Meu novo Pai (Parte 30)

Um conto erótico de βεℓℓα*♡*.¸¸.*☆*
Categoria: Homossexual
Contém 1286 palavras
Data: 18/11/2014 01:35:42
Última revisão: 27/01/2015 21:27:01

Nick narrando...

Acordei em uma rua deserta, lembrava dela, estava de volta ao Brasil, me deixaram largado aqui. Fui andando até uma praça alí perto, estava com frio, sentei no banco e fiquei alí olhando para o nada, e mais uma vez estava aqui sem ter para onde ir, onde dormir, mas o que me doía mais era estar longe dele.

Deitei no banco, me abracei e cochilei... Acordei sentindo uma mão me empurrando, abri os olhos aos poucos e vi um garoto moreno, meio alto, cabeça raspada...

Garoto: Quem é você? Esse ponto aqui é nosso!

Eu: Desculpa, é que não tenho onde dormir.

Garoto: Tá sozinho ou tem um grupo?

Eu: Sozinho.

Garoto: Você tem cara de ser novo nessa vida, se me falar como chegou aqui te ajudo.

Uns homens me sequestraram e me tiraram do meu pai. Estou sem ninguém.

Garoto: Tenho muitos amigos que são iguais a você, mas alguns são ainda piores, os próprios parentes que os abandonaram ou se perderam de seus familiares, outros nem conheceram seus pais...

Eu: E você?

Garoto: Te dei alguma liberdade para você saber da minha vida?

Eu: Desculpa.

Garoto: Não, você parece ser gente boa. Minha família morreu, fui mandado para um orfanato com o meu irmão, mas fiquei sabendo que iriamos nos separar então fugimos.

Eu: Sinto muito!

Garoto: Vem, vou te levar para a rua onde dormimos.

Eu: Obrigado.

Fomos andando...

Garoto: Que bom que eu quem te encontrou aqui, se fosse alguns que conheço você estaria sendo espancado ou sabe lá Deus.

Eu: Obrigado de novo.

Garoto: Qual o seu nome?

Eu: Nickolas, mas pode me chamar de Nick. E o seu?

Garoto: Luís.

Chegamos em um pequeno beco sem saída, todos que lá estavam nos olharam...

Garoto: Luís quem é essa garoto?

Luís: Encontrei ele na praça. Ele é gente boa, jogaram ele na rua como a vocês, quis ajudar.

Garoto: Hum.

Ele me olhou com um olhar estranho, de desconfiança.

Garoto: Você pode até dormir com a gente mas vai dormir sem coberta ou papelão, chegou aqui agora!

Eu: Tudo bem.

Deitei-me no chão, coloquei a mão embaixo da cabeça e adormeci, acordei um pouquinho mais tarde, estava tremendo de frio, lembrei onde estava, por um instante pensei estar nos braços do Mauricio dormindo em seu peito quentinho.

Adormeci novamente, no outro dia foram me acordar, estava tremendo demais...

Luís: Cara seus lábios estão roxos.

Eu: Eu tô bem, não se preocupe.

Levantei mas não conseguia andar direito.

Luís: A gente agora tem que ganhar uns trocados.

Eu: Tá.

Fomos para a praça novamente...

Uns pediam, outros iam para o sinal.

Luís: Você é bonitinho, vai pedir com alguns, eu vou para o sinal.

Eu fiquei com alguns pequenos pedindo, eles combinavam que os mais pequenos pediriam com os mais bonitos porque as pessoas tinham mais pena. Era sempre assim, quando fiquei outras vezes na rua era igual.

Eu fui, pedimos bastante, depois nos reunimos para mostrar o que conseguimos, eu consegui bastante...

Luís: Nossa cara, que bom, vamos comprar algo para comer, esperem aqui.

Fui com ele...

Luís: Quem é Mauricio? Ontem você falava dormindo o nome dele...

Eu: Meu pai.

Luís: Mas porque você não o chama assim?

Uma lágrima desceu dos meus olhos...

Luís: Desculpa, não vou mais falar sobre isso.

Enxuguei minhas lágrimas e continuei indo com ele...

Entramos em uma lanchonete e compramos algo a todos, voltamos, ia andando e quando estávamos chegando fiquei um pouco tonto e ele me segurou...

Luís: Você está bem?

Eu: Estou, foi só uma tontura.

Nos sentamos e comemos...

Longe dalí...

Mauricio narrando...

Cheguei ao Brasil e fui direto para a casa do meu pai, nem esperei nada...

Cheguei a sua casa e fui entrando...

Eu: Pai?

Eu gritava: Pai...

Ele apareceu...

Eu: Me fala agora onde ele está!

Pai: Voltou para o lugar de onde veio!

Eu: Como assim?

Pai: Você acha mesmo que eu vou dizer?

Minha mãe apareceu...

Eu: Mãe, você está a favor disso? Como você pode estar junto ao meu pai nisso?

Mãe: Eu?

Eu: O Nick é um garoto indefeso que acabou de passar por uma barra, estava se recuperando, tenho vergonha de vocês.

Saí de lá, mas eu iria encontra-lo, ele disse que o mandou para o lugar de onde veio, será o orfanato?

Fui lá...

Maria me atendeu...

Maria: O que foi? Algo com o Nick?

Eu: Quer dizer que ele não está aqui?

Maria: Como assim?

Eu: Ele desapareceu!

Maria: Mas... Mas... Vocês estavam fora do país...

Eu: Voltamos e uns homens o pegaram, deixaram um bilhete dizendo que o mandaram para o lugar de onde veio. – Menti, tinha vergonha de falar que era o meu pai que tinha feito aquilo.

Maria: Oh meu Deus!

Eu: Rosa eu estou tão preocupado.

Comecei a chorar e ela me abraçou...

Maria: Calma meu filho, olha se ele não está aqui, e falaram que o mandariam para o lugar de onde veio só pode ser a rua!

Eu: E agora?

Maria: Por enquanto vamos procurar por nós mesmos, uma vez procurei e o encontrei, reze para que tenham deixado ele aqui, podem ter mandado ele para outra cidade, o brasil é grande.

Me desesperei, o Nick na rua, onde tudo pode acontecer...

Longe dalí...

Nick narrando...

Eu não estava me sentindo nada bem...

Luís: Sua cara está péssima.

Eu: Estou bem. – Tossi.

Estávamos nos ajeitando para dormir...

Garoto: Vai dormir descoberto de novo.

Eu: E o que eu tenho que fazer para ganhar uma coberta?

Garoto: Conseguir de alguma forma!

Eu: Mas como? Eu ganhei muita grana e todos comeram com ela, não tenho mais dinheiro, e vocês poderia dividir comigo!

Garoto: Tá achando ruim? – Falou grosso.

Pulou para cima de mim...

Luís: Opa, opa, opa... O que está acontecendo com você cara!

Garoto: Esse mané, desde que apareceu está botando banca!

Luís: Pedro calma cara, ele até ajudou com a grana!

Ele se acalmou...

Eu deitei no chão frio novamente. Eu não aguentava mais aquilo, queria o Mauricio, queria ele comigo, faziam dois dias que estava aqui e já não estava mais aguentando, prefiro morrer a ficar sem ele.

Chorei, lembrava do seu cheiro, seus olhos, seu toque, seus braços quentes e dormi...

No outro dia...

Acordei com alguém me empurrando, era o Luís... Nossa eu estava muito mal.

Luís: Nick, você não está bem.

Eu: Não se preocupe, vamos pedir. – Tossi...

Levantei, fiquei um pouco tonto mas ele me pegou.

Eu: Vamos...

Fomos para a praça, eu estava sentindo muito frio, ele pegou na minha testa...

Luís: Você está ardendo em febre. É melhor você ir para o sinal comigo!

Fomos para o sinal, eu estava tossindo bastante, mas estava aguentando.

Longe dalí...

Mauricio narrando...

A Maria e eu saímos para procura-lo...

Maria: Olha, na ultima vez achei ele em uma praça, vamos lá.

Eu estava apreensivo, meu Deus por favor, que ele esteja lá... Fui pedindo assim até chegar lá.

Chegando perto, o sinal fechou, de longe vi aquele garoto branquinho, olhos azuis, cabelos loiros fazendo malabarismo no sinal...

Tinha que ser ele, desci do carro, não estava para esperar nenhum sinal abrir, corri até lá...

Eu: Nick?

Ele me olhou...

Nick: Mauricio?

Eu corri até ele, meu Deus, só podia ser brincadeira...

O abracei...

Ele falou de cabeça baixa: É você mesmo? Não é um sonho?

Eu: Não amor.

Ele subiu a cabeça, meu Deus o Nick estava horrível, seus olhinhos baixos e vermelhos, e muito quente...

Nick: Mauricio – Chorando. – Eu não estou aguentando mais – Tosse – Desculpa! – Falou baixo...

Nick desmaiou nos meus braços.

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Gente Nick tem agora 17 anos, respondendo a pergunta, depois vai ser comemorado seu aniversário de 18 anos e será lindo.

Beijos galera.

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Comentários

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Perfeito como sempre e que reviravolta. Gosto muito de personagens como o Luís, enriquecem a trama.

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Ainda bem que Mauricio o encontrou. Coitado do Nick está sofrendo muito. O pai do Mauricio é um monstro. :)

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tadinho do nick bella para de maltratar ele ;(

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Tomara que os pais do Maurício contraiam cancer terminal.

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Caraca que barra o nikc vem passando, ainda bem que o mauricio ja achou ele

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Não sei porque o nick não voltou para o orfanato ou pra casa do rafa já que ele sabia onde estava... mas acho que era muita coisa pra pensar e o trauma não deve ter cooperado muito... ah que bom que já se encontraram de novo

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