Dentro de Nós - Capítulo 6

Um conto erótico de Thomaz
Categoria: Homossexual
Contém 2985 palavras
Data: 09/12/2014 00:47:42
Última revisão: 07/06/2015 16:44:27

“Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.”

Acordei com gritos, o professor tinha pirado. Chamava-nos de dorminhocos e desatentos, que não iria mais dar aula para nós, não estávamos entendendo nada. Todos nós estávamos sonolentos, e a minha cara estava pior do que quando eu acordava em casa cedo. Eu parecia um zumbi, e minha cara estava toda marcada pelos detalhes na mochila. Mas não era só eu, tinha gente bem pior. Achei a cena muito engraçada, alguns estavam babados, outros bocejando, e uns ainda dormiam, e roncavam em alguns casos. Juliane parecia ter acordado em outro lugar, não sabia onde estava, nem quem ela era. Eu me acabava.

Evitei olhar para o William no restante da aula e também em pensar nele. No intervalo conversei com o Samuel, e tentava ver se ele sentia algo por mim, e parecia sentir pelo jeito que ele falava todo carinhoso. Sorria toda hora, aqueles dentes brancos e alinhados, de vez em quando mordia os lábios e aquela coisa toda, era bem sedutor. Eu já não pensava mais no William, só pensava em viver esses 15 minutos com o Samuel, sem brigas, só sorrisos.

A penúltima aula foi como a primeira, dorminhocos. E na última tivemos que buscar energia para a Educação Física. Falei com a professora para trocar eu de time, ela não entendeu o porquê, mas fez isso. Troquei de lugar com o Renê. Os primeiros minutos do jogo foram recheados de falta, mas também houve vários tombos acidentais, todos ainda estavam sonolentos, assim como eu. Não adiantou eu trocar de time, fui colocado para marcar o William. Ele parecia ter deixado de ser o jogador profissional perto de mim, não pedia a bola pros outros e mal se mexia na quadra, eu procurava me manter afastado. Passaram a bola pra mim, ele estava na minha frente, mas não se mexeu. Fiz uns dribles, mas ele não tentava pegar a bola, os outros gritavam. Passei por ele com a bola e ele tentou pega-la, mas não conseguiu. Fiz um passe pro Théo e ele marcou o gol. William ergueu os braços e se desculpou aos colegas pela mancada. O restante do jogo foi tumultuado, energias recuperadas e era um empurrando o outro, dessa vez a vítima fui eu. A bola estava com Robert, do time adversário. William estava um pouco atrás de mim, próximos do gol, e Robert tentou lançar a bola para ele. Acontece que, na tentativa de pular para cabecear a bola para longe do gol, levei uma cabeçada e fui lançado para frente, e acabei atropelando o Logan, que caiu por cima de mim. Senti meu corpo inteiro queimar, e minha cabeça explodir.

Fui levado para fora da quadra, para a orientação. Ouvi ligarem para minha mãe e pedirem pra vir me buscar. Eu via tudo escuro, sentia meu joelho fisgar, e estava tonto. Alguém estava comigo, segurando minha mão, mas não falava nada e não me interessei em perguntar quem era. Meu padrasto chegou logo depois e me levou embora.

- Oh, ele se matou lá na escola. – disse Heitor, me tirando do carro.

- O que aconteceu Thomaz? – pergunta minha mãe, minha visão estava voltando ao normal e a sua cara era de preocupação.

- Eu me machuquei na quadra, bati a cabeça. – minha mãe, posso dizer que se desesperou.

Dona Beatriz pediu que Heitor me levasse ao hospital, mas ele disse que não levaria. Achei que iria haver discussão, mas não houve, melhor assim. Eduardo, meu cunhado, apareceu e disse que me levava. Então fomos os três para o hospital.

Logo fomos atendidos, e o médico examinou minha cabeça, perguntou se estava tudo bem e tocou em algumas regiões dela e perguntou se eu sentia algo. Eu sentia dor.

- Tudo bem, você está com um galo na cabeça. – ele revira uma gaveta de remédios e me entrega um frasco com comprimidos.

- Quantos? – perguntei.

- Um a cada 6 horas. – respondeu, levantando-se novamente da cadeira – Vamos ver seu joelho.

Ele apalpa meu joelho, estava dolorido e bem inchado.

- Hum, acho que há problemas com o ligamento ou uma ruptura do osso. Vamos ver.

Ele faz uma bateria de exames, raio-x, ressonância, etc. No dia seguinte teria que busca-los. O médico, segundo seu crachá, Ricardo, optou por engessar meu joelho, imobilizando-o. Ele deu umas indicações a minha mãe, e então fomos embora. Ao chegarmos em casa, não vimos o carro do Heitor. Nesse momento eu já comecei a pensar em alguma coisa.

- Será que ele saiu? Por que não avisou? – pergunta minha mãe, inocente.

- É, deve ter saído sim. – eu imaginava o que teria acontecido. Eduardo não disse nada.

Entramos dentro de casa e minha mãe foi ao seu quarto, e ao guardar a bolsa no roupeiro, notou que faltava alguma coisa. Os cabides com as roupas de Heitor haviam sumido. Ao abrir as outras portas do roupeiro, viu que não havia mais nenhuma peça de roupa dele, na verdade, tudo que era dele não estava mais ali.

- Mãe? O que aconteceu? – entrei no quarto, minha mãe estava séria, e vermelha de raiva.

- Esse desgraçado foi embora. – diz. Fria.

- E você não está triste? – pergunto, com receio da resposta.

- Não, já imaginava que isso ia acontecer. Mas agora nunca mais aceito ele de volta. – palavras que achei que nunca ia ouvir dela.

- E o que você vai fazer agora?

- Nada, o que acha que eu devo fazer? O que era dele ele levou, e eu não quero nada. – ela encerrou a conversa. Contei a notícia a Eduardo e Lilly, que ficaram chocados com tal atitude de Heitor, e da mãe.

Estava de atestado no serviço, mas iria pra aula normalmente. No dia seguinte acordei e já fui ao hospital junto com Eduardo, e o médico disse que houve uma torção que poderia resultar em um rompimento no ligamento. Continuaria com o gesso por algumas semanas, mas o que eu estava usando seria substituído. A dor estava amenizada, mas eu teria que usar muletas pra caminhar. Resisti por um tempo, mas aceitei.

Eduardo me levou até a escola, desci do carro com dificuldade e fui caminhando auxiliado pelas muletas até na escada, onde praticamente me joguei. Fiquei ali sentado, olhando pro meu joelho por minutos. Percebo alguém sentar no meu lado, e ao virar-me me deparo com William. Ele me olhava apavorado.

- Cara, me desculpa, não queria ter feito isso, sério. Me desculpa! – ele implorava.

- Ei, tá tudo bem. – eu comecei a rir.

- Tá mesmo? Nossa, eu sou um otário. Não devia ter te empurrado naquela hora.

- Tá, já foi. Só vou ter que usar isso por umas semanas, eu tô legal. Não precisa se culpar, a culpa é de quem me colocou pra te marcar.

- Mesmo assim, me desculpa. Não queria que isso tivesse acontecido. – ele coloca a mão sobre meu ombro e olha nos meus olhos. Me segurei para não beija-lo.

- Am, William, já se desculpou... – tirei sua mão do meu ombro e dei um sorriso de canto.

Tentei me levantar, com dificuldade e ele me ajudou. Ficou olhando nos meus olhos, agora sério.

- Você tá magoado comigo né. – ele quebrou o silêncio.

- Eu já falei, William. – respondi, frio. Samuel desceu as escadas e parou ao meu lado.

- Oi, Thomaz. – ele me abraçou, meio que disfarçadamente, eu achei engraçado e comecei a rir. William olhava sério pra nós dois.

- Oi. – respondi, enfim. Fiquei sério também.

- Me contaram o que aconteceu, achei que você tinha se matado. – ele soltou um sorriso lindo.

- Foi quase isso. – falei isso e desviei os olhos ao William, o mesmo fez Samuel.

- Eu vou entrar. – diz William. “Não vai”, pensei.

- Tudo bem, então. – virei-me para Samuel. William saiu, e então começamos a conversar.

- Ele não larga do seu pé. – diz Samuel, sério. Diz isso como se ele largasse ¬¬’

- É... – respondi, sem graça.

- Thomaz, eu estava pensando, não quer sair comigo hoje? – ele perguntou aquilo do nada.

- Como é? – podia jurar que era brincadeira.

- Não quer sair comigo hoje? – perguntou novamente, e abriu um sorriso de quem achou engraçada minha reação. Me aproximei dele.

- Só se você... – fiz uma pausa, ele ergueu uma sobrancelha – passar lá em casa.

- Fechado. – ele começou a rir.

- Mas como a gente vai? – eu ergui uma das muletas.

- Não preocupa, meu primo leva a gente e depois volta, já falei com ele.

- O quê? – desgraçado, já tinha combinado tudo, comecei a rir e dei um soco de leve no ombro dele.

Ele me puxou e me abraçou, ali. Senti seu corpo no meu, ele me apertou não tão forte, mas pude sentir seus músculos, senti seu perfume e também sua boca em meu pescoço. Me soltou segundos depois e eu fiquei olhando em seus olhos, corado.

- Se aproveitando demais. – digo, e vou caminhando com as muletas até a minha sala, o sinal havia tocado.

Conversei com os meus amigos e expliquei o que havia acontecido e o que teria que passar. William me olhava toda hora com cara de preocupado, mas eu fingia não perceber. Letícia veio falar comigo e pedir desculpas, pensei um pouco e as concedi. Falei com a Juliane sobre a separação dos meus pais, o que mais tarde comentei com Jade e Jéssica também, e claro, falei sobre o convite do Samuel. Juliane disse que daríamos certos juntos, mas eu ainda não tinha certeza. As aulas passaram rápido, ao bater o sinal da saída eu fui direto para a porta da 2005, e logo ela se abriu. Samuel foi um dos primeiros a sair e abriu um sorriso enorme ao me ver. Não nos abraçamos nem nada, apenas fomos conversando até a saída da escola.

- Vou na sua casa então, as 18h. – Samuel diz isso olhando para o relógio.

- Tudo bem, vou estar esperando. – parei em sua frente. As pessoas passavam por nós sem nos olhar. Apenas estendi a mão e ele a apertou.

- Não vou demorar. – ele sai. Jade e Jéssica chegam do meu lado cochichando e me abraçam.

- Então? – pergunta Jade.

- Ele me chamou pra sair. – nisso já estávamos indo embora. Jade e Jéssica deram um grito de vitória.

- Tinha dedo de vocês nisso né?

- Ah, ele disse que estava interessado em ti, e nós dissemos que você estava solteiro. – disse Jéssica.

- E aí demos umas ideias a ele. – completa Jade.

- Eu acabo com vocês, mas obrigado. Me fez esquecer um pouco do... – não termino a frase.

- Tuuuudo bem, mas espero que vocês fiquem juntos, oin. – Jéssica aperta minha bochecha.

- Ah, olha só. Eu quero pedir uma coisa pra vocês, me falem da Sophia. – perguntei, precisava saber com quem William estava se metendo.

Descobri que a Sophia trabalhava num restaurante perto da minha casa como garçonete, que tinha 19 anos, era alta e tinha cabelos loiros ondulados. Acho que se a visse na rua eu a reconheceria.

Cheguei em casa, plastifiquei o gesso e tomei um banho. Minha mãe estava calma, e deixou-me sair. Terminei de me arrumar e exatamente às 18h, o carro do primo de Samuel buzinou na frente de casa. Me despedi da mãe e fui até o carro, de muletas.

- Oi. – ele estava no banco de trás, e quando eu entrei, ele me abraçou. O primo dele nos olhou pelo retrovisor.

- Oi Samuel. – sorri e me ajeitei no banco, ele estava muito próximo de mim, com o braço envolta do meu pescoço. Quanta liberdade.

Depois de poucos minutos já estávamos no restaurante, que para meu espanto era o mesmo citado pela Jéssica onde Sophia trabalhava. Samuel desceu do carro. Abri a porta do outro lado para sair e ele apareceu com a mão estendida a mim.

- Eu te ajudo. – disse sorrindo. Peguei na sua mão e ele me puxou com calma para fora do carro. Resolvi deixar minhas muletas no carro, ele me ajudou a ir até lá.

O primo do Samuel entrou com a gente, ele sentou em uma mesa e nós em outra, bem longe. Primeiramente um garçom aparece e nos entrega os cardápios, ele era muito bonito e deveria ter uns 20 anos, corpo másculo, de modo que ficasse alinhado na roupa. Estranhei pelo fato dele olhar para o Samuel com um jeito sedutor, até piscou para ele e eu confesso ter ficado com ciúmes. Logo ele se retira.

- Gostou de você. – digo, em um tom ríspido.

- Oh, que isso? – ele riu e segurou a minha mão. Senti um arrepio – Não é ele que eu quero. – corei na hora, meu coração quase saiu pela boca.

- É? E quem você quer? – perguntei curiosamente.

- Você. – me segurei na cadeira e só consegui soltar um sorriso, fiquei vermelho de vergonha.

- Então, o que vai querer? – perguntou, abrindo o cardápio. Fiz o mesmo, e só vi alimentos caros.

- Vai ter dinheiro pra pagar isso tudo? – perguntei brincando.

- Sim. – respondeu.

- Ei, não vai pagar! – disse isso com autoridade. Ele convidou, mas quem aceitou foi eu. Eu queria pagar.

- Vou sim. – rebateu – Agora escolhe logo o que quer comer.

- Também não vou escolher. – soltei o cardápio na mesa e cruzei os braços, e fiquei o encarando.

- Ah é? Então eu escolho por você. – ele acena para alguém, e vejo uma garçonete vir em nossa direção. Ela era alta e loira de cabelos ondulados, era a Sophia.

- Então, o que vão pedir? – ela segurava um bloco de anotações e uma caneta. Pensei em pedir se ela era a namorada do William, mas seria desconfortável.

- Esse negócio aqui, traz dois. – ele apontou a uma comida que no caso não sei qual era. Sophia anotou o pedido no bloco e saiu.

- É a namorada do William. – disse aquilo por impulso, e depois olhei para Samuel, que me encarava.

- Você gosta dele né?

- Não, me desculpa. Ah, eu não devia ter falado isso.

- Relaxa, eu sei que vocês ficaram. – novamente ele segura minha mão, e sorri.

- Desculpa. – disse de novo. Me senti um idiota por fazer aquele comentário.

Ela parecia amigável, gostaria de conhecê-la, nem que fosse pra provocar o William de algum jeito. O prato escolhido chegou, eram duas fatias de pizza de 4 queijos, com pedaços de carne de coelho que eu achei uma judiação com os pobres dentuços, mas a carne é deliciosa. Tinha mais umas azeitonas na pizza, e uma porção de batata frita (que eu amo), mais uma taça com vinho, isso em cada bandeja. E claro, uma garrafa de vinho porque uma taça é pouco. Fiquei pensando no preço daquilo tudo.

- Deve estar uma delícia. – Samuel retirava os garfos do plástico e olhava para a bandeja. Eu fiquei olhando para ele, ainda com os braços cruzados. Então ele olhou pra mim. – Não vai comer?

- Não vai brindar? – peguei a taça com vinho e a ergui. Ele sorriu e fez o mesmo.

- Um brinde a nós. – e tocou sua taça na minha.

- A nós. – coloquei a taça no lugar.

Confesso que vinho me deixa mais sentimental e sacana, por isso fiquei com medo do que podia acabar acontecendo no fim daquele “jantar”. Comemos, e o encontro acabou com a garrafa de vinho vazia. Sophia veio com a conta, e eu a peguei. Arregalei os olhos ao ver o preço.

- Meu Deus, Samuel você não vai pagar isso sozinho. – retirei minha carteira do bolso. Samuel pegou a conta da minha mão.

- Vou sim. – ele deve ter feito à conta do preço quando enviou o pedido porque ele entregou nas mãos da Sophia a quantia exata a ser paga. E eu nem havia abrido a carteira ainda.

- Ei! – protestei – Eu queria pagar.

- Não, não seria justo.

- Na próxima vez eu pago. – quando eu disse isso ele sorriu.

- Vai ter uma próxima vez? – acabei sorrindo também.

Chamamos o primo dele, e então fomos pro carro. Samuel novamente envolveu seu braço no meu pescoço, mas dessa vez eu repousei minha cabeça em seu ombro.

- Não vamos direto pra casa. – falei. Samuel me olhou, e o primo dele também, pelo retrovisor.

- Tudo bem, onde você quer ir? – Samuel perguntou.

Eu não sabia para onde queria ir, só sabia que queria ficar junto com ele por mais tempo ainda essa noite. Decidimos parar em uma pracinha, os postes todos iluminados, e o lugar estava vazio. Era perto das onze horas. Descemos do carro e eu fiquei todo o tempo abraçado a Rafael. Havia um pequeno lago e dentro desse lago uma fonte. Uma ponta atravessava o lago e nós ficamos ali, abraçados e observando a água sendo jorrada da fonte. Eu virei meu rosto para Samuel, e fiquei olhando nos seus olhos. Ele fez o mesmo. Virei meu corpo, colando-o no dele. Envolvi meus braços no seu pescoço e ele segurou minha cintura. Podia ser efeito do vinho, mas eu queria isso, aproximei meu rosto do dele e então suspirei. Senti seu perfume forte, mas muito bom, seus olhos haviam se fechado e assim fiz com os meus, nossos lábios estavam muito próximos e pude sentir sua respiração calma. Senti nossos lábios se tocarem, e então o beijei, nossas línguas entrelaçaram-se, ele passava a mão pelas minhas costas até a cintura, mordíamos os lábios um do outro de leve, ficaria assim a noite toda. Estava ficando sem ar, nossos lábios se desgrudaram. Abri meus olhos e encontrei seu olhar, sorrimos.

=

Oi gente. Gostaram do capítulo? Tem muita coisa pra acontecer ainda, muita! Assim, aconteceu tudo tão rápido de um capítulo para o outro, eu achei estranho, sério mesmo. Mas enfim, eu mesmo tô ansioso, risos. Até o próximo, beijo pessoal!

Geomateus - sempre, e obrigado por ler :)

thigor_ps - Como eu disse, essa história é cheia disso, tá tudo indo bem e aí, pah! Obrigado por acompanhar, até o próximo! Bjs

KayoB - Obrigado :D

niel1525 - Que bom que está gostando! Obrigado por ler e acompanhar, sexta tô aqui de novo ;D Bjs

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