Três Formas de Amar - 14

Um conto erótico de Peu_Lu
Categoria: Homossexual
Contém 2237 palavras
Data: 04/08/2014 20:22:33

Três Formas de Amar – Capítulo 14

“Ok, o máximo que vai acontecer é você não curtir e pedir pra ele parar”; “Mas aí vai ficar o maior climão, e ele vai ficar decepcionado”; “Mas qual a probabilidade de não doer? Zero!”; “Relaxa Luciano, relaxa...”. Minha cabeça era uma avalanche de pensamentos, e por isso eu permanecia calado. Rodrigo me olhava de um jeito engraçado, parecendo querer decifrar o que se passava por trás daquela minha quietude:

- Vamos fazer assim: quero que você fale comigo certo? Eu tô tranquilo, sério mesmo. Se você quiser, vamos adiante, se não, continuamos nosso papo...

- Vem, pela terceira vez, vem!

Ele estava bem nervoso, dava pra perceber, e eu entendia perfeitamente. Mas a sua ereção insistente não negava uma animação muito maior.

- Certo. Mas ó, se você não estiver curtindo, ou se doer, ou se machucar... promete que me diz?

Cruzei os dedos à vista dele e fiz que sim com a cabeça, concordando. Rodrigo sorria novamente, e me deu outro beijo, parecendo agradecer a minha confiança.

Em poucos segundos, puxou um travesseiro e pediu para eu me erguer um pouco, colocando embaixo do meu bumbum, na altura do cóccix:

- Acho que você vai se sentir mais confortável.

De joelhos, puxou a minha perna esquerda, e descansou meu calcanhar no seu peito, beijando o meu pé, e seguindo com breves lambidas. Puxou a outra perna e repetiu a operação. Olhar aquela cena ainda me deixava meio sem graça, mas procurava relaxar ao máximo. Acariciando os pelos do meu tornozelo (não fraturado, risos), Rodrigo prestava atenção em cada possível alteração da minha feição, sem esconder um cuidado extremo. Então, lentamente, começou a abrir minhas pernas ainda erguidas, ultrapassando a fronteira do meu joelho, e investindo com mordiscadas nas coxas. Essa descida da sua cabeça deslocava os meus membros inferiores em minha direção, e com a ajuda dos seus braços, que também me empurravam pacientemente, minha bunda começou a se levantar, indo de encontro ao seu rosto. Rodrigo deu um longo chupão no meu saco, que chegou a fazer barulho quando se libertou da sua boca, e me acendeu novamente. Durante um bom tempo, ele ficou brincando com aquela região, passeando pela virilha, chegando à base do meu pau e voltando para o meu escroto. Até que percebi suas mãos afastando delicadamente a minha bunda, e o seu rosto desaparecendo, saindo do meu alcance visual.

Olhei para o lado e percebi que tinha uma visão perfeita dele, refletido no espelho de uma porta do guarda-roupa, a tempo de visualizá-lo agachado, iniciando a sua primeira lambida no meu cu, de um jeito totalmente sensual. Travei por instinto, mas ele não desistiu:

- Relaxa...

“Isso Luciano, relaxa... curte o momento”. Antes de uma nova investida, Rodrigo dava alguns beijos ao redor, acariciando as polpas, enchendo a mão e apertando firme. Nova lambida, dessa vez resultando um leve choque pelo corpo, me dando a sensação de que a língua dele estava quente além do normal. A partir daí, não enxergava mais o seu rosto. Rodrigo estava com a cara totalmente enterrada na minha bunda. Novas ondas de calor começaram a subir, me fazendo fechar os olhos e suspirar. Rodrigo percebeu, e chupava meu cu com mais intensidade, procurando uma abertura com a língua. Abri os olhos novamente e voltei ao espelho. Seus braços contraídos segurando as minhas pernas no ar enquanto sua cabeça fazia pequenos movimentos na minha bunda, deixavam o meu pau babando.

“Caralho, que tesão!”. Já estava respirando com certa dificuldade, paralisando meu corpo para entender cada nova ação dele. Sentia que a ponta da sua língua já conseguia ter um fácil acesso, mas Rodrigo queria mais, buscando me invadir ao máximo. Logo em seguida, ele me flagrou espiando-o no espelho, e deu um sorriso safado, parecendo gostar de se exibir. Voltei a fechar os olhos, e já estava totalmente embalado naquela experiência. Foi então que senti um dedo alisando o meu cu, entrando lentamente logo em seguida. Não sei explicar ao certo o que senti. Não era dor, mas um estranhamento. Sem nenhuma negativa minha, ele prosseguiu, até sentir a palma da sua mão encostar na minha bunda, completando o trajeto daquele intruso. Não resisti um gemido, e ele rapidamente me olhou, preocupado com o que eu estava demonstrando. Era prazer, claro.

Rodrigo começou a explorar o meu interior com o seu dedo solitário (estamos falando do dedo de uma pessoa com mais de 1,90 de altura, não era qualquer coisa) e a sua aventura erótica me fez piscar instantaneamente no seu indicador. Era a deixa que ele precisava. Senti o dedo se retirar, enquanto ele continuava beijando minha bunda com ardor, para logo receber dois, me dilatando um pouco mais. Novo gemido, agora com mais intensidade. “Puta que pariu, que delícia!”. Rodrigo agora trabalhava em impor um ritmo que fizesse eu me soltar ainda mais. E estava conseguindo. Evitava abrir os olhos para não me envergonhar com o seu olhar, mas não negava o prazer que aquilo estava me dando, arfando cada vez mais.

Sua odisseia continuou. Três dedos dentro de mim. Rodrigo girava-os com uma particularidade que eu não conseguia decifrar, mas meu corpo parecia captar perfeitamente. Precisava admitir que ele realmente sabia como fazer aquilo. Quando abri os olhos, presenciei uma cena que quase me fez gozar. Rodrigo estava de joelhos, encarando minha cara de prazer, mordendo os lábios. Com um braço mantinha a atenção de deixar minha perna erguida (ao menos uma, nesse caso) e com o outro, investia intensamente num vai e vem que beirava o frenético. Olhei para o espelho e me dei conta de que apenas o seu polegar estava de fora da brincadeira. “Puta merda, inacreditável!”. Aos poucos, parecia entender que ele me fitava porque queria que eu pedisse. Ele não ia abrir mão de escutar, mas confesso que eu não queria dar o braço a torcer. Obviamente, fui vencido:

- Caralho... mete Rodrigo, por favor!

Seu sorriso de canto de boca entregava a sua artimanha, e depois daquele início eu me considerava pronto para qualquer coisa. Rodrigo libertou a sua mão e passou na sua língua, fazendo questão que eu olhasse o quanto ele saboreava, ao mesmo tempo em que salivava, para lubrificar o pau em seguida. Já estava ansioso pelo próximo passo. Aquela transa estava mexendo comigo de uma forma inesperada.

- Lembre da sua promessa... – ele disse me acordando do transe.

Consenti com a cabeça. Ele olhou para baixo, apontando o pau na entrada do meu cu e começou a forçar, pausadamente. Assistia a tudo, bastante curioso, já pensando em colocar espelhos em todas as partes do quarto. A cabeça entrou facilmente, graças à sua preparação. Mas definitivamente aquilo não se tratava de quatro dedos. Uma enorme sensação de invasão tomou conta de mim e me assustei ao constatar que não estava nem perto do fim. Respirei fundo, tentando não demonstrar. Mas quando senti o seu saco encostar em mim, não consegui disfarçar um sussurro de dor, pressionando os olhos.

- Vou tirar – ele percebeu minha agonia.

- Não, deixa – falei segurando a sua bunda – fica assim um pouco pra eu acostumar.

- Não quero te machucar...

- Não fala nada. Fica assim.

Rodrigo inclinou o corpo para frente, apoiando os braços na cama, até alcançar os meus lábios, fazendo a minha língua dançar com a sua, querendo aproveitar ao máximo aquele momento. Quando dei por mim, já estava acontecendo. Rodrigo tirava e colocava lentamente o pau, buscando reencontrar o meu corpo o mais rápido possível a cada vez que se afastava. Tive um déja vu ao presenciar aqueles movimentos pélvicos que faziam a sua bunda se contrair de uma maneira hipnotizante. A diferença é que agora podia colocar as mãos para sentir cada músculo em atividade.

- Tá gostoso Lu? – ele sussurrou no meu ouvido.

Eu já tinha escutado aquilo, mas agora era só para mim. Sorri, encantado com a sua atenção:

- Tá... demais!

Rodrigo correspondeu o sorriso e aproveitou para intensificar as estocadas. Cada momento que minha próstata era alcançada resultava em um choque intenso que percorria todo o meu corpo, fazendo o meu cu se contrair ainda mais. Gemia livre de qualquer vergonha e Rodrigo me acompanhava, arfando com a boca entreaberta. Aquele registro visual certamente ficaria marcado na minha memória. Seu pau já mergulhava numa velocidade absurda, e percebi que ele começou a inchar dentro de mim.

- Caralho Lu... vou gozar – disse murmurando.

Então, me presenteou com um urro alto, fazendo o meu olhar descer para o seu abdome se contraindo freneticamente, enquanto bombava mais algumas vezes, agora mais espaçadamente. Podia sentir perfeitamente o seu pau pulsando dentro de mim. Seu corpo brilhava com o suor e eu parecia não ter forças para mais nada, mas continuava apertando a sua bunda com vontade, pressionando-a contra mim. Rodrigo, exausto, soltou os braços ainda apoiados na cama, e se deitou no meu peito, dando um beijo carinhoso. Fiquei alisando as suas costas, com seu pau ainda dentro de mim.

- Lu? – disse ainda deitado no meu peito

- Hum – buscava forças até para balbuciar.

- Essa foi a melhor foda da minha vida...

Não respondi, mas dei um beijo na sua cabeça, sorrindo.

“Da minha também...”.

...

Pouco tempo depois, abri os olhos e percebi que tínhamos adormecido novamente. Ver o seu corpo repousando no meu era excitante. Percebi que o seu pau saiu naturalmente, e senti o lençol e o travesseiro molhados, embaixo da bunda. Coloquei lentamente ele ao meu lado, sem acordá-lo, e constatei uma poça de esperma no meu lençol. Bateu uma vergonha, sabendo que não tinha como trocar sem tira-lo da cama. Caminhei para o banheiro sentindo um pouco de porra escorrendo pela coxa. “Puta merda, Rodrigo gozou por um mês inteiro, não é possível...”. Fiz um asseio rápido e voltei para o quarto, ainda admirando aquelas costas cheias de sardas e aquela bunda redondinha repousando na minha cama. Peguei o celular e vi que já eram quase dez horas da manhã. Coloquei uma bermuda e fui preparar um café da manhã pra gente, viajando na quantidade de coisas que tinha acontecido num espaço tão curto de tempo. Entre um misto quente e outro, ele chega na cozinha com a maior cara de sono, ainda pelado:

- Bom dia gigante – ele sorriu – Tomei um susto agora, porque não te vi na cama. Aconteceu alguma coisa?

- Relaxa, vim fazer algo pra gente comer.

- Humm... – ele chegou curioso, me abraçando por trás e abrindo a boca para abocanhar um pedaço de pão.

- É, mas largue de ser fominha e vá colocar uma roupa pra gente comer.

- Tô em fase de crescimento pô! – ele saiu rindo, voltando pro quarto.

...

Já sentados, Rodrigo me olhava meio encabulado:

- Vi que sujamos o seu lençol todo. Foi mal. Me consegue outro que eu troco.

- Não precisa não, fica tranquilo – disse meio sem graça também.

- Você tá se sentindo bem? Te machuquei?

- Não Murilão, eu tô bem. Desencana.

Mentira. Estava dolorido pra caramba depois que a onda de adrenalina passou. Mas se confessasse começaria uma enxurrada de preocupações que não valeriam a sinceridade. Era suportável. Aquele momento a dois estava bom demais daquele jeito. Rodrigo relaxou mais e continuamos a conversa.

Naquele final de semana, eu não deixei que ele voltasse para casa. Ficamos assistindo o jogo da seleção brasileira de vôlei comentando sobre os jogadores, depois abraçados vendo um filminho, compartilhando a pipoca, numa vibe bem casal mesmo. Eu estava achando tudo aquilo maravilhoso, claro. Rodrigo me fazia rir o tempo todo. Até gíria gay aprendi:

- Então eu estou namorando um urso, é isso?

- Não pô! Não pega pesado, não sou tão peludo assim. Urso é peludão mesmo, quase Tony Ramos, e meio parrudo – disse apontando para o abdome para comprovar a sua teoria - Tá me chamando de gordo?

E seguimos assim. Entre uma brincadeira e outra, muitos beijos e carícias. Quando o clima esquentava demais, cama. Ou sofá, ou banheiro, ou tapete da sala. Desencanamos e nos entregamos por completo aos nossos sentimentos. De verdade, não queria que acabasse. Cheguei a ficar meio desanimado quando o domingo anoiteceu. Rodrigo precisava ir para casa, porque teria que acordar cedo. Não procurei muitos detalhes, não gostava de entrar na semana dele quando o assunto era trabalho.

Nos despedimos, e voltei à minha temporária solidão. Deitei no sofá e fiquei um longo tempo em silêncio, até perceber que estava com um sorriso bobo na cara. “Seu adolescente tardio!”, lembrei as palavras de Paulinha. Pouco depois, escutei meu celular apitar. “Ele já deve ter chegado em casa”, pensei. Engano meu, era uma mensagem do Bruno, diretor de criação da agência:

-“Fala Luciano! Blz? Queria te pedir um favor. Dá pra chegar um pouco mais cedo amanhã? Preciso ter uma conversa importante com você...”.

(Continua)

...

Oi pessoal! Bom demais ver os comentários animados de todos! Plutão, só hoje li o seu comentário no capítulo 10, desculpa por não responder antes. Sim, o nome do conto foi mesmo inspirado no filme (rs)! Apesar de ter um desenvolvimento completamente diferente da história que estou contando, achei que caía bem. Pra quem não assistiu, recomendo! Irish, começo de namoro é bom demais! Acho que é isso que faz qualquer coisa dar certo, manter-se encantado com o momento. KaduNascimento, você tá ligado no movimento, né (rs)? Geomateus, concordo com você, o amor supera qualquer obstáculo. Stylo, confesso que não foi fácil tomar essa atitude, mas numa hora dessas quanto menos se pensa, melhor. Obrigado pelos elogios e votos galera! Amanhã tem mais. Abração!

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Comentários

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Que nada de ruim esteja a caminho! Estar apaixonado é muito bom, né? Ainda mais sendo dois homens no auge da juventude e da virilidade: é cama direto mesmo, não tem jeito, rs. Acho que essa forte química sexual, o companheirismo, a amizade, a compreensão, além, claro, do amor, é o que faz uma relação entre dois homens dar tão certo, atingir um nível de comunhão e entendimento impossivel de se alcançar numa relaçao hetero. Em outras palavras: a gente sempre se entende!

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Voltando ao mundo real,problemas avista.

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Huuummmmm!!!! Imagino uma situação bem complicada, criada por uma certa pessoa, mais é so um palpite. Abração!!!

Se puder me add no face ou skype, eu adoro conversa(se for me add, fala alguma coisa no chat pra mim saber que é vc) Face:::: https://www.facebook.com/uzumaki.kadu Skype:::: brcednc (Eduardo Nascimento)

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