DANDO POR IMITAÇÃO (2)

Um conto erótico de Markus Quint
Categoria: Homossexual
Contém 1093 palavras
Data: 30/12/2014 02:35:59
Última revisão: 08/03/2016 01:15:12

Nos dias seguintes, o acontecido no rio não me saía da cabeça. Eu desejava muito repetir tudo, prometendo a mim mesmo que, dessa vez, melhoraria meu desempenho. Eu queria ser como o Marquinho, que me esperou à saída da escola. Ele estudava no terceiro ano; eu, no quarto.

— Eu conheci dois caras bacanas — disse ele. — Quer ir lá comigo hoje à tarde?

Horas depois, enquanto nos encaminhávamos para a casa dos dois “caras bacanas”, ele me contou que dava o cu há muito tempo e adorava tomar leite de pica (foram suas palavras).

— É gostoso? — perguntei.

— Muito — disse ele.

Ele tinha razão. Chegando à casa habitada por Davi e Valter, dois homens sem família que trabalhavam no turno da noite não recordo em que atividade, o primeiro perguntou, após alguns minutos de conversa, se eu chupava.

—Ele chupa, sim! — respondeu Marquinho por mim.

Dizendo isso, ele pulou no colo de Valter, que estava sentado no sofá. Era um loiro muito bonito, de seus 25 anos, que enlaçou o meu amigo com braços fortes à altura do peito e se pôs a lhe mordiscar a nuca, arrancando-lhe gritinhos de satisfação. Que inveja!

— Vamos ali no quarto — disse Davi tomando-me pelas mãos para me levar a um quarto cheio de bugigangas, munido de cama de solteiro.

— Você é bem bonitinho — disse ele fazendo um afago em meu rosto.

Ele, ao contrário, não poderia ser classificado dessa forma. Era, na verdade, feio. Teria uns trinta anos, muitos pelos no corpo, uma barriga saliente e uma calvície em estado avançado. Despeitado por Marquinho ter ficado com o mais bonito, eu resumia as respostas às perguntas que ele me dirigia com sim ou não num tom bem desanimado.

Quando, finalmente, ele tirou o calção, única peça do seu vestuário (era verão), comparei mentalmente o pênis que se erigia dentre uma pentelheira espessa e escura com os que eu tinha visto no rio. E também me perguntei: será que os pentelhos de Valter também eram loiros? Deitando-se na cama, Davi pegou minha mão e a pôs em contato com seu pau, que era comprido e grosso, e eu comecei a masturbá-lo levemente, sem muito ânimo. Eu queria o Valter.

Foi então que, inesperadamente, Marquinho entrou no quarto, trazendo uma boa notícia:

— Vai lá com o Valter. Ele tá te esperando.

Pulando de contente, eu me dirigi ao outro quarto, onde encontrei Valter deitado e pelado. Como era bonito! A pele branca e quase sem pelos, os cabelos loiros e... pentelhos escuros. E o pau? Nunca mais vi um tão gracioso. Não era comprido, nem grosso, e apresentava a glande totalmente descoberta, resultado da operação da fimose.

Senti emoção e uma vontade enorme de me aninhar contra seu corpo. Ele sentiu o mesmo, pois se sentou na borda da cama e, tirando minha camiseta, beijou e sugou meus mamilos, causando um arrepio delicioso. Depois, tirou meu short, fez carinhos no meu saquinho e no pauzinho, que endureceu.

— Deita aqui — disse e foi chavear a porta do quarto.

Deitei. Ele voltou, sentou-se ao meu lado na cama e se pôs a acariciar meu corpo.

— Eu gostei de você desde que você chegou — disse ele com voz suave. — Por isso pedi pro Marquinho fazer a troca.

Meu corpo se arrepiava todo com o toque de seus dedos. Então ele me virou de bruços e se dedicou às minhas nádegas. Ele apalpava, pressionava, deslizava um dedo pelo reguinho, indo até meu orifício, causando uma sensação deliciosa. Quando ele veio por cima de mim, eu estava pronto e ansioso. Ele mordiscou minha nuca, deslizou a língua pelas minhas costas, abriu minhas nádegas com ambas as mãos e se pôs a lamber meu cuzinho. Lambeu com gosto, lubrificando o caminho do prazer que ele pretendia usufruir.

— Agora eu vou te comer — disse ele.

Recordei a dor da primeira penetração, mas também a agradável sensação que veio depois. Dessa vez não foi diferente. Mas eu queria muito me entregar àquele homem bonito e carinhoso. Por isso não reclamei quando a glande forçou a entrada do meu cuzinho. Doeu, sim. Mas aguentei. Porque eu queria. Trincando os dentes, segurei o gemido que se formava em minha garganta. E o pau entrou.

— Tá doendo? — perguntou ele.

— Tá... — balbuciei.

— Vou tirar e colocar de novo — disse ele.

A pica deslizou, descolando-se de meu reto, saiu. Ah, aquela sensação...

Com a bunda bem empinada, senti de novo sua língua em meu ânus. Ah, que gostoso...

Então ele se posicionou de novo, eu senti meu cuzinho se abrir e a pica entrou novamente, causando, dessa vez, uma dor perfeitamente suportável.

— Tá doendo?

— Não...

Ele se estendeu por cima de mim e, abraçando-me à altura dos ombros, gemeu em minha orelha durante todo o tempo que seu pau se movimentou levemente em meu cuzinho. Era um gemido contagiante. Logo eu também estava gemendo. E era de prazer. O primeiro prazer físico que senti na vida e que eu queria fosse prolongado. Mas ninguém segura muito tempo a ejaculação num cuzinho jovem e apertado.

— Vou gozar... — murmurou ele.

Senti a pica engrossar um pouco mais dentro de mim, ele emitiu um grunhido e seu esperma regou minhas entranhas. Lamentei quando a pica se retirou. Mas a sensação...

— Vou tomar banho e depois você chupa, tá?

Concordei.

Na volta, recendendo a sabonete, ele se deitou ao meu lado e me abraçou, pele com pele. Aninhado contra seu corpo, eu saboreei um momento inesquecível. Ele afagava meus cabelos, me beijava nos lábios, dizia que eu era muito gostoso.

E minha mão procurou seu pau, que encontrou em estado de flacidez. Mas por pouco tempo. Logo a rigidez voltou a se manifestar, eu deslizei e me pus a chupá-lo com vontade. Devido ao tamanho eu conseguia colocá-lo todo na boca, até sentir os pentelhos fazerem cócegas em minhas narinas.

Pica linda, deliciosa, fascinante. Eu a tirava da boca, olhava, admirava a glande reluzente da minha saliva, passava a língua, tornava a chupar. “Aaaaiiiii”, gemia Valter cada vez que a ponta de sua pica tocava minha garganta, sem, contudo me engasgar. Eu chupei e chupei, satisfeito de lhe dar aquele prazer que eu ainda não conhecia, mas sabia ser intenso.

Quando, como da outra vez, senti cansaço nos músculos faciais, quis fazer uma pausa.

— Continua! — implorou ele. — Estou quase gozando.

Marquinho tinha razão. O creme que jorrou em minha boca era delicioso, complementando as qualidades que eu já admirava em Valter. Naquela noite, em meu quarto, tive uma certeza: eu estava apaixonado.

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