Amor Diferente Cap.11

Um conto erótico de amorgay
Categoria: Homossexual
Contém 532 palavras
Data: 17/05/2014 14:43:04

Cap.11

Dormimos abraçadinhos novamente, sentindo toda aquela deliciosa brisa de noite no rosto. Acordei sentindo aqueles braços fortes me dando uma sensação de proteção deliciosa. Logo estávamos arrumados e prontos para mais um dia. Pedi pra que fossemos a cidade, queria ver Heloisa. Chegamos lá, e eu a procurei.

- Heloisa, tem um garoto aqui atrás de você !!!! - logo ela veio

- Oiiiii - seus olhos brilharam ao me ver- tava esperando você já.

- Vamos tomar sorvete, quero conversar.

- Tá bom.

Ela entrou e logo saiu.

- E quem é esse garoto que tá com você ?- ela perguntou, olhando pra ele

- Ele é o Jorge - ela sorriu

- Prazer, Eduard falou muito de você

- Imagino - ele falou segurando a minha mão e soltando em seguida. Ela chegou perto do meu ouvido e falou - realmente, ele parece ser um ótimo garoto.

Fomos andando por alguns metros até a sorveteria. Chegando lá, algumas pessoas olharam a gente meio de lado e começaram a cochichar. Fiz uma cara de reprovação e pedimos o sorvete. Sentamos numa das mesas e começamos a conversar.

- Olha, eu sei que não devia, mas eu contei pro Jorge sobre ontem

- Eu imaginei. Mas não tem problema. Sabe, ontem apareceu um homem, de uns 28 anos.

- E aí ?

- Eu contei pra ele aquela história, e ele me prometeu que me tiraria de lá.

- Mas será que ele não estava mentindo ?

- Acho que não. Ele me passou uma confiança incrível.

- Ai Heloisa, tenho medo que, sei lá, alguém tente fazer algo com você

- Acho que ninguém vai fazer nada, valeu pela preocupação

- De nada.

Terminamos de tomar o sorvete e deixei ela lá no bordel de novo. Voltamos pra casa andando.

- Ei, você acha que a gente vai conseguir viver juntos ?

- Não sei. Mas espero que sim, eu não sei viver sem você Jorge, ficar sem ouvir sua voz seria um imenso martírio pra mim - falei, o abraçando. Senti sua respiração em meu pescoço, me arrancando arrepios intensos em todo o corpo. Fomos andando assim até a entrada da fazenda. Todos estavam viajando e ficamos apenas nós dois e uns empregados na casa.

- Ei, vamos acampar hoje ?- ele perguntou

- Claro. Vou adorar.

A noite caiu e a escuridão apareceu. Fizemos uma fogueira e nos esquentamos ao redor dela. Comemos diversos doces bem abraçadinhos, sendo vistos apenas pela luz da lua. Um livro de poesias deu um tempero especial a aquela noite romântica.

" Eu cantarei de amor tão docemente,

Por uns termos em si tão concertados,

Que dois mil acidentes namorados

Faça sentir ao peito que não sente.

Farei que amor a todos avivente,

Pintando mil segredos delicados,

Brandas iras, suspiros magoados,

Temerosa ousadia e pena ausente.

Também, Senhora, do desprezo honesto

De vossa vista branda e rigorosa,

Contentar-me-ei dizendo a menor parte.

Porém, pera cantar de vosso gesto

A composição alta e milagrosa

Aqui falta saber, engenho e arte.

Luís de Camões "

Fomos pra barraca, e ficamos conversando. Ele me envolveu em seus braços e começou a beijar meu pescoço. De repente senti uma excitação. Logo sentia sua língua descobrir toda a minha boca. Sentia o clima esquentar. Será se aquilo aconteceria naquela noite ?

Continua

Trilha: Porquê eu sei que é amor (Titãs)

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