Circuitos do amor Segunda Temporada.5

Um conto erótico de liahbook
Categoria: Homossexual
Contém 1042 palavras
Data: 13/12/2014 02:53:41

Gabriela foi em seu quarto, colocou algumas roupas em uma mochila, pegou dinheiro e um punhal, voltando para o estábulo.

- Onde você vai?

- Resolver isso, Rad. Volta pra sua casa, sua clínica, sua vida.

- Está terminando comigo?

- Não. Só Deus sabe o quanto me parte o coração te pedir pra partir e me deixar, mas eu nunca me perdoaria se mais uma vez você se machucasse por minha culpa.

- Só vou se você for comigo.

- Radsha você sabe como eu estou envolvida nessa história e isso não vai acabar bem. Minha mãe não vai pagar por mim. Embarque naquele avião amanhã e vai embora, é a única chance que temos de isso acabar bem para todos.

- Gabi eu te amo, não posso ir.

- Você precisa ir. Amor, vai ficar tudo bem. Vai lá salvar vidas, é isso que você sabe fazer. Eu vou cuidar da Amanda, de uma vez por todas.

- Como?

- Vou trazer o que ela quer.

- Você disse não saber onde estava...

- Não sei, mas imagino. Cuida do meu pai até amanhã, depois vai pra casa. Eu te prometo, vou te encontrar lá em no máximo uma semana.

- Se você não for... - Radsha tinha voz embargada pelas lágrimas.

- Eu vou, a menos que eu morra. Eu não sou nem louca de ir pra o outro mundo na nossa lua de mel. Um beijo de despedidas?

- Quantos você quiser, meu amor.

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- Quem te garante que a tua prima vai vim atrás dessa velha?

- Mais respeito com minha tia, eu gosto dela. Você é só um meio para um objetivo maior, Maira.

- Quanto? Eu pago, mas deixa a Gabriela fora disso. Poxa, ela acabou de se casar. - Maira apelou.

- Se essa mulher não cala a boca eu vou corta a língua dela. Tá ouvindo?

Maira ficou em silêncio só observando o local. Um barracão usado para estocar café na época do potencial do café como produto, atualmente o comércio de gado e leite tem forte tendência no mercado.

Três barracões desses estão abandonados esperando reparos ou a demolição, a distância entre estes barracões e sua casa não chega à 50 quilômetros.

- Está com fome, tia?

- Não.

- Melhor você comer Dona a gente vai andar já já. Não vou carregar ninguém.

Amanda colocou um pedaço de pão com mortadela na mão de Maira, mesmo estando assustada, não querendo colaborar com seus sequestradores, sua barriga doia com sinal de fome.

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- Quer comer algo, Antenor?

- Você não sabe cozinhar um ovo não vai mexer na cozinha senão a Maira vai ficar uma fera quando ela chegar.

- O Senhor tem razão. Olha, vamos entrar, está ficando frio aqui fora. Que tal o Senhor ir tomar um banho?

- Menina, não diga à um homem da minha idade o que ele tem que fazer. Sei que a menina só quer o meu bem, mas eu não me importo. - Bebeu o resto da bebida na caneca e colocou mais. - Se acontecer algo ruim com a Maira, eu morro. Eu não me vejo no velório dela, chorando e sendo cumprimentado por um bando de gente falsa.

- Por favor, não chora... Vamos entrar, essa brisa fria pode lhe fazer mal. Sua esposa e sua filha não vão me perdoar se eu o deixar ficar doente.

- Me deixa! Pega seu cavalo de aço que voa no céu e volta pra sua vidinha.

- Desculpa Senhor Antenor, acho que você está descontando sua raiva na pessoa errada. Tudo bem, eu vou entrar, pois não posso me resfriar.

- Espera. Eu não devia ter dito isso, por favor me perdoe. - Levantou do chão rápido demais, tropeçou e foi amparado por Radsha. - Já chega de bebida por hoje. Que tal um café bem doce?

- Sorte sua eu saber usar uma cafeteira.

Sorriram sem graça.

Antenor sentou à mesa, Radsha preparou o café e se sentou com o sogro, os dois com uma xícara de café na mão.

- Maira sempre foi uma menina inteligente, na escola sabia todas as respostas. Eu era um bruto, vivia brigando. O pai dela era parente de delegado, um homem muito sério e muito bravo, não deixava ninguém chegar perto da filha dele. Maira vivia estudando na biblioteca do colégio e eu ia lá as vezes pegar revista em quadrinhos. Olhava pra ela através das estantes de livro, eu pensava comigo que eu nunca vi moça mais bonita em toda minha vida.

- Demorou muito até vocês se falar?

- Antigamente no meu tempo as coisas eram devagar, no respeito, não era essa pouca vergonha que é hoje em dia. Fiquei semanas olhando pra ela, até que um dia eu abri uma revistinha e tinha um convite dela me chamando pra tomar sorvete depois da aula. Ela falou que pavaga. Vê se pode! Uma mulher pagar pra um homem naquela época feria a masculinidade do homem. Sempre fui um menino pobre, tão pobre que a minha botina era toda remendada. Eu fiquei pensando; como é que eu vou levar ela pra tomar sorvete se eu não tenho uma moeda?

- E o que o Senhor fez?

- Fugi da escola na última aula, fui na sorveteria e falei com o gerente, ele era amigo do meu pai. Pedi dinheiro emprestado, cerca de 20 reais no dinheiro de hoje, mas dava pra vários potes de sorvete na época. Eu ia pagar lavando o carro dele, carpindo e cuidando do jardim da casa dele. Até a Gabriela nascer aquele foi o dia mais feliz da minha vida. Já no outro dia...

- O quê?

- O pai da menina mais o delegado foram me buscar em casa pelo colarinho, ou eu casava ou tava morto. Filha dele não ia ficar desonrada. Nós casamos e tamos juntos até hoje. Não é o melhor casamento do mundo, a gente briga pra caramba, mas se eu deitar e dormir sem ouvir o boa noite da Maira é como se me tirassem o ar.

- Tudo vai ficar bem.

- Vai sim, eu confio na minha filha. Seja o que for ela vai resolver isso e logo logo as duas volta pra gente.

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Gabriela desceu do cavalo em frente à uma cruz, pegou a pá amarrada na sela do cavalo. A noite deixou o escuro atrapalhar a visão, antes dela acender a lanterna, ouviu um barulho no mato atrás de si.

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Comentários

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Liah não da para ler a sexta parte não e so para saberes já li teus contos todos e amo eles demais cou beijinhos

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Curiosaa akii .. Continua .. ta perfeito ..Elaa gostaavaa d gentee doidaa neh . Kk .. cada uma mais doida q a outraa ..

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O que será que vai acontecer?? CONTINUA

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