O pagodeiro machão não era tão machão assim... - 5

Um conto erótico de Kadu
Categoria: Homossexual
Contém 1428 palavras
Data: 09/12/2014 14:51:51
Última revisão: 09/12/2014 15:10:30

Após inúmeros olhares indiscretos do filho do namorado da minha madrinha, o jantar finalmente havia acabado. Me dirigi até a mesa onde se encontravam meus amigos e me despedi educadamente, e em seguida, acompanhei minha madrinha até o carro. Antes disso, me despedi de Rogério e de seu filho, que me deu um sorriso de canto. Apenas sorri e apertei sua mão novamente.

No caminho pra casa, minha madrinha só sabia falar sobre o quão educado era Rogério e Pablo, estava completamente apaixonada, e isso era bom. Minha madrinha teve uma depressão terrível após a morte de seu falecido esposo.

Quando cheguei em casa, liguei pro Neto pra saber se tava tudo bem e ele disse que na medida do possível. Conversamos um pouco, rimos, contei sobre o jantar e ele ficou indignado pois não achava certo "dois velhos namorarem". O repreendi e ele pediu desculpas, disse que só estava brincando e gostava de quando eu ficava bravo. Esse último comentário me rendeu uma noite sem sono.

Ainda no sábado, minha madrinha me convidou pra irmos pra uma espécie de chácara de seu futuro marido. Como o Neto provavelmente iria querer descansar, disse que iria com ela. Arrumei minhas coisas e deixei tudo separado pra que as 5 do dia seguinte nós seguíssemos viagem.

A viagem foi cansativa, a chácara era razoavelmente longe da cidade, uns 110 Km. Ao chegarmos no local, Rogério e Pablo vieram nos receber. Porém, dessa vez, mais uma vez notei olhares de Pablo para mim. Ele nos apresentou a casa, que era bem ampla, toda feita de madeira, porém muito bem mobilhada. Me lembrava a casa do Neto. NETO. Eu tinha esquecido completamente de avisá-lo que iria sair e que só voltaria a noite. Ele iria ficar puto comigo, disso eu tinha certeza.

O dia prosseguiu bem, almoçamos uma picanha bem gorda e mal passada que me da água na boca só de lembrar. Após o almoço, Pablo me levou pra conhecer melhor o local. Nesse período de tempo eu descobri muito sobre ele. Ele torcia pro Inter (como eu), gostava de sertanejo, gostava de uma boa cerveja, e o melhor: era engenheiro civil. O cara manjava muito, ele me deu muitas dicas importantes e eu fiquei encantado com ele. Ele disse que se eu quisesse, ele me levaria numa obra pra eu ter uma visão geral da área, já que no 2° semestre nós não temos noção nenhuma de engenharia em si. Concordei e ficamos combinados.

Após muita conversa, chegou hora de irmos embora. Para deixarmos os dois pombinhos sozinhos, Pablo e eu vinhemos no carro de seu pai, o que rendeu mais uma boa conversa. Por fim, trocamos os números de telefone e ficou combinado que amanhã cedo ele passava pra me pegar. Saí do carro e por fim, recebi uma piscada de olho e resolvi retribuir: por que não?

Entrei em casa e não demorou muito pra minha madrinha chegar também. Conversamos muito sobre seu novo "namorado", eu podia sentir a felicidade quando ela falava.

- Você podia chamar o Neto pra sair com você e com o Pablo, né filho?

PUTA QUE PARIU. NETO.

Subi as escadas desesperado em busca do meu telefone, que estava carregando. Ao ligá-lo, tinham várias mensagens e várias ligações perdidas do dito cujo. Retornei a ligação o mais rápido que pude.

- Alô? - disse uma voz sonolenta.

- Ei...

- Kadu? Caralho cara, onde você se meteu? Fiquei preocupado com você.

- Desculpa, não liguei cedo porque sabia que provavelmente você iria querer dormir, eu fui pra uma chácara com minha madrinha

- Cara, não faz mais isso.

Conversa vai, conversa vem, ele logo me chamou pra almoçar amanhã.

- Eu não sei se posso. Vou sair com o Pablo amanhã pra ir numa construção onde ele é o Engenheiro Técnico.

- Hum. - ele se limitou a falar isso.

Depois disso, eu desliguei o telefone e fui direto dormir.

No dia seguinte, o despertador tocava as 07:20 em ponto. Tomei banho, vesti uma calça surrada, coloquei um coturno, uma blusa qualquer e fiquei na sala esperando o Pablo enquanto tomava um café e assista ao jornal. 5 minutos depois ele buzina. Me despedi da minha madrinha e o ritual vocês já sabem.

Entrei dentro do carro e ele me cumprimentou com um aperto de mão.

- Já tomastes café da manhã? - ele perguntou com uma voz sonolenta.

- Tecnicamente - nós dois rimos.

- Uai, como assim? Ou você tomou ou não tomou.

- Então sim, eu tomei. Só não me satisfez.

- Então resolveremos nosso problema - ele acelerou o carro e fomos tomar café em uma cafeteria expressa da região que era bem caro, por sinal.

Após conversarmos muito, tomamos café e ele pagar tudo (eu me ofereci pra ajudar, mas ele não aceitou ), fomos pra obra que não era muito longe dali.

Ao chegarmos, ele disse que era a obra de uma pessoa muito importante da região e que estava recebendo muito dinheiro por isso. Era o primeiro trabalho grande dele e eu conseguia ver a felicidade dele no modo em que ele falava da obra e até no modo em que ele olhava à ela.

- Ser engenheiro é incrível - eu disse.

- Diz isso pro meu pai.

- Por quê? - perguntei incrédulo

- Ele sempre quis que eu fosse médico, como ele. Nunca tive vocação pra área biológica, aliás, sempre tive medo de sangue. Minha mãe morreu por conta de uma complicação num trabalho de parto, ela sofreu um aborto aos 7 meses de gestação, eu praticamente a vi morrer. Por isso tenho pavor a sangue - ele disse fingindo um sorriso.

- Nossa, que pensamento retrógrado esse. Pensa comigo, se não houvessem os engenheiros, os médicos não teriam onde trabalhar - eu disse, fazendo com que nós dois rissemos.

Após olharmos tudo, ele me deixou em casa e disse que tinha sido um prazer me levar pra conhecer tudo. Eu agradeci e disse que o prazer havia sido o meu também.

Cheguei em casa e mandei mensagem pro Neto, que respondeu em seguida.

- E o almoço, vai rolar?

- Tomei café e não to com fome, vamos deixar pra outro dia, ok?

- Hum, ok. Preciso desligar - ele disse e nem me deixou eu me despedir.

A semana passou e o Neto se afastou de mim. Nós nos falávamos o básico na faculda e eu me aproximava ainda mais do Pablo. O cara era muito gente boa e a diferença de idade entre nós chegava até a ser engraçada, porque eu tinha 17 anos e ele 25. Era estranho ter um amigo cabeça e maduro pra dar conselhos e esse tipo de coisa. Nossa amizade cresceu tanto que ele me buscava na faculdade, me deixava e tal.

Certo dia na faculdade, o professor de Cálculo I passou um trabalho em dupla e por eu ter chegado atrasado, acabei fazendo sozinho, porque o Neto preferiu fazer com o Lukas, um escroto da turma que se achava e não era porra nenhuma. Eu fiquei com raiva porque quando eu chegava atrasado ele sempre me esperava, mas também acabei sambando na cara dos dois, porque como sempre, tirei a maior nota da turma e eles tiraram uma nota que possivelmente não aprovaria nenhum dos dois na matéria.

Entrei no carro do Pablo com raiva e ele percebeu isso, e foi ai que eu tive que contar o que aconteceu entre mim e o Neto, desde o começo. Ele me ouvia atentamente enquanto dirigia, e sempre me olhava nos olhos enquanto eu falava. Só falei de falar ao chegarmos na frente de casa.

- Então você é gay? - ele perguntou.

- Sou. Olha, você é a segunda pessoa que sabe disso. A primeira é minha madrinha.

- Uau - ele riu.

- Olha, eu acho que ele tá com ciúmes de nós dois, e agora que sei disso, ele irá sentir mais ainda. Anota aí, eu sou o diabo - nós dois rimos muito com isso.

Entrei em casa e fiquei pensando no que ele iria aprontar. Mal eu sabia que era uma coisa que mudaria minha vida pra sempreEai pessoal, gostando do conto? Eu espero que sim, porque eu tô curtindo demais escrever essa historia pra vocês. Quero, como todos os capítulos, agradecer de coração vocês por todas as notas e comentários que vocês deixam. Sei que não os respondo, mas não é por mal e sim por falta de tempo mesmo. Arrumar um tempo pra escrever pra vocês é difícil, então se eu passar a responder os comentários, teria que diminuir mais o tamanho do conto, o que eu acharia ruim. Mas prometo que a partir do próximo capítulo eu passarei a responder a todos. Grande abraço <3

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Comentários

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pablo tem mais atitude kkkk quero ver aonde vai chegar o ciumes do neto kkkk

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Muito bom. E nada de diminuira o tamanho do conto ou eu vou aí te bater(to brincando rs). Não nos deixando órfãos da sua história já e um gesto de agrdecimento que faz a nós. Abraços.

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Não precisa agradecer nada, você escrever o conto e postar quase todo dia, já é uma forma de agradecimento

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cara parabéns pelo seu conto, acabei de ler todos os outros capítulos e digo que gostei muito , amei o jeito que vc descreveu o Neto , foi uma das poucas vezes que vi que o personagem nao nenhum Deus Grego e sim uma pessoa que podemos encontrar na rua , enfim parabéns !!

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Maravilhoso. Ansioso pelo próximo.

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Ta ótimo posta logo. Espero que mude pra melhor. Não se importe em responder comentários e sim em aumentar o conto.

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"Pablo é vida"! Kkkkkkk, boa, thigor_ps! Seu conto está cada vez mais envolvente, mocinho! Volte logo, please!

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Que bom q vc Voltouu!!! Não se preocupe em responder ahahha, ainda desconfio do neto, volta logoo

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Faz do ponto de vista do neto ou não dá

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Amei da o troco nela da uns pega no pablo

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