O cowboy dos sonhos - 3

Um conto erótico de Beto Torres
Categoria: Homossexual
Contém 2891 palavras
Data: 12/06/2014 11:54:48

Estou de volta, galera! Após um tempo dedicado à faculdade e a outras atividades que, mais a frente, se continuarem acompanhando meu relato, vocês vão entender e até apoiar, finalmente encontro tempo pra finalizar mais essa parte da minha história de amor às avessas. Peço-lhes desculpa pela demora e prometo que, a partir de agora, vou passar a postar com menos tempo de espera.

Bem, vamos ao que interessa.

Depois do que aconteceu na academia, fiquei mais próximo do Oliver. Principalmente depois que eu cheguei pra ele e pedi desculpas por ter acabado descontando nele a minha raiva do Júnior. Ele é um cara legal e, mesmo exibido, pretensioso e arrogante, é um cara que parece já ter sofrido muito na vida. Não que ele tenha me contado isso, mas em alguns instantes isso ficava evidente.

Ainda tínhamos nossas diferenças, mas já dava pra perceber que estávamos caminhando para uma amizade. Não que isso não fosse bom, mas o que eu queria mesmo era namorar com ele. Já nos falávamos normalmente, comentávamos sobre futebol, sobre mulheres e sobre academia. Já dávamos risada um com as piadas do outro e sugeríamos filmes um para outro. Entretanto, eu continuava sentindo a mesma atração de sempre por ele. Talvez até maior. Foram várias as vezes em que eu acabava de falar com ele e corria para o banheiro para me masturbar. A situação estava ficando insustentável. Era uma amizade que valia a pena manter, mas diante dos meus sentimentos, essa aproximação só tem piorado as coisas.

Certo final de semana desses, estranhando o fato dele não ter aparecido em casa, liguei pra ele e, para minha surpresa, ele me falou que seu namoro com minha irmã tinha ido para o espaço. Não sei de onde surgiu essa minha esperança, mas eu fiquei feliz pra caralho com aquela novidade. Perguntei onde ele estava, ele me falou que estava em casa e eu, sem demora fui até lá.

O Oliver morava cerca de uns quinze minutos da minha casa. Era a primeira vez que eu estava ali e, apesar de minha vontade ser me aproveitar da carência dele e dar o bote, tinha apenas que bancar o amigo prestativo e conversar com ele caso ele quisesse e dar-lhe uma força caso ele precisasse. Se eu parar pra pensar, eu sou um péssimo irmão. Estou mais preocupado com o Barão do que com a Isaura. Fazer o quê? O amor tem dessas coisas...

– E não é que você veio mesmo? – diz ele, abrindo a porta, só de calça jeans que marcava aquele pauzão, botas de couro e aquele chapéu que já lhe era característico. Cara, o Oliver é um homem bonito, mas naquele dia ele estava muito mais. Sensual, charmoso, mesmo sem ser essa a sua intenção.

– Você não tira esse chapéu em momento nenhum, cara? – perguntei, para descontrair e deixar claro que o fato de ele ter dado um pé na bunda da minha irmã não mudaria em nada a nossa amizade.

– Nem quando estou trepando eu tiro – responde ele, malicioso, deixando-me um pouco sem graça, pois não esperava por uma resposta como aquela.

Calma, Beto! Segura tua onda. O cowboy fez apenas uma brincadeira, não insinuou nada nem te convidou pra nada. Sorri e ele me convidou pra entrar. A casa dele era a típica casa de um homem solteiro. Tudo muito bagunçado, mas era o espaço dele. Só por isso, eu já adorava. Sentei no sofá e conversamos sobre o que tinha acontecido. Ele me falou que não gostava da minha irmã tanto assim a ponto de levar aquela relação adiante.

– Manter um compromisso só vale realmente a pena quando estamos apaixonados. Não era o caso.

– Relaxa – falei – Não estou chateado por ter sido com a minha irmã, da mesma forma como não estaria se tivesse sido com qualquer outra mulher.

– Tu é foda, Beto! – falou ele, me abraçando pela primeira vez. Mesmo que sem intenção nenhuma da parte dele, foi a primeira vez que pude sentir seu cheiro. Cheiro de macho. Como tudo o que vem dele.

Conversamos mais um tempo e eu achei melhor ir embora para que ele não enchesse o saco de mim. Mais um sinal de que estar apaixonado é uma desgraça: você passa a viver pra agradar aquela pessoa e não está nem aí pra isso. Ele me levou até a porta e, de repente me segura pelo braço. Gelei. Cada gesto dele me deixava apreensivo. Imaginei que ele fosse me pedir pra ficar mais, mas aí lembrei que eu tenho que manter os pés no chão.

– Cara, tua irmã está bem mesmo?

– Está, Barão – respondi, um pouco decepcionado ao constatar que ele queria na verdade saber de minha irmã – Ela vai superar mais rápido do que você imagina.

– Fico mais tranquilo. Não quero que ela sofra.

– E nem eu quero que você se preocupe com isso. Pense mais em você mesmo.

– Tem razão – responde ele, com aquele ar malicioso de quem vai falar alguma sacanagem – Tenho mesmo em que pensar. Como, por exemplo, em como eu vou fazer agora pra me aliviar.

Sorri e ele continuou:

– Cara, tá foda. Preciso comer alguém, Beto. Trepar bem gostoso e dar leitinho na boca.

– Porra – falei, tentando fingir que eu não tinha ficado nervoso me imaginando naquela situação descrita por ele – Você é safado assim?

– Você não é? Cara, mulher gosta de homem que seja carinhoso e safado na medida certa. Tem dias que elas precisam de amor e dias que elas precisam ser comidas como vadias.

– Minha irmã teve sorte então?

– Se você quiser, – gelei quando ele começou a frase assim. Achei que ele fosse dizer que se eu quisesse eu também poderia ter essa mesma sorte, mas logo minhas esperanças se foram tão rápidas quanto vieram – você pode dar essa mesma sorte pra sua namorada. Você vai ver como ela vai ficar doida por você.

E a vontade de dizer: “Dane-se! Eu quero é você!” Mas nada falei. Nunca sei como agir nessas situações, além de ficar de pau duro, claro. Me despedi e fui embora antes que ele percebesse alguma coisa. Estou ficando maluco, não pareço mais comigo, que sempre fui centrado e objetivo. O Barão consegue me desestabilizar. Vai ver o Moska tem razão quando fala na música dele que “estar apaixonado é uma coisa louca que alguém te causa e você mal dorme”.

À noite, dei pela falta do meu celular. Eu só poderia ter deixado na casa do Oliver. Segui rapidamente até lá e, como o portão estava aberto, entrei. O muro e o portão altos impediam que alguém da rua me visse espionando a casa dos outros. Menos mal. Só o que está faltando é a galera perceber que eu estou apaixonado pelo Barão por me flagrar invadindo a casa dele. Ouvi um barulho estranho vindo de dentro e olhei pela fresta da janela pra ver do que se tratava e então vi o Barão sentado no sofá, sem camisa, com a cabeça voltada pra trás, fazendo uma cara de homem selvagem que tá sentindo muito prazer. Olhei mais pra baixo e o vi segurando uma garota pelos cabelos enquanto ela lhe chupava aquele pauzão que pela primeira vez eu via completamente duro. Ela chupava com prazer e ele delirava e, ao mesmo tempo, fazia-a chupar mais e mais. Não estava conseguindo reconhecê-la, pois estava de costas, mas grande foi a minha surpresa quando ele levantou seu rosto para beijá-la e percebi que era a Suzan, esposa do meu primo Júlio. Até então, pra mim, ela era uma mulher recatada, fiel, mas ali ela está se mostrando uma bela puta. Bem que ele me falou que despertava isso nas mulheres.

Ela chupava com gosto e engolia aquela pica toda, me deixando com uma inveja da porra por ela estar mamando o cara que deveria ser meu. Continuei observando e, a essa altura, eu já estava batendo punheta olhando aquela cena. Ele tirou o restante da roupa dela, deitou-a no sofá e penetrou-a de uma só vez. Ela ficou doida. Gemia loucamente e ele estocava o pau cada vez mais rápido. Galera, vocês não tem noção do que é a cara dele gozando. Ele gozou gostoso na boca dela e obrigou-a a tomar tudo. Eu não aguentei e gozei também. Caralho! O Barão é muito gostoso! Ela levantou-se e vestiu a roupa, enquanto ele, ainda em êxtase, suspirava gostoso peladão no sofá, ainda com seu pau pulsando. E, como ele tinha me falado mais cedo, ele não tirou o chapéu em momento nenhum.

Fui pra casa sem falar com ele e decidido a passar uma noite sem celular. Sei que deveria foder a vida da Suzan, mas automaticamente estaria fodendo a vida do homem que amo também. Não duvido nada que o Júlio fosse capaz de tentar matar o Oliver, já que, no braço, perderia fácil pra ele. A cara de safado dele não me saía da cabeça e eu me dei conta que ou eu faria alguma coisa logo e ia pra cama com o Barão de uma vez ou iria acabar enlouquecendo de tanta paixão.

Final de semana chegou. Cidade pequena e aqueles velhos hábitos de ficar com namoro de portão no sábado após o culto. Aquela situação estava ficando cada vez mais insustentável. Eu não tinha visto mais o Oliver desde que peguei meu celular com ele, no dia seguinte ao flagra que dei nele comendo a mulher do meu primo. Não toquei no assunto, pois, mesmo estando nos dando bem ultimamente, se ele confiasse em mim, ele mesmo teria me contado. Portanto, não quero forçar nenhuma aproximação.

A Jaqueline percebeu minha distração, mas eu falei que era apenas preocupação com o colégio, algo que ela, por sua ingenuidade e por me conhecer como um cara superdedicado aos estudos, engoliu com extrema facilidade e sem questionar. Acho que o amor que eu lhe dedicava lhe era suficiente. Eu me sentia culpado, mas ao mesmo tempo, não sei se seria um bom negócio deixá-la para não viver absolutamente nada com o Barão. Se ele me desse mole, eu nem na casa dela ia mais, mesmo sabendo toda a crise familiar que isso iria gerar.

Já estava voltando pra casa, perto das 11 da noite, quando aquela Amarok parou do meu lado.

– Fala, Betão! – disse ele, baixando o vidro.

– E aí, Barão? – respondi, olhando fixamente para ele, que parecia ter ficado mais lindo nesse meio tempo em que não nos vimos – Tudo tranquilo?

Ele saiu do carro pra me cumprimentar, apertou minha mão e me deu um abraço. O aperto de mão foi firme e o abraço foi de leve. Bem que poderia ter sido o contrário. Falou:

– Tá rolando um rodeio aqui na cidade vizinha. A fim de ir até lá comigo?

Não sei o que me deu na cabeça, mas eu resolvi aceitar. Só a possibilidade de ficar ao lado dele por algumas horas me faziam jogar na lata do lixo todo o meu amor próprio. A companhia dele era algo superagradável, mas ao mesmo tempo era torturante.

– Só preciso passar em casa e colocar uma roupa melhor e pegar uma grana – falei.

– Relaxa, porra – disse ele, me puxando pra dentro do carro – Você tá ótimo assim. E nem se preocupa com dinheiro. Nós dividimos lá e depois você me paga, certo?

Concordei e seguimos para o rodeio. Ouvindo Keith Urban, aquele cowboy estava cada vez me deixando mais maluco. Aquele jeitão de macho, aquela boca linda, aquele pau marcado na calça apertada, aquele chapéu que ele não tirava nunca... Tudo nele era motivo pra me deixar doido, pra me atrair, e ele nem se dava conta. Mas dessa vez, ele deu.

– O que foi, Betão? – disse ele, ao perceber que eu não para de olhar pra ele.

– Nada, cara – respondi, tentando fingir que não havia ficado nervoso com a pergunta.

– Fala, porra – insiste ele – Tá me achando bonito, não é?

– Estou achando você na maior beca e eu todo simples aqui – foi o melhor que consegui dizer pra disfarçar.

Ele põe a mão sobre os meus ombros e me dá um sorriso. Que vontade de beijar aquela boca! Caralho! Mas, se eu nunca avancei, não era agora que eu iria fazê-lo, até porque o máximo que eu conseguiria seria uma capotagem.

– Relaxa, Betão! – falou ele, acho que na tentativa de tirar a minha pilha – Você tá muito bem. Eu te pegava...

Olhei pra ele com um olhar de surpresa e ele caiu na risada. Foi apenas uma piada, infelizmente. Só me restou rir também, mesmo que forçadamente.

Chegamos à festa perto da meia-noite e ele foi logo descolando umas cervejas pra nós. Havia muita gente, mas nem mulher nem homem me interessava mais ali do que o Barão. Ele sim faria minha noite ser perfeita, sem precisar dessa festa. Eu não tinha o hábito de beber, até por conta da religião que eu insistia em querer seguir, e depois da quarta cerveja, eu já estava alterado. O Barão bebia mais rápido que eu e logo passou a dançar com uma garota que deu mole pra ele. Ela, safada toda com um homem como o Oliver nas mãos, aproveitou. Tirou a camisa dele e não demorou muito estava aos beijos com ele. Ele realmente chamava a atenção. Tanto que chamou a atenção de outra garota ainda mais linda que a primeira que passou por eles e falou:

– Eu também quero esse cowboy, amiga.

Rapidamente, ele também a agarrou e a beijou. E ali ficaram os três. O meu cowboy sendo dividido por aquelas duas vadias. Foi demais pra mim. Naquele momento eu me dei conta de que, não adiantaria o que eu fizesse, não adiantaria o quanto eu o desejasse ou o quanto eu batesse altas punhetas pra ele, ele jamais iria olhar pra mim como eu gostaria que ele olhasse simplesmente por um detalhe: ele é hétero convicto. Decepcionado e disposto a esquecer aquela cena que tinha visto, eu saí à procura de alguma garota com a qual eu pudesse passar o resto da noite e, para meu azar, dei em cima de uma que tinha namorado. Foi briga na certa. O cara me acertou, mas eu também o acertei bem mais. Só lembro que fui tirado dali pelo Barão, mais uma vez. Ele estava ficando especialista em apartar as minhas brigas.

– Caralho, o que deu em você? – perguntou ele, furioso – Quer morrer?

– Eu quero ir pra casa – falei, pois não queria admitir pra mim mesmo que só faço coisa errada.

– Não sem antes me escutar. Beto, você está com algum problema? Ou você realmente gosta de arrumar briga na rua a troco de nada?

– Não estou a fim de ouvir sermão – falei, indo em direção ao local onde ele tinha estacionado o carro, tropeçando em meus passou, por conta das cervejas a mais que havia tomado – Eu só quero ir pra casa.

– Porra, eu vou te levar, mas antes eu preciso entender que merda foi aquela que você fez – diz ele, me seguindo.

– Não precisa me levar. Eu pego carona com alguém que vá pra lá. Não quero acabar com a tua noite, não.

– Não vou deixar você ir embora assim. Eu te trouxe e tenho obrigação de levar você de volta em segurança.

– Você vai me levar em segurança como, se você está tão bêbado quanto eu?

– Estou com um amigo da fazenda aí e ele vai nos levar. Fique tranquilo...

– Me deixa, Barão! – falei firme, seguindo em frente – Volta lá pra suas amiguinhas, porra! Se preocupa comigo não.

Cansado do meu comportamento, ele finalmente tomou uma atitude. Segurou-me pelo braço de uma forma que nunca tinha feito antes e me olhou nos olhos. Estava realmente furioso, tanto que me encostou em um dos carros que estavam estacionados ali e falou:

– Já está na hora de se comportar como um homem, porra! Chega de brincadeira! Não tenho paciência pra essas molecagens, não. Caralho! Eu só quero saber o que aconteceu com você pra você se meter naquela confusão se dez minutos atrás você estava normal, se divertindo junto comigo.

Daquela vez, eu tive medo dele. Ele estava ofegante e apertava meu braço com força. Seu rosto perto do meu fazia a aba do seu chapéu roçar na minha testa, mas os seus olhos azuis furiosos assustavam de verdade. Pude sentir seu cheiro mais uma vez. Estava suado por conta da situação, mas estava irresistível. Pensei em gritar por ajuda, mas não havia ninguém por perto naquele estacionamento improvisado por conta da festa. Tentei me soltar, mas não consegui. Não sei o que me deu, mas a única coisa que eu consegui fazer foi aproximar meu rosto ainda mais do dele e finalmente, depois de tanto tempo, encostar meus lábios nos seus. Um beijo roubado e forçado. Meu primeiro beijo num homem. Sentir aquela barba dele roçando meus lábios e meu rosto pela primeira vez me deu coragem pra continuar. Pus a mão em sua nuca para que ele não tentasse se afastar e colei seu corpo no meu. Ele, pego completamente de surpresa, tentou me afastar, mas antes que ele o fizesse, eu mesmo o fiz. Olhei pra ele assustado com minha própria coragem e vi que ele estava perplexo.

– Desculpa, Barão. – falei, me afastando – Eu só faço merda...

E corri pra longe dele. O máximo que pude. E ele, dessa vez, não veio atrás de mim.

CONTINUA...

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Comentários

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Cara cade vc, por favor posta outro vc me deixou curioso aqui

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Continua está ótimo mas, não demora. Felicidades!!!

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