Alexander No País de Oz Capítulo 13

Um conto erótico de ©@M£;)
Categoria: Homossexual
Contém 3391 palavras
Data: 10/01/2015 23:37:52

Capítulo 13

Um Plano para mantê-los vivos.

Alec corria o mais rápido o possível floresta adentro. A maior idiotice que Tsol poderia ter feito foi pedir para

que ele não visse.

- O meu maior defeito... - Alec arfou, cansado de correr e sentindo a perna queimar. Droga de perna que não sara. - é que eu me preocupo demais com as pessoas.

" Percebi " respondeu Shulåãn, no mesmo tom seco e mal humorado de sempre.

- Olha, se não quiser me ajudar - Alec se agarrou à arvore mais próxima e bebeu um pouco de água do seu cantil e respirou fundo - tudo bem, eu me viro.

" Não diga asneiras. Você é um sonso. E o seu plano é um plano suicida ". Intrometeu-se Cëla.

-Como você sabe se meu plano é bom ou não, se eu nem contei? - perguntou Alec, continuando a caminhada, olhando para o céu, na direção em que a bruxa levou Tsol.

" Eu tenho bem mais acesso à sua mente do que você imagina " Disse Shulåãn. " Agora, que tal a gente trocar um pouco? Você está exausto ".

-Trocar? - Alec não entendeu o sentido daquele " trocar" - Tipo, um revezamento?

" Exato " Cëla falou categoricamente.

-Revezar o quê, Oras! - Alec recostou-se numa árvore , exausto. Seus pulmões queimavam de cansaço por serem tão forçados, mas ele não podia parar. A qualquer momento algo ruim poderia acontecer.

" Você " disse Shulåãn " deixa eu ficar no controle. Você está exausto ".

- Que cena inútil. - Alec resmungou - eu sei que você só quer possuir o meu corpo e depois fazer o que der na telha, não é?

" Não seja ridículo " Cëla rosnou " eu não PROMETI " ele gritou o 'prometi' " Que iria te ajudar?!! Hein, Alexander?!! ".

A cabeça de Alec doeu com aquilo. Ele nunca confiou muito em seu reflexo. E tinha motivos pra isso. Alec meio que andou muito desconfiado ultimamente. E a estranha e repentina crise de bondade de Tsol e a boa vontade para ajudá-lo de Shulåãn se tornaram coisas bem suspeitas ao ponto de vista dele.

- Certo. - Alec fechou os olhos - desculpa. O que eu tenho que fazer?

" Apenas relaxe e fique calmo. Vai ser como se estivéssemos trocando de lugar ".

Alec sentiu que estava afundando dentro de si mesmo. Era como se estivesse prestes a morrer e a sua inconsciência o engolisse. Mas nesse caminho transitório, de súbito, ele parou. Envolto a uma estranha e grudenta escuridão, ele pôde ver Shulåãn abrindo e fechando a mão.

- Que corpo patético - A voz de Alec estava rouca e grotesca. Ele realmente havia trocado de personalidade com Cëla.

- Bem, vamos lá - ele pulou com uma força tão extrema que pendurou-se num galho de árvore - Aqui por cima é melhor e já está ficando de noite. Nem se você passasse cinco dias correndo como hoje, ainda não chegaria a tempo ainda.

" O quê?!! " Alec tentou gritar, mas as palavras ficaram engasgadas em sua garganta. Só fluíram em sua mente.

- Você se acostuma a viver aí dentro. - Ele começou a saltar agilmente pelos galhos de forma rápida e potente. O coração de Alec palpitava de medo, mesmo que ele estivesse apenas observando.

" Tenta me manter Vivo, ok? " Alec pediu com a voz tão trêmula que parecia que estava numa moto, num caminho super esburacado.

- Vou ver o que dá pra fazer. - Disse Shulåãn, com uma ironia Assustadora.

O reflexo de Alec ajudou mais do parecia possível. Eles avançaram tão rápido que estavam quilômetros a frente, quando Shulåãn decidiu parar.

- Por ora, vamos parar aqui - disse, parando numa árvore cheia de trepadeiras, com folhas gigantescas.

" É bom você buscar dormir. Você deve estar exausto " disse Alec.

Shulåãn respirou fundo, com o seu costumeiro ar de entediado.

- Não estou. Mas é melhor descansar mesmo. Uma tempestade está pra começar.

Alec sentiu o sono pesar nos seus olhos, enquanto a escuridão se formava a sua volta, como um cobertor.

" Shulåãn? ".

- Que é?

" Me dê um banho amanhã, por favor ".

- Vou me lembrar disso.

" Certo ".

Então dormiu.

zZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZzZ

Alec acordou com o barulho de água. Água corrente. Mesmo como reflexo, sentiu frio. Seu pensamento se desviou por um momento. Ele sorriu imaginando o que Came acharia de tudo aquilo.

" Okay " ele concerteza diria " estamos em um cenário não é? Cadê as câmeras? E os projetores de hologramas que criaram essas criaturas esquisitas? ".

Ele teve que rir. Came é uma pessoa que nunca acreditou em coisas... Fora do normal, como aquelas. Ele acabaria surtando, buscando uma resposta para tudo aquilo.

- Já acordou - Cëla afirmou - eu já me adiantei um pouquinho - ele ergueu uma garrafa de água - também peguei uma garrafa de vinho velha que achei no caminho e enchi de água do rio para beber.

"Isso é Bom " Alec pensou. Ele ainda não se acostumara a ter que" conversar por meios psicológicos. Ele gostava de poder falar " Espera!! Você lavou essa garrafa, né? ".

- Ah... Estamos perto! É logo alí! - Shulåãn começou a cheirar o ar como aqueles caçadores de animais psicóticos que ficam cheirando fezes e lambendo o chão a procura de leões ou guepardos - posso sentir o fedor daquela bruxa velha.

Ele começou a fuçar as árvores. Cheirava uma aqui, Umas duas ali, e depois passou a cheirar o ar novamente.

" Dá pra parar? " perguntou Alec " isso tá ficando mais bizarro do que o convencional ".

- Cale-se - Shulåãn grunhiu - Isso é um legítimo instinto de caçador. Você não entende.

" Verdade. Não entendo como cheirar um ar comum e assediar árvores pode ser considerado instinto caçador ".

- Retire o que disse agora - Cëla mandou, num rompante ofendido. Alec ficou quieto - Você é um anãozinho mal agradecido, sabia?

" Por quê? "

- Olhe para a frente.

Alec pôde ver um chalé feioso, coberto de terra e musgo, com janelas tão encrustadas de poeira que era impossível ver até uma sombra . Havia uma porta que estava cheia de cipós que rodavam em volta de um poste lampião ao lado da porta e de um tronco de árvore.

- Que segurança incrível! Estou marmaravilhado! Nunca vi nada assim!!

" Não seja irônico de maneira tão falsa ". reclamou Alec.

- Certo, certo! Vamos lá. É só mata-la não é? - Perguntou Cëla.

" isso aí ".

- Certo. Agora você assume.

Alec sentiu-se como se estivesse sendo puxado. Cada vez mais rápido, e mais, e mais, e mais, e mais... Então, lá estava ele novamente. No comando do seu corpo. Uma estranha crise de sono e preguiça abateu Alec, mas ele só bocejou, coçou os olhos e se apoiou na porta para ouvir algo. E pôde ouvir. Ouvir muito bem.

Tsol estava na pior. Alec tinha que fazer algo. E rápido!

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-Sua Maldita velha retardada! - berrou Tsol, se contorcendo para se soltar dos cipós que ainda o enrolavam como uma carga de lenha.

- Fique quieto! Seu rapazinho mal educado!! - A bruxa ergueu um dedo de forma ameaçadora - você é bem ingrato, sabia?

- Ingrato? - Tsol andava tão vermelho de raiva, que nem dava pra diferenciar o rosto dele de um pimentão maduro - você me dá a " oportunidade " de escolher um tempero pra quando eu for cozido e morto. Isso é loucura!

- Tem certeza? - perguntou a bruxa, encarando Tsol - você ainda tem tempo de escolher. Estou indecisa entre o molho de pimenta ou o molho agridoce.

- Não vou participar disso! - Tsol disse.

- Tá, tá , garoto. Cale a boca um instante. Você é insuportável.

" Não é a primeira vez que ouço isso ". pensou Tsol lembrando de Alec. Ele só desejava que Alec já estivesse bem longe. Quem sabe com algum outro aliado. Aquela carinha fofa pode convencer qualquer um a se aliar a ele " posso dizer que você foi o que chegou mais perto de ser um amigo meu, Alec. ".

- Vai ser maravilhoso comer a sua pele! - Falou a bruxa animadamente para Tsol - Depois dela, vou comer os seus órgãos internos e seus ossos e a carne por último.

- O quê?! Que coisa repugnante. - Tsol sempre odiou bruxas. Já seu pai adorava perturbá-las. Queimá-las vivas ou inserir explosivos em suas vassouras. Chegava a ser engraçado ver seu pai inventar coisas.

- Oh, certo, rapaz. Mas quando eu comer seus órgãos internos e sua pele, os MEUS órgãos internos e MINHA pele ficam jovens comova sua. É assim que nunca morro.

Tsol franziu o cenho. Estava todo suado e seus pulsos doíam por estar amarrados apertados o suficiente para prender a circulação sanguínea. Como queria estar em casa, em paz. Quem sabe até na floresta dos pinheiros, no seu vilarejo... Ele só queria estar em casa. Mas ainda estava preocupado com Alec. Por mais chato que Alec fosse, ele queria mal pra ele.

- Sua pele parece tão saborosa... - A bruxa lambeu os lábios com a língua rachada nos lábios secos de madeira. Um dedo ossudo e enrugado de madeira começou a roçar o pulso de Tsol.

" Isso é pior que estupro. " reclamou ele.

- Vou arrancar um pedaço agora, pra ver o gosto!

- Não seja rudí... - Tsol sentiu como se seu braço estivesse sendo cortado ao meio. Ele olhou na direção em que vinha a dor, e viu um punhal esquisito arrancando a sua pele como se fosse a cobertura de um bolo.

Ele só pode ver o sangue eescorrer numa torrente negra e cair no chão. A iluminação ali dentro era péssima. Só entrava uma luz amarela pela janela suja de poeira e terra e haviam quatro velas acesas perto de um livro de " receitas tradicionais de cozimento de humanos ". Aquela dor era tão intensa que causava tontura. Ela empurrava a lâmina em seu braço e arrastava a pele consigo.

- Calou a boca, hein? - A bruxa gargalhou seca e cruelmente. Ela retirou o punhal do braço de Tsol e lambeu o sangue, como quem prova a geléia que sobrou na ponta da faca - delicioso. Como é DELICIOSO o sangue de pessoas jovens!!!

- É MESMO? E O SANGUE DE GENTE VELHA, FICA DE LADO?! - perguntou uma voz rouca de lá de fora.

- Quê? - A bruxa parecia mais alarmada do que Tsol que só arfava e puxava a mão, tentando se livrar dos cipós. Seu braço queimava e doía como se estivesse partido. Sua visão ficara embaçada e ele não controlava a própria respiração.

A porta que estava trancada trancada tanto por fora quanto por dentro cedeu com um " track" estalido e explodiu pedaços de madeira e cipó, enquanto uma figura pequena invadia o recinto.

- Ei, Bruxa Velha - a voz rouca disse de forma ameaçadora - não foi legal você tentar cozinhar meu amigo parar a ceia.

- Quem é você?! - rosnou a bruxa.

- Não interessa. - Alec armou-se de uma flecha - o que interessa é que você já estorvou demais. É hora de dizer... - a flecha foi disparada tão rápido que a bruxa não pôde se defender. Seu olho foi perfurado com a flecha, com uma precisão assustadora.

- MALDITO!! - berrou a bruxa, louca de raiva. Saía uma seiva escura e gosmenta do olho dela que se fechou em volta da flecha. Ela ergueu a mão na direção da perna de Alec. Justamente a direita.

Nasceram espinhos esquisitos do chão. Eles rodearam a perna de Alec e cravaram-se em sua carne.

- Droga. - Essa foi a única reclamação de Alec. Ele tentou mancar com a perna esquerda, mas escorregou no próprio sangue e caiu perto de uma bancada. Elcabeça tão bruscamente que bateu a lateral da cabeça e caiu no chão, tonto e desorientado.

-Hahahahaha!! - Gargalhou a bruxa, caminhando do seu jeito esquisito vagarosamente, enquanto se aproximava de Alec - como você é burro, menino! Achou que poderia chegar aqui, bancar o herói - ela pegou a flecha e arrancou de vez do olho - e salvar o seu companheiro? É isso?

Alec estava tonto. O mundo ondulava comicamente ao seu redor. Ele mal conseguia se equilibrar. Mas ele olhou para Tsol.

- Ts... Ol . Desculpa. Só queria ajudar - Alec foi agarrado pela gola da blusa vitoriana pela bruxa, que continuava empunhando a flecha.

-ALEC!! - Tsol gritou. Todo o ar dele se foi com aquele grito - bruxa maldita. Me envenenou.

Quando a bruxa abriu a boca perto do seu rosto Alec sentiu como se houvessem 50 animais mortos e batatas podres lá dentro.

- Você arruinou o meu olho!! - ela apertava com tanta força agola, que pressionava a garganta de Alec - Agora, vou ter que pegar um desses lindos olhinhos Castanhos... ! E claro! Vou furar o outro, para retribuir o que você me fez.

- Me largue!! - Alec começou a se debater e a chutar a barriga da bruxa com a perna esquerda. ela caiu no chão, praguejando como um demônio e olhou com o mais intensintenso ódio que se pode ter no mundo para Alec.

- Maldito! - Ela agarrou o punhal envenenado - Vou matá-lo!!

Ela agarrou Alec pela garganta dessa vez. Alec sentiu que as unhas da bruxa perfuravam sua garganta.

- Fique quietinho - ela empurrou Alec contra a parede e cipós o dependuraram pelo pescoço - agora, onde está aquela sua flechinha travessa?

Alec ouviu um "clanc" quando encostou na parede.

" Água? " Alec pensou " água... ! ".

" Fique quieto. Temos que pensar em algo. " Shulåãn reclamou, nervoso.

" Água " Alec continuou pensando.

- Ah, aqui está!! - disse a bruxa, como quem acha algo que procurava a tempos. Onde paramos?

- Água... - gemeu Alec.

A bruxa lançou um olhar praguejante em direção à água.

- O que você disse?!! - ela ergueu a flecha, furiosa.

- Agbdr... - Alec disse com a língua enrolada. Seus olhos ardiam e sua cabeça latejava.

- O quê?! - Grunhiu a bruxa.

- Caramba!! Eu disse ÁGUA, sua surda!! - gritou Alec, juntando todas as suas forças e enfiando a mão na aljava.

- Hahaha!! É inútil! Afinal, você está à beira da morte!!

- Será? - o braço de Alec voltou de uma vez, trazendo consigo um garrafa de vinho cheia de água, que estourou na cabeça da bruxa. O impacto fez voar cacos de vidro e água pelos ares - você nunca vai me matar. Nunca, ouviu?!

A bruxa escancarou a boca. Esta se assemelhava a um alçapão de tão aberta. Mas era apenas um grito surdo.

- MAL... DI... TO!! - A bruxa sibilou como uma cobra personhenta - SEU...

- Cale-se. - Alec já cortava o cipó em sua garganta com uma pequena adaga - você vai morrer. A água lhe mata, não é? É isso o que lhe mata.

A bruxa derreteu. Parecia que ela estava virando lama. A roupa feita de musgo e folhas que ela vestia grudou-se nela e então ela começou a inchar. Por fim ficou disforme e caiu como uma poça de lama, folhas, musgo e muita madeira pobre em pedaços.

- Tsol - Alec caiu no chão. Ele apoiou-se no nas mãos e joelhos - Tsol...

- Alec!! Alec!! - Tsol gritava zonzo. Seu braço estava ensopado de sangue escarlate, que pingava no chão de terra - Porquê...

- Eu não ia deixar você morrer - Alec se agarrou à uma prateleira cheia de temperos - você tem que sobreviver pra eu esfregar na sua cara que eu venci o torneio.

- Seu idiota cabeça dura.

- Seu brutamontes grosseirão - Alec respondeu.

Alec ergueu devagar a adaga e começou a cortar o cipó. Finalmente acabou. Tsol caiu de joelhos, tão tonto que se apoiou em Alec em sua frente.

- Obrigado, baixinho. - Ele sorriu. O cabelo loiro e fofo estava caído sob o rosto.

- De nada, Grandão. - Alec o abraçou - você me salvou de um dragão de morrer sangrando. Eu te devo isso.

Tsol retribuiu o abraço. Ele sentia-se tão tonto que parecia que ia desmaiar a qualquer momento.

- Sujei a sua roupa com sangue - Tsol fez piada.

- Vou limpar com a sua cara - Alec disse num tom grogue.

- Sei. - ironizou Tsol - Você mal se agüenta em pé.

- Não sou eu quem está ajoelhado e com o braço estrepado .

- E a sua perna, hein? Ela tá toda ferrada.

- Calado! - Alec riu.

Tsol gemeu, agarrado ao braço e se sentou no chão de terra. Alec se largou ao seu lado; sua perna sangrava com os espinhos que a bruxa cravou em sua perna. Alec arrancou um espinho longo de sua perna e choramingou.

- Parece que estamos ferrados - disse Tsol.

- É... Será que vamos morrer? - disse Alec.

- Não sei, oras! - Tsol resmungou - ninguém sabe.

- Ninguém... Não estou certo enquanto a isso - Alec disse de modo misterioso.

- Como assim, seu retardado?!

- Nada. Para de Grosseria - resmungou Alec - Você devia morrer por ser chato.

- E você também!

( ouça a música tema de Alec: Astronaut - Simple Plan )

" Nossa, vocês se tornaram grandes amigos, hein? É muita amizade pra mim acompanhar.

" Vai se ferrar Shulåãn "

Alec pensou bem, e havia uma grande chance dele morrer. É, pode ser que ele sangrasse até a morte ou então seus pulmões não receberiam mais ar algum e ele tivesse uma crise de falta de ar... Tudo é possível. Principalmente ali... naquele mundo.

Então perdeu os sentidos.

Alguns minutos depois, do nada, Alec acordou. Sua calça estava estraçalhada e dava pra ver a sua carne rasgada. Tinha um odor podre.

- Argh, que nojo. - Alec sentiu vontade de vomitar. Nunca imaginava que um dia ficaria num estado daqueles - acho que essa perna nem serve mais.

Alec se agarrou á uma bancada velha e se equilibrou com a pena esquerda. Ele olhou pro chão e Tsol estava desmaiado ainda.

- É melhor eu cuidar de você logo - Alec começou a procurar pelas prateleiras procurando algo que se assemelhasse com álcool ou erva medicinal. Ele achou ataduras. Parecia que isso seria o máximo que ele conseguiria.

Ele encontrou um banquinho e se apoiou nele. Ele ergueu o braço de Tsol, que mesmo inconsciente gemeu de dor. Um líquido esquisito saía do corte no braço dele.

- Água - Alec tateou o cinto até que suas mãos eencontraram o cantil semi vazio de água. Ele vinha economizando desde que a água começara a escassear.

A pele do braço de Tsol fora quase toda arrancada. E havia um corte profundo no meio da ferida. Um vinco.

Sem perder tempo, Alec pôs a boca sobre a ferida e sugou. Ele sentiu sua boca se encher com algo amargo. Era horrível como os comprimidos para dor que ele tomava quando sentia dor de cabeça.

Então cuspiu. Cuspiu um jorro de líquido esverdeado e meio amarelo repugnante. Ele levou o cantil a boca e gargarejou bem, lavando todos os cantos possíveis da boca.

- Ainda tem mais. - Alec refez o mesmo processo mais três vezes, até que sentiu o gosto salgado de sangue na boca. Depois, ele lavou o braço se Tsol e fez uma tipóia pro braço dele. E o recostou na parede, quase caindo com o peso dele.

Depois, como não estava com sono, limpou a perna e começou a explorar a casa. O que ele mais encontrou foram temperos, pimenta, condimentos e cestos de frutinhas como amoras, cerejas e uvas. Ele juntou tudo o que pôde na sua bolsa de caça e e num grande saco que ele implorava em pensamentos que não fosse demais para o braço esquerdo de Tsol.

Depois de algumas horas, Alec já pensava em sair e ver o exterior do chalé, quando Tsol recobrou os sentidos. Alec estava praticamente engolindo punhados de cerejas, fazendo a lingua dele ficar toda roxa.

-On... de voc... cê arranj... arranjou comi... da? - perguntou Tsol num tom grogue que dava a aparência de embriaguez.

- Nos cestos no canto da sala - Alec falou comendo mais um punhado de cerejas.

- O quê?! Você é louco?! - Tsol tentou ficar em pé mas o seu braço doeu agonizantemente.

- Fique tranquilo. Estou comendo essas frutinhas já faz horas. Se fosse para morrer, eu já teria morrido. - Alec disse de boca cheia.

Tsol se recostou na bancada novamente.

- Desmaiei por muito tempo?

- Mais ou menos duas horas e meia. Mais ou menos essa média. - disse Alec, ainda comendo - eu não consegui ficar quieto então me arrastei por aí e peguei toda a comida que achei. Como sobrou um pouco, decidi comer.

Tsol e Alec passaram vários minutos se encarando, até que Tsol forçou o corpo até levantar, mas ele se apoiou na bancada.

- Vamos embora. Não aguento mais esse lugar.

- Tem certeza? Nem um de nós estamos 100%.

Tsol pegou o saco de comida.

- Vamos. Quem sabe em uma semana chegamos se formos agora.

Alec decidiu não discutir. Tsol era uma pessoa forte, mesmo que sofresse, não daria a entender isso. Isso que o faz forte.

- Vamos. Só tenta não ficar para trás - Alec brincou.

- Acho que eu deveria dizer isso.

- Sem discussões - Alec cortou, antes que aquilo ficasse mais extremo - Vamos de uma vez.

Então partiram. Era mais uma batalha vencida, mas... será que chegarão até o fim?

ContinuaLeitores, DESCULPAAAAAAA!! Eu estava viajando e tava numa fazenda sem sinal de internet. Mas finalmente voltei pro meu querido Wi-fi :')

Espero que consigam entender.

©@M£;)

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