Odeio a cidade de Salvador porque fui usado e abusado sexualmente

Um conto erótico de Lukas
Categoria: Grupal
Contém 1066 palavras
Data: 15/07/2014 19:02:39

Estava lendo o conto do autor “natanaelpericles” e me causou uma pequena revolta porque passei pelo mesmo problema, e coincidentemente, na cidade de Salvador.

É até uma cidade bonita, agitada, badalada, mas não pretendo nunca mais voltar naquela cidade. Não odeio a cidade, mas odeio seus habitantes... melhor dizendo, odeio os baianos. Para mim são pessoas grossas, estúpidas, que não se importam com o sofrimento alheio e vivem numa era meio ditadura, meio medieval.

Sou de Canoas – RS, vizinho a capital Porto Alegre. Há 2 anos atrás dois amigos e eu fomos conhecer Salvador. Eu o Raul ambos tínhamos 23 anos, e Augusto tinha 27. Gostamos muito de viajar por diferentes lugares e ouvimos falar muito bem de Salvador, tanto pela cultura, quanto pelo povo e pelo clima.

Mas vou direto ao assunto.

Nos hospedamos num hotel, na Barra, frente ao mar. Como chegamos pouco mais da meia noite de quinta pra sexta, fomos curtir a praia na sexta. Foi bom, muita gente bonita circulando, praia lotada, muitos turistas... e sentamos para beber alguma coisa e tomar banho de mar e sol.

Nós somos gays, e confesso que damos pinta. E logo ao nosso lado havia um quarteto de rapazes, bonitos, de pinta, e encheu nossos olhos. Logo eles se engraçaram, ficavam comentando entre eles e olhando pra gente, dançava pagode baiano (ou era axé, sei la, sei que era dança sensual – que inclusive odiamos o ritmo e a letra, mas a dança chamava atenção).

Eles levantavam, riam, conversavam, apertavam o pênis pela sunga para olharmos, e bebiiiiam que era uma beleza; mas continuavam sóbrios. Impressionante!

Não demoramos muito a nos juntar; eles tinham uma conversa... uma lábia e tanto. Já era pouco mais de meio dia e queríamos almoçar. Eles se dispuseram indicar um bom restaurante. Pagamos a conta (a deles e a nossa – primeira falha nossa) e fomos almoçar.

Eles contavam tanta coisa, tanta resenha que logo nos cativou. Então nos convidou a ir para um lugar chamado Linha Verde, fora da cidade, a noite para badalarmos um pouco. Augusto e eu logo de cara aceitamos; Raul, como é o mais desconfiado de tudo, ficou com um pé atrás e não aceitou o convite.

A noite nós fomos e Raul ficou no hotel (me arrependo até hoje fazer isso com meu amigo). Dois dos rapazes foram ao hotel nos encontrar para irmos juntos e os outros dois já estariam la. Até mesmo porque o carro que alugamos não dava para 6 pessoas.

O lugar que nos apresentaram como Linha Verde realmente era deslumbrante. A casa onde havia uma galera conversando, ouvindo som, tomando bebidas alcoólicas horrores, banho de piscina, etc, era enorme, o dono, um coroa bem gay, era gente boa e pinta de muito rico.

O Jean, um dos rapazes que foi nos buscar no hotel, me chamou a parte e disse que o outro amigo dele, que havia ido mais cedo, queria “trocar ideia” comigo – rsrs. Eu não sabia o que era “trocar ideia” mas fui. Ele se chama Robson, mulato (como reparei na maioria dos baianos), alto, meio magro, estava sem camisa, usando uma bermuda de tecido de quinta categoria, no meio da bunda, exibindo uma sunga vermelha e preta que certamente comprou em algum centro de abastecimento; o português dele doía os meus tímpanos; mas isso eu já tinha reparado mais cedo, claro, mas naquele momento ele não parecia estar mais sozinho, estava com uma áurea diabólica, profana, sei la. E com aquela voz bêbada me disse que não via a hora de eu chegar logo. Perguntei o porquê e ele respondeu que apenas gostou de mim, que ele curtia “via...” – não quero repetir a palavra de baixo calão – branquinho, rabudo, etc (não quero falar muito de mim – rsrs). A bermuda dele começara ficar alterada (só isso que os baianos tem de bom – a maioria roludo) e eu ficava imaginando se ele tinha colocado uma garrafa dentro da bermuda; e ele, bem mais alto que eu, levantou minha cabeça e meu deu um beijo muito melado, de língua; parecia que ia engolir minha cabeça inteira, nunca tinha visto de perto uma boca tão grande e lábios tão grossos que parecia de moçambicano.

Augusto já estava com outro se flertando também. E tarde da noite nos chamaram para tomar banho de praia (nunca tinha feito isso), e aceitamos numa boa. Tinha mais alguns gays o que possibilitou alguns homens não ficarem sozinhos; porém havia mais homens.

Na praia havia uma vasta área de coqueirais e alguns arbustos. Casal sumia aqui, ali, acolá, e o que eu estava me chamou para ficarmos a sós também. Nos encostamos em um dos arbustos e começarmos um amassa-amassa e logo chupei aquela rola enorme. Para fazer sexo anal, ele teve que meter dedo em mim para abrir espaço, mesmo assim foi muito complicado entrar. Nunca tinha dado a um rapaz com instrumento tão grande, tão grosso. Para ter ideia, a coisa era tão avantajada que deu trabalho pra camisinha entrar, sendo que a primeira rasgou, e a segunda so foi até o meio do pênis. Enfim com seguimos.

No bem bom da história, ele gozou, senti que algo quente escorrendo pra dentro de mim e logo cai fora; a camisinha estava rompida, ele tinha percebido e ficou quieto. Entrei em desespero.

Fui me vestir pra ir para a casa do coroa, quando percebi mais uns rapazes se aproximando. Me seguraram forte contra a árvore, abriram minhas pernas e um a foi me penetrando, todos sem camisinha. Estava em desespero e nem sequer eu tive coragem de gritar, afinal era lugar deserto, eu estava em lugar desconhecido, e poderia fazer uma arte comigo ali mesmo. Em seguida percebi chegando mais homens... não sei de onde saíram tantos.

Depois que tudo acabou, fui para casa do coroa. Eu estava desnorteado, tonto, parecia que era um pesadelo, um acontecimento irreal.

Chegando la estava meu amigo, todo sujo, rosto sangrando e maltratado.

O coroa, aparentemente boa gente, tentou nos segurar, amenizar a situação que vivemos, mas eu não quis conversa. Fomos embora dali, meu amigo e eu. Nos perdemos naquele lugar e só conseguimos encontrar o hotel quase as 10 da manha.

Antecipamos nossa passagem para o dia seguinte. Íamos ficar uma semana.

Fiz meu teste de HIV um mês depois, e por sorte não tive nada. Posso dizer que nasci dinovo.

Odeio a Bahia. Odeio o povo baiano.

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Comentários

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Boa noite querido Lucas, sou soteropolitano nunca fiz nada citado e nem pretendo e te garanto que assim como eu a maioria, você acha que só aqui pode lhe acontecer isso? Que em qualquer lugar do mundo você estará protegido disso ? Ninguém está escape de nada em lugar nem um hoje em dia, sei que gera revolta sim, qualquer um estaria revoltado é uma situação horrível, na verdade não tenho palavras pra significar o quanto isso foi brutal, mas não são todos os baianos ( soteropolitanos).

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Ate entendo a sua revolta amigo, mas não aceito vc dizer q ninguem aqui da Bahia presta. Não esqueça q aki tbem vive gente de bem, e tenho certeza q em seu estado tbem tem pessoas boas e más.

Sei q tem muitos baianos q são estupradores, maníacos sexuais, financeiramente aproveitadores (principalmente qndo o negócio é "pegar" gays), sei q muitos não tem sentimentos nem consideração, mas aki tbem tem muita gente boa.

Repense um pouco. Se vc kizer, te convido a voltar, te apresento caras muitos legais, e vc vai modificar esse pensamento seu. tenha ctz.

Bjs!

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Obrigado kerido.

so te achei taxativo ao dizer q "todos os baianos" ñ prestam.

Vc ñ pode julgar todos, amigo, pela atitude de um punhado de pessoas.

Eu passei situação parecida sim, e até hj ainda carrego marcas. Eu tbem jurei ñ + voltar a Bahia mas acabei voltando. Claro q vou procurar andar por la com cautela, + cheguei a conclusão q ñ posso abandonar a cidade nem me tirar a oportunidade de conhecer pessoas legais por causa da atitude de 4, 5 vagabundos.

+ ñ to te criticando ñ, por favor. Mas analise bem. Vale a pena atacar Bagdá por causa de apenas alguns ditadores? E os inocentes, onde fica?

Abc, kerido, e se cuida.

So vou te dar um 10 pq gostei do seu texto, mas não seja tão critico. Ñ carregue consigo essa mágoa eterna.

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Oi Drica (Drikita), fico muito grato pelo seu comentário, gostei muito da sua objetividade, franqueza e educação.

Te confesso q dpois desses comentários estou tentando (veja... "tentando" e não garantindo - rsrsrs) rever esse meu jeito de englobar e atribuir meu ódio a todos pela atitude de alguns.

Meu odio mesmo dpois de todo esse tempo ainda é maior, mas tentarei passar por cima dele.

Fica aqui meus sinceros agradecimentos pelo comentário.

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oi lucas fiquei sensibilizada com o que voce passou com certeza foi foi uma experiencia que vai te acompanha a vida toda.mais eu conheço pessoas maravilhosas da bahia .não devemos julgar todos os abitantes de um estado pela atitudes de alguns,afinal ersse tipo de pessoa tem em todo lugar desse mundo.infelismente.

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Só uma ressalva a cintiacenteno. Foi de grande valia o seu comentário e deixo aqui meus sinceros agradecimentos. Vc foi excelente no seu comentário. Mas eu não poderia dar queixa de tantos homens, apesar que não seria esse o problema; eu não teria tal coragem de chegar em um delegacia e dizer que fui estuprado por vários homens, antes eu desmaiaria de vergonha - rsrs. E sei que tenho a opção de comentar em sites de turismo; mas vc acha q alguem daria valor a um estupro homossexual?? Eles apenas diriam que gay tem que se "fu..."

Bjs e obrigado pela sua sinceridade.

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Quero deixar meus agradecimentos a Gleison Duarte, a cintiacenteno, a manuel krichmann e a Charlie porq vcs foram do contra mas souberam se expressar muito bem, de forma não-ofensiva, de forma elegante e sincera.

Quanto aRu/Ruanito, eu até aceito sua crítica, porém vc desceu de nível ao me atacar lá no finalzinho. Ou você é baiano, ou vc fala desse jeito porque não foi você quem estava no meu lugar, sendo penetrado por vários homens, sem camisinha e ouvindo palavras de baixo calão, como: “veado a gente usa e descarta”, “veado a gente faz de mulherzinha”, “veado que vem trazer “rabo” a domicilio que tomar no “C...”... entre outras gírias ou dialetos que não entendo muito bem. E não foi você quem estava la escorrendo muito esperma e sangue pelas pernas, correndo risco de pegar uma doença incurável. Mas espero que vc tenha a experiência que eu tive, só assim poderás sentir o que sofri e ai sim, depois vim me criticar.

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Vc não deveria generalizar . Não foi todos da bahia que te violentaram . Meu namorado é baiano e ele é o homem dos sonhos .

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meu anjo sei que oq vc passou foi horrivel tbm sou gaucha...so que vou te dizer uma coisa bem clara na minha opinião vc foi vitima de pessoas sem carater e tbm vitima da sua boa fé...eu jamais iria em uma festa privada pra começo de conversa e ainda por cima sair com dois desconhecidos transar na praia ....me desculpa mas a promiscuidade de vcs levou a isso e não o povo baiano ou os baianos que isso sirva de exemplo pra vc e pra muitos q existe muito preconceito na nossa sociedade e que frequentemente gays são vitimas por serem pessoas alegres comunicativas extremamente. gentis e educados e muitas vezes pessoas sem carater vai tentar se aproveitar disso então fica a dica cuidado quando vc sai e com quem vc sai pois vc ainda teve sorte de estar vivo pra contar q foi abusado sexualmente mas muitos não tem a mesma sorte...e vc deveria ter ido prestar queixa na delegacia e ir pro hospital tomar o coquitel q eles dão la pra evitar contaminação de hiv sei q deve ser horrivel chegar numa delegacia e dizer q foi estuprado mas não podemos deixar q coisas como essas aconteça e fiquemos calados.

Fico feliz q vc esteja bem e boa sorte se cuida e outra aqui e um site de contos erotico e existem sites especializados em turismo em q vc deveria dar esse depoimento não tachando a cidade e os habitantes pois não podemos julgar alguns pela maioria mas sim alertando onde foi eo que se passou para q turista como vcs tomem cuidado e evitem mais vitimas inocentes e de boa fe...por não ser um conto erotico e sim um desabafo racista na minha opinião minha nota vai ser 0 pois infelizmente apezar de estar na categoria de contos eroticos isso deveria ser um alerta em uma pagina especializado ou pelo menos fosse um alerta não deveria ter um titulo tão taxativo indicando e influenciando o racismo e preconceito.

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Ridículo. o povo Baiano não se resume a 1 ou 7 baiano estupradores e sim a milhares de pessoas de bem e trabalhadoras, maes e pais de familias de bem. Não fique manchando toda uma nação. babaca! Bestao se fosse bo RJ? Em SC? vc ia odiar o Pais todo.

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Ridículo. o povo Baiano não se resume a 1 ou 7 baiano estupradores e sim a milhares de pessoas de bem e trabalhadoras, maes e pais de familias de bem. Não fique manchando toda uma nação. babaca!

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Velho entendo sua revolta e a violência q sofreu so n concordo em cultivar esse odio ao povo baiano eu estudei por muito tempo na bahia e te garanto q vc esta generalizando e sendo preconceituoso imagine se nos continuassemos a culpa os alemães ateh hj pelo holocausto e os odiasse por isso como se todos fossem culpados? Nos gays q sofremos tanto com a homofobia n podemos ser xenófobos pq o odio e o rancor mata o que tem de melhor. No ser humano a capacidade de dar a volta por.cima e ser feliz criei esse perfil por sua causa para te dar esse conselho. Eu amo a bahia amo os baianos meu namorado eh baiano e amo aquele sutaque lindo. Pq somos feito de amor da cabeça aos pés

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