Três Formas de Amar - 05

Um conto erótico de Peu_Lu
Categoria: Homossexual
Contém 1816 palavras
Data: 26/07/2014 12:18:26

Oi pessoal! Estou de volta! Achei interessante alguns comentários postados aqui e só posso dizer que aguardem, pois muitas águas ainda rolarão! Smashing Girl, lidar com esse tipo de timidez é sim bastante complicado, mas talvez o Rodrigo seja a chave para o Luciano lidar melhor com isso. Stylo, estranha? Bota estranha nisso (hehe)! Irish, essa sempre é a pior parte dessas situações: o dia seguinte! Valeu pelos comentários e votos galera! Espero que continuem curtindo. Vamos lá!

...

Três Formas de Amar – Capítulo 5

A claridade já estava começando a incomodar a minha visão. Abri lentamente os olhos e senti uma puta dor de cabeça. Estiquei o braço, tentando encontrar meu celular no chão. Nada. Virei um pouco o rosto e percebi que minha calça estava longe pra caramba. Olhei para o lado e Luiza ainda dormia. Rodrigo estava virado para o outro lado da cama, de costas para nós dois. Tentei levantar o mais devagar possível. Não queria ter nenhum tipo de conversa naquela hora. Sentei na cama e vi que meu pau ainda estava com a camisinha, cheia de esperma.

“Deus do céu, em que momento apaguei?”, pensei. Tirei a camisinha, dei um nó e levantei. A saga pelo celular continuava. Quando encontrei, um susto. Quase nove da manhã. “Puta merda!”. Saí catando minha roupa o mais rápido que dava e no mais absoluto silêncio. Os dois continuavam no vigésimo sono. Luiza com uma cara de quem com certeza não iria acordar bem e Rodrigo, com aquela bunda completamente exposta, de bruços. Olhava aquela leve penugem ruiva e não dava para não lembrar o que tinha rolado ali, mas tinha certeza que se pensasse sobre isso naquela hora, o dia só iria piorar. Saí sem avisar a ninguém.

Liguei para o diretor de criação da agência, inventei uma desculpa qualquer, corri para casa, tomei um banho rápido e fui trabalhar, com uma cara péssima. Um pouco depois, mensagem no celular. Era da Luiza:

- “Cadê você? Acordou e não me chamou? ”.

Não respondi. “Agora não...”, era só que eu respondia pra mim mesmo. O dia foi arrastado e parecia não ter fim. Evitei ir à cantina. Pedi um café para o estagiário, com a desculpa de que estava abafado. Não queria encontra-la. Também não fui para o vôlei naquela noite. Mandei uma mensagem pro Beto e inventei outra desculpa. Cheguei em casa e me joguei na cama, sem forças nem para tirar a roupa. Tentei ocupar a mente durante o dia, mas não conseguia parar de pensar no ocorrido da noite anterior.

A questão não era o ménage em si, ou as consequências na minha relação com Luiza e Rodrigo. Tudo bem, era um pouco sim, mas estava conseguindo deixar isso em segundo plano. O lance era o corpo dele se mexendo, a mão na minha bunda, os gemidos dele... cenas que martelavam em flashbacks na minha cabeça e que estavam difícil de esquecer. Bati uma punheta pra tentar aliviar, mas não adiantou. “O que tá acontecendo comigo?”. Até então nunca tinha sequer prestado atenção nos meus amigos tomando banho no vestiário, e de repente estava sentindo o maior tesão pensando num cara. “Você nunca viveu isso Luciano, é tudo novo demais...”, pensei.

Cheguei a vislumbrar a possibilidade de marcar uma sessão extra com minha psicóloga de tão paranoico que fiquei, até ouvir o celular tocando. Era o Rodrigo. Não atendi e deixei cair na caixa postal. Logo depois, o celular vibrou e me dei conta de que havia várias mensagens não lidas, algumas da Luiza, perguntando se estávamos bem, pra eu não sumir e outras do tipo. E tinha uma do Rodrigo:

- “Precisamos conversar. Tô em frente ao seu prédio, mas não sei qual o andar”.

- Esse cara deve ter enlouquecido - falei já levantando da cama. Do canto da janela, tentando me esconder ao máximo, o vi na portaria, ainda na rua. “Como é que ele sabe onde eu moro?”, um monte de pensamentos já se misturava na minha cabeça, até o interfone tocar, me dando um susto.

“Não vou atender, é lógico”; “Mas o porteiro me viu chegando, droga”; “Mas posso ter dormido e ele vai avisar isso ao visitante”; “Mas não posso fugir deles a vida toda. O cara joga vôlei no meu time, Luiza trabalha comigo”; “Puta merda, o que eu faço!!!!”. Já estava ficando enlouquecido e por impulso atendi o chamado do porteiro. Ainda fingi certa surpresa.

- Rodrigo, que Rodrigo? Ah sim, pode mandar subir... - e liberei a entradaEntão é no 801 – disse Rodrigo tentando esboçar um sorriso.

- Oi, e aí? – falei sem o maior esforço de parecer convidativo.

- Posso entrar?

Convenhamos, eu ia dizer o que? Que não? Assenti com a mão e ele entrou, olhando com curiosidade para a sala:

- Apê legal...

- Ah, valeu.

- E aí, porque não foi no vôlei hoje, cara?

- Hummm... Estava com uma dor de cabeça horrível, não quis forçar. Vim direto pra casa descansar.

- Ressaca?

- Talvez.

- Certo... Olha só, inventei uma desculpa pro Beto de que tinha um material gráfico pra entregar pra você, e como você não foi pro treino hoje, ele me disse o prédio que você morava. Espero que não tenha problema.

- Não, de boa... – o clima estava o suprassumo do chato.

- Na verdade, claro que não tenho material nenhum para entregar pra você, mas acho que a gente devia bater um papo – Rodrigo falava da forma mais compenetrada do mundo.

- Velho, talvez não seja o momento...

- Eu não suporto manter assuntos inacabados – ele disse interrompendo – Acho que quanto mais adiamos algo, pior a situação fica...

Me calei.

- Eu imagino o que deve estar se passando na sua mente. E me sinto um pouco responsável por isso. Mas saiba que eu não fazia ideia de que a outra pessoa poderia ser você. Você nunca tinha dito o nome da garota que saia, acho que foi uma simples coincidência...

- Infeliz coincidência, você quis dizer – falei baixo, mas ele escutou.

- Infeliz? Luciano... Acho que não fomos obrigados a fazer nada.

- Cara, você sabia que eu não sou gay. E disse que esperava ter mais contato com outro homem com essa experiência naquela conversa.

- E você sabia que eu sou gay. Porque não foi embora, não disse algo?

- E porque você mentiu fingindo que não me conhecia?

- Não sabia qual o grau de intimidade que você tinha com Luiza, não queria te colocar em maus lençóis. Eu mal a conheço, sei pouco da vida dela...

- Mas sabe bem o caminho pra bunda dela – disse já meio nervoso.

- Assim como você sabe o da buceta dela – ele retrucou – Cara, o que tá pegando aqui? Você é afim dela, quer namorar? Beleza, eu não sabia. É a situação? Ficou constrangido? Beleza, eu também fiquei...

- Mas não ficou constrangido em pegar na minha bunda – falei já me alterando. O clima definitivamente ficou pesado.

- Luciano... Eu bebi, você bebeu. Estávamos todos alterados e sem nos importar com limites. Quando você está fazendo sexo com alguém, não calcula o próximo passo, deixa rolar. Minha mão chegou na sua bunda. OK, desculpe se te incomodou . Mas, repito, porque não tirou?

- Rodrigo, você sabia do meu desejo, abri minha vida pra você cara. Ontem foi um erro – suspirei, tentando mudar de assunto.

- Espera aí. Você tá me culpando pela noite de ontem? Por ter comido ela? Você tá conseguindo raciocinar o que você tá falando?

Não conseguia responder na mesma velocidade, e ele aproveitou a deixa:

- Você sempre exaltou a sua inexperiência nas suas conversas. Pronto, acabou de fazer uma coisa que a maioria dos homens irá viver sem ver. Fala o quanto é tímido. Pronto, acabou de exercitar uma ótima forma de comunicação. Cara, foi inesperado? Foi, claro. Mas leva pelo lado positivo, pô!

- Rodrigo, foi errado...

- Errado? – ele interrompeu de novo – Luciano, todo mundo me pareceu ter curtido muito a aventura, e eu incluo você nisso. Somos todos responsáveis.

- Não, eu não curti – respondi, firme, encarando seu rosto.

Rodrigo ficou sem fala. Se levantou calmamente, ainda pensando no que falar:

- Certo, não vou forçar a barra aqui – respondeu – Olha só, passei aqui para explicar o meu ponto de vista. Se foi um erro para você, novamente peço desculpas. Te considero muito, não fazia ideia de que mexeria tanto com você. Não pretendo ver a Luiza novamente, se isso te acalma. Mas esperava ficar numa boa com você...

- Numa boa? Consideração? – me levantei também – Rodrigo, o que rolou não tem volta. Sempre que rolar qualquer conversa entre a gente, ou com a Luiza, a noite de ontem será a primeira coisa que vai surgir na minha cabeça. Não era esse tipo de experiência que eu queria. Não é esse tipo de amizade que eu quero...

- Claro, falou a pessoa que tem um milhão de amigos. Na boa? Vai tomar no cu seu hipócrita!

E saiu, batendo a porta. Em pé estava, em pé continuei, sem reação. Mas que merda de conversa tinha sido aquela?

...

No dia seguinte, a caminho da agência, no elevador, encontro com a Luiza. “Mas que ótimo”, pensei, tentando não revirar os olhos:

- Oi Lu, como você tá?

- Tudo beleza – respondi normalmente.

- Lu – ela esperou a última pessoa sair quando o elevador já abria no nosso andar - vou respeitar o seu espaço se você não quiser falar comigo, apesar de achar que não existe necessidade para isso. Mas, tá tudo bem entre a gente?

- Claro, tudo tranquilo! Relaxa! – disse seguindo até a porta da agência.

Não, não estava. Minha mente estava um mar de confusões que se atropelavam e eu precisava trabalhar aquilo. Entender o que sentia. Precisava de uma autoanálise. “Boa ideia Luciano!”. À noite, desliguei o celular, respirei fundo e me permiti um exercício. Liguei o laptop, entrei em um site pornô qualquer e comecei a acessar todo tipo de vídeo. Queria entender o que, afinal, me excitava. Achava algumas cenas interessantes, outras pareciam mexer mais comigo com um lance mais selvagem, bati uma punheta com as minhas favoritas pra dar uma relaxada e enfim cheguei num clipe com duas mulheres se pegando, assistindo até o fim. Gemidos, esfregação e atuações sofríveis depois, precisava ser realista. Aquilo que é a fantasia máster de 90% dos homens, não me parecia uma grande ideia. “Isso não me parece muito bom...”. Voltei à página inicial, olhei o relógio, quase meia noite, só assistindo putaria. Levantei, bebi uma água, fui à janela ver o movimento na rua e depois de um tempo voltei pra frente do computador, pensativo.

Fiquei olhando pra tela pensando no que fazer e depois de alguns segundos, numa atitude rápida, cliquei na sessão “gays”, e acessei um vídeo qualquer. Passei a parte da historinha idiota de introdução e fui logo tirar a dúvida com o que interessava. Músculos se encontrando, homens suados gemendo, sexo num intensidade quase violenta... Não precisou de muito tempo para ver o resultado: lá estava meu pau, completamente duro, babando na cueca, implorando por uma segunda punheta.

“Merda”, pensei.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive peu_lu a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

O Rodrigo foi um grande filho da puta!!! Caberia a ele dar um basta e não deixar rolar. Mas preferiu se aproveitar da situação. E agora vem bancar o bom e chamar o Lu de hipócrita ??? Francamente !!!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Caraca brother, a vida dando uma mudança de 360°. Muito bom o conto!

0 0