Entre Sorrisos e Lágrimas- 22

Um conto erótico de Belove
Categoria: Homossexual
Contém 2151 palavras
Data: 08/11/2014 14:04:23

Capitulo 22

Matenrou Opera-Eternal Symphony

Eu tenho um sentimento tão querido que não consigo jogar fora

Eu tenho um sentimento tão bom que preenche meu coração

Tempo e país, mesmo entre centenas de milhões de pessoas, eu era capaz de reconhecê-lo

Inundado de felicidade, eu posso transformar ambos em vida e morte e tudo mais

Coisas com a forma física, o mundo em que eu vivo

Qualquer coisa, tudo o que respira brilha e torna-se deslumbrante

Em nossas mãos, cada pulsar de vida é certo

Para ser capaz de te tocar, agora que você está aqui

Isso tornou-se uma realidade macia que me envolveu

Meu coração solitário tornou-se uma solidão diferente do que parece

O tempo apenas continua

Há dias em que você também pensa isso de mim?

Embora eu tenho certeza, eu espero que nós dois possamos estar ligados

Em nossas mãos, cada pulsar de vida é certo

Para ser capaz de te tocar, agora que você está aqui

Isso se tornou uma realidade suave e me envolveu

Naquele dia eu também desapareci, mas deixe eu morar em seu coração

[ Eduardo

Lágrimas escorrem pelo meu rosto em abundância vendo meu filho desacordado com um corte em sua testa que não parava de sangrar. Tirei minha blusa para estar o ferimento mais foi inútil, o corte foi profundo. Denise tentava parecer calma, porem é mais fácil quando se esta cuidando de um paciente que não seja seu filho. Havia tempo que não via aquela expressão em sua face. Depois de um tempo o sangramento parou e deu para ver que um pedaço da porcelana havia penetrado em sua cabeça, aquilo me deixou mais desesperado. Denise liga para o hospital e pede para mandarem uma ambulância com emergência para sua casa. Depois de tudo ela vai dar uma de mãe preocupada, chega a ser estranho ver ela se preocupando com o filho e não se importar em deixa-lo viver. Não demorou muito a ambulância chegou. Como só um poderia ir e ela é medica do hospital não discuti e fui direto para meu carro. Desde o momento em que o vaso o acertou não nos falamos mais que o necessário. Antes de sair voltei correndo para o quarto dele e peguei seu celular que havia colocado no criado mudo. Ele ira querer ligar para alguém quando acordar., engraçado pensar assim. De qualquer maneira ele vai querer falar com alguém que não seja nós. Chegando no hospital pergunto por ele e a atendente me informa que estava em uma cirurgia de emergência. Fiquei na sala de espera, não podia fazer mais nada. O celular dele toca e penso ser Jesper, pois no visor tinha “ Amor S2”. Pensei um pouco e decidi atender.

• => J- Amor. Você…

• =>E- Jesper?

• =>J- Sr. Eduardo? Cadê o Tony?- Foi claro o tom de preocupação.

• =>E- Você… não sei como dizer…- Lágrimas já escorriam por meu rosto só de lembrar o motivo por estar num hospital.

• =>J- Fala logo cadê me namorado?- Ele fala se alterando

• =>E- Ele esta numa cirurgia…

• =>J- O que?...- pude escutar sua voz mudando de alterada para como se chorasse.- Por que ele esta numa cirurgia? O que aconteceu? Em que hospital ele esta?

• =>E- Calma. Estou no hospital onde a mãe dele trabalha. Você pode vim até aqui? Acho que ele vai querer te ver depois.

• =>J- Claro. Chego assim que poder. Obrigado, eu acho.

[ Jesper

A noticia de que meu namorado estava em uma cirurgia me pegou desprevenido e me deixou louco. Minha irmã não estava em casa, meus pais tinham ido trabalhar e não me deixaram dinheiro, minhas reservas estavam vazias. Sai pelas ruas sem olhar para os lados, resultado: quase fui atropelado por dois carros, esbarrei em varias pessoas, derrubei uma garota em cima de uma mesa que estava na calçada de uma lanchonete. Depois de estar descontrolado nas ruas me deparo em frente a casa de Julia. Toco o interfone uma, duas, três vezes até que escuto sua voz.

- Quem é? Será que não sa..

- Julia…- Percebi nessa hora que estava rouco e quase não tinha vos.- Me ajuda.

- Quem é? Pera ai.- ela desliga e logo a porta da casa se abre. Ela me vê chorando do lado de fora e corre em minha direção.

- Tony.. ele esta no hospital… por favor me leva lá…- Ela me abraça e choro mais ainda em seu ombro abraçando-a forte.

- Vem. Entra, me conta tudo e depois vamos.- ela fecha o portão me levando para dentro. Ela me leva para seu quarto, nem vejo quem esta na sala. Apenas escuto ela dizer que sou um amigo, escuto alguém perguntar se estou bem e ela responde que logo vou ficar. Chegando no quarto vejo Joe e Aleksia.

- Jesper!- Aleksia segura minha mão.- O que aconteceu? Por que esta corando?

- Tony… ele… ele ta no hospital…- soltei sua mão e a abracei.

-Por que?- ela pergunta assustada

- Calma. Deixa ele se acalmar e depois ele fala.- Disse Julia.

- Vou ligar pra ele.- Joe pega se celular e logo começa a falasse.- Sr Eduardo? O que aconteceu com Tony? Tudo bem. daqui a pouco vamos para o hospital com Jesper. Ele esta se acalmando. Daqui a pouco chegamos. Tchau.- ele desliga e nos olha com os olhos marejados.

- O que aconteceu com meu irmão?

- Ele esta melhor. Já saiu da cirurgia..

- Cirurgia? Que cirurgia?- Aleksia começa a chorar.

- O pai dele disse que não foi muito grave só alguns pontos e ele vai ficar em observação. Está nos esperando no hospital onde a D. Denise trabalha.- ficamos em silencio por alguns minutos.

- Já podemos ir.- me levantei da cama e olhei para todos, ainda com lágrimas nos olhos.

- Tem certeza?- Pergunta Joe

- Não vou deixar meu namorado lá sozinho.

- Então vamos- Falou Julia. Saímos de seu quarto em silencio. Ela pediu para seu pai nos levar. Assim que chegamos lá encontramos Eduardo na sala de espera e ele nos guia até o quarto. Ver Tony ligado há alguns aparelhos me chocou. Havia uma mulher ao lado dele. Ela olha pele vidro e quando me viu fechou a cara, percebi que era a mãe dele Denise. Ela sai do quarto e nos olha e sai na direção oposta. Algo me dizia que não sou bem vindo ali.- Eu posso entrar?- perguntei para Eduardo e ele afirmou com a cabeça.

- Apenas um pode entrar por vez.- Eduardo nos olha.

- Vai depois nos revezamos.- Disse Aleksia. Nos abraçamos e fui em direção ao quarto. Abri a porta devagar e depois de fecha-la fui caminhando lentamente. Mais lágrimas começaram a surgir, coloquei a cadeira bem próxima da cama e segurei sua mão. Encostei minha cabeça próximo ao seu corpo e deixei que as lágrimas caíssem.

[ Julia

Deixamos Jesper entrar primeiro no quarto. Aleksia os olhava com a mão no vidro chorando. Joe estava ao seu lado com a mão em seu ombro. Eduardo os olhava e senti que ele se culpava por aquilo.

- Eduardo! O que aconteceu?- Aleksia e Joe o olharam, ele deu um suspiro.

- Vamos nos sentar. Acho que não vão gostar do motivo dele estar assim e irão saber de qualquer forma.- fomos para um sofá na sala de espera sentei ao seu lado e os outros sentaram do outro lado. Ele apoiou os cotovelos no joelho com as mãos no rosto. Olha para cada um e logo dispara o ocorrido.- Denise quer tira-lo da escola e mudar de cidade. Ela me ligou no dia seguinte em que ele contou sobre o namoro com Jesper dizendo que é minha culpa ele ser gay. Começamos a discutir e ela não parava de gritar idiotices. Depois que desliguei conversei com minha esposa e ela me aconselhou a pedir a guarda dele na justiça. Como a empresa onde trabalho tem uma filial aqui pedi transferência para cá. Denise não sabe disso. Domingo liguei para Tony e perguntei se ele gostaria de morar comigo. Quando ele me falou que estava namorando com Jesper estendi o surto de Denise. Ela sempre foi preconceituosa, um de seus defeitos. na mesma noite de domingo cheguei com minha irmã que queria conhecer Tony. Na segunda entrei em contato com um amigo advogado e ele já entro com o pedido da guarda. Hoje fui falar para ela que não aceitou e me ameaçou a impedir que eu o veja. Começamos a discutir e ela jogou um vaso de porcelana contra mim, sai da frente e o vaso acertou Tony que havia chegado na hora. Quando ele caiu no chão desmaiado não sabia o que fazer. Só me importava com ele, nem me importei mais com as ameaças de Denise.

- Não sabia que ela iria querer ver o filho infeliz.- Disse Joe

- Essa não é a Denise que conheci.- Aleksia.- É culpa minha. Se eu não tivesse aparecido ele não teria contado tão cedo…- Já com os olhos lacrimejados ela começa a chorar com as mãos no rosto.

- Não é culpa sua.- eu digo pegando sua mão.- Ele tinha o direito de saber. Denise não queria contar a ele sobre a adoção. E agora quer separa-lo de Jesper por que acha que foi falta de companhia paterna. Ela acha que se mudando para outro lugar ele vai esquecer isso e ter uma vida diferente…

- E ele vai!- Denise nos olha com desprezo.- Você me decepcionou Julia. E você também Joe. Sempre souberam e nunca me contaram. Sempre aceitei vocês na minha casa. Julia aquela historia de vocês serem namorados era tudo mentira não é? Estavam rindo da minha cara o tempo todo.

- Sim. Era tudo mentira. Ele tinha medo de te decepcionar. Sempre foi tudo para ele.- Julia se levantou e ficou frente a frente a Denise.- Sempre achei que ele estava sendo influenciado pelo que passa na TV. Você não sabe o quanto foi difícil para ele ter que esconder quem ele é de você…

- ELE NÃO É ASSIM!- Denise grita e levanta a mão para bater em Julia mais ela segura a sua mão a deixando assustada.

- Você me dá nojo.- Desferi um tapa o rosto de Denise deixando uma marca vermelha de sua mão.- Se atreva a me tocar ou pelo menos levantar a mão contra mim novamente e nunca mais ira trabalhar num hospital na sua vida.- Falava com fúria, desprezo, nojo.

- Julia, já chega!- Eduardo apoiou a mão em meu ombro me puxando para trás.- Denise aqui não é lugar para seus ataques. Pelo menos tenha respeito por seu filho, se é que ainda o considera como tal. Lembre-se que este é seu ambiente de trabalho.- Ela apenas dá meia volta e sai pelos corredores.- Vamos para o quarto. Não quero que ela encontre Jesper só com Tony.

- Você tem razão. Vamos.- Disse Aleksia e todos nos dirigimos para o quarto.

[ Tony

A ultima coisa que vi foi algo branco vindo em minha direção. Senti um dor enorme na cabeça e cai no chão, algo escorria por meu rosto. Duas sombras se aproximavam e escutei vozes ao longe. A única coisa que desejei naquele momento foi estar com Jesper. A dor aumentava cada vez mais. Minha testa ardia come queimasse, então não sinto mais nada…

Eu na escola. Caminhando pelos corredores. O lugar parecia deserto, apenas folhas sendo levadas pelo vento forte e janelas batendo. Começo a escutar vozes e apresso os passos, chego no pátio e encontro meus amigos com feições tristes. Eu os chamo um por um correndo em sua direção, mais nenhum me escura ou pareciam não me escutar. Chego perto deles e tento abraçar Jesper que estava de pé olhando para Aleksia. Fico assustado, simplesmente atravesso seu corpo como um fantasma. Comecei a entrar em desespero tentando toca-los e nada, a mesma coisa se repetia. Gritava por seus nomes já chorando. Fiquei de joelhos tentando entender o que estava acontecendo quanto tudo fica escuro e me encontro sozinho na escuridão gritando por eles chorando cada vez mais. Exausto caio no chão ainda chamando nome por nome… abro os olhos e estou na praça perto de minha casa. Olhos em volta e vejo Julia e Joe fumando maconha cada um com uma lamina na mão. Tentei falar com eles abraça-los mais tudo recomeçou. Meu corpo tremia, lágrimas já gotejavam de meu rosto, fico de joelhos e o chão começa a ficar vermelho e úmido aquilo me deixou paralisado.

- O que está acontecendo? Onde estou? Por que ninguém me escuta? Por que ninguém me vê? Por que não consigo toca-los?- Perguntava a todo momento enquanto afundava em um mar vermelho que parecia ser meu sangue- Será que… não pode ser…Será que estou morto? Será que estou no inferno?

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Comentários

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Amo a Julia..

Parece com a doida da Jhovanna.. Kkkk

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