Doce Precipício - 5

Um conto erótico de Vítor Astro
Categoria: Homossexual
Contém 870 palavras
Data: 05/11/2014 04:20:00

O beijo parecia sem fim, eu estava agradecido por aquilo, comecei a sentir o fogo invadir, subir e queimar cada pensamento que me poderia impelir o sexo eminente, ele me encostou no carro, a ferocidade era como um toque suave, eu adorava. De repente começa a tocar Justify My Love, tornou o clima mais erótico ainda, me deixou mais excitado, ele foi parando o beijo, nessa hora eu senti um vazio

- Estamos indo rápido demais

- Precisa marcar tempo? Se os dois querem pq adiar?

- Não me provoca, Vítor, estou que nem ferro

Comecei a dublar a música, justamente na parte em que diz: "Querendo, precisando, esperando por você, para justificar o meu amor, eu estou pronta e aberta, para você justificar o meu amor". Aquilo foi o mesmo que jogar gasolina e fósforos sobre nós, ele avançou numa fome e violência que aquele terno jamais suportaria, fomos tirando peças de roupas as pressas, aquela parecia a hora, estávamos nus, frente a frente e ele me penetrou, a seco, mas me beijou e me deixou inebriado com aquilo, estava simplesmente dominado, não havia saída, eu estava transando com meu mais recente sonho de consumo. As estocadas eram ritmadas, fortes, intensas, achei que poderíamos ficar horas ali, simplesmente pelo prazer. O suor escorria, ele dizia coisas desconexas, eu realmente não conseguia sentir nada além do vai e vem, do calor, colei minha boca na dele e o beijei mais forte ainda quando senti que ia gozar sem nem me tocar, ele estava ofegando dentro da minha boca, estava me deixando louco, foi quando senti os jatos nas entranhas, aquele líquido precioso. Ele estava me leitando, aquilo foi o nirvana pra mim. Ele me abraçou com força, não sabia se queria sair dalí ou ficar desse jeito pra sempre. Ele não saiu de mim e nem ficou mole

- Você quer mais?

- Me dê tudo que puder e ainda será pouco, senhor

Aquilo foi como viagra, mesmo que ele não tivesse deixado de estar duro, voltou a bombar com força e fome, eu estava em outro mundo, parecia que estava num sonho sexual perfeitamente calculado e sonhado. Passamos horas transando, parecia que não tinha fim. Depois que terminamos nos vestimos, devagar, sorrisos bobos e beijos leves

- Acho que estou apaixonado, Vítor

Me olhou sério, não me assustei

- Será, senhor? Não creio que eu, um mero mortal, possa alcançar tal honra

- Eu não sei, não faço isso. Não saio flertando e fugindo, sou muito racional, você me deixa mais leve, perco os sentidos quando vejo você sorrindo

- Mas você me viu sorrindo apenas hoje, como pode pensar assim?

- Precisa marcar tempo? Se os dois sentirem isso pq adiar?

- Quem disse que eu sinto o mesmo?

- Seu corpo, sua boca. Não viu que chamava meu nome agora a pouco?

Eu realmente fui pego de surpresa. Eu gritava por ele? Não por mais? Por ele? Queria ele? A surpresa vazou pro meu rosto

- Não precisa se assustar

Ele me aproximou dele e me abraçou

- Isso é novo pra mim, nunca senti isso, antes fosse só sexo, mas não quero que seja só isso, quero saber quem é você, ganhar você

Pq eu estava querendo acreditar nessas palavras? Pq eu estava afim de ligar o carro e fugir pra longe, viver de amor, era amor?

- Eu não quero me quebrar mais uma vez, Carlos, eu quero ficar bem e seguro, isso foi muito bom, mas pq complicar?

- Eu não tenho coragem de machucar você, Vítor. Eu nunca senti prazer assim, nunca beijei assim, nunca corri esse risco. Eu quero correr por você, eu quero ver no que vai dar

- Pode dar errado e vamos perder a química

- Pode dar certo e vamos ser felizes

Eu estava cedendo? Era isso? O cavaleiro do coração de gelo era transformado em ouro?

- E se eu continuar com isso? Se eu te der essa chance, nos der essa chance, você não vai mentir ou me enganar; certo? Pode dizer a verdade sobre qualquer coisa.

Uma chama de hesitação bruxeleou pela sua face, prendi a respiração

- Serei honesto

- Ótimo

Dizem que acreditar pode abrir portas ou custar sua vida. Eu estava pronto pra outra consequência?

Ele me beijou de novo e de novo, mais uma vez. Esses eram diferentes. Eram doces. Singelos e faziam o coração pulsar. Era isso mesmo? O coração voltou a bater? Entramos no carro, ele assumiu o volante, agarrou uma mão e me levou pra jantar. Ele me olhava com uma certa paixão nos olhos, me senti um adolescente bobinho que sai pela primeira vez com o "amor da sua vida". Era muito recente, rápido demais. Era perfeito a sua própria maneira. Quem disse que existe um tempo mínimo pra achar essas coisas? Algumas pessoas passam a vida inteira a procura e nunca acham. Nem mesmo uma fagulha dessa paixão. Eu estava mesmo me entregando, sem sombra de dúvidas. Eu estava me apaixonando por aquele homem. Idiota ou não, era a minha decisão. Talvez meu rio fosse em direção ao mar dele, eu precisava descobrir.

Agradeço aos leitores, aos comentários, de coração. Gente, quem quiser entrar em contato, fica a vontade, respondo sempre que puder e provavelmente imediatamente. Estou amando partilhar essa história. Escrevam para mim: artpopboy86@gmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Vítor Astro a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Capítulo intenso! Outro, chéri, urgentemente!

0 0
Foto de perfil genérica

Maravilhoso esse capitulo! Super quente!

0 0