Como Sobreviver A Faculdade - Piloto

Um conto erótico de Diogo
Categoria: Homossexual
Contém 1467 palavras
Data: 23/01/2015 16:40:29
Última revisão: 23/01/2015 16:41:50

Antes de começar tenho algumas ressalvas a fazer:

- Essa história realmente aconteceu comigo;

- Isto não é apenas um relato de rala e rola, logo não esperem sexo a cada 3 linhas;

- A única mudança do real ocorrido são os nomes das pessoas (exceto o meu);

- Por favor opinem sobre como estou escrevendo, qualquer crítica (construtiva ou destrutiva) é sempre bem vinda;

- Sente-se e relaxe, espero que que gostem.

Para início vou me descrever, me chamo Diogo, resido em Belo Horizonte - Minas Gerais. Sou moreno da cor de chocolate, cabelos pretos, cacheados e compridos, olhos muito pretos e todos dizem que tenho um sorriso encantador. Minha altura é 1,75m e peso 76kg, tenho o corpo em forma, nada muito musculoso e não tão fora de forma, Agora aos costumes.

Estava super animado para trocar de faculdade e de curso, afinal estava mudando de um faculdade particular para uma federal e fazendo o curso que realmente queria, engenharia elétrica, mas esta animação toda se transformou em um grande nervosismo quando cheguei no campus da UFMG andei da avenida Antônio Carlos até o ICEX (Instituto de Ciências Exatas) onde seria minha primeira aula, olhava tudo aquilo tudo com outros olhos e imaginando o que poderia se passar por aquelas ruas.

Chegando na sala encontro muitas pessoas sentadas ao fundo e apenas alguns lugares na frente, me acomodei na segunda fila para esperar o professor quando entra uma menina na sala e diz:

- Bom dia calouros... Quero dizer bichos, meu nome é Alessandra e venho em nome dos veteranos... Quero dizer aqueles caras ali atrás, e quero dizer que está aberta a temporada de caça aos bichos!

Naquele momento olhei para o fundo da sala e todos que estravam lá assentados se levantaram, todos com caras de raiva alguns apertando os punhos e reparo em um menino bem mais alto que os demais, devia ter uns dois metros, era branco, tinha cabelos bem pretos e um pouco grande, barba por fazer e consegui ver que tinha ombros largos, pois havia muita gente à sua frente, mas pelo pouco que vi me interessei por ele. O comitê de “boas vindas” dos veteranos saiu e logo começou a aula, ao seu final já havia conhecido alguns companheiros de turma e alguns repetentes quando saímos para almoçar todos juntos (ideia de um dos repetentes), ao sair do prédio andamos em direção ao Carrefour da avenida Carlos Luz que fica a alguns minutos do prédio onde estávamos e no meio do caminho próximo ao prédio de odonto somos “atacados” pelos veteranos que saíram do meio do mato. Eles estavam com ovos, tinta, frutas podres e gordura de peixe, os repetentes pegaram nossos pertences e começou o trote. Poucos minutos depois estávamos sujos e andando de elefantinho pelo campus cantando algumas musiquinhas.

Passando em frente a FAFICH (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas) e cantando “1, 2, 3, 4 na fafich só tem viado, 4, 3, 2, 1 eles dão pra qualquer um” avisto o mesmo menino que reparei na sala de aula, agora dava pra ver melhor seu corpo ombros largos, peitoral definido, coxas grossas, corpo típico de uma pessoa que pratica natação. Chegando na portaria a avenida Antônio Carlos somos obrigados a pedir dinheiro para conseguir nossos pertences de volta e foi o que fiz, consegui incríveis 47 reais e entreguei a um dos veteranos recuperando minha mochila, carteira e celular e convidado para ir pro Bar do Real beber o dinheiro do trote, aceitei e pouco tempo depois fomos para o tal bar conheci alguns veteranos fiz mais amizade com meus companheiros de sala anotei o número deles caso venha a precisar de alguma ajuda.

Já estava muito bêbado e nada de ver o gatinho do trote, quando estava indo embora acompanhado por Renan e Paulo, um colega de turma e um veterano que moram perto de onde moro, no caminho para o ponto do ônibus Paulo grita:

- O casal pode procurar um quarto! Arthur para de ser mão de vaca e paga um motel pra sua namorada!

Quando paro pra ver o que estava acontecendo vejo que Paulo estava falando com o “gatinho do trote” que estava aos amassos com uma menina no meio da rua, fiquei sem graça por me interessar por ele instantaneamente, mas segui a vida, afinal isso acontece a todo gay.

- Vou pra sua casa usar o seu quarto, aproveito e passo você na rola! Respondeu Arthur gritando.

Neste momento a menina que está com ele dá um tapa em seu peito e diz:

- Para com isso Tuti e vamos embora, não quero mais ficar aqui.

- Bom ciúme pra você senhor “lhe passo a rola”. Disse Paulo andando e fazendo um gesto para que eu e Renan seguíssemos nosso caminho.

Pegamos o ônibus e cada um foi para sua casa, cheguei e minha mãe começou um interrogatório de como foi a faculdade, se já fiz amigos por que raios eu estava bêbado. Driblei minha mãe tomei um banho e fui me deitar, mas sempre antes de dormir converso horas no wharsapp com meus amigos e quando peguei o celular havia um grupo que chamava “Bebedeira Elétrica UFMG” resolvi ver o que se passava no grupo e como sempre meia dúzia de memes, algumas fotos da noite, terrorismo com o nosso professor de cálculo I. Resolvi ignorar as mensagens do grupo responder as demais conversas e dormi.

Acordei contrariado e com a senhora ressaca, mas fui me aprontar quando recebo uma mensagem do Renan falando o horário que ia pegar o ônibus e que, se possível, eu pegar no mesmo horário pra irmos juntos. Logo me apressei, pois estava atrasado e estava no horário marcado no ônibus, pouco tempo depois Renan entra e vamos conversando:

- E ai Diogo que cara é essa?

- Tô num puta sono, não devia ter caído na esbórnia ontem.

- Nossa eu também não, ainda mais depois do que falaram do professor de cálculo no grupo tô achando que tenho que estudar 24 horas por dia.

- Isso é bobagem, sempre tem desses terrorismos em qualquer lugar.

- Deixa isso pra lá e mantém o foco no tanto de mulher bonita que tem naquele lugar, eu tô no paraíso!

- Renan...

- Ren, só minha mãe quando tá puta comigo me chama de Renan.

- Ta REEEEEN, não jogo nesse time não e nem reparei nas mulheres de lá.

Nesse momento o silêncio estabeleceu-se entre nós, seguimos viagem calados e descemos do ônibus sem trocar uma palavra, no caminho para o prédio onde assistiríamos aula Ren puxa assunto:

- Sério isso?

- Que sou gay? Seríssimo!

- Então você dá o cu?

- Isso é quase um pré-requisito pra ser gay.

- Então me diz se você tem coragem de dar pra aquele cara de camisa azul do outro lado da rua.

- Ah para com isso cara, não é pq sou gay q tenho q dar pra todo mundo.

- Só diz se sim ou não.

- Não! Satisfeito?

- Sem grosseria só curiosidade

- Agora sem mais curiosidades sobre minha sexualidade ok.

- Só mais uma, como é dar a bunda?

- Que isso, até parece que quer dar, vamos ali no matinho que te mostro kkkkk.

- Sai fora gosto é de mulher!

- Pois tá igual um curioso querendo experimentar.

- Entra logo nesse prédio que o assunto já pesou.

- Hahaha, isso pode ser usado contra você futuramente Ren...

- Cala a boca e fala a sala que é a aula porque já estamos atrasados.

Entramos na sala e assistimos uma aula tão empolgante que dormi todo o tempo, acabando a aula fomos almoçar e resolvi olhar meu whatsapp, 1569 mensagens no “Bebedeira Elétrica UFMG” silenciei o grupo e respondi as demais conversas. Comemos e voltamos para a aula da tarde, eu estava com ainda mais sono, e não prestava atenção alguma durante a aula quando pego meu celular para distrair e vejo uma mensagem de um número que não conheço e sem foto dizendo:

“Rolam boatos que você é gay, isto procede?”

Só tinha falado isso pro Ren, e estávamos juntos todo tempo depois daquilo, fiquei intrigado como a notícia já correu a faculdade e respondi:

“Sou sim, quem te falou isso?”

Menos de 1 minuto depois vem a resposta:

“Dizem as ‘más’ línguas por ai, mas não acho elas tão más, pois se não fosse elas ia ficar na incerteza se aquele calouro que achei tão atraente era ou não”

Fiquei impressionado como o pessoal não perdia tempo, por um minuto pensei que fosse alguém da FAFICH pela musiquinha do trote e respondi:

“Obrigado, mas posso saber quem é você pessoa misteriosa?”

“Ainda não, na hora certa você vai saber”

“Mas como você conseguiu meu número?”

Depois que enviei isso a pessoa não me respondeu mais e eu como curioso que sou, olhei para a sala toda pra ver se alguém estava no celular, mas todos estavam atentos à aula.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Diogo-ro a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

To gostando muito, parabéns. #aengenhariaédifernte

0 0
Foto de perfil genérica

Muito boa a historia e ja de cara me apaixonei por ser em BH ❤️❤️❤️

0 0
Foto de perfil genérica

Gostei pra caramba do seu conto, o piloto tá bem legal. Não esquece de descrever as personagens secundarias, e continua assim com essa narração direta. O Conto tem muito futuro.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Amei.ótimo conto.não demora a postar não.

0 0
Foto de perfil genérica

legal, mas Nem todos q fazem humanas é gay esse é mais um pré conceito .

0 0
Foto de perfil genérica

Ah, cara, adorei! Amo contos veridicos e sobre faculdade. Narrou bem. Texto fluente e exato :) Continue.

0 0