Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 6

Um conto erótico de Antoine G
Categoria: Homossexual
Contém 2588 palavras
Data: 23/01/2015 12:05:49

No dia seguinte acordei antes do Thithi, como nós tínhamos que ir à universidade, pois era segunda-feira, eu acordei às 5h30, como de costume. Mas, como Thithi tinha carro e também morava perto da Universidade, ele sempre acordava bem mais tarde que isso. Eu me levantei e fui ao banheiro, escovei meus dentes e lavei meu rosto.

Após fazer isso, eu fui para a cozinha preparar nosso café. Eu estava fazendo uns sanduiches naturais, claro sempre ouvindo uma musiquinha. Ninguém merece ficar em um silêncio mortal. Nunca, JAMAIS! Enquanto eu preparava os sanduiches, eu fiquei pensando com meus botões. Na sexta-feira eu ainda não tinha esse desejo todo pelo Thithi. Como é que agora eu tô tão desesperado para vê-lo nu? Como é que agora eu desejo tanto ele? Como isso tá acontecendo tão rápido? Será que nós sempre nos amamos, mas nunca percebemos? Como isso é possível? Só sei de uma coisa, eu me sinto mais feliz que nunca. Eu posso sentir que o meu amor também está feliz, pois ele vive com uma cara de bobo sorridente.

- Bonjour! (Bom dia!) – Falou ele me abraçando por trás.

Eu quase corto o dedo de susto. Eu estava tão concentrado nas minhas inseguranças que não senti ele chegar.

- Bonjour! – Disse dando um beijinho nele.

- Opa, isso é para nós?

- Sim! Amor, vai logo tomar banho, já, já nós saímos. Hoje temos prova, esqueceu?

- Caramba! Prova de que?

- De Literatura Brasileira do Século XIX. Tu estudaste, não foi?

- Não! – Falou ele nervoso, ele tinha muito medo de ficar com notas baixas, na verdade esse era um medo nosso, eu me borrava todo quando eu tirava nota baixa nas avaliações.

- Caramba, amor! Por que tu não estudaste, a professora avisou com muita antecedência.

- Eu sei, eu sei! Mas digamos que nas últimas semanas eu não tenho prestado atenção em nada. Primeiro eu estava tentando entender o amor que eu sinto por ti, depois eu sofri feito um filho de uma égua com aquele desprezo todo que tu estavas me dando.

- Isso não justifica nada, Thiago! Estudo é estudo! Tá louco!

- Eu sei disso! Mas e agora, como eu vou fazer essa prova?

- Vai rezando aí para ser em dupla.

Geralmente as provas de literatura eram em duplas ou em grupo. Quando era em dupla sempre nós fazíamos juntos. Então, não ia ser surpresa para ninguém se nós fizéssemos essa prova juntos, assim eu poderia ajudar o Thi.

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Quando chegamos na Universidade todo mundo estava dentro da sala, a galera se cagava de medo da professora de literatura. Ela era velhinha e muito, muito, mas muito exigente. As provas dela faziam a gente sofrer com um mês de antecedência. Portanto, eu sempre me matava estudando para as aulas dessa quenga.

Quando ela entrou na sala, a cara dela não estava nada boa (nunca esteve, para falar a verdade!). Ela já foi mandando a gente sentar em dupla e foi entregando as provas. Quase o Thi morre do coração, felizmente ele não tiraria nota baixa nessa avaliação. A prova foi mamão com açúcar. Nós só tínhamos que ler um trecho de uma obra literária do século XIX e fazer uma crítica sobre ele. Nós tínhamos que utilizar diversos teóricos da nossa área para subsidiar aquilo que nós estávamos falando (quem faz faculdade aí de Letras sabe o quanto é chato fazer uma crítica dessas). Nós finalizamos bem antes do término da aula. Apesar de eu não gostar muito de literatura eu consegui fazer a prova de tal forma que nós poderíamos, eu acho, tirar uma excelente nota.

Como nós terminamos antes de todo mundo, nós resolvemos ir para a área arborizada do campus. Nós sentamos no mesmo banco em que o Dudu me prometeu uma surra de Peão-roxo. Ele sentou bem próximo a mim. Nós ficamos conversando por bastante tempo. Do nada a Jujuba surge gritando feito uma louca, o Thithi deu um pulo tão grande, que ele sentou na outra ponta do banco.

- CARALHO, ATÉ QUE ENFIM EU ENCOTREI VOCÊS!

- O que foi que aconteceu, Barbie queimada? – Eu perguntei, ela estava usando um pano enrolado na cabeça, parecia um turbante. Agora é que ela estava com cara de macumbeira mesmo.

- A CORUJA VELHA ESTÁ ATRÁS DE VOCÊS! ESPERA AÍ! BARBIE? BARBIE? TU VAIS VER O QUE EU VOU FAZER COM O TEU PAU SE TU ME CHAMARES MAIS UMA VEZ ASSIM!

- Jujuba, adorei o turbante. Onde está tua tenda? Já está fazendo teus despachos? – Falei correndo em direção ao bloco de Letras.

O Thithi vinha correndo logo atrás de mim, ele vinha rindo. Nós corremos o mais rápido possível, por que se ela nos pegasse, nós estávamos fodidos.

- VOLTEM AQUI, SEUS FILHOS DE UMA PUTA! – Ela gritava e corria atrás de nós dois.

Nossa sorte é que nesse horário não tinha ninguém nos corredores da Universidade, todo mundo estava em suas respectivas salas. A única turma que estava sem aula era a da Jujuba, mas ninguém ouviu nada e nem viu nada, por que quando nós chegamos no nosso bloco, a Jujuba já estava para trás, acho que ela não aguentou correr e gritar feito uma louca. Deve ter ficado pelo caminho resmungando.

Chegando na sala, a coruja velha da professora de literatura estava sentada corrigindo nossa avalição.

- Ah, vejo que a Juliana conseguiu falar com vocês.

- Sim, professora! Algum problema? – Falei quase colocando meus pulmões pela boca.

- Na verdade, não é um problema, eu só gostaria de parabenizá-los pela excelente crítica. Está tudo muito bem subsidiado, se eu fosse vocês eu a ampliaria e transformava em um artigo para ser publicado.

Essa puta velha faz eu saí correndo feito um louco para me falar isso? Tá certo que eu não corri por causa dela, mas ela não podia deixar para falar na próxima aula? QUEEEEENGAAA!

- Ah, obrigado, professora! Nós vamos fazer isso sim.

- Se precisarem de alguma orientação podem contar comigo.

Oi? Como assim podemos contar com ela? Desde quando ela ajuda os outros? Isso tá estranho!

- Muito obrigado, professora. Pode ter certeza que nós iremos procurá-la. – Falou o Thithi.

Por sorte um dos meus colegas de classe chamou a coruja velha para tirar uma dúvida e Thithi e eu aproveitamos para fugir.

- Vem cá! – Falou ele pegando na minha mão.

- Onde nós vamos?

- Vem cá!

Ele foi me puxando, só na metade do caminho que eu percebi que ele estava me levando para a biblioteca. Quando chegamos lá, ele me levou bem para o fundo onde ficava uma mesinha onde ninguém sentava por que não era muito iluminado, pois as estantes de livros cobriam as janelas, consequentemente ninguém conseguia ler.

- Tá por que nós estamos aqui? Tu sabes que eu odeio essa biblioteca. Ela tem cheiro de mofo!

- Nós estamos aqui para isso...

Ele me beijou. Foi um beijo tão forte que eu acho que se tivesse alguém ali perto, teria ouvido o barulho que fazia. Nem parecia que nós tínhamos dormido juntos, ele estava enlouquecido. Nós nos beijamos por muito tempo.

- UAL – Eu falei sem um pingo de ar no pulmão.

- UAL – Ele repetiu.

- Mais um desse e eu transo contigo aqui mesmo.

- Nossa, mas tu estas louco para transar, viu?

- É, e tu não? – Falei pegando no pau dele que estava duríssimo.

- É, eu também estou louco para comer essa tua bundinha.

Meu celular tocou bem na hora que ele ia me beijar de novo.

- Fale, minha mãe com cabeça de Barbie!

- Vai te foder, Antoine!

Cai na gargalhada, eu adorava atormentar a vida da Jujuba. Vocês já perceberam, né?

- Onde vocês estão?

- Estamos na biblioteca.

Senti uma pisada muito forte no meu pé. Eu olhei para o Thithi e só pude entender ele me chamando de idiota. Afinal, ele não podia falar alto, já que eu estava no telefone com a Juju.

- Tô indo ai com vocês.

Ela disse isso e desligou na minha cara.

- Nossa amor, mas tu és muito idiota! – Thithi falou.

- Por que?

- Caramba, eu consigo fugir de todo mundo para ficar só contigo e aí tu chamas a Juju pra cá.

- Eu não a chamei, não!

- Mas também não impediste que ela viesse.

- Ai, desculpa. Foi sem querer!

Nós resolvemos sentar em uma outra mesa, nós tínhamos que ficar visíveis para que a Jujuba pudesse nos encontrar.

- Nossa, Thi, que cara é essa? Parece que comeu e não gostou. – Falou a Jujuba quando nos encontrou

- Não, o pior é que eu ainda nem comi!

- Heim?

- Nada não, Jujuba. Isso é loucura dele.

- Eu já falei e repito: vocês estão muito estranhos. Tá tudo resolvido entre vocês mesmo? Não estão brigando, não né?

- Não, Juju. Tá tudo certo entre nós. Mas me fala, o que queres com as nossas pessoas. – Falei tentando fugir das suspeitas dela.

- Nada! Só queria ficar com vocês. Desde ontem não nos falamos.

- Verdade! Mas e aí, como anda a cabeleira?

- Eu vou hoje no salão, vou mudar radicalmente o visual.

- Bom, eu acho que a parte do radical tu já fizeste. – Falei rindo.

- Já vai começar? Não começa a me perturbar, Antoine!

- Brincadeirinhaaaa...

- Credo, Thi, ajeita essa cara. Eu, heim!

- Não tô muito afim, não Jujuba. Tem gente pisando na bola comigo, sabe?

- Esse alguém seria tu, Antoine?

- Iiiii... eu, não! Não fiz nada para ele. – Falei chutando a canela dele.

- Ai! – Ele soltou um gritinho e deu um pulo na cadeira.

- O que foi isso? – Perguntou a Jujuba.

- Nada, acho que algum bicho picou minha canela. – Ele disse isso me olhando com uma expressão de muita raiva.

- Que estranho...

- Bora, Jujuba, deixa ele aí. – Disse isso só para provocar mesmo.

- Vamos!

- Antoine, tu vais me deixar aqui? Tem certeza?

- Ooooo meu pai, vem logo com a gente então!

Ele se levantou e veio junto conosco. A Jujuba encontrou uma amiga dela na saída da biblioteca e ficou conversando um pouco com ela.

- Tu ias me deixar lá? – Thithi sussurrou no meu ouvido.

- Claro que não! Eu sabia que tu vinhas com a gente. – Falei sorrindo e acenando para a amiga da Jujuba que não parava de acenar e sorrir para mim.

- Filha da puta! Ela tá dando em cima de ti?

- Claro que não, deixa de ser besta.

- Tá sim!

- Não, está não! Epa, tá com ciúmes de mim, é?

- Claro, eu tenho que cuidar do que é meu!

- Quem disse que eu sou teu? A gente não tá nem namorando. – Falei provocando ele, mas eu acho que eu peguei pesado demais. O Thithi saiu do meu lado e foi falar com a Jujuba e com a amiga dela. Eu pensei que ele estava com raiva de mim, mas logo em seguida ele retornou.

- Mas que filha de uma puta escrota!

- O que foi?

- Ela quer sair contigo. Pediu para eu vir aqui perguntar se tu queres.

- Mas o que tu foste fazer lá?

- Eu fui falar para a Jujuba que nós estávamos indo embora, mas a putinha quis me conhecer já que eu sou o teu “melhor amigo”.

- Bem feito, zé ruela!

- E então?

- Então o quê?

- Vais querer sair com ela?

- Vou, sim!

- COMO É QUE É? – Ele falou num tom um pouco alto.

As meninas viraram para nos olhar, mas logo depois voltaram a conversar.

- Fala baixo, caralhU!

- Quer dizer que tu vais sair com aquela, aquela, aquela....

- Não, claro que não, bobo! Eu só quero sair com uma pessoa, esqueceu?

- Acho bom! Acho muito bom! Espera aqui, eu vou voltar lá e falar que tu não queres por que tu estas saindo com uma menina aí.

- Beleza!

Ele foi lá com elas e voltou logo em seguida.

- Pronto! Vamos embora!

- E a Jujuba?

- Ela vem só depois.

Nós fomos embora. Havia três saídas da biblioteca. Uma central e duas laterais. As meninas estavam na saída central. O Thithi fez questão de sair por uma das laterais, só para eu não encontrar com a pobre menina. Juro que eu estava gostando de toda aquela cena de ciúmes.

- Vamos pra casa? – Ele me perguntou.

- Tá louco? Ainda temos que trabalhar.

- Ah, Antoine, o professor nem está em Macapá. O que nós vamos ficar fazendo lá?

- Trabalhando! Tem muita coisa para se fazer!

- Ah, não, vamos pra casa vai?

- Amor, não é por que nós estamos ficando que eu vou deixar minha vida profissional parar. Te controla. – Falei rindo para ele.

- Tá né, senhor certinho.

Nós almoçamos na universidade mesmo e depois fomos para o nosso local de trabalho. Eu passei a tarde toda estudando para a nossa pesquisa, aquilo não era de Deus não, viu? Sempre havia alguma coisa a ser feita. Sempre tinha um artigo, um paper, uma resenha a ser escrita. Eu não ia dar mole nas minhas obrigações só por que eu estava ficando com o Thithi, não mesmo! SIM, eu sou muito certinho. Ele sempre me diz isso! O Thithi passou a tarde inteira me enchendo o saco, quando ele não estava me pedindo para ir embora ele estava ou pedindo para gente ir comer ou passando a perna dele na minha por debaixo da cadeira. Eu estava morrendo de medo dos meus parceiros de pesquisa desconfiarem de alguma coisa.

Quando finalmente deu 18h, o Thi deu um pulo da cadeira e disse que enfim ele estava livre. Todo mundo começou a rir dele. Nós fomos para o carro e fomos para casa. Ele jurava que iria dormir lá de novo, mas eu não ia deixar não.

- O que nós vamos jantar? Tô morrendo de fome. – Ele falou ainda dentro do carro.

- Amor, hoje tu vais jantar na tua casa.

- Credo! Por que? – Ele falou fazendo um biquinho lindo.

- Pelo simples fato de que nós teremos prova oral de francês amanhã, e nós temos que estudar.

- Desde quando tu estudas para francês?

- Eu sempre estudo, amor.

- Mas tu não precisas. Tu és FRANCÊS!

- Eu sei, mas eu gosto de estudar. Eu não posso dar mole na universidade, em nenhuma disciplina, nem em francês.

Não era por que eu sabia falar que eu não ia estudar. Nós falamos português e mesmo assim nós o estudamos quando vamos fazer alguma prova. Então, com o francês eu fazia a mesma coisa.

- Nossa, às vezes eu me irrito com essa tua postura 100% correta.

- Deixa de ser bobo, a gente também não pode dar mole não, ou tu queres que todo mundo descubra que nós estamos nos pegando.

- Não, ainda não.

- Então pronto! Vai jantar e dormir na tua casa!

- Fazer o que, né?

Mentira, eu nem queria tanto assim estudar, eu só não queria ter que passar mais uma noite com ele sem poder fazer nada. Seria muita tentação. Já vi que hoje eu vou me acabar na punheta!

Ele me deixou em casa, tentou me beijar no carro, mas como não tinha película eu fugi dele. Em casa, eu estudei até umas 21h, mas eu não consegui tirar a imagem do Thithi dormindo de conchinha comigo, dele esfregando o pau na minha bunda. A única solução foi socorrer a autoajuda. Fui para o banheiro e fiquei um bom tempo lá, acho que eu bati umas três pensando no meu amor. Com esse desejo todo que eu estava sentindo por ele, eu ainda ia fazer uma besteira.

Depois de um banho relaxante, eu comi qualquer coisa e depois fui me deitar. Tive uma noite de sono tranquila, como eu dormi cedo, no dia seguinte eu acordei muito bem disposto. Fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e depois fui preparar meu café. Quando eu cheguei na cozinha, eu ouvi meu celular tocar, então eu voltei para o quarto. Quando eu atendi era o Thithi...

Continua...

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