Fade To Black

Um conto erótico de Tristan
Categoria: Homossexual
Contém 1139 palavras
Data: 24/07/2014 11:52:36

Escuridão, gosto de começar histórias com uma só palavra, pode parecer meio clichê mas essa palavra resume tudo o que se passa nessa minha vida medíocre. Escolhi o título Fade To Black por causa de uma música do Metallica que eu ouço muito e acabou sendo o meu hino.

Mas, sem mais delongas, vou me apresentar, eu me chamo Tristan (nome fictício), tenho 19 anos, em breve 20, tenho olhos e cabelos castanhos, corpo magro e alto, não magérrimo, mas normal, tenho 1,80 m., falo três línguas e começo aqui minha história, que eu vou relatar minha vida pra ver se eu consigo me libertar dos demônios que em mim habitam, seguirei uma ordem cronológica, pois pra quem gosta de leitura e monta as imagens mentalmente, irá ser mais fácil para que entendam o meu ponto de vista.

Descobri minha sexualidade com 12 anos, pra mim foi um dos períodos mais difíceis da minha vida, eu não tive um pai presente, ele só se torna presente na pensão alimentícia que ele me manda todo mês. Sozinho tive que descobrir tudo, a minha primeira punheta, sexo etc.

Sempre fui muito introspectivo, raras eram as minhas amizades e embora já soubesse o que eu era, negava pra mim mesmo a minha verdadeira natureza. Venho de uma família grande e muito religiosa, todos católicos, minha família por parte de pai evangélica, então eu me tornava a cada dia mais reprimido, rancoroso e afastava de mim as pessoas, não queria que eles soubessem o segredo que eu escondia, me pareceu a coisa mais certa a se fazer, morávamos naquela época só minha mãe e eu, em um apartamento de meus avós maternos numa cidade do interior de Minas Gerais, sempre apanhei muito de minha mãe, talvez ela já soubesse e encontrava por meio dos castigos físicos um meio de me manter longe de mim mesmo e das minhas vontades. Estudei durante todo o ensino fundamental e médio em escola publica, pois embora minha família materna tenha condições financeiras muito boas, eles não acreditam no poder da educação, trabalhar na roça foi o que aprenderam e o que continuam achando ser o melhor. Eu pedia a Deus para me livrar da sina de ser homossexual, mas futuramente fui descobrir que não havia nada pra ser mudado em mim, e com o tempo eu mesmo fui me aceitando do jeito que eu sou. Eu sempre olhei os meninos de forma diferente e fantasiava várias situações sexuais com alguns deles, da quinta a oitava série foi assim, admirando de longe, mantendo uma postura hetero, sempre fui muito discreto, e na sétima série dei o meu primeiro beijo em uma menina, gostei muito, não serei hipócrita e dizer que não foi bom, eu estaria mentindo pra mim mesmo, enfim, mas não teve aquela magia que eu esperava do meu primeiro beijo, eu fiquei com essa menina por 2 dias, no terceiro eu me escondi dela, fiquei com medo e confuso, com 13 anos e no início da puberdade as coisas estavam se tornando muito estranhas e confusas pra mim, eu era só uma criança e não tinha com quem me abrir de fato, minha mãe fez tudo o que pode, o papel de pai e mãe, eu me orgulho muito dela, sempre a amei demais, mas eu não poderia chegar nela e dizer: "mãe acho que gosto de meninos", eu apanharia muito, e seria muito decepcionante pra ela, e tudo o que eu não queria fazer é de fato decepciona-la, então, continuei assim, fingindo uma coisa que eu não era, colocando uma máscara diferente a cada dia, morrendo por dentro a cada dia que tinha que mentir. Nessa época eu tinha um amigo da escola, vou chama-lo aqui de Iago, ele era baixo, corpo normal, cabelos encaracolados pretos assim como seus olhos, negros e profundos, era um roqueiro nato, foi o primeiro da escola que tinha um MP4, naquela época era um luxo, eu tinha um celular RAZR V3 da motorola, outro sonho de consumo de qualquer pessoa na época, enfim, ficamos amigos de cara, e foi com ele que eu aprendi a gostar de rock. Ficamos amigos a ponto de fazermos tudo juntos, ir na casa um do outro e tudo, eu nunca tinha levado ninguém na minha casa e por sorte minha mãe simpatizou com ele, a ponto de chama-lo mais vezes. Eu não tinha vídeo game, e nunca tive, minha mãe acha que prejudicaria meu aprendizado escolar, então nunca me permitiu ter um, e Iago tinha um PS2, computador com banda larga, ou seja, ele era fodão e eu aproveitava muito isso rsrs. Um dia fui a sua casa, jogamos vídeo game, e ele me chamou pra assistir uns pornôs no pc dele, ficamos muito excitados, e ele me propôs um troca troca, eu fiquei muito tentado a aceitar, mas, eu nunca aceitava as coisas de cara, esperava que as pessoas insistissem, pois assim não haveria desculpas que me constrangessem depois, recusei, e ele não insistiu e foi ao banheiro tocar uma, eu fiquei tão excitado a ponto de pela primeira vez sair o liquido transparente do meu pênis. Depois jogamos mais e fui embora. Um dia estávamos no meu prédio e foi um dia em que eu discuti com minha mãe, e foi a primeira vez que alguém me viu chorar. No outro dia estavam todos rindo da minha cara, Iago tinha contado pra sala toda a minha discussão com a minha mãe, eu fiz a egípcia e entrei no jogo deles e levei na esportiva, não ia dar o gostinho de dar vexame em sala de aula pra ninguém. No intervalo cheguei em Iago:

- eu - Porquê você fez isso? Você tem ideia da vergonha e humilhação que você me fez passar?

- Iago - Desculpa cara, eu não resisti, não pensei que poderia te magoar, foi mal.

- eu - Foi mal não, foi péssimo, foi cruel, eu espero mesmo que você tenha se arrependido, me dá um tempo tá.

Saí dali morrendo de ódio, mas o perdoei, fiquei imaginando se eu tivesse cedido à proposta dele, o que seria de mim. Mas depois e ele não tornou em outra, continuamos a nossa amizade até que ele se mudou pra europa pra morar com a mãe, ele morava com os avós paternos, e o pai morava em outra cidade, perdemos contato já que naquela época a rede social era o Orkut e ele cancelou o dele, ele nem se despediu, foi embora pra nunca mais voltar e até hoje sinto saudades daquela época, mas depois me mudei de cidade também, mas isso é pra próxima história, se vocês gostarem dessa claro. Desculpem os erros de português, eu digitei tudo no meu smartphone já que meu notebook estragou, é uma história verídica, e que tem muito mais por vir, piores ou melhores, é o que veremos.

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Comentários

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Bom começo, me fascina contos assim, contos que procuram sentimentos obscuros, é onde está o melhor da inspiração, continue beijos *-*

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Bom começo, me fascina contos assim, contos que procuram sentimentos obscuros, é onde está o melhor da inspiração, continue beijos *-*

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