Cap. 1 Verdade alheia

Um conto erótico de Vingança indecifrável
Categoria: Homossexual
Contém 1388 palavras
Data: 20/11/2014 22:32:53
Última revisão: 21/11/2014 06:52:03

Oi gente!Eu sou novo aqui, e essa é a minha primeira série. Vou dar uma breve explicação sobre como eu vou fazer a série, eu vou fazer um capítulo falando sobre os dias atuais, e outro sobre o que aconteceu há 3 meses, resolvi dar essa pequena explicação para não deixar vocês confusos kkk.

(Desculpem os erros, escrevo pelo celularOk, definitivamente não era isso o que eu queria, se eu pudesse escolher, certatres ente eu voltaria no tempo e teria feito as coisas diferentes, não que hoje esteja ruim, mas não do jeito que quero, eu havia planejado tudo, até ele chegar e virar de ponta cabeça toda a minha vida. Se eu pudesse te-lo evitado naquela manhã há três meses atrás, tudo seria diferente.

-Humberto.-A diretora me olhou irritada por cima de seus óculos,já tinha uns sessenta anos, vinha sempre com o cabelo loiro, quase branco sempre amarrado num coque perfeito, nunca havia um fio sequer, sua roupa era sempre a mesma, saia preta colada, blusa rosa claro de botão e manga comprida, e um colar de bolas brancas brilhantes, que pressupus ser pérolas, ou imitação, de qualquer forma ela tinha a estética de ser aquele tipo de diretora altamente rígida,o que era, de fato, uma triste verdade. -Vamos Humberto, você vai entrar na minha sala ou vai ficar parado aí na sala?

-Desculpe. -Falei passando por ela que me olhava de maneira irritada, sentei na cadeira, ao lado de Vicente, e ela sentou-se em sua cadeira, inclinou-se sobre a mesa, olhou para mim e para Vicente e suspirou, zangada.

-Já é a segunda vez só nessa semana que vocês dois vem para a diretoria por briga, e só no mês passado foram 6 vezes e duas vezes eu tive que suspender vocês dois, e vocês sabem que depois da terceira suspensão a única medida vai ser a expulsão, vocês querem isso?

-Não.- Respondemos juntos de cabeça baixa em uníssono.

-O que teremos que fazer com vocês? Humberto, você era um excelente aluno, olhe agora suas notas! Você está vindo com uma frequência descomunal por brigas, e quanto a você Vicente? O que houve? Vocês eram tão próximos.- Mas nem tudo é eterno, respondi em pensamento.- E agora vivem se pegando! -Senti meu rosto corar de vergonha e raiva. - O que está acontecendo com vocês?

-Espalharam mentiras sobre mim, e agora sou motivo de piada entre todos os alunos. -Respondi timidamente, não pelo fato de ter que admitir que sofro bullying e que logo meus pais ficarão sabendo, mas sim pelo fato de o grande culpado estar ali do meu lado, mas agora irei me vingar dele, finalmente vou conseguir expulsa-lo daqui.

-Por que estão fazendo piada com você?

-Por que eu me forçaram a beijar um garoto e tiraram fotos e disseram que eu havia beijado o garoto.

-Quem lhe obrigou?-Pensei um pouco, será que valeria a pena fazer isso? Entregar Vicente? Sim, ele era meu melhor amigo, e me traiu.

-O Vicente.

-Vicente, isso é verdade? - A diretora o perguntou horrorizada.Ele concordou com a cabeça, ainda olhando para baixo.

-Nesse caso teremos que chamar os pais de vocês. Humberto, pode voltar para sua sala, depois pedirei para Joana lhe entregar o comunicado para seus pais virem aqui.

-Ok, obrigado senhora.Ela sorriu, para meu espanto, mas logo seu sorriso sumiu com Vicente falando.

-Posso voltar também? É que estou perdendo revisão de química.-Não, eu quero falar com você antes de você voltar. -Ela olhou séria para mim como quem diz, "Você ainda está aí? ", logo sai da sala e voltei para a minha sala, mesmo que minha vontade fosse escutar a conversa.

Passei pela secretária que olhava uns papéis, provavelmente inscrições de alunos novos, novas vítimas, ou novos culpados. Quando estava passando pelo corredor me lembrei que havia esquecido o papel da transferência de sala na sala da diretora, será que eu pego agora ou espero até o final da aula? Achei melhor pegar logo, voltei e me deparei com a secretária sorrindo simpaticamente.

-Oi Carlos! O que houve?

-Oi Cintia, eu voltei pra pegar meu papel da transferência que esqueci com a dona Marta.

-Ah, pode entrar, acho que o Vicente já saiu.-Ela falou sorrindo, mas como se não soubesse ao certo se ele tivesse saído de fato, mas não liguei, fui direto a sala da diretora, quando cheguei lá escutei a voz de Vicente, então aquele ser ainda está lá, mas então escutei algo que me fez gelar até a alma.

-Por que você faz bullying com ele? -Escutei dona Marta falar. -Eu não irei contar pra sua mãe.

-Eu sei tia, eu acredito na senhora, mas é por quê é muito complicado explicar.- Ele falou pegando na mão da diretora, será que eles são parentes?

-Pode contar pra mim, quando você era pequeno você sempre vinha contar as coisas primeiro pra mim lembra? Vicente, eu juro que não irei contar pra ninguém. -Ele hesitou, um pouco, olhou para ela, e do nada olha pra mim, quero dizer, não especificamente pra mim, mas sim para a janela da porta, será que ele havia me visto? Acho que não, pois voltou a conversar normalmente.-Tia, lembra que a senhora me disse quando pequeno que iria sempre me proteger? -Por algum motivo senti a extrema necessidade de ligar o gravador do celular, e foi o que fiz, fiquei me sentindo um pouco ridículo por isso, mas não parei de gravar.

-Lembro sim, não vai me dizer que precisa que eu dê um jeito de ti acobertar de novo! Coitado do Humberto! Vocês eram tão amigos! Você vivia falando nele! Era Beto pra cá, Beto pra lá!

Tapei minha boca pra não dizer nada, e continuei a espia-los pela fresta da porta. Vi ele abaixar a cabeça, por um instante podia jurar que ele estava chorando.

-Eu me afastei dele porque eu estou apaixonado por ele, sempre tive. -Meus deuses, senti minhas pernas balançarem, parecia q tinha levado um soco no estômago e bancada na cabeça, o Vicente tava apaixonado por mim durante todo esse tempo? Agora tudo se encaixou pra mim, as brincadeiras dele, as conversas... Como não tinha notado antes? Dona Marta lhe olhava boquiaberta.

-Isso... er... Na verdade nem sei o que lhe dizer, mas tudo bem, eu vou lhe ajudar, mas prometa que não vai mais colar, porque já cansei de lhe ajudar com isso, as pessoas vão notar que eu estou lhe ajudando e posso ser demitida.- Ela falou brincando

-Tudo bem tia, mas obrigado por me aceitar como gay.-Ele falou chorando e lhe deu um abraço. Finalizei a gravação.Por causa do minha estranha intuição agora tenho todas as provas para conseguir a expulsão de Vicente, e a demissão da tia dele. Agora Vicente está nas minhas mãos, e um passo em falso tudo pra ele pode mudar, o poder de vingança era tão grande que queria poder rir e gritar de euforia, mas apenas me contentei em sorrir...Bati na porta como se tivesse acabado de chegar e abri logo em seguida sem esperar ela responder, apenas para ver se ainda estavam abraçados, e mais que isso, a cara deles quando me vissem, e foi exatamente o que eu já esperava, Vicente estava chorando abraçado com a Dona Marta, e logo quando me viram eles se soltaram e Vicente olhava para mim como quem acabou de ver um fantasma, já a D. Marta estava falando como se tivesse acabando uma frase, que eu sabia que ela não estava falando, era só pra disfarçar, ele confirmou com a cabeça e saiu olhando pra mim com raiva.

-Você devia ter batido e esperado eu mandar você entrar Humberto. -Ela falou olhando para mim séria, muito séria por sinal.

-Desculpa, é que eu esqueci meu papel de transferência de turma na sua sala e a Cintia disse que eu poderia vir pegar pois o Vicente já havia saído. -Falei me justificando.

-Aquela menina só não é mais desatenta por que enfim...-Ela murmurou tirando uns papeis da bancada e procurando o meu.- Hm, Carlos Humberto, tá aqui.- Ela falou me estendendo o papel.-Obrigado.- Disse ao sair da sala ainda lembrando da conversa e pensando no que eu iria fazer com a gravação...

Continua...

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