Ser ou não ser? Capitulo 1 - Prólogo

Um conto erótico de DanyTorintho
Categoria: Homossexual
Contém 979 palavras
Data: 25/01/2015 02:02:56

Paz...

Paz...

Paz...

Como uma palavra tão curta, tem um sentido que faz tanta falta nas nossas vidas. Aqui estou Daniel, dentro de um carro, voltando para uma cidade em que ninguém gosta de mim. Tá bom, estou exagerando. Talvez umas três ou quatro pessoas ainda me querem por lá. Dentro do carro tem uma, que é minha mãedrasta. Porque, logicamente, meu pai não se encaixa como uma pessoa que queira qualquer tipo de ralação comigo.

Por que digo isso?

Você não me faria essa pergunta se me conhecesse. Sou um viadinho nojento, na concepção do meu pai (e da maioria da cidade, tipo 99,9%) e um garoto injustiçado que não merecia tamanha humilhação para minha mãedrasta (e 0,01 das pessoas).

Basicamente a história que se passa na cabeça do primeiro grupo é que eu, euzinho aqui, “trepei” com três “desconhecidos”, fui filmado, ou melhor, quis fazer um pornô caseiro bem hardcore e depois enviei o link do vídeo por e-mail para todos do meu colégio e para meu querido pai. Vê se eu tenho cara de quem faria isso.

Se essa é a verdade? Bem, não é assim que eu me lembro da história não. Você quer saber a verdade? (Pergunta idiota, eu sei. Mas preciso interagir, né?)

Essa é a verdade.

2011

Eu tinha 14 anos e era o que alguns diriam: menino da roça. Não vou falar de onde sou, porque isso não vem ao caso. Eu era (e continuo sendo, pelo menos um pouco) bem menino bebê, tanto no físico como no moral. Tenho cabelos castanhos médio (ou seja que não se decide entre o loiro e o moreno), olhos azuis acinzentados, meus lábios são bem desenhados e cor de rosas e minha pele é bem clara. Ah, meu nome é Daniel, Daniel Torintho.

Como eu dizia, com 14 anos eu nunca tinha sequer beijado na boca, quanto mais feito qualquer outra coisa como a palavra de quatro letras que começa com ‘S’: s-e-x-o. A única preocupação que eu tinha era de estudar, jogar videogame e ajudar Cecilia nas tarefas domésticas. Cecilia era quem cuidava da casa e de mim, quando meus pais saiam. Eu amava Cecilia e Cecilia me amava. Pelo menos antes de tudo.

Ela tinha um filho mais velho que eu um ano chamado Fábio (Binho), eu admirava aquele garoto por demais. Ele com seu próprio esforço ganhou uma bolsa de estudos na melhor escola da cidade, na qual eu também estudava. Não que meu pai seja rico, vivemos confortavelmente. Mas voltando ao assunto, ele também era lindo: olhos verdes, branquinho, alto e fazia o estilo magrelo.

Ele não dava a menor bola pra mim, não que eu fosse apaixonado por ele ou algo do gênero, eu só queria ser seu amigo. Eu era... Eu sou muito solitário e sempre fiquei sozinho. Eu só queria que ele me desse a chance de ser seu amigo. Mas ele era mais velho, tinha outros assuntos e interesses, então lógico que isso não ia rolar.

Ou sim...

Um dia eu estava jogando play 2 no meu quarto, quando eu ouço batidas na porta.

_ Pode entrar, tá aberta. _ Eu disse isso, pensando que seria a Cecilia.

_ Éh... Minha mãe pediu pra te avisar que o bolo de brigadeiro tá pronto.

Não era a Cecilia, era o Binho. Ele disse isso e ficou me olhando. Neste momento a batalha que eu estava lutando no jogo já havia acabado e os heartless já tinham me derrotado.

_ Tu-tudo bem! _ Gaguejei feito um idiota e ele deu um sorriso torto, com toda certeza me achando um babaca.

Eu desliguei a televisão e arrumei meu quarto e quando eu ia saindo o encontrei ao lado da minha porta esperando por mim. Seguimos até a cozinha, eu de cabeça baixa, mas sabendo que ele olhava pra mim.

_ Oi Dany. Fiz especialmente pra você! _ Disse Cecilia com um sorriso no rosto.

_ Com certeza está uma delícia Cici, você é a melhor cozinheira do mundo.

_ Nisso eu concordo com você moleque. _ Disse Binho com a boca lambuzada de bolo.

Ele foi bem rápido, mas eu não ia ficar pra trás. Me perguntei o que ele fazia na minha casa, já que ele raramente aparecia.

_ Binho eu vou ter que ir no mercado, será que você pode ficar aqui até eu voltar?

_ Claro mãe, vai lá.

E foi assim que ficamos sozinhos em casa. Ficamos em silêncio os primeiros dez minutos, então ele começou a puxar papo:

_ Gosta de Kingdom Hearts?

_ Hum rum, só a cronologia da história me deixa um pouco confuso. Mas eu acho bem interessante. E você?

_ Já joguei todos lançados até agora. O que te deixa confuso?

E assim começamos a conversar. Um assunto não tão interessante pra maioria das pessoas que tem vida social e não perdem tempo com RPGs. Pessoas opostas a mim. Pessoas como Binho. Ele tinha amigos, eu conhecia bem dois deles. Não que eu tivesse contato com eles, mas eram garotos que estavam sempre em evidência. Charles e Augusto. Dois garotos lindos e idiotas. Gênero valentões.com. Nem vale a pena comentar por enquanto.

E enquanto conversávamos sobre um jogo eu pensei que, talvez, nós poderíamos ser amigos. Mas eu estava enganado. Definitivamente, ele não queria ser meu amigo.

2015

Chega de devaneios sem sentido. Chegamos em casa, meu pai entra primeiro, durante o velório ele nem sequer olhou na minha cara. Estou me sentindo péssimo com isso, mas quando ele quiser me ouvir eu vou conversar com ele. Porque eu sempre vou esperar por ele.

Eu vejo Cecilia e ela está linda como sempre. Mas quando me ver, ela não me deu o sorriso que eu tanto amava. Então atrás dela, eu o vejo. O que esse idiota está fazendo na casa do meu pai, na MINHA casa?

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Comentários

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Vou começar a ler novamente, mas por favor de continuidade ao conto.

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Gostei mas Fiquei muito cunfuso Espero o próximo capítulo

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Legal,quando aconteceu ele tinha 14 anos e agora? tomara q ele tenha perdido a inocência .

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