Azul do Céu - Maria

Um conto erótico de T_mis
Categoria: Homossexual
Contém 1266 palavras
Data: 18/12/2014 22:33:17
Última revisão: 18/12/2014 22:38:12

Nem estava acreditando que finalmente tinha acabado aquilo tudo. Todo aquele transtorno e angústia tinham acabado. Saudades de ver meus pais sorrindo sem precisar disfarçar a tristeza de ver a filha no estado que estava. Meu pai voltou a ser o brincalhão de sempre e minha mãe voltou a sorrir. Meu irmão estava tão feliz que falou que iria fazer uma festa de três dias pra comemorar minha recuperação. Kkkkkk

Eu queria falar pra Roberta que eu estava finalmente voltando, mas decidi dizer surpresa. De uns tempos pra cá nós não tínhamos nos falado muito. Apesar das nossas brigas, ainda a amava, ainda a queria, não via a hora de voltar. Além dela, estava com saudades dos meus avós, aquele bolo de cenoura da vovó, nossa! Saudades também da minha irmã, do meu cachorro, da Camile, mesmo ela vindo aqui quando podia. Do Gomes.

Me despedi dos médicos e enfermeiras que cuidaram de mim esse tempo todo. Além dos meus pais eles também me passaram muita força para enfrentar o câncer. Fui pra casa, arrumei o que faltava, e parti com meus pais e meu irmão para o aeroporto. Apesar de amar o Rio Grande do Sul, há muito tempo adotei o Rio de Janeiro como minha segunda casa. Além dos meus parentes, fiz amizades com pessoas maravilhosas que só soube que valiam a pena quando esse drama todo começou. Queria chegar logo pra encontrar com todos eles e retribuir todo o carinho que eles me passaram esse tempo todo.

Acho que dormir no voo porque quando minha mãe me acordou, uma boa parte dos passageiros já tinham saído. Finalmente chegamos em casa, e já fui direto pra casa dos meus avós que tbm não sabiam que nós estávamos voltando. Vovô quase caiu pra trás de felicidade. Vovó me abraçou e não queria me largar de jeito nenhum. Todos choramos, nos abraçamos, choramos mais um pouco e minha vó foi fazer o bolo dela que há dias já estava sonhando com ele. Depois de um tempo na casa deles, falei que iria ver Roberta. Meus pais nunca foram com a cara dela, falando que ela não me dava o valor que eu merecia. Não dava bola para o que eles falavam sobre ela, mas aquilo ficava martelando na minha cabeça.

Peguei o carro do meu pai e fui até a casa dela. Bati a porta e a mãe dela me recebeu, surpresa, me abraçando, falando que graças a Deus que eu tinha me recuperado. Depois de conversarmos um pouco, perguntei onde estava Roberta. Ela falou que estava lá no quarto dela com uma amiga. Subi, cheguei no quarto e abri a porta devagar pra no caso delas estarem distraídas eu fazer uma surpresa, mas quando abri a porta não consegui acreditar no que estava vendo. Elas estavam nuas no chão, agarradas, Roberta encaixada por cima da menina. Demorou pra elas me notarem ali, até que Roberta olhou pra mim e levantou apressada puxado uma coberta. Antes que eu falasse alguma coisa, levei outro susto. A menina que estava debaixo de Roberta era Vanessa, minha prima. Nunca imaginei que ela gostasse de garotas.

Não conseguia me mover dali, apenas sentia as lágrimas descendo e uma dor no coração.

Roberta - Maria! - Eu já estava correndo as escadas quando, chegando no carro, quando ela segura meu braço.

R- calma, amor, me perdoa.

Eu- agora eu sei o por que de vc estar tão ocupada aqui.

Me soltei dela e entrei no carro. Ela batia no vidro mas eu já tava pisando firme no acelerador. Peguei um rumo aleatório e acabei chegando na casa de Camile. De fora dava pra ver pela janela do quarto dela que ela estava em casa, então buzinei. Ela demorou pra notar quem era até ver que era eu e veio correndo me encontrar. Ela veio sorrindo mas logo quando me viu notou que tinha algo de errado.

C- o que foi? Quando vc chegou? O que aconteceu?

A única coisa que consegui fazer foi me jogar nela, abraçá-la e chorar. Ainda não conseguia acreditar que depois de tudo que passei, ela poderia ter feito aquilo comigo. Depois de um tempo abraçadas, eu consegui finalmente falar.

- Peguei a Roberta transando com a Vanessa! Como que ela pôde fazer fazer isso comigo?

C - Vanessa? Sua prima? Como assim?! Desde quando ela gosta de garotas?

Eu - Eu não sei. Só sei que pra mim acabou. Bem que vc e Gomes me avisavam. Sou muito tapada mesmo!

C - Calma, cara. Vc não pode ficar estressada. Vamos lá pro meu quarto. - Subimos e eu me joguei na cama. Estava sem forças, sem ânimo. Fiquei olhando o anel de compromisso que eu e ela tínhamos. Quando eu dei o anel pra ela eu queria demonstrar o quanto eu gostava dela dando algo simbólico. Agora eu vejo que aquilo, pra ela, não passava de uma joia qualquer.

C - Tô pasma ainda com o que vc falou. Não pela Roberta, mas por ser logo com a Vanessa, que se dizia tão sua amiga. Traição dupla. Vc sabe que nunca fui muito com a cara dela, né. Mas quando vc chegou?

Eu - Há algumas horas.

C - Já encontrou com o Gomes?

Eu - Não. - Ficamos conversando mais um pouco e Mile me contou outras coisas que Roberta vinha fazendo na minha ausência.

C - Eu ia te contar e te mostrar essas coisas mas estava com medo de vc passar mal.

Eu - Como que vc soube dessas coisas?

C - Ela deu em cima de uma amiga minha faculdade e por acaso ela comentou comigo. Não comentei nada que vcs namoravam e fui tentando saber se Roberta estava aprontando mais. Ai ela foi me contando as coisas. Depois fui conversar com o Gomes e ele conseguiu confirmar tudo. Ai ficamos sem saber o que fazer, sem saber como iríamos contar pra vc.

Eu - Quem é essa menina?

C - A Tah. Ela estuda comigo e com ele. Semana que vem eu te apresento.

Eu - Elas ficaram também? - Eu queria saber se eu teria que ficar olhando pra cara de uma menina que ficou com, até então, era minha namorada. Talvez ela não soubesse que Roberta namorava, mas tinha a aliança. Será que Roberta tirava quando saía? Ian! que piranha!

C - Não, não. Pelo contrário. A Tah deu um fora na Roberta e ela ficou puta e até tentou bater na Tah. Garota maluca. - Quando Camile falou isso me veio uma lembrança de uma vez em que eu e Roberta estávamos numa festa e uma menina tentando chegar em mim. A menina simplesmente deu um "oi" e Roberta já estava quase batendo na menina, se eu não tivesse a segurado. Esses ataques de fúria dela não eram tão incomuns.

Camile me contou um pouco da faculdade e do grupo que ela andava, até porque eu iria estudar lá também. Me falou mais dessa Tah e dos meninos, PG e Fernando. Pelas histórias, dava pra notar que eles eram gente boa mesmo.

Fiquei mais um tempo na casa dela e resolvi voltar pra casa dos eus avós. Meus pais ainda estavam lá e Gomes tinha chegado e veio logo me abraçando, com os olhos cheios d'água. Eu estava precisando de um abraço, então o abracei bem forte e não consegui segurar as lágrimas, foi uma mistura de tristeza e saudades. Podia falar com todas as letras que eu amava aquele garoto, era quase um irmão pra mim. Foi uma das pessoas que mais me deram suporte enquanto estava doente.

Falei com o resto dos parentes que não estava lá quando eu cheguei e depois resolvi ir pra casa.

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Comentários

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to amando o seu conto tá de mais .continua logo bjs

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Af.. Ser traída realmente é uma bosta.. E doi dmais.. Mas nada q um novo amor não cure :3.. Ta mto boa sua versão guria.. Cont logo.. Bjs bjs..

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