Três Formas de Amar - 29

Um conto erótico de Peu_Lu
Categoria: Homossexual
Contém 3371 palavras
Data: 02/09/2014 16:35:41
Última revisão: 02/09/2014 17:13:39

Três Formas de Amar – Capítulo 29

-“Claro Lu, combinado!”.

Era a minha deixa. Eu sabia que não haveria nenhuma recusa da parte dela. Os dados voltaram a rolar, mas agora quem estava começando a dominar a técnica do jogo era eu. Estava tão determinado que cheguei a anotar num bloco de notas do celular tudo o que teria que fazer para o plano dar certo, da maneira como imaginara no fim de semana.

De volta à minha mesa, mandei uma mensagem para Antônio. Precisaria de um pouco do “conhecimento” dele:

- “Toneco, qual sua programação para hoje à noite?”.

Segundos depois, ele respondeu, dando início a um rápido bate papo virtual:

- “Numa segunda-feira? Nada, por quê?”.

- “Vou precisar de uma ajuda sua!”.

- “Opa, claro! Qual foi?”.

- “Queria que você me indicasse um sex shop que eu pudesse ir hoje...”.

Antônio olhou para a minha mesa, como querendo se certificar de que eu tinha digitado corretamente:

- “Oi? Sex shop?”.

- “É, sex shop. Sem perguntas”.

- “Tá achando que eu sou algum maníaco sexual Luciano? Ahahaha. Não conheço nenhum não. Mas posso te dar essa resposta daqui a pouco. Precisa ser hoje?”.

- “Precisa. Quero ir logo depois do trabalho”.

- “Afobado hein? Vou sondar aqui e te falo já!”.

- “Beleza, valeu!”.

Quanto menos as pessoas envolvidas soubessem o que eu pretendia fazer, melhor. No meio da tarde, Antônio respondeu, informando que tinha uma em um bairro próximo dali. Passou o endereço, o horário de funcionamento e disse que poderia me acompanhar, se assim desejasse. “É, uma presença encorajadora não seria ruim...”, pensei, aceitando sua disponibilidade. Elegemos o hall do prédio da empresa como ponto de encontro, numa cafeteria que havia ali, e então seguiríamos direto.

Nunca tinha entrado num sex shop, e me perguntava o que de tão interessante as pessoas buscavam ali, que não evocasse a ideia de aprontar alguma brincadeira. A grande variedade de produtos até me surpreendeu e por um instante me vi curioso com a funcionalidade de alguns deles.

- Porra, será que alguém usa um desses mesmo? – Antônio não escondia uma feição impressionada na seção de consolos.

Rimos juntos e logo em seguida uma atendente veio ao nosso encontro, perguntando como poderia ajudar.

- Vou ali dar uma olhada nas fantasias – Antônio entendeu a minha necessidade de privacidade e se retirou.

Já tinha em mente o que precisava, e a funcionária não tardou em me mostrar o que queria. Vez ou outra percebia Antônio olhando discretamente, tentando imaginar o que eu estava pretendendo. Da minha entrada na loja ao pagamento, não levei mais do que quinze minutos. Agradecemos a atenção e nos retiramos. Era hora de me encontrar com Beto. Ofereci uma carona para meu colega de trabalho, mas ele recusou:

- Não precisa, valeu. Moro aqui pertinho, vou caminhando mesmo, é bom pra dar uma exercitada.

Como estava com um pouco de pressa, não insisti. Retribuí o favor com um abraço, ainda a tempo de Antônio continuar:

- Luciano... – ponderou – Dá pra imaginar pra que é isso tudo. Mas não precisa me contar nada. Só tenha cuidado.

Dei um sorriso amarelo, admitindo que acabara de ser descoberto.

- Quando será? – ele persistiu.

- Amanhã – falei baixo.

- Certo. Ó, vou deixar meu celular ligado, próximo a mim. Se entrar numa fria, não hesite em me chamar, beleza?

Agradeci novamente o companheirismo e seguimos os nossos caminhos. “Como é bom ter aliados...”.

...

Beto já estava me esperando com o laptop ligado e um celular em cima da mesa. Ele conversou com o amigo na noite anterior e me disse que, para a maioria dos modelos de iphone, o processo era relativamente simples, e iria demonstrar no próprio aparelho. Três simples minutos foram suficientes para a mágica acontecer. Após a aula, era hora de praticar. Fácil não era, mas também não era nenhum bicho de sete cabeças. O pulo do gato era uma “pegadinha” utilizada para enganar o sistema, utilizando chamadas de emergência e algumas discagens que geravam uma confusão na engrenagem do celular, dando acesso temporário ao seu conteúdo. Parecia assustador como aquilo era realmente vulnerável. Beto achava graça, alardeando que existiam até vídeos na internet ensinando como se faz.

Resolvi desenhar um breve passo a passo, para o caso de ficar nervoso e esquecer alguma etapa. Pedi para o e-mail pessoal de Luiza ser interceptado no momento que estivesse com ela, informando o horário que havíamos combinado. Beto ainda sinalizou como averiguar se a imagem estava em nuvem e deu algumas dicas para o caso de algo sair dos trilhos, fora do intencionado. Estava quase tudo pronto.

...

No dia seguinte, o plano mantinha os seus conformes. Na hora do almoço, passei em um chaveiro e pedi uma boa quantidade de chaves que ele poderia descartar, acertando um valor razoável por elas. Pedi para Antônio averiguar com Daniela se ela realmente apagou a imagem e pouco depois ele ratificou que estava feito. Em seguida, confirmei com Luiza o nosso encontro e também obtive resposta afirmativa. Quando anoiteceu, e a agência começou a esvaziar, pedi para conversar com Bruno antes de sair. A sós. Meu chefe percebeu meu tom sério e me chamou para a sala de reuniões. Assim que nos acomodamos, resolvi ser direto:

- Bruno, tá acontecendo uma coisa comigo aqui na agência e acho que você precisa saber.

Ele franziu a testa, num misto de curiosidade e preocupação:

- O que foi? Tá tudo bem com você cara?

- Tá sim, eu tô bem – consenti – mas preciso te explicar uma situação delicada.

- Claro, manda aí – ele seguiu atento.

- Não sei se você se lembra, mas há um tempo você me perguntou se eu confiava na Luiza para atender o cliente novo da agência.

- Lembro, lembro sim.

- Certo... Isso vai soar estranho e tô te falando isso como amigo, apesar de estarmos no ambiente de trabalho – tentava encontrar um jeito de introduzir o tema – O fato é que eu acho que vocês deveriam ficar de olho nela...

- Como assim? – Bruno parecia não entender.

- Espero que você não entenda isso em tom de fofoca – aleguei - Eu conheço a Luiza desde que éramos da faculdade, e já nos relacionamos. Aliás, até mesmo depois que ela começou a trabalhar aqui, continuamos a ter um casinho, mas ela sempre preferiu não comentar com ninguém.

Bruno mantinha-se em silêncio.

- Ultimamente, ela tem se mostrando um pouco obcecada com a minha pessoa e isso tem extrapolado o universo pessoal e afetado o ambiente profissional. Esse foi um dos motivos de pedir a você que me afastasse temporariamente dos pedidos de criação dela – disse, omitindo a parte de Rodrigo – Não tô te pedindo para fazer nada, nem que a agência intervenha. Mas o incômodo que ela está causando está me fazendo cogitar tomar alguma atitude.

Meu superior não escondia a perplexidade:

- Luciano, que tipo de incômodo? É algo que eu precise levar para a direção?

- Não quero entrar em maiores detalhes, nem influenciar qualquer decisão sua. Mas hoje posso dizer que não confio nela. Só peço que vocês tenham cuidado, principalmente em relação aos clientes que ela atende.

- Certo... – Bruno seguia preocupado - Você precisa de alguma ajuda? Quer que eu converse com ela?

- Não. Peço até que esse assunto fique entre a gente por enquanto. Só preferi conversar logo com você para o caso dela tentar criar alguma situação aqui dentro contra mim.

- Entendi... Olha, pode ficar tranquilo. Eu confio em você e no seu trabalho. Procurem resolver numa boa. Se eu perceber que está prejudicando o andamento da empresa, conversarei com Marcelo tá?

Concordei com ele e nos levantamos em direção à saída. Por um breve momento, pensei estar sendo cruel demais, mas precisava me munir contra qualquer possível represália. Apesar de omitir a maioria dos fatos, parte da minha defesa estava criada.

...

Tomei um banho rapidamente, peguei a minha mochila e segui para a casa de Luiza. Ela parecia bastante ansiosa, com um perfume que invadia toda a sala do seu apartamento:

- Lu, finalmente! – me puxou para um abraço demorado – Pra que essa mochila? Vai dormir aqui?

- Não, é uma surpresinha – respondi sorrindo.

- Uhhhh, cheio de mistérios! Vou pegar um vinho pra gente.

Luiza seguiu animada para a cozinha, enquanto meu olhar percorria todo o lugar, em busca dos meus dois principais alvos: o laptop e o celular. Minha busca foi interrompida pelo seu retorno:

- Tava tentando lembrar quanto tempo tem que a gente não faz isso – disse me entregando uma taça.

- Pois é, muito tempo mesmo.

Precisava parecer normal. Não tinha nenhum assunto para conversar e não queria transparecer nervosismo. Minha boca respondia aos seus questionamentos, mas minha mente procurava repetir todas as instruções que o Beto passou. “Não é hora de amarelar Luciano...”.

Algumas futilidades e diálogos rasos depois, ela me chamou para o quarto. “Ok, é agora!”. Tirou minha camisa e logo depois se livrou do seu vestido, ficando de calcinha e sutiã. Não iria esperar ela avançar o sinal. Procurava ser natural. Beijei os seus ombros, subindo pelo pescoço. Senti sua mão apertando fortemente o meu pau, por cima da calça, enquanto ela me dava um sorriso sacana. “Droga, preciso ser rápido!”. Desabotoei minha calça para ganhar tempo, ficando só de cueca, e pedi para que ela deitasse na cama.

- Hoje quem vai comandar a brincadeira sou eu – disse em tom de ordem, pegando a minha mochila do chão.

Luiza estava entregue, interessadíssima no que viria a seguir. Tirei um par de algemas da sacola, arrancando uma risada dela:

- Uau, será uma pegada selvagem é? – disse ajoelhando na cama, curiosa.

- Você não faz ideia...

Algemei sua mão direita, tentando encontrar um suporte na cabeceira da cama. Repeti o processo com a esquerda, já localizando o celular na cômoda. “Bingo!”. Fazia de uma forma que não a machucasse. Não que eu não quisesse, sinceramente, mas por cogitar que ela pudesse fazer algo depois, mostrando marcas no corpo. Luiza já era praticamente uma prisioneira, exposta aos meus desejos:

- A gente podia colocar uma musiquinha né? Tem alguma playlist no seu laptop? – insinuei numa tentativa descarada de obter o segundo aparelho.

- Dentro daquela gaveta Lu, pega ali.

Uma torcida organizada fazia a festa na minha cabeça. Segui suas instruções e deixei o computador no chão, tocando uma música qualquer. O palco estava todo armado. Era hora de agir. Segui para a cama, encarando o seu rosto, que não parava de sorrir. Era quase uma garota celebrando uma conquista. Me aproximei, como se fosse beijá-la e notei que ela fechou os olhos aguardando. Só então me levantei novamente:

- Luiza, lembra aquela conversa que a gente teve uma vez lá no terraço da agência? – comecei.

- Han? Que conversa? – ela abriu os olhos, sem entender aquele balde de água fria.

- Aquele dia que você me disse que a gente sempre deveria ser sincero um com o outro, porque afinal, éramos grandes amigos.

- Claro que eu lembro Lu – ela pareceu concordar de maneira aleatória – Mas porque essa lembrança do nada?

- Pois é... Desde aquele dia eu fiquei me perguntando se a gente conseguiu ser sincero um com o outro até hoje.

- Da minha parte sim – ela olhou de relance, analisando o quanto a algema segurava as suas mãos.

- Sério? Impressionante – disse sarcasticamente - Bom, vou admitir, nem sempre eu fui sincero com você... E sabe por que isso aconteceu?

Ela me encarava. O sorriso começava a desaparecer.

- Porque você nunca me deu provas concretas de que eu pudesse confiar em você – continuei.

- Que história é essa, Luciano?

- Sabe, Luiza... – peguei seu celular na cômoda – Eu sempre te considerei uma amiga. A maior de todas, talvez.

- O que você tá fazendo?

- Calma, eu vou chegar lá. Quero só te mostrar uma pequena prova da sua sinceridade... – comecei a tentar desbloquear o celular dela.

- Luciano, me solta – ela começou a mexer os braços, tentando se libertar.

- Logo na melhor parte? Fica aí, relaxa... – tentava não dar muita atenção para a sua agonia.

- Tô falando sério, me solta, eu vou gritar! – Luiza já não escondia a apreensão, num tom elevado de voz.

- Grita, chama a polícia, faz o que você quiser. Vou ter o maior prazer em receber todo mundo aqui para você. Será uma noite divertida.

Ela seguia tentando se livrar das algemas, irritada. Demorei mais do que o previsto, mas consegui acessar o celular. Minha primeira reação foi olhar quando o último backup foi feito, e a data sinalizava que foi antes do recebimento da imagem. Logo, a imagem não estaria em nuvem. Abri a galeria de imagens e não demorei a encontrar. Lá estava ela, a tão temida fonte dos meus pesadelos. Era quase um close dos nossos rostos se beijando. Estava um pouco escuro. Daniela sabia que um flash poderia nos assustar. Mas ainda assim, era possível identificar. Eu e Rodrigo. Aos beijos.

- Me explica porque você não me contou que tinha essa foto aqui, Lu... – disse cheio de cinismo, aproximando a tela do seu olhar raivoso.

- Me explica você porque não me contou que agora curte homem também – ela devolveu irônica.

Apaguei a foto e segui buscando em outras galerias, averiguando se não tinha uma cópia. O celular já estava livre.

- Sabe qual o seu maior problema? Achar que pode tudo. Que o mundo gira ao seu redor... – sentei na cadeira ao lado da cama e peguei o laptop no chão, iniciando uma nova busca – Mas eu já sabia sobre os seus planos, Luiza.

Ela arfava, cansada de tentar arrancar as algemas acolchoadas, compradas cuidadosamente para não marcar os seus pulsos. Coloquei os pés na cama e segui vasculhando o computador, já relaxado. Não conseguia esconder que aquela situação era um deleite para mim, depois de tantos problemas que me perseguiam:

- Só tenho uma curiosidade, aonde você achou que ia chegar hein? O que foi que eu te fiz?

- Porque você tá fazendo isso comigo? – Luiza estava visivelmente nervosa, ora com ira no olhar, ora parecendo que iria começar a chorar.

- Eu tô fazendo? Você ameaçou o Rodrigo, garota! Você tem ideia da gravidade disso? Você ia foder com as nossas vidas a troco de que, hein? De uma trepada? Me responde!

- Qual o seu problema, Luciano? Você é cego? É retardado? – disse num grito nervoso – Tá achando o que, que eu sou uma puta que dá pra todo mundo quando sente vontade? Eu era afim de você, seu idiota!

- Afim de mim? Você transava com dois caras ao mesmo tempo! Dois! E agora vem com esse papo de que era afim de mim? Você tá ficando louca? – bradei.

- Você nunca prestava atenção em mim! Sempre era eu quem te chamava, que pedia, nunca partia de você!

- Era uma exigência sua! Você deixou isso claro!

- Porque eu queria te instigar mais, abrir espaço para você imaginar coisas comigo, eu sentia que a gente podia ter um lance mais sério, Luciano! Eu queria, poxa!

- E a sua ideia brilhante foi chamar outro cara...

- Eu vi que você ficou mexido quando te disse que tinha outra pessoa no meio. Era uma forma de te causar ciúmes, de me sentir desejada... – Luiza acalmou a voz, choramingando.

- Deus do céu, que contradição! Você está conseguindo entender o que você está falando?

- Eu não sei... Não sei, droga! – ela já chorava com facilidade – Eu não sei quando saiu do meu controle, se estava fazendo a coisa certa, só queria que você me enxergasse!

Parei um instante para assimilar tudo aquilo.

- Eu tirei a sua virgindade. Eu fui a sua primeira, Luciano. A gente se curtia, e quando comecei a trabalhar no mesmo lugar que você, achei que fosse um sinal. A gente poderia se aproximar mais, ser algo mais, mas você nunca percebeu isso. Você tinha pouco conhecimento no assunto. Eu saia com Rodrigo sim, porque ele era mais experiente, compartilhava seus desejos comigo, e eu queria te mostrar isso, ensinar pra você também! Mas eu sabia que com ele seria só sexo! Não era pra ter acontecido nada disso. Quando rolou a transa a três, achei que você iria se soltar mais, entender o recado. Como você achou que eu me senti quando vi essa foto?

- Eu não escolhi... aconteceu! Simplesmente aconteceu.

- Aconteceu? Eu fui trocada por um homem! Um homem! Você achava o que? Que iria correndo abraçar vocês e aplaudir o encontro do ano?

- Luiza... – desliguei o laptop, sem encontrar nenhuma cópia da imagem – Você sempre soube da minha introspecção, aliás, foi a primeira pessoa a quem confidenciei isso. Nunca compreendi sinais corporais, nunca tinha me relacionado com alguém. Você realmente me apresentou muitas coisas, e nunca deixei de mostrar gratidão por isso. Se você queria algo a mais, cabia a você me falar. Uma boa conversa teria evitado todo esse estardalhaço.

Ela chorava, em silêncio.

- Como te disse, aconteceu. Eu gosto mesmo do Rodrigo. Descobri uma coisa que não imaginava que poderia acontecer. Ponto. A situação é essa, aceite. Está claro que você se perdeu. E isso que você sente por mim hoje não é afeto, você sabe disso. Se tornou uma obsessão. Pare pra pensar, olha toda a confusão que você já causou. Não passa pela sua cabeça que você prejudicou uma pessoa que não tinha nada a ver com isso? Rodrigo também tem planos, desejos, e você passou por cima de tudo isso.

- Você não está sendo justo comigo...

- Justo? Eu poderia ser demitido, ele ia se ferrar, ficou com medo, precisou fugir de tudo isso. Que senso de justiça é esse? – disse me levantando – Você iria me ter à base da chantagem, da tortura emocional? Acha que a gente teria um futuro assim?

- Já chega! O que você quer de mim? Não espere que eu peça desculpas... – ela disse cabisbaixa – Eu faria tudo de novo, Luciano.

Aquela declaração me chocou. A gente iria ficar dando voltas, sem que eu pudesse fazê-la enxergar a seriedade dos seus atos. Já fiz o que tinha que fazer. Queria dar o fora daquele lugar:

- É triste perceber que você pensa assim Luiza – me aproximei para libertar uma de suas mãos – Mas saiba que eu não vou tolerar nenhuma ameaça sua. Não mesmo. E nem vamos manter mais nenhum tipo de contato de hoje em diante...

Assim que destranquei a algema da mão esquerda, recebi um tapa na cara. Respirei fundo e mantive a calma. Não iria revidar.

- Você vai se arrepender disso... – ela alardeou.

- Eu tenho pena de você. Te achava uma pessoa legal e espero que você melhore, de verdade. Procure alguma ajuda profissional, vai mudar a sua vida, você vai ver...

- Vá pro inferno, desgraçado! – ela gritou com força.

- Olha só... – misturei a chave da algema restante com um molho de diferentes chaves para ela encontrar – Vou deixar um passatempo aqui para você se divertir – coloquei na cômoda ao lado.

Ela respirava com raiva nos olhos, tentando libertar a outra mão. Peguei a minha mochila e tirei outro brinde:

- Como eu sei que você será inteligente o suficiente para me esquecer, e deixar o Rodrigo em paz também – frisei, sério – Resolvi te dar outro presentinho, pra você curtir quando conseguir sair daí e não perder a noite – disse colocando um consolo em cima da cama, com laço de presente e tudo.

O seu rosto queimava. Sentia que ela estava prestes a explodir.

- Aproveita Luiza, porque se depender de mim será o mais próximo de um pau que você vai sentir durante muito tempo.

Peguei minha calça, a camisa e a deixei no quarto, sozinha. Terminei de me vestir na sala e antes que pudesse sair, ainda escutei um grito abafado de ódio, vindo do seu aposento. Não me importava com o que aconteceria a seguir, minha missão estava cumprida.

(continua)

...

Oi pessoal! Pois é, a coisa ficou feia! Drica Telles, será mesmo que ela aprendeu a lição (rs)? Ah, e sigo na torcida. Geomateus, valeu pelo elogio! Guigo1, confesso que sou meio cabeça dura pra resolver algumas coisas. E sim, a regra da empresa ainda é uma pedra no sapato. Ru/Ruanito, vou te passar o endereço de Luiza pra você pegar ela na saída (hehe). Thevinny, obrigado pela torcida! Irish, Karlinha Angel e GatoPEBR, por mais que eu procure entender, tem um lado sagitariano meu que às vezes deixa o orgulho falar mais alto, não tem jeito. KaduNascimento, será mesmo o fim de todos os problemas (rs)? Queria agradecer demais todos os votos e comentários. É uma alegria imensa discutir parte da história com vocês. Bjão!

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Comentários

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Massa d mais amigo

ameiiii essa oq vc fez com essa vagabunda da Luiza rsrsrsrsrsrrsrsrsrsrsrrsrss

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Adorei a vingança,apesar que ainda achei pouco já que ela nem se quer se arrependeu e ainda repetiria o erro e sei que ela ainda vai aprontar mas sei também que você sabe se defender e tem amigos para te ajudar com a peçonhenta.Obrigado pela sua torcida,saiba que é muito importante para mim e que Deus te recompense fartamente.

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Sinto que essa mulher ainda vai dá sua última "cartada", por isso que também sinto que o final dela será trágico. Eu não queria um final triste pra ela, queria apenas que ela se tocasse e pedisse perdão, ou deixasse o cara em paz, mas já tô vendo que ela é desequilibrada. Teu conto tá 10

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Arrasou com ela em grande estilo! Adorei.Falta agora se acertar com o ruivo...

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Nossa essa Luiza é uma doida varrida kkkkkkk Foi realmente um plano maravilhoso esse luh,tu conseguiu apagar a foto e ainda humilhou legal a nossa "vilã" kkkkk mais como ela disse não ter si arrependido d nada do q fez,mostra q ela vai tentar si vingar d certa forma...Bom espero q ela não tenha sucesso! To com saudades do Rodrigo nesse conto,melhor vçs voltarem logo kkkkkk bjuss escritor maravilhoso até o próximo capítulo! :3

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Muito bom! Estou chateado com o ruivo pelas últimas atitudes.

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Caraca... digno de missão impossível, mas nao para o nosso agente LU, kkkkk, os problemas com certeza nao acabaram, agr q eu parei pra pensar direito, e vejo que pode acontecer muita coisa ainda. Mais espero que dê tudo certo no final. Abração!!!

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