Três Formas de Amar - 19

Um conto erótico de Peu_Lu
Categoria: Homossexual
Contém 2343 palavras
Data: 09/08/2014 17:32:04

Três Formas de Amar – Capítulo 19

“O que será que ele tá tramando?”, pensei voltando para a minha sala. Muitas pessoas já tinham ido embora. Adiantei algumas coisas e pedi gentilmente ao Bruno para pensar melhor nos textos das outras campanhas durante o final de semana, já que tinha prazo suficiente para isso:

- Sem problemas cara, pode vazar. Hoje tá tranquilo...

“Pode-vazar!”. Como eu amava aquelas duas palavras naquele momento. Me despedi de todos e parti. Assim que cheguei à garagem liguei para Rodrigo e ele me avisou que estava estacionado do outro lado da rua, me esperando. Buzinei quando o avistei, sinalizando para me seguir. Não fazia a mínima ideia do que seria a tal surpresa, mas resolvi entrar na brincadeira.

Já no meu prédio, seguimos em silêncio no elevador. Rodrigo não queria entregar muita coisa e claramente tentava disfarçar a ansiedade. Adentramos a sala, me virei para ele e resolvi esperar:

- Certo, já estou em casa... e agora?

Ele tentava (em vão) esconder um sorriso e começou o joguinho:

- Bom... Agora você vai ter que se comprometer com algumas coisas...

- Tudo bem... Eu acho – respondi rindo.

- É muito simples. Tudo que eu pedi para você fazer, você fará, sem pestanejar – disse tentando parecer sério – E quando você descobrir porque está fazendo, você não fará nenhum questionamento...

Confesso que aquela frase me amedrontou um pouco. Mas ele prosseguiu:

- Estamos combinados?

“Certo, não há de ser nada perigoso. Ele não faria algo assim...”, ponderei.

- Beleza, manda ver – concordei.

- Ótimo... Então vamos à primeira ordem. Eu vou me sentar aqui no sofá e você tem... – olhou no relógio para ter certeza – exatos 35 minutos para tomar um banho rápido e separar uma mochila ou uma mala pequena, como você preferir, para colocar algumas roupas. Coloque o suficiente para dois dias.

- Mas... – droga, eu não podia perguntar. Tive que reformular rapidamente a minha pergunta – Espera, que tipo de roupa?

- Pode variar. Coloca algumas para sair, pra ficar em casa, pra dar uma volta...

“Como assim?”. Imaginei que iríamos para sua casa. Mas aquilo estava elaborado demais. “Maldita hora que concordei com as regras”. Se havia algo com o que não sabia lidar, era com expectativas.

- Vai ficar em pé olhando pro nada Luciano? O tempo está correndo...

“Droga!”. Saí apressado para o banheiro. No chuveiro já pensava nas roupas que levaria, tentando imaginar o tipo de ocasião. No meio da correria, ainda escutei ele gritando do lado de fora:

- Ô Zé Agonia! Você esqueceu a toalha! Deixei pendurada na porta, pra você não sair pingando pela casa toda. Mas se quiser sair pelado...

- Tá muito engraçadinho você. Deixa aí que eu pego!

“Isso que dá ser apressado, e você não colabora, Zé Sarda!”. Molhei o banheiro todo. Enquanto me enxugava, ia catando escova de dente, xampu, sabonete e jogava tudo dentro de um nécessaire. Saí apressado para o quarto, a tempo de ouvir nova ordem:

- Leva sua carteira, com seus principais documentos! Identidade, cartão de crédito, plano de saúde... Nunca é demais.

“Oi? É, não vai ser qualquer coisa mesmo não!”. Nem respondi. Meu foco estava nas roupas. Decidi por uma mala pequena e saí jogando o que podia sem pensar muito. Camisa polo, calça jeans, bermuda...

- Levo casaco?

- Não! Tá calor! – ele gritou da sala.

“Ok... Praia, com certeza é praia...”. Queria adivinhar a qualquer custo. Sempre fui muito competitivo, por isso comprava fácil a ideia dessas charadas e brincadeiras. Ia ajeitando as últimas coisas para terminar de me vestir, até ouvir outro alerta:

- 5 minutos Luciano!

- Tô terminando! Relaxa aí!

Ouvia sua risada, enquanto tentava me concentrar. Fechei a mala, tentando repassar mentalmente tudo que estava nela, para não esquecer algo importante. Um pouco antes do fim do prazo, estava em pé, pronto com uma mala na mão.

- Hum... Caprichou hein?

- Pronto, agora diz o que é...

- Calma, não disse que teria recompensa por ter cumprido a tarefa...

“Ah seu sacana...”, queria pular em cima dele. Ele continuou paciente:

- Pega aquele envelope ali em cima da mesa e abre...

Nem me dei conta de que tinha um envelope em cima da mesa. Provavelmente ele colocou quando fui tomar banho. Abri apressado e puxei o papel para ler. Quando me dei conta, percebi que eram duas confirmações de voo para São Paulo:

- Mas o que...

- Opa, opa... regra número dois. Nada de questionamentos...

Sorri agradecendo, até ele emendar com o próximo passo:

- A segunda tarefa é correr para achar um táxi. Se a gente não estiver em 50 minutos no aeroporto, perdemos o voo. Tenho que pegar minha mala no carro ainda. BoraJá dentro do avião, estava bastante sem graça. Queria perguntar mil coisas, mas não podia. Rodrigo era só sorriso, e não conseguia esconder a satisfação em ver seu plano dar tão certo:

- Já foi em São Paulo?

- Já sim... Umas duas vezes.

- Bacana. Curte?

- Das vezes que eu fui não fiz muita coisa. Mas acho legal.

- Massa! Vamos fazer umas coisas bem divertidas – ele falava animado.

E assim seguimos. Dois homens altos pra caramba, apertados em duas poltronas, chamando atenção de todos os passageiros. Chegamos tarde da noite e enquanto Murilo ajeitava as malas no táxi, eu tentava alongar o joelho dolorido pela falta de espaço no avião. Ficamos em um hotel na avenida paulista (como eu adoro aquela vista) e explorava o quarto depois de deixar minhas coisas ao lado de uma cômoda, quando senti o Rodrigo me puxando para um abraço:

- Lu... eu sei que é bobagem. Mas hoje faz uma semana que você aceitou um pedido que mudou tudo pra gente. De lá pra cá aconteceu muita coisa, e eu queria retribuir sua atenção de alguma forma...

Lá estava meu ruivo me surpreendendo outra vez.

- No meio da semana, me solicitaram uma reunião com a diretoria aqui em São Paulo para fazer um balanço dessa primeira semana de trabalho. Já que minha viagem é toda paga por eles, aproveitei algumas milhas e não pensei duas vezes em trazer meu namorado para aproveitar comigo. Eu sei que foi tudo meio improvisado...

- É perfeito Rodrigo – eu interrompi – Não poderia ser melhor.

Jamais imaginaria uma atitude dessas. Não depois da discussão do dia anterior. Roubei um beijo cheio de vontade, querendo aproveitar ao máximo aquele tempo que teríamos a sós. Tirei a sua camisa, expondo aquele lindo peitoral com aqueles pequenos pelos de cor escarlate que tanto me hipnotizavam. Aquele caminho da felicidade vermelho que descia em direção ao botão da sua calça era um convite irrecusável. Tirei o seu jeans, levando a cueca junto. E lá estava o seu corpo totalmente livre para mim. Voltei ao beijo, já desabotoando a minha camisa, enquanto ele tentava arrancar a minha calça. Não demorou muito para todo aquele processo se completar. Ficamos colados num abraço, sentindo o contato de toda a nossa pele, elevando o nível de excitação naquele quarto de hotel.

Fui conduzindo Rodrigo para a cama, obrigando-o a se deitar com o corpo encostado na cabeceira. O seu pau, brilhando de tesão, estava em riste, próximo ao umbigo. Queria partir para o ataque, mas precisava aproveitar aquela visão à minha frente. Apoiei meus braços em suas coxas grossas e comecei a chupar o seu pau. Rodrigo agradeceu com um gemido de satisfação. O cheiro do seu sexo me entorpecia e buscava explorar toda aquela região. Com um pouco de concentração, conseguia ir além do que minha boca permitia, e aquilo parecia enlouquecê-lo. E essa era a minha vontade. “Por enquanto você vai ficar só no tesão...”. Levantei e, em pé na cama, deixei meu pau na altura do seu rosto. Ele, claro, entendeu o recado, com um sorriso no canto da boca. Começou a passar a língua no meu saco, apoiando as mãos na minha bunda. Em poucos segundos, abocanhou o meu pau, fazendo-o brilhar com a sua saliva quente. “Que delícia...”. Alisava os seus cabelos querendo mais, mas precisava seguir atiçando ele e logo interrompi o sexo oral. Seu corpo parecia agitado, também querendo entrar naquele jogo sensual. Sorri, percebendo que ele entendeu a minha intenção.

Lentamente comecei a me abaixar, rezando para o meu joelho suportar o exercício. Já próximo ao seu colo, passei o dedo na cabeça da sua pica, arrancando uma gota do seu pré-gozo que já teimava em aparecer. Passei o dedo na língua, saboreando aquele líquido e fazendo-o morder os lábios, apreciando aquela cena. Não aguentava mais de excitação. Rodrigo se ajeitava, buscando uma posição que nos deixasse mais confortável. Colocou mais um travesseiro nas costas, enquanto eu completava o meu trajeto, já alocando seu pau na entrada da minha bunda. Contava com a lubrificação natural do seu pênis para não sentir muita dor e segui em frente. Com calma, comecei a fazer uma leve pressão, fazendo o meu cu aceitar a sua entrada. Fechei os olhos tentando relaxar, enquanto sentia-o deslizando para dentro de mim. A falta das suas carícias preliminares, como as da primeira vez, era visível, mas não queria dar o braço a torcer. Com um pouco de calma, chegaria lá.

Quando percebi que ele já me preenchia completamente, relaxei as pernas. Abri os olhos e vi que ele me encarava, encantado. Meu pau roçava levemente no seu tórax e suas mãos percorriam os meus braços até repousarem na minha cintura. Após alguns minutos, já acostumado com a penetração, comecei a flexionar as coxas, iniciando um vai e vem sentado no seu colo. Sim, estava cavalgando na rola dele e jamais imaginaria que teria tamanha destreza para tal ato. Rodrigo não tirava as mãos da minha cintura, aproveitando cada segundo da minha ousadia. Abracei o seu pescoço, apoiando meus cotovelos nos seus ombros e impus um ritmo moderado, ensaiando breves reboladas.

“Putz, você está rebolando”, pensei envergonhado. Mas foda-se, o que estava valendo ali era o prazer. E aquilo estava gostoso demais. Rodrigo arfava, beijando o meu pescoço e alternando mordiscadas no meu peito e queixo. Nosso tesão estava a mil. Quando sentava totalmente no seu pau parecia que uma onda de calor queimava todo o quarto. Era alucinante. Ver os seus olhos semicerrados, suas mãos apertando a minha bunda, sentindo-a contrair a cada investida contra ele era perturbador. As reações do seu corpo exerciam um estranho poder sobre mim. Aos poucos, senti sua mão direita descer para o meu pau, ensaiando uma punheta:

- Lu... Goza junto comigo?

“Caralho, como você pode ser tão tesudo?”, queria gritar pra ele. Aquela frase me fez avançar o ritmo instintivamente, respondendo à sua pergunta. Rodrigo enchia a mão para me masturbar com força, arrancando gemidos da minha boca. Senti meu gozo chegando e comecei a forçar uma penetração mais profunda. Queria sentir ele todo dentro de mim. Urrando com a cabeça inclinada para trás, esporrei no seu abdome com jatos longos que lambuzaram o seu peito. Meu cu se contraía num ritmo vertiginoso, fazendo-o gemer alto:

- Caralho, que delícia Lu!

Rodrigo segurou forte a minha cintura e acelerou algumas estocadas embaixo de mim para atingir o clímax. Gozou empurrando o meu corpo para baixo, forçando ao máximo a penetração da sua pica, querendo preencher todo o meu interior. Quando soltou a minha cintura, ainda sentia o seu pau pulsando, aproveitando os últimos espasmos. “Que foda...”. Ele se inclinou para frente para me dar outro beijo, colando novamente nossos corpos e compartilhando a minha porra esparramada pela sua barriga.

- Velho, que lambança... – ele balbuciou.

Sorrimos juntos, exaustos com a nossa transa intensa. Reuni forças e me levantei, seguindo para o banheiro. Precisava me limpar e ele compreendeu minha necessidade de privacidade. Rodrigo tinha um instrumento capaz de fazer bons estragos e meu corpo ainda não estava acostumando totalmente. Logo em seguida, invertemos. Esperei sua chegada já limpo na cama e dormimos nus, envoltos em abraços.

...

Acordei tremendo de frio e meu corpo implorava para ficar na cama o dia inteiro. Rodrigo me olhava rindo da situação, já se arrumando.

- Ei... Vai aonde? – resmunguei preguiçoso.

- Tenho uma reunião agora de manhã, lembra? Devo ficar livre para o almoço e depois vamos aproveitar. Se quiser dar uma volta até eu chegar, Lu...

- Uma volta? Com esse frio? Não mesmo – retruquei – E você ainda disse que não era pra trazer casaco nenhum.

- Gigante, são seis da manhã. Uma hora dessas, nessa época do ano, faz um friozinho mesmo. Daqui a pouco você vai ver que o sol melhora a situação. Descansa um pouquinho que mais tarde a gente se vê – disse vindo me dar um beijo na cama.

- Não demora!

- Fica tranquilo. Se sair, leva o celular pra gente se comunicar.

- Beleza.

Quando ele saiu não pensei duas vezes em voltar pra minha soneca. Nossa aventura da noite anterior tinha deixado o meu corpo um pouco dolorido e precisava mesmo me recompor.

...

Perto de onze da manhã, desci para tomar um café. Não sabia o que iria fazer no restante do dia e estava morrendo de fome, era melhor prevenir. Pouco tempo depois, recebi uma mensagem no celular:

- “Pronto para aproveitar a viagem? Já acordou?”.

- “Já sim. Tava tomando café”.

-“Blz. Tô saindo daqui. Em meia hora eu chego. Se arruma que a gente vai dar um giro”.

- “Um giro aonde?”.

- “Relaxa gigante. Você achou mesmo que eu ia te trazer para São Paulo para ficar trancado dentro de um hotel?”.

Sorri para a tela.

- “Se apronta que daqui a pouco tô aí... Minha surpresa tá só começando! ;) ”.

“É Luciano, e o seu dia está só começando...”, pensei.

(Continua)

Oi pessoal! Estou adorando ler os comentários e responder a cada um de vocês. Essa aceitação é incrível! KaduNascimento, olha você querendo spoiler (rs)! Certamente, a Luiza não é uma pessoa que desiste fácil, mas fique ligado que muitas águas vão rolar. Drica Telles, acho mesmo que compartilhamos da mesma opinião. Confiança é um pilar primordial para tudo! Irish, concordo com você. Acho que quando rola um sentimento verdadeiro ele é capaz de superar qualquer “olho gordo”. Karlinha Angel, me divirto com os seus comentários e elogios! Obrigado por incentivarem tanto o conto com votos e comentários. É uma grande alegria pra mim compartilhar isso aqui. Amanhã tem mais. Bjão!

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Comentários

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Estou acompanhando o teu conto. Ele é ótimo.Ansioso pela próxima parte. Um abraço carinhoso,Plutão

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Bacana uma viagem só para os dois, apos os dias tensos que enfrentaram. Que outros bons momentos sejam constantes na historia, claro.

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Finalmente um momento sem a sombra da luiza!

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Q bom q ti divirto meu bem kkkkk eitaa q essa foi a "foda do ano" hein kkkkk nossa delícia d acompanhar esse conto sensacional....continue sempre assim querido autor! bjuss posta logo a continuação!

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Infelizmente eu tenho esse defeito kkkkkk, mais adorooooo fazer isso.

Cara seu conto prendi a minha atençao de um jeito que eu nao sei explicar.

Abração!!!!!!!!!!!!!!

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