De São Paulo ao Havaí

Um conto erótico de Vetinho
Categoria: Homossexual
Contém 1213 palavras
Data: 23/11/2014 04:14:14

De São Paulo ao Havaí

A história que inicio minhas postagens na casa dos contos aconteceu em 2011,antes e durante uma viagem ao Havaí. Eram férias do meio do ano, havia concluído o 5º período de Relações Internacionais. Meus pais vinham planejando desde o Natal. Embora fosse um lugar paradisíaco, não curtia mar, praia, nadar e, principalmente, me expor ao sol. Mas meus irmãos gêmeos Ellen e Esdras, de 7 anos, estavam fascinados pela ideia de ver ondas gigantes e surfistas e tentavam me convencer sobre como seria divertido. Claro, crianças aceitam tudo exceto serem contrariadas. Decidi ceder aos caprichos e me animar, ao menos aparentemente.

A viagem seria de 15 dias, saída no dia 2 e chegada ao dia 18. No dia 30 de Junho tudo estava pronto; Passaporte, passagens e bagagens conferidas; o nosso cachorro Spike ficaria no hotel para cachorros; a vó Nancy alimentaria as aves e os jabutis. Minha casa é quase um zoológico, (risos). Nesse dia marquei uma boate com a galera só para relaxar, confesso que não estava à vontade; com 18 anos e, ainda, viajar com os pais. Isso não caia bem entre os amigos.

Agora, deixe-me apresentar o povo. Meu pai se chama Cláudio, tem 46 anos de pura jovialidade, vamos adivinhar seu esporte favorito: Havaí + praia = Surf, ele é auditor fiscal da Receita Federal e, minha mãe, Elisabeth, 38 anos, é Médica veterinária e professora universitária na área de biologia molecular, seu passatempo favorito é o voluntariado no hospital veterinário. Meus irmãos são os xodós da família, extremamente estudiosos, Esdras puxou ao pai, pratica surf muito bem para a pouca idade. Já Ellen, a meiguice em pessoa, sonha em ser médica e ajudar as crianças da África. Minha família é maravilhosa.

Chamo-me Everton, não puxei aos meus pais. Não suporto surf e muito menos animais me lambendo, ou seja, sou o contrário do que se podia imaginar. Sempre gostei de idiomas, sou fluente em inglês, espanhol e francês já venho desde os 15 estudando, portanto não foi difícil escolher a carreira a seguir. Meu lazer favorito é curtir o que a noite paulista tem a oferecer, mas também sou um apaixonado por literatura, sobretudo contemporânea. Minha personalidade é forte, luto por meus ideais (felicidade, amor ao próximo, liberdade), fujo da rotina. Meus amigos me comparam a uma montanha russa: Oscilação me define. Sou um pouco delicado, mas isso nunca foi problema

NOITE ANTERIOR À VIAGEM

EU: - Estava dormindo a essa hora, “piriguete”.

Flávia: - Huuum, o que você quer, fresco?!

Eu: - Trate de se levantar, já são 17h46min. Não quero você parecendo um zumbi perto de mim!

Flávia: - Às 22h30min, o motorista te pega e depois a Clara e o Pedro. Vocês veem para cá e saímos juntos. Beleza?!

Eu: - Tudo certo, tchau!

Flávia: - Me acordou só para isso, chato. Tchau!

Eu: - Chato é o piolho da sua $#@&$ (risos)!

Flávia: - Vá para aquele lugar (risos)!

Desligado o telefone, já me dirigi ao computador para postar nas redes sociais sobre a despedida. Nesse momento o namorado da minha amiga veio falar comigo, sabe aquele homem tipicamente heterossexual, parece ser bruto a primeira vista, mas é um cavalheiro, raro de se ver.

Denis: Vetinho, hoje, a noite vai ser demais. Eu e a Luane estaremos lá!

Eu: - Oi amado, diga a amada que mando um cheiro bem grande. Se vocês não forem, igual da outra vez, estaremos de relações cortadas. Tenho dito!

Denis: - Digo sim, você não esquece aquela furada. Mas dessa vez iremos, sim!

Eu: - Menino me passe à receita desse corpo. Você está um safado de gostoso. Imagine se a Luane vê isso (risos).

Denis: - Eu sei que ele é um gostoso, você não existe Vetinho, descarado como sempre. Saudade, amigo!

Eu: -(risos) Melhor falar do que calar, também estou com saudade sua safada e furona. Quero ver qual será a desculpa dessa vez. “ – vetinho não vamos porque estamos num motel transando loucamente” ou “ – vetinho não vamos por causa que o Denis não consegue baixar a mangueira, chamei os bombeiros” (RISOS)

Luane: - A bicho nojento, deixe de ser imundo. (RISOS). Não vai ter desculpa, vamos mesmo!

Eu: - (risos). Assim espero, vou sair cheiro no “oi”. Cuidado, ainda roubo seu homem.

Denis: - Agora roube, já tenho dona. Valeu, grande vetinho!

Luane: - Eu estou acreditando. Tchau, miau (risos)

Eu: - Tenho nojo de felinos. Fui!

No fundo eu sentia excitação pelo namorado da minha amiga, mas me contentava o amor de pessoa que ele era comigo. Até sentar no colo dele eu sentei, para ver se ele se excitava, mas o safado nem aí para mim e veja que demorei.

Passava das 18h45min quando chega uma mensagem no meu celular.

Número estranho: - Você é muito especial, seu jeito divertido sempre me encantouEncontramo-nos na festa, beijão.

Simplesmente, tenho abuso de subjetividades. Sou muito objetivo, queria saber quem era essa pessoa. Tentei ligar, mas claro não atendeu. Resolvi mandar uma mensagem.

Mensagem minha: - Eu sempre soube que sou especial, divertido e encantador, obrigado. Mas qual é a sua? Identifique-se, por favor. Já mostrou que não me conhece, pois detesto quem não se identifica para mim. Tenho dito!

Não se passaram 10min; vejo uma ligação do número estranho, corri e atendi.

Eu: Alô, quem está falando?

Voz: Sou eu vetinho, me desculpa ter feito aquilo. Fui muito criança. Mas não consigo parar de pensar em você, por isso faz tempo que não nos vemos, desde aquele dia que você sentou no meu colo tenho desejos estranhos.

Eu: - Calma, aí. Como assim? Não acredito! Deixe-me sentar!

Voz: - Não era para ter sido assim, mas estava sufocando por dentro. (choro contido)

Eu: -(choro desesperado) Você quer que eu diga o quê?! Que eu sinto o mesmo? Pois sinto, sim. Sempre quis estar em seus braços, sinto inveja da minha amiga por ela ter um homem tão maravilhoso ao lado dela. Mas, porra, porque deixou para falar logo agora que estou saindo em férias. VOCÊ É NAMORADO DA MINHA AMIGA (muito choro). Pensava que todo aquele carinho era apenas amizade. E agora?! Me faleeeeeee!

Denis: - Se acalme, por favor (choro). Vou conversar com ela, sei que não será fácil, mas não mando nos meus sentimentos, vetinho. Cara, estou louco por você. Não é apenas paixão. Amo você, esse sentimento foi crescendo e transbordou meu coração. Quero você presente na minha vida... (choro aliviado).

Eu: - (choro mais calmo). Estou com dor de cabeça, não quero falar por telefone. Quero te ver, se possível, antes da festa. Vamos conversar sobre isso. Mas agora não é o momento, está um turbilhão. Desculpa!

Denis: - Eu entendo, podemos nos ver às 20h00min, te pego e vamos conversar.

Eu: - Não, prefiro que seja aqui em casa, meus pais não estarão. Às 20h30min, não se atrase, por favor. Tchau!

Denis: - Está bem, eu te amo. Não se esqueça disso.

Sabe aquela sensação que sua vida está prestes a desmoronar sobre sua cabeça. Tudo aquilo que pensei e imaginei estava acontecendo; o que sempre tentei racionalizar contra, simplesmente, se mostrou racional até demais. Eu sentia um misto de alegria e tristeza; raiva dele e da vida. Ao mesmo tempo, me perguntava sobre o porquê daquilo tudo. Em meio a devaneios, adormeci.

Espero que tenham gostado desse início, desculpem-me os erros. Prometo considera-los nas próximas vezes. Abraço a todos

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Comentários

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Muito interessante.... Vamos em frente que nem muitas aventuras... Abraçao. Volto logo.

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