tantas perguntas.

- Não ceda, Eduardo. Não ceda a esse jogo. Mesmo que você diga sim, ele não vai parar. – eu disse olhando para o Eduardo.

- Marc, eu não...

O Eduardo foi interrompido por um celular tocando em algum lugar.

- Oi, Hugo. Como estão as coisas por aí? – o Thiago perguntou.

- Aqui está tudo sob controle. E contigo? – eu escutei a voz um pouco distante.

O telefone era do Thiago e a voz vinha dele. E quem era esse tal de Hugo? Alguém envolvido no meu acidente?

- Então, tem alguém aqui que quer conhecer você. Dê olá para o irmão do seu inimigo, Thiago. – a voz disse.

- Oi, Stefan. Olha, não é nada pessoal, mas o seu irmão tem algo que é meu. – o Thiago disse.

Eu senti um frio percorrer a minha espinha quando escutei o nome do meu irmão.

- Eu não estou entendendo, Hugo. – escutei a voz do Stefan.

- É simples, meu caro. O Thiago é o ex do Eduardo. O Thiago não gostou de ser trocado pelo Marc. Mas isso é coisa deles. Por favor, Thiago, coloque o Marc na linha.

Quem era esse tal de Hugo? Por quê o Stefan estava com ele? Será que isso era um sequestro? O que estava havendo aqui?

- Stefan, eles são loucos. Eu não sei o que está acontecendo com vocês, mas não ceda. – eu disse rápido. Se fosse pra gente morrer, que pelo menos fosse com dignidade.

- Cala a boca, seu inútil. – o Thiago disse me dando outra joelha nas costas.

Essa foi mais forte e eu quase caí pra frente, mas o Thiago me puxou de volta.

- Você não vai ceder, Marc? E o que sobre você, Eduardo? – o Thiago puxou os meus cabelos.

- Por que você não abaixa a arma pra gente conversar? – o Eduardo perguntou calmamente.

- Não tem mais conversa! Eu quis conversar uma vez, mas você me colocou pra fora da sua casa. Lembra disso?

- Thiago, por favor. – o Eduardo parecia desesperado agora.

Eu queria chorar. Eu sabia como tudo ia terminar. Era o meu destino. Parecia que eu tinha que morrer mesmo.

O Thiago pressionou a arma mais forte em minha cabeça. Eu fechei os olhos esperando ele atirar.

- Eduardo, eu vou fazer a pergunta só mais uma vez. O que você prefere? Ficar comigo ou com o Marc?

- Diga não, Eduardo. – eu disse abrindo os olhos e olhando para o Eduardo.

Isso não era justo, mas talvez fosse esse o meu fim. Se eu fosse morrer, que fosse pelo menos pelas razões certas.

- É mesmo, Marc? Então me diga você, sabichão – apertou mais o agarre ao meu cabelo. – Com quem o Eduardo deve seguir? Diga que é comigo e você estará livre.

O Thiago nunca ia me deixar sair dessa livre. Se caso ele fosse, ele era louco. Eu podia saber mesmo não vendo os seus olhos, o que ele realmente queria; matar-me.

- Ninguém deve ser obrigado a ficar com ninguém. – eu respirei fundo antes de assinar a minha sentença. – O Eduardo não te ama, Thiago. Ele me ama. Foi a mim quem ele pediu pra morar junto. Ele quer ficar comigo! E não com você, seu desgraçado.

Eu não esperava o que veio a seguir. O Thiago disparou dois tiros no peito do Eduardo. Mas ele... Por que ele havido feito isso? Era pra ele me matar e não o Eduardo.

Eu queria sair correndo para amparar o Eduardo, mas eu não encontrava os meus movimentos.

- Você viu o que me fez fazer, Marc? A culpa é sua! Sua! Ele era pra ser meu! Só meu! – o Thiago estava chorando.

O Eduardo caiu no chão com a mão sobre o peito. Eu saí em direção a ele não me importando com o que o Thiago pudesse fazer.

- Larga a arma, rapaz! – eu ouvi uma voz conhecida falando atrás de mim, mas eu não dei importância pra saber quem era.

- Eduardo, por favor, olha pra mim. Você não pode morrer! – eu me debrucei sobre ele pra escutar se ele ainda estava respirando. Estava fraca, mas era alguma coisa. – Eduardo, acorda!

Eu coloquei a cabeça dele em meu colo desesperado. Uma ambulância! E tinha que chamar uma ambulância.

- Marc... – o Eduardo disse fracamente.

- Ei, não fala nada. Eu vou ligar para uma ambulância. – disse passando as mãos pelo seu rosto.

- Eu amo você, Marc. – ele disse tão baixinho que quase não o escutei.

Fiquei olhando para o Eduardo enquanto ele fechou os olhos.

- Não! Não! Lute por mim, Eduardo. Não morra.

Eu chorei forte sobre o Eduardo. Eu queria o meu amor de volta. Queria aquele olhar penetrante, e não aquele olhar vago. Eu queria o sorriso e não a tensão. Eu queria voltar no tempo e ter aproveitado mais com o Eduardo. Queria congelar todos os momentos que tive com ele.

Talvez eu estivesse destinado a nunca ser feliz. Tudo o que eu amava, era tirado de mim. E tudo por minha culpa. Os meus pais e agora o Eduardo.

Escutei sirenes e barulhos de carros ao nosso redor, mas eu acho que era tarde demais.

Eu preferia a morte diante da dor que eu estava sentindo.

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Oi, meus lindos maravilhosos! Tudo bom com vocês? Então, eu quase estava pra desistir de postar esse capítulo. Eu acabei esquecendo a minha senha da minha conta e não estava conseguindo abrir o meu email pra pegar a senha da CDC, pois eu também havia esquecido a senha do email. Mas como eu sou persistente, eu consegui somente agora. Antes tarde do que nunca, né? kkkkkkkk Enfim, hoje ainda trago pra vocês o último capítulo junto com as minhas lágrimas. :'( :'( #Chorosa Fiquem com Deus! beijos em seus corações. Até mais.

Prireis822: Foi como eu disse pra você ontem, espere até o último capítulo para vermos como ficou tudo. Eu pensei que o seu personagem favorito era o Fernando. Enfim, me corrija se estiver errada. Ei, Maria, não fica brava comigo, tá? Não me odeie. Beijão! Manda beijos também pro meu Floquinho *-* <3

Irish: Minha querida, amiga, vamos saber sobre todos no último capítulo. Lá ficaremos sabendo quem foram os sobreviventes dessa louca armadilha. Talvez a lição que fique, minha amiga, seja de não confiar tanto em alguém cegamente. Não sei... Vamos guardar nossas emoções para o último capítulo. Adoro bem muitão você, viu? Não esqueça disso. Beijos, minha querida amiga.

Geomateus: Obrigada por continuar lendo! beijos

Rose Vital: Minha linda Mãezona, agora é esperar pra saber o final desses meninos. Todos eles tiveram os seus carrascos e alguns pagaram com a vida essa louca cama de gato. Enfim, você sempre tem umas percepções incríveis. Deveria escrever, Rose. Sério! Mãezona, obrigada pelo apoio e pelo colo estendido, viu? Obrigadão. Um beijo nessa alma gentil! Fica com Deus.

Kyryaq: Eu também conto com isso. Será que eles chegaram a tempo de salvar os nossos meninos? Ou pelo menos alguns deles? Todas as emoções estão no capítulo final. Estou muito triste aqui já. Mas eu tenho que acabar, né? Beijos.

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Comentários

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Torcendo para que todos terminem vivos e bem... Beijo minha querida.

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Oi de novo Kelly, rsrs, sabe este capítulo foi tão intenso que me vi além de passional, tb no comentário anterior do mesmo, tive uma atitude que não gostei, sabe Kelly, me senti cínica ao dizer que se vc tivesse que sacrificar um dos nossos rapazes, vc sacrificasse o Fernando, pois tudo começou como uma vingança contra ele, mas isso tb é errado pq punir o Fernando, só pq ele tb cumpriu seu juramento como advogado e fez com que os pais de Hugo e Pedro fossem presos, por serem culpados de assassinato e outros crimes, não é justo e peço desculpas pelo meu egoísmo, sei que vc está ansiosa, pois ao mesmo tempo que vc quer nos brindar com o Milagre que todos estamos te pedindo, vc tb quer mostrar o lado da loucura e falta de razão que infelizmente existe no mundo, como mostrado no caso da família do Eduardo. Vou aguardar ansiosa e saiba que vc terá o meu apoio total. Bjs minha filha do coração desta sua mãezona que erra por ser humana e ama D+. Bjs

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Estou agora com esperanças de que tudo fique bem com eles! Mas isso soh voce sabe, neh? :) Ansiosa para o ultimo capitulo! Abraço apertadissimo, minha linda!!

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Amei. Só posso dizer que estou a espera de um milagre e que todos fique bem no final e que a cavalaria chegue a tempo. Kelly eu gosto do Fernando e do Stefan. Mas gostava mais do Stefan e gosto muito mais deles dois juntos e do amor deles poxa eles demoraram tanto pra se declarar e não tiveram tempo pra desfrutar esse amor. A mesma coisa com Marc e Eduardo o Marc já sofreu tanto com a culpa da morte dos pais e também vai sofrer muito mais se perder os amores dele o irmão e o namorado coitado não o vc estar planejando pro final mas espero que um milagre aconteça e os dois sobrevivam. Kelly querida posso até ficar triste mas nunca vou te odiar por isso, vc sabe o quanto eu gosto de vc e jamais te odiaria por isso. Esperando o final. Bjos Maria :)

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Muito chorosa aqui :'( assim... Será que não tem jeito de ressuscitar TODOS os personagens que morreram? Tipo, Stefan e Fernando *--* amo muito, e acho que depois de tudo eles merecem ficar juntos. Ressuscita plis kkkk. Lindo o capitulo. Como todos os outros

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Chorei agora com o Marc, sabe de todos ele é quem sofreu mais, primeiro por se culpar pela morte dos pais e não se achar digno do amor das pessoas, principalmente do Eduardo, sinceramente, vou ficar torcendo a Espera de Um Milagre, para que o Eduardo não morra, ainda mais que ambos já sofreram tanto. Sabe Kelly, gostaria de se houver mortes que sejam dos carrascos, mas se vc tiver que sacrificar algum dos nossos meninos que seja o Fernando, o principal alvo na vingança do Pedro e do Hugo. Bjs minha filha linda, ansiosa e chorosa pelo último capítulo. Um super, mega, blaster beijo da sua mãezona Rose Vital.

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