Amarga Mentira - Capítulo 17

Um conto erótico de May Lee
Categoria: Homossexual
Contém 2307 palavras
Data: 10/01/2015 05:13:26

MARC

O Stefan estava pior do que antes. E isso me colocava num humor péssimo. Depois de uma semana no hospital, o que eu realmente queria era sossego. Mas o Stefan não estava colaborando. Se fosse por ele, estaria me carregando no colo. E se isso não fosse ruim o bastante, o meu namorado estava se comportando como uma galinha protetora. Eu não podia dar dois passos que eles já estavam ali para me segurar. Qual o problema deles? Eu havia levado uma surra e não quebrado as pernas.

- Ei, já chega!! – eu gritei para acalmar os ânimos. – Eu posso andar sozinho. Estou bem. – disse empurrando o Stefan do caminho e fechando a porta do banheiro.

- Marc, deixa a gente te ajudar. Nós não somos os seus inimigos. – o Eduardo disse forçando a maçaneta, mas eu havia trancado.

Sim, era verdade. Eles não eram os meus inimigos. A Violeta era a minha inimiga. E pensar que eu gostava dela e o meu irmão quase casou com ela. Havia ficado chocado quando o Stefan me contou tudo, mas eu não poderia fazer mais nada. Havia decido que não mais sentiria pena de mim mesmo. Havia decido que viveria. Tinha desperdiçado tempo demais da minha vida me sentindo culpado por algo que não poderia voltar atrás. Eu estava bem. E queria apenas aproveitar.

- Abri pelo menos pra mim, Marc. Por favor. – pediu o Eduardo.

Eu suspirei e fui fazer as minhas necessidades. Deixei ele falando sozinho. Eles estavam me sufocando. Tomei um banho rápido e passei a toalha pela minha cintura.

Abri a porta e o Eduardo estava lá todo emburrado sentado na cama. Certo. Eu acho que sabia como tirar esse olhar dele. Deixei a toalha cair e fui a até a porta do meu quarto fecha-la.

- Cadê o Stefan? – perguntei indo em direção a minha cômoda. Eu podia sentir os olhos do Eduardo em mim.

- Ele foi lá pra baixo. – disse pigarreando.

- E o Fernando? – perguntei demorando em escolher uma roupa. Queria saber até onde ele ia ficar sem fazer nada.

- Saiu. Ele disse que tinha algo pra resolver no centro da cidade.

Eu resolvi não pegar nada e ficar nu mesmo. Caminhei ate onde o Eduardo estava. Ele não escondeu o fato de que estava olhando para o meu pênis. Me sentei do seu lado.

- Eu sei o que você estava fazendo e eu não irei ceder. Você ainda não está pronto pra isso.

- Isso o que? – eu sabia do que ele estava falando, mas a gente poderia jogar.

O olhei enquanto passava a mão pelo meu pênis.

- Marc... – eu vi que ele estava nervoso.

Por mais que eu quisesse continuar com isso, eu sabia que não estava pronto. O meu corpo ainda doía. Tinha que ir com calma.

Eu subi na cama e me cobri.

- Será que deitar do meu lado pode? – perguntei com a maior inocência do mundo.

- Você vai se comportar? – o Eduardo perguntou tirando a blusa e os sapatos.

- Não prometo nada.

- Você não tem jeito. – disse me puxando para o seu peito.

Eu me senti extremamente protegido entre os braços do Eduardo. Estava apaixonado por ele. E eu queria aproveitar tudo e o recompensar. Eu queria o amar por inteiro.

- Quando eu tinha 10 anos minha família toda foi assassinada por uma mulher que se dizia ser amante do meu pai. Eu escapei, pois havia ido a uma festa de aniversário de um amigo. Quando cheguei, as luzes estavam todas apagadas não escutava nenhum barulho, o que era estranho, pois a casa sempre continha barulho. Então liguei as luzes da sala e chamei pelos meus pais. Ninguém apareceu. Chamei pelos meus irmãos e nada. – o vi tremer e engolir em seco. – Quando caminhei em direção à cozinha eu vi uma trila de sangue. Chegando à cozinha eu liguei a luz dali também. Eu fiquei horrorizado e não conseguia sair do lugar. E a cena que vi lá nunca mais saiu dos meus pesadelos. – ele se sentou e passou a mão pelo rosto afastando as lágrimas. – Os meus três irmãos estavam jogados no chão coberto pelo sangue que se misturava. Eu queria gritar, mas não saia nenhum um som. Não sei como, mas eu consegui ir em direção ao quarto dos meus pais. Me lembro que não conseguia pensar em nada, exceto no sangue dos meus irmão. Quando abri a porta, eu vi a minha mãe na cama. Ela parecia que estava dormindo, mas quando me aproximei, vi a camisa dela toda manchada de sangue. A balancei e balancei, mas ela não acordava. – ele falou entre soluções. – E ali no chão do quarto, estava o meu pai. Ele havia sido baleado com dois trios na cabeça e um no peito. - O Eduardo começou a chorar. Eu não sabia o que fazer. Era muita informação. Eu tentei abraça-lo, mas ele se afastou de mim.

- Eu preciso continuar te contando. – ele disse limpando as lágrimas que caiam.

- Você não precisa continuar com isso, Eduardo. Não faça isso com você mesmo. Eu já entendi.

- Não, você não entendeu. – ele levantou da cama e ficou nadando pelo quarto. – Ela era louca! Ela matou a minha família e não escondeu isso. Ela se orgulhou de fazer essa perversidade. E eu nem sei o porquê direito até hoje. – ele foi até a janela e ficou olhando para o além. – Ela disse que era amante do meu pai. Foi isso o que eu fiquei sabendo pelos advogados. Ela disse que se vingou, pois o meu pai não queria mais ficar com ela. – ele esmurrou a parede frustrado. Eu podia ouvir a dor em suas palavras. – Ela usou o sangue do meu pai para escrever na parede do banheiro. Era uma frase que no dia não entendi, mas depois... – ele olhou pra mim com toda angustia em seus olhos. – Eu te dei escolhas. Era isso o que tinha escrito na parede. Depois de três dias, eles tiveram os resultados das digitais. Ela não fez nada pra se esconder. Ela sabia que ia ser presa. Ela sabia o que ia acontecer com ela. Era como se nada mais importasse pra ela. E sabe o que foi o pior de tudo, Marc? Ela confessou tudo e não pareceu arrependida de nada. Ela não parecia arrependida, muito pelo contrario, ela parecia feliz com o resultado. Ela era louca! Eu nunca acreditei de fato que o meu pai tinha traído a minha mãe. Eles eram tão apaixonados um pelo outro. Eu via isso. Mas era a palavra dela contra uma família morta. Ela matou os meus pais e eu nunca vou saber a verdadeira verdade.

- Eduardo, eu... – não sabia o que dizer. Um garoto, senhor. Um menino ver toda a sua família dizimada. – Eu posso te abraçar? – perguntei me aproximando dele

- A tatuagem, Marc. – ele se virou de costas para eu pudesse ver a tatuagem. – Essa arvore de gelo sou eu. Nunca mais havia permito ninguém entrar em meu coração por medo de perder o que me fazia bem. Eu perdi a minha família e meu coração ficou sem emoção.

Eu me aproximei dele e passei a ponta do meu dedo pela arvore. Agora eu entendia os nomes. Era a família dele. O nome dos pais e dos irmãos.

- Molly era o nome da minha mãe, Gustavo o nome do meu pai. Kate e Emilly das minhas irmãs. E Octavio era o nome do meu irmão mais novo. – os seus ombros tremeram e eu soube que ele estava chorando novamente.

Eu também não suportei as lagrimas e chorei pelo menino de 10 anos e pelo homem que carregava toda essa angustia. No final de tudo, eu e o Eduardo éramos iguais. Mas pelo menos eu tinha o meu irmão.

Eu beijei cada pétala que continha os nomes e fiz uma oração silenciosa para que todos estivessem descansando em paz. E pedi a Deus que o Eduardo pudesse se livrar desse fantasma que havia acabado com sua família.

O Eduardo se virou pra mim e descansou sua testa na minha.

- Eu fiquei com medo de te perder. Pensei que eu não fosse mais tê-lo em meus braços, Marc. – ele beijou o meu pescoço. – Pensei que nunca mais fosse sentir o seu cheiro. – ele passou o nariz por toda a minha mandíbula. – Eu pensei que nunca mais iria ter esses lábios doces. – ele me meu um beijo suave e sem pressa. – Eu pensei que nunca teria a oportunidade de dizer que eu te amo.

Eu o olhei em seus olhos e fiquei em saber o que dizer. Eu te amo? Ele me amava? Ai meu Deus. Eu merecia esse homem na minha vida? Ele era tudo e mais um pouco pra mim. E eu estava completamente apaixonado por ele.

- Eu também te amo, Eduardo.

O beijei com todo o amor e carinho que tinha por ele. O Deixei saber que ele nunca estaria sozinho nessa vida solitária. Eu iria cuidar dele e o amar de todas as formas possíveis. Eu não sabia o que o amanhã estava reservando, mas eu tinha total controle sobre o hoje. E no hoje eu apenas queria amar o Eduardo como se fosse o ultimo dia de nossas vidas.

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Oi, pessoas mais que lindas do meu coração. Então, me desculpem por esse atraso ENORME em postar o restante do conto. Eu disse nos capítulos anteriores que eu não gosto de prometer nada, pois sempre acontece alguma coisa que me impede. #Xatiada Mas infelizmente aconteceram uma serie de coisas, mas felizmente eu voltei!! E agora tá tudo bem. Espero que todos me perdoem e me desculpem mesmo. Eu sei que isso é muito chato. Me desculpem! Ah, e FELIZ ANO NOVO PRA TODOS!!!!! Beijos no coração de cada um. Me desculpem os erros!

Peige: Eu sempre fico passada com as coisas que você diz pra mim. E tu ainda frequenta a igreja. Tá certo! Tu pensa que eu não sei por que tu frequenta a igreja?! O teu segredo foi revelado! E eu digo pra todo mundo, porque sim. u.u E como foi a viajem à Veneza? Tu ainda nem me mandou as fotos. E o meu presente? Trouxe o quê pra mim? Adoro esses amigos ricos. *-* KKKKKKKKK Eu adoro sempre quando vocês brincam com o meu nome, mas o melhor foi o que você disse:"Kellyda". Amei!! <3 Você sabe que o meu amor por você é eterno, né? Apesar das nossas constantes brigas, eu amo mais do que sinto raiva de você. Aquele beijo, viu gato?!

Irish: Então, minha amiga. O Pedro, hein?! Vamos ver... Amiga, tudo o que você escreve é bom. Você é a Rainha, lembra?! Você é muito talentosa e sabe nos prender do começo ao fim. Eu gostei muito do seu último conto. E isso eu falei no email que te enviei. Eu que agradeço sempre pelo seu apoio e amizade. Sei que nos últimos tempos eu sumi, mas eu sempre tô aqui torcendo por ti. Você é genial, amiga!!! Eu adoro verdadeiramente você, sabe disso. Obrigada, viu? Beijos. Tenha um ótimo final de semana!

Netto: Meu eterno boy gostoso! <3 Ei, não adiante ficar me chamando de baitola, pois todo mundo me chama assim e eu não ligo. Sou linda! U.U KKKKKKKKKK Então, todo Pedro é perigoso e tem cara de quem apronta. A gente sabe isso por experiência própria, né?! ;D CalaBoca! Amigo, obrigada por tudo, viu? Sempre juntos, né? Até nos pseudo assaltos a gente tá junto. Foi memorável!!!! Obrigada sempre. Amo vou, gostoso!

Rose Vital: Minha Mãezona. *-* Então, esse Pedro ainda é um minsterio. Mas daqui a pouco a gente sabe... Mãezona, obrigada pelo carinho e apoio! Eu agradeço por todas as palavras sábias e por toda a aceitação. Obrigada por tudo, minha querida. Adoro imensamente você. Beijos nesse coração doce e do tamanho do mundo.

Alê8: Meu querido! Então, me desculpa pela demora, tá? Infelizmente eu não cumpri com o prometido, mas estou de volta. E dessa vez é sério. Me desculpe mais uma vez. Espero que você esteja bem.

Quin: Tio Qhuinn, meu lindo conterrâneo. *-* A Violeta é gente boa até a página dois. Mas a bixinha.... Você e o Peige fazem parte do fã clube dela. #VioletaDiva O Fernando é legal, Qhuinn. O coitadao :( Mas ei, sobre os irmão. Eles se amam e se cuidam. Eles são tão fofos! Principalmente o Marc. Qhuinn, tu foi destruidor com o final da primeira temporada do seu conto. Já sabe, né? #QueroOQuinDeVolta Querido, obrigada por ler! Um excelente final de semana. Beijos.

Deeh: Gêmea, fique confusa não. Daqui a pouco termina e você vai poder tirar essa agonia do seu peito. kkkkkkk Ei, saudades de ti. Saudades das nossas conversas. Mas eu entendo!!! Quando você puder, volte pra mim. U.U Saudades e muita. :'( Obrigada por tudo! <3

Prireis822: Minha linda xará!! Querida, eu quem agradeço a sua amizade. Você é muito especial pra mim. Eu adoro você. Obrigada por tudo mesmo. E obrigada pelas palavras de apoio. E você merece tudo de bom, minha querida. Você é um ser humano maravilhoso. Tem um coração do tamanho da imensidão. Que Deus sempre a abençoe. Então, esse Pedro ainda é uma caixinha de surpresa. Vamos aguardar!!! Beijos, Maria.

LuHoff: Meu querido amigo e dono do universo mais lindo do mundo! A Violeta vai ter o que merece. Não da forma como você sugeriu, mas ela vai ter. kkkkkkk Se eu tivesse capacidade, eu esticava o conto por uns 50 capítulo, mas não consigo. Já tá acabando. :'( Daqui a alguns capítulos.... Amigo, obrigada por tudo, viu? Obrigada sempre pelas belas palavras e por todo o resto. Você é muito especial pra mim. Você e a Irish sempre terão um lugar mais que especial no meu coração. Eu sempre serei grata a vocês por todo o apoio e amizade desde o começo. Adoro você, Flash!! Se cuida, moço bonito. beijos

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Comentários

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É May você construiu uma ótima história, cheia de suspense é detalhes, é todos os personagens com histórias tristes, uma pior que a outra, mais que seguiram em frente, mesmo com seus traumas. Até aqui pra mim a história do Eduardo foi a mais triste, pois todas histórias podem ter um enredo triste, mais a dele se assemelha a muitas histórias, de filhos que perderam os seus pais, da mesma forma da história.

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Emocionante esse capítulo... Eduardo finalmente se deixou ver em toda sua ragilidade... Marc esta crescendo... Correndo para o proximo. Beijão.

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Amei. Lindo e emocionante esse cap. A história do Eduardo é muito triste mas agora pelo menos não estar mais sozinho e tem o amor de Marc e o apoio de Stefan e Fernando. Indo pro próximo. Bjos Maria

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Belo e triste esse capitulo :') Querida, que bom que voltou! Vou jà ler o proximo!

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