Um dia de Domingo - Cap 3

Um conto erótico de Victor V
Categoria: Homossexual
Contém 1027 palavras
Data: 27/10/2014 22:24:45

Caros leitores, peço desculpas por esse gap de tanto tempo entre o CAP 2 e 3. Mas eu estudo Engenharia numa universidade federal e juntou tudo de uma vez em cima de mim, além do mais um amigo meu faleceu recentemente e eu não tive tempo algum até hoje ='(

Espero que gostem da continuação! Um beijo a todos vocês amores =)

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- Time, tenho um importante recado para vocês. Esse recado é sobre o Campeonato Estadual Interescolar de Handebol.

Pensei comigo mesmo depois de fala “Agora a porra ficou séria...”

Todos olharam excitados para o treinador. Lucão me olhou quase sem ar depois dessa fala. O silencio reinava na quadra, até Bruninha e minha irmã estavam prestando atenção.

- Como todos sabem, na final regional nós perdemos de 7x6 para Varginha, certo? Entretanto, foi descoberto agora que um jogador não poderia ter jogado pela escola, por causa da idade. Tendo em vista esse fator e conforme o regulamento, o time deles foi desclassificado. E.... nós fomos classificados para a semifinal estadual!

Todos gritaram pularam, comemoraram, riram se abraçaram. O treinador pediu silencio novamente a todos. Todos se sentaram e Lucão perguntou:

- Mas treinador, e os outros times que perderam pra Varginha? Não falaram nada? Eles também foram prejudicados!

- Bem colocado, Lucas. Só que, por coincidência, esse jogador só jogou contra o nosso time. Então a comissão nos classificou, pois teoricamente nós fomos os únicos prejudicados.

- Tendi, treinador – Lucão olhou pra mim com um sorriso de orelha a orelha. Ele, eu tenho certeza, que era o mais feliz daquela quadra.

- Bom, como nós só temos 2 meses para esse campeonato, nossa rotina de treino será a seguinte: Todas as tardes, começando as 2 até o infinito, iremos treinar jogadas, passes, coisas do gênero. Depois, às 8 da noite, aqui na escola na sala 20, iremos estudar os time que poderemos enfrentar nessa semifinal, estudar táticas e estratégias para aumentar a performance do nosso time. Então, vamos ao treino!

Todos levantaram, o treinador passou instruções, jogadas, nos fez treinar passes e tudo mais. Foi um pouco cansativo. Mas o desejo de vencer era maior. No fim do treino, ele separou dois times e simulou um jogo. Como sempre, Lucão era do meu time.

Jogo vai, jogo vem, em uma jogada ofensiva, eu parti para o ataque e Lucão foi junto. Era uma jogada que a gente tinha treinado. Antes de chegar perto da área, eu deveria passar a bola para o Lucão. Mas, ao olhar para Lucão, vi que ele tinha uma marcação, então, driblei o cara a minha frente, mas na hora de arremessar a bola, um cara me parou e eu errei o gol. Lucão veio furioso na minha direção.

- Porra Victor! Por que você não passou a bola, animal!?

- Você tava marcado, seu retardado! – Gritei na mesma intensidade.

- Você não tava no treino hoje!? A gente treinou isso também! Era so passar a bola mais a frente! – Enquanto Lucão gritava, eu já estava prestes a retrucar, mas o treinador chegou apitando, bravo.

- Ei vocês dois! Parem de brigar! Victor, Lucas está certo, nessa jogada, você tinha que passar a bola para ele. Lucas, pode deixar que eu consigo fazer as correções no time. Agora vocês dois vão para o vestiário. Hoje a noite a gente continua.

Eu e Lucão fomos para o vestiário em silencio. Eu considerava que um dos piores defeitos do Lucão era a falta de agir por impulso, a falta de improvisar. Todas as vezes que ele ia fazer algo, considerava todas as possibilidades e as possíveis reações dessa ação. No jogo era bom, mas às vezes os adversários agiam diferente do esperado e ele não sabia o que fazer.

No vestiário, nos dois começamos a tirar a roupa para tomar uma ducha. Fiquei completamente nu, mas Lucão tomou ducha de cueca mesmo. Foi ele quem quebrou o silencio.

- Victor, desculpa... – Ele falou arrependido.

- Não, Lucão. Você estava certo, eu devia ter passado a bola para você naquela jogada.

- Eu fui arrogante. Estamos bem, Victor? – Ele me perguntou.

- Sim... Então, quer que eu vá ai te abraçar? – Brinquei com ele. Lucão deu uma risada e respondeu:

- Na verdade, eu quero, meu macho tesudo – Eu e ele rimos muito disso. Saímos do banho, trocamos de roupa e encontramos com as meninas na arquibancada. O resto do time ainda treinava. Nós ficamos ali, vendo o fim do treino esperando Caio sair do vestiário.

Saímos da escola e fomos tomar um açaí. Eu, Lucão e Caio estávamos falando excitados do campeonato. Bruninha e Júlia falavam qualquer coisa sobre roupas. Após um segundo com todos em silencio, Júlia fez a pergunta que todos queriam saber:

- Lucas, eu namoro o Caio, Victor ãnh... está enrolado com a Bruninha. E você? Ninguém a vista? – Lucão deu um suspiro e respondeu, calmo:

- Não. Por enquanto não... Eu não achei ninguém que valha a pena ainda. Eu penso um pouco diferente de vocês.

- Meu Deus! Você é gay, Lucão? – Brinquei. Todos riram, mas Lucão deu só um risinho sem graça. “Será que ele é gay mesmo?” pensei.

- Não, Victor. Eu não sou gay. É só que eu acho que é meio triste vocês irem em uma festa e ficar com 20 meninas em uma noite...

- Eu não falo de ficar, eu falo de namorar – Retrucou Júlia.

- Como eu disse, não encontrei a pessoa certa ainda...

- Todos ficaram pensativos no local. Depois de um silencio constrangedor, as meninas começaram a falar sobre a novela e os meninos a falar de vídeo game.

Depois de um tempo, nós fomos embora para casa. Em casa, no meu quarto, liguei meu piano elétrico e fiquei lá, tocando um pouco das minhas músicas favoritas nele. Júlia ficou conversando com a minha mãe e meu pai na sala, vendo TV.

A noite foi chegando, comi qualquer coisa e fui para a escola, para as aulas teóricas de handebol. Lá, o treinador passou alguns vídeos, mostrou o posicionamento dos jogadores e disse o que nós treinaríamos no outro dia.

Na hora de ir embora, dei carona para o Lucão. Em casa, já pronto para dormir, Bruninha me ligou. Ficamos até de madrugada conversando. Depois, exausto do treino, dormi igual uma pedra.

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