Gotas de Júpiter - 01X09 - AMIGOS

Um conto erótico de Escritor Sincero
Categoria: Homossexual
Contém 1579 palavras
Data: 15/10/2014 01:23:41

Cheguei a uma sala vazia e percebi que Ludmila havia me seguido. Enxuguei as lágrimas e ela simplesmente me abraçou.

Ludmila: - O que está acontecendo?

Thiago: - Desculpa. Acabei um relacionamento recentemente e estou um pouco triste.

Ludmila: - Eu tenho certeza que ela não merecia o seu amor. Vai ver que a pessoa certa está esperando você.

Thiago: - Verdade.

Suzana: - O que foi aquilo Thiago? Nossa você arrasou nos vocais!!! (me abraçando)

Bruno: - Foi realmente incrível cara. Parabéns.

Gustavo: - Adorei. Não sabia que você tocava e cantava tão bem.

Kim: - Caramba. Foi praticamente um show.

Thiago: - Obrigado gente. Estou passando por uma fase ruim... que bom ter amigos com quem posso contar.

Suzana: - Ei. E se a gente formar uma banda para o baile? Eu sei tocar bateria, o Thiago teclado e vocal, Ludmila no baixo, Bruno no violão e Kim no... no...

Kim: - Violino.

Suzana: - Violino!!! (batendo palmas freneticamente)

Gustavo: - Eu sei tocar guitarra... se servir...

Ludmila: - É verdade. E de quebra a gente pode cortar um gasto do nosso orçamento.

Thiago: - Calma gente, mas precisamos ver o repertório, ensaios e o principal: a nossa sincronia musical. Fora que agora a tarde eu trabalho no Grand Prix a tarde e...

Ludmila: - Vamos nos organizar. Essa semana a gente já fala com a professora Samira.

Na sala da diretoria, Elizabeth, que seria a nossa professora de inglês mexia no computador. Procurava um nome no computador.

Elizabeth: - Gustavo... Gustavo... cadê você? Ahhh. Gustavo Sobral.

Rapidamente ela anotou o endereço em sua caderneta e saiu da sala. Ela caminhou até sua sala de aula e falou para os alunos que a aula seria ao ar livre.

A aula terminou e eu fui para o trabalho. Ia acompanhado do Gustavo. Falávamos sobre tudo, a vida, diversão e meninas. Credo. Mas infelizmente ou felizmente, ninguém da nova escola sabia sobre a minha preferência sexual (odeio usar esse termo). Não é que eu tenha vergonha ou medo, porém acho desnecessário sair gritando aos quatros ventes que eu gosto de homem. Só isso.

No café o meu trabalho era um pouco puxado, o Silva também não ajudava muito.No turno da tarde/noite éramos eu, Gustavo, Carla e Dob. O chefe ficava a maior parte do tempo no caixa recebendo o dinheiro. O salário era relativamente bom e era a minha chance de socializar naquela fim de mundo.

Thiago: - Olá? Posso anotar o pedido de vocês.

Cliente: - Claro bebê. Qual o seu telefone?

Thiago: (ficando vermelho) – Temos um ótimo café e...

Cliente 2: - Eliana. Para tá deixando o menino vermelho.... moço vamos querer dois cafés expressos e uma porção de biscoitos.

Thiago: (anotando) – Pode deixar. É pra agora. (saindo).

De repente, o santo gral da escola entra na Grand Prix. Renato, Jéssica e Barbara. Eles sentam-se à mesa central do café e começam a conversar. O deus grego do Renato chama o Gustavo, para a alegria da Barbara, menina sonsa.

Renato: - Anota aí serviçal... quero um cappucino com hortelã.

Jéssica: - Para mim... deixa eu ver... um chá mate com adoçante.

Barbara: - Quero um café com baunilha, por favor, Gustavo.

Gustavo: - Tudo certo. Já trago para vocês.

Thiago: - Olha. A realeza da turma? Eles tomam café? Pensei que só se alimentassem de sangue.

Gustavo: - Pelo menos a gorjeta é boa.

Thiago: - Vou deixar o pedido das taradas. Pera aí. (pegando a bandeja)

Gustavo: - Essas duas sempre dão em cima de mim.

Thiago: - Opa entrei para clube.

Meu turno acabou por volta das 18h. Eu e Gustavo íamos juntos para casa. Ele morava um pouco mais a frente do que eu.

Gustavo: - Como é viajar?

Thiago: - Viajar?

Gustavo: - Morar em lugares diferentes, onde você pode viver em paz.

Thiago: - Eu não gosto muito. Queria ter um lugar só meu. O trabalho do meu pai exige muito dele, se eu pudesse escolher não queria que ele fosse advogado.

Gustavo: - Engraçado né? Eu querendo sair e você ficar.

Thiago: - É igual aquela questão do copo meio cheio e vazio.

Gustavo: - Verdade. Ahhh... realmente você arrasou lá na escola. Canta muito bem.

Thiago: - Obrigado. A minha mãe era pianista e me ensinou muitas coisas. Depois que ela faleceu continuei a treinar.

Gustavo: - Que massa. Você teve sorte de ter uma mãe tão legal.

Thiago: - Eu sei. E sobre a sua família?

Gustavo: - Bem. Eu sou filho único. Meu pai morreu quando eu era pequeno e a minha mãe... bem... ela tem a vida dela.

Thiago: - Olha. Eu não sei como é o teu convívio familiar, mas saiba que você é uma ótima pessoa. E fico feliz que não tenha sido influenciado negativamente, pois, você estuda, trabalha e ainda toca guitarra. Outro menino teria desistido.

Gustavo: - Obrigado. Sabe... é a primeira vez de verdade que posso contar com alguém.

Thiago: - Eu também nunca tive um grupo de amigos como vocês.

Gustavo: - Que bom.

Chegamos na minha casa e o Gustavo seguiu seu caminho. Entrei e encontrei o Alex com uma menina, seu nome era Cristina. Conversei um pouco com eles e subi para o meu quarto.

Gustavo seguiu o caminho, mas algo parecia errado. Ele sentiu que estava sendo seguido e acelerou o passo. Do outro lado da rua, Elizabeth seguia os passos do garoto. Ele entrou em casa rapidamente. E ela ficou observando. Passou quase uma hora apenas olhando e foi embora.

Peguei meu celular e fiquei olhando algumas fotos que tirei com os meus amigos. Nossa essa palavra ‘amigo’ parecia tão distante da minha realidade. E hoje, sei que tenho pessoas ao meu lado. Encontrei por algum motivo uma foto do Gustavo sem camisa, deve ter sido na aula de educação física. Nossa. Ele era perfeito. Meu coração ainda doía por causa do Vitor, mas eu sou um adolescente na flor da idade.

Entrei no banheiro e liguei o chuveiro no modo ‘vulcão’. A água desceu por todo o meu corpo e eu comecei a me masturbar. Usei o sabonete para ficar mais gostoso. Geralmente quando me masturbo costumo a ter sonhos eróticos. Não curto muito essa coisa de ficar no computador e assistir um filme pornô.

Imaginei o Gustavo sem camisa após correr os 300 metros que a professora Marina exige. Ele chegou até mim e me encostou na parede. Aquele cheiro de homem encheu o ar. Beijei o pescoço dele que estava salgado devido ao suor e subi para as orelhas. Gustavo gemeu e forçou minha cabeça para baixo.

Eu cuidadosamente tirei sua bermuda de treino e esfreguei meu rosto em sua cueca. Não perdi tempo e cheguei ao ponto que me interessava. Seu pênis. Nossa tinha um sabor único. E quase não cabia na minha boca. Gustavo penetrava minha boca ferozmente e falava sacanagens.

Gustavo: - Vai putinha. Isso. Chupa o teu macho.

Ele me colocou de bruços no chão e esfregou seu pênis no meu anus. Abri bem minha bunda para ele penetrar. Nossa sentir aquele macho dentro de mim era maravilhoso. Quando olho para o chão vejo o meu esperma, gozei, minhas pernas tremem e eu termino de tomar banho.

No outro dia, chego cedo na escola e encontro Gustavo tentando tirar um biscoito da máquina de doces.

Thiago: - 2x0 para a máquina.

Gustavo: - Oi, Thi. Essa coisa está dificultando a minha vida.

Thiago: - Você não tomou café?

Gustavo: - Acordei atrasado e...

Thiago: - Mas faltam 15 minutos para o primeiro tempo... (se tocando e parando de falar)

Gustavo: - ehh...

Thiago: - Por sorte. Eu trouxe um delicioso sanduíche natural e um suco divino. Vamos lá para a árvore.

Gustavo: - Eu não quero...

Thiago: - Para com isso. Vamos logo.

Eu já havia percebido no Gustavo uma certa melancolia. E naquela manhã vi em seu pescoço um hematoma. Eu teria visto no trabalho na noite anterior. Kim me disse que ele vinha de uma família difícil, então achei melhor ficar calado. Ninguém tem culpa da sua origem.

Thiago: - Gustavo. Você sabe que pode contar comigo né?

Gustavo: - Sei. (ele disse mordendo o sanduíche)

Ludmila: - Oi meninos... (sentando)

Thiago e Gustavo: - Oi.

Thiago: - Gente. Vocês fizeram o exercício de matemática?

Ludmila: - Eu fiz. (tirando o caderno da bolsa e entregando para Thiago)

Thiago: - Obrigado. Eu esqueci completamente de fazer. O Renan vai me matar.

Gustavo: - Ei. Vocês estão sabendo de um show de talentos que vai ter na Casa da Cultura?

Ludmila e Thiago: - Não.

Thiago: - O que seria a Casa da Cultura?

Ludmila: - Um espaço dedicado para a arte em geral, música, dança, teatro e essas coisas. Você iria participar?

Gustavo: - Sozinho, mas tava pensando em ensaiar com vocês. A gente pode usar o tempo de artes. O que vocês me dizem?

Thiago: - Pode ser, pois, depois da aula é praticamente impossível.

Elizabeth: - Bom dia meninos. Tudo bem?

Thiago, Ludmila e Gustavo: - Bom dia.

Elizabeth: - Gustavo. Queria saber se podes me ajudar? Trouxe um material para a aula de hoje, mas são muitas caixas.

Gustavo: - Claro professora. Posso sim.

Elizabeth colocou seu plano em ação , mas qual seria sua ligação com o Gustavo? Na noite anterior ela chegou mais perto da janela e ouviu os gritos da mãe do Gustavo.

Marta: - Seu imprestável. Deveria me sustentar. Eu te odeio. Deveria ter te matado quando tive chance. Te abandonado por aí.

Gustavo: - Para mãe... não. Me deixa em paz!!! Essa casa é um inferno!!!

Elizabeth por pouco não perdeu o controle. Se distanciou, ficou mais alguns minutos e foi embora. No quarto Gustavo ficou olhando a marca vermelha em seu pescoço. Ele trancou a porta e olhou seu dinheiro.

Gustavo: - Falta pouco... falta muito pouco.

Contato: escritor.sincero@gmail.com

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