O segredo de um Anjo - 2

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 1614 palavras
Data: 14/05/2014 01:30:28
Última revisão: 14/05/2014 15:23:47

O segredo de um anjo.

Capítulo 2.

— Satoru! — gritou Jun'Ichi logo atrás de Satoru. Ambos acabaram de sair do colégio.

Jun'Ichi corria em direção de Satoru, em uma rua praticamente deserta. Sem pensar duas vezes, Jun pega o amigo no colo e o abraça como sempre fez. Depois de recuperar o ar, Satoru afunda a mão na cabeça do garoto que o solta e perde o equilíbrio.

— Quantas vezes vou ter que lhe pedir para não fazer isso? — perguntou Satoru, colocando novamente o cabelo sobre o olho esquerdo.

— Mas eu gosto de você, e nas peças de teatro, as pessoas que se gostam sempre se cumprimento com um abraço — disse Jun revirando os olhos, o soco foi dolorido, porém já se acostumara com as frequentes pancadas, logo não sentia muita dor, só uma falta de equilíbrio.

Satoru lançou um olhar estreito para ele quando ouviu "gosto de você". Sem ter mais o que dizer continuou sua caminhada moro a baixo. Jun correu um pouco para alcança-lo, quando estava do lado do amigo caminhou lentamente.

A certa altura do caminho de lindas árvores, Satoru percebeu que Jun'Ichi não dissera mais nada. E isso o fez se sentir culpado de algum modo.

— Jun — disse Satoru para ter a atenção do moreno de cabeça baixa. — Jun! Ora essa Jun, olhe para mim.

— Prefiro não olhar — resmungou o menor deles, ainda olhando o caminho de pedras.

— Ok — Satoru encheu os pulmões do ar puro e disse: — Jun, você melhor do que ninguém sabe que eu não gosto de abraços e sabe que não posso fazer isso em público. Se isso chega aos ouvidos do meu pai eu volto a estudar em casa. Quer mesmo que eu fique trancado em casa sem te ver?

— Não! — explodiu Jun olhando aterrorizado para Satoru. De repente ele estava ao lado de Satoru olhando para ele com seus olhos verdes arregalados. — Você melhor do que ninguém sabe que eu gosto de ficar ao seu lado. Não posso imaginar não ter você no colégio — os olhos de Jun ficaram triste.

— Por isso temos que tomar cuidado.

— Certo — disse Jun em um tom alto e claro. Como um soldado que acata uma ordem.

Satoru olhou em volta. Já estavam quase no final da colina, lá em cima ficava: o mercado, o colégio e o hospital, os pés da colina ficavam as casas do clã Fujiwara e dentre outros. Naquela parte, em especial, não tinha como ser observada, por causa das árvores.

— Jun, agora é uma boa hora para um abraço? — perguntou ele olhando para os lados.

— Satoru — exclamou Jun com um sorriso grande e mais alegre do que um sorriso normal. — Eu gosto tanto de você.

Em dois segundos Jun'Ichi estava nos braços do amigo. Ele não foi com a mesma força do primeiro, desta vez não machucou Satoru. Que por sua vez não bateu em ninguém.

— Eu também gosto de você — disse Satoru afogando as mãos nos cabelos de Jun. — Meu amigo cabeça oca.

O rosto de Jun ficou vermelho e ele fechou os olhos fazendo o abraço ficar mais gostoso e intenso.

— Vamos — disse o alto terminando o abraço. — A Vovó Chika está nos esperando.

Jun'Ichi fez um gesto de "sim" com a cabeça e seguiu o amigo colina abaixo.

Azami Hara estava em uma sala do colégio. Todos já tinham ido para suas casas ou estavam na biblioteca. O momento perfeito. Ela fechou as cortinas e acendeu duas velas, a sala ficou mal iluminada e o ar abafado, do jeito que ela gostava.

Depois entraram Nana e Sayuri sem levantar suspeitas.

— Bom vocês foram as melhores que eu encontrei — começou Azami. — Minhas ultimas melhores amigas foram um total fracasso (no final do ultimo ano, Azami fez de tudo para conseguir um beijo de Jun, na festa de formatura do colégio, mas não conseguiu e a consequência disso foram duas meninas excluídas da sociedade do colégio. Agora buscava novas discípulas para tentar beijar Jun antes do baile de primavera), espero que sejam melhores.

— Nós v... — Nana tentou dizer algo, mas quando Azami levantou a mão ela se calou.

— Não dei liberdade para falar — ela lançou um olhar para a menina que ficou imóvel desde que entrou na sala. — Você vai ser minha melhor amiga preferida, odeio quem fale de mais.

Nana ficou de cabeça baixa e não disse mais nada.

— Continuando... Vocês tem que assinar esse pacto de amizade e de silencio, não importa o que aconteça vão ficar de bico calado — Nana e Sayuri se olharam.

Nana pegou uma pena de sua bolsa rosa.

— Não é um pacto de tinta. Esse pacto tem que ser assinado com sangue. Não preciso dizer que os Deuses destroem aquele que desfaz um pacto de sangue, então como amiga de vocês: aconselho a não me trair.

Nana e Sayuri ficaram com medo, mas já era tarde para voltar a trás. Nana olhou a beleza da menina enquanto esperava por sua vez de furar o dedo na agulha e fazer uma assinatura com o dedo molhado de sangue.

Azami tinha um lindo e grande cabelo vermelho, com uma franja caindo sobre as sobrancelhas. Rosto redondo e sorriso maligno lhe davam um ar de superioridade. Seus olhos vermelhos colocavam medo em qualquer um e sua altura era a cereja do bolo da perfeição e maldade.

Por fim chegou à vez de Nana. Ela deu um pequeno gemido quando o dedo foi furado. Com cuidado marcou o pedaço de papel com seu sangue.

— Agora somos melhores amigas e que os Deuses amaldiçoem aquela que violar nosso pacto sagrado — disse Azami com um sorriso maléfico no rosto.

As duas meninas se olharam e também começaram a sorrir.

— Vovó Chika?! — gritou Jun assim que ele e o amigo chegaram à casa da senhorinha. Era uma casa tradicional, feita de madeira de cerejeira, as cortinas de seda colocadas em todas as inúmeras janelas, um piso tão liso e limpo que refletia as coisas como um espelho e é claro, com pequenas árvores plantadas no próprio chão cresciam em casa cômodo.

— Crianças! — cumprimento uma senhora baixa, com cabelos totalmente brancos — presos a uma imensa trança que dava uns 4 metros de cabelo tranquilo —, o rosto em formado de coração. As mãos já enrugadas pegaram nas bochechas de cada um dos pré-adultos (na verdade, ali as pessoas só eram consideradas adultas quando atingiam um alto nível escolar ou quanto o pai morria e essa pessoa tinha que suceder o lugar dele, a idade não era mais do que um número pelo qual ninguém ligava).

— Você está mais linda essa manhã — o elogio feio de Jun'Ichi. Vovó Chika adorava pegar nas bochechas e Jun adorava abraçar e lá se foi ele abraçar a senhorinha.

— Entrem, vou preparar um chá para vocês — disse ela.

Ela seguiu na frente andando em suas sandálias de pau. Os dois amigos tiraram os tênis e os deixaram debaixo de suas mochilas, em um pequeno armário. Não tiraram as meias, o chão era tão limpo, que a meia branca de Satoru não se afetou.

Quando chegaram à cozinha, Vovó Chika estava ao lado do fogão de lenha. A chaleira já estava no fogo.

— Estou fazendo chá de Matcha — disse ela pegando o pó da folha de matcha na prateira e colocando em uma tigela. Vovó Chika foi misturando aos poucos a água quente ao pó que colocou na tigela. Logo se formou um líquido verde, de agência densa e espumante.

— Querido. Pegue esses doces de mochi na prateleira e coloque sobre a mesa — disse ela a Jun. Todo mundo sabe que o chá de Matcha é extremamente amargo e um doce mochi e seu recheio de feijão azuki, é uma delicia e deixa o gosto tão bom quanto um chá de Gyokuro.

Todos se sentaram em almofadas no chão da sala de chá. No centro havia uma pequena mesa — minúscula — usada apenas para colocar o chá de Matcha e os doces de Mochi. Ninguém disse nada enquanto comia e bebia.

— Obrigado pelo chá Vovó Chika — disseram Satoru e Jun'Ichi ao mesmo tempo colocando a xícara sobre a mesinha.

Vovó Chika fez um gesto com a cabeça e sorriu. Satoru e Jun levaram tudo até a cozinha e lavaram as xícaras e a tigela. Saturo com a esponja na mão e Jun bombeando a água para ele lavar. Terminado, depois de jogar muita água um no outro, foram encontrar Vovó Chika. Ela estava em outra sala com vista para o bosque que dividia a casa de Satoru e Jun. Os meninos se sentaram ao lado dela.

Eles se olharam depois de ver que os olhos de Vovó Chika estavam brancos. Eles sabiam que ela estava em transe.

— Deve ser por isso que ela nos chamou, sabia que algo iria acontecer — supôs Jun olhando para Satoru.

— Shhh — disse o outro fixo na senhorinha.

— Aquele de cabelos castanhos sempre prefere a razão ao invés do coração. Adora receber elogios e costuma estar envolto de amigos. Aquele de cabelos negros é carinhoso e romântico. É paciente e valoriza sua dignidade ao extremo. Aquela de cabelo de fogo adora a natureza, o misticismo e o universo espiritualista e é extremistas. Esta deve ser temida mais que as outras.

Vovó Chika sempre teve esses surtos. São mais premonições feitas através da cor do cabelo de cada um. Satoru entendeu que deveria ter cuidado com uma criatura de cabelos de fogo, pois como Vovó Chika disse: essa pessoa é perigosa.

Depois disso os dois garotos pensaram muito no que ela disse.

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Ola pessoas. O conto fica por aqui, mas se quiser ler outra história interessante segue o link ai, abraços:

Redenção do amor... http://www.casadoscontos.com.br/texto/

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Comentários

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muito bom !!!

voce teve um trabalho enirme pra pesquisar tudo isso em well,??? isso tudo pra nós leitors

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