Vida de universitário é foda 46

Um conto erótico de Fael
Categoria: Homossexual
Contém 1728 palavras
Data: 08/05/2014 00:26:52

_Você tem certeza? – disse eu ao Murilo enquanto íamos até a casa do pai da Ana – Talvez seja melhor repensar um pouco, encontrar mais argumentos para dizer a ele.

_Não!

_Murilo, o que nós vamos dizer a ele?

_Que a puta da filha dele está dando em cima do meu namorado para ganhar uma porra de uma aposta feita com uma vadia drogada. Basicamente, isso.

_E você acha que ele vai bater palmas para o seu discurso?

_Espero que sim. Olha, apenas dirija, quero acabar com isso o mais rápido possível.

Fiz o que ele pediu, apenas conduzi o carro ao nosso destino. Ao chegar lá, fiquei nervoso. Que garantias nós tínhamos de que o pai dela iria resolver alguma coisa? Nenhuma. Até onde eu sabia, ela era uma filha mimada, a qual tinha seus gostos realizados pelo pai. Porém, que pai em sã consciência iria permitir que sua filha se comportasse como psicopata? No mundo em que vivemos, isso é sim uma possibilidade, porém a minha esperança era de que o cara fosse uma pessoa centrada.

Após tocarmos a campainha, longos segundos se passaram até que uma senhora vestida de empregada doméstica nos atendeu.

_Em que posso ajuda-los? – disse a mulher com um sorriso cativante- querem falar com a Aninha?

_Hã, não exatamente- disse o Murilo – viemos falar com o pai dela.

_Ah, o patrão não está. Querem deixar recado?

Nos entre olhamos, e depois de alguns segundos, eis que o destino colabora.

_Ah, olhem só, estão com sorte! Ele está chegando.

Ao me virar para traz, pude ver o carro do homem chegando. Um belo carro conversível, de muito bom gosto e de grande luxo.

O homem deu o comando para o portão da garagem e entrou.

_Entrem, ele deve recebe-los em breve.

Seguimos a mulher pelo jardim da casa, que por sinal era muito bem cuidado. Ficamos esperando a boa vontade do homem na sala de estar, até que após longos minutos eis que ele surge com um sorriso no rosto.

_Maria disse que os senhores querem conversar comigo. A propósito, sou Mauro.

Nos cumprimentamos com um aperto de mão firme e demais apresentações necessárias.

_Então vocês estudam com a minha filha. Entendo. Aconteceu alguma coisa?

Mais uma vez as palavras não saiam da minha boca, mas o Murilo parecia decidido.

_Sim. Olhe, não nos leve a mal, mas a sua filha tem tido um comportamento um tanto..... abusivo conosco.

_Sério? Do que se trata especificamente?

_Bom, talvez o senhor não encare isso muito bem, mas eu e o Rafael somos namorados.

O pai da Ana não alterou sua expressão, e depois de algum tempo fez sinal para que o Murilo continuasse.

_Hã, bem, então... ela está tentando atravessar o nosso relacionamento.

O homem pensou um pouco, olhou para nós mais uma vez, e depois me encarou.

_Mais especificamente, ela está correndo atrás do senhor.

_Basicamente – pela primeira vez, participei da conversa- não estamos aqui pedindo para que o senhor resolva todos os nossos problemas com sua filha, mas se não for pedir muito, é possível conversar com ela sobre o assunto?

_O pedido de vocês é bem compreensível. Sinto muito que minha filha esteja causando tantos transtornos.

O Murilo acabou perguntando uma coisa que já tinha me deixado intrigado.

_Como o senhor sabe tanto sobre nós?

_Ah, muito simples. A Ana só fala de vocês. Mas ela nunca havia me contado essa versão da história. Garanto a vocês que vou conversar com ela.

Um alívio imergiu no meu corpo.

_Nós ficaríamos muito agradecidos.

Conversamos mais um pouco, fornecendo mais detalhes sobre a situação, e ao final da nossa “reunião”, ele mesmo nos acompanhou até o portão.

Nos despedimos, e quando estávamos prestes a entrar no carro, ele disse mais alguma coisa:

_Só queria tirar mais uma dúvida. Esses amigos da minha filha, que segundo vocês são má influência, tem endereço?

Ficamos um pouco receosos em fornecer a ele o endereço daquele povo, mas ele insistiu muito, até que nós cedemos.

Enquanto voltávamos para casa, discutimos sobre as possibilidades que viriam a surgir com a interferência do pai da Ana. Chegamos à conclusão de que nos mudar ainda era uma opção a ser considerada, além de que deveríamos deixar, por hora, qualquer tipo de plano contra ela que envolvesse uma atitude direta de nossa parte.

Ao chegarmos em casa, namoramos um pouco, até que o meu celular toca. Vi que era o Victor, então logo atendi.

_Fala!

_Preciso que vocês venham até aqui em casa.

_Por que?

_Vocês tem que ver uma coisa.

Dito isso, desligou na minha cara.

Quando fomos chegando perto da casa dele, logo vimos qual era o problema. O muro da casa estava totalmente pichado, com algumas frases de ameaça.

Ao descermos do carro, vimos os pais dele feito loucos andando de um lado para o outro. Percebi que o pai dele estava ligando para um pintor. O Victor estava encostado em sua moto, distraído, com um olhar distante. Parecia até fora de órbita.

Trocamos algumas palavras com os pais dele antes de o encarar.

_Hey cara! Como você está?

_Vocês viram o que fizeram dessa vez? Riscar minha moto não foi suficiente? Eles tinham que deixar meus pais assustados agora? Eu não sei vocês, mas eu vou tomar uma providência.

Contamos a ele sobre a conversa que tivemos com o pai dela.

_Não creio que isso vá resolver. Mas já é um começo. Tô afim de esquecer isso um pouco, vamos sair e encher a cara?

_Demorou!

Saímos beber e curtir a noite. Saímos a pé, já que ninguém teria condições de dirigir. Foi difícil tranquilizar os pais do Victor, mas depois de um tempo eles permitiram que ele fosse posar lá em casa.

Não chamamos mais ninguém, precisávamos curtir aquele momento. Bebemos horrores, conversamos sobre muitas coisas e fizemos questão de esquecer o caso “Ana”.

Chegamos em casa umas 4 da madrugada, rindo feito loucos e gritando pelos corredores do edifício. Ao chegarmos no nosso andar, enquanto o Murilo tentava colocar a chave na fechadura, a Ana saiu do seu apartamento.

_Garotos. Que porre ein!

Como o Victor estava bêbado ( assim como nós), não se conteve.

_Vai dormir, vadia!

_kkkkkkkkkkk cale a boca seu bêbado irritante. Você precisa é resolver os seus problemas. Fiquei sabendo que estão precisando de um pintor.

_Vou mandar a conta pra você. Puta!

_Murilo abre essa porta logo.

_Tô tentando mas não consigo colocar a merda da chave no lugar.

_kkkkkkkkkkkkkkkk que lindo, três bêbados. Vão fazer o que agora? Uma orgia? Cuidado Victor, senão vão te comer e você nem vai ver.

Ninguém nem respondeu aquele comentário idiota, pois finalmente a porta se abriu, e rapidamente entramos e fechamos a porta.

Ficamos lá dentro rindo dela. Era impressionante como ela gostava de cuidar de nossas vidas.

O Murilo logo foi tomar um banho, deixando o Victor conversando comigo na sala.

_Sinto muito pelo muro da sua casa.

_Deixa isso pra lá.

_Você não tinha que se envolver tanto nisso. Fica fora cara, bem melhor pra você.

_Eu estou junto com vocês, não importa o que aconteça.

_Você é parceiro mesmo!

Ficamos rindo de mais algumas coisas, até que um dúvida me ocorreu.

_Mesmo ela sabendo que você está do nosso lado, qual o motivo de ela ter riscado sua moto e ter pichado o muro da sua casa. Ela não fez nada disso comigo e o Murilo.

_Cara, deixa isso pra lá.

_Não! Agora eu fiquei curioso.

_É que nós discutimos por outros motivos também.

_Sério? Quais motivos?

_Rafa, não queria falar disso....

_Pô cara! Somos parça, lembra?

_Deixa isso baixo, por favor. Quando eu estiver pronto eu conto pra vocês.

_É algo grave?

_Depende do ponto de vista. Mas relaxa, uma hora eu conto.

Senti que ele não queria falar nada a respeito, então deixei pra lá.

Quando o Murilo saiu do banho saiu com a cueca do avesso. Foi uma cena tão engraçada que tive até que tirar foto. Depois o Victor foi pro banho deixando eu por último. Depois de tudo isso, ninguém estava com sono. E como no outro dia não haveria aula, combinamos de zoar o restinho da noite. Pegamos algumas bebidas que tínhamos em casa e fomos assistir TV ( pelo menos tentamos, já que sempre tinha um assunto para ser discutido).

Em um momento, o Victor começou a falar algumas coisas sem sentido, me deixando confuso.

_Agora eu entendo vocês. É até legal.

_Do que você está falando kkkkkkkkk

_De nada.

Depois disso ficou vermelho e mudou de assunto.

O Murilo me olhou e perguntou silenciosamente se eu sabia do que se tratava.

Depois de um tempo fomos dormir, e pela manhã, sou acordado pelo meu celular. Era minha mãe.

_Oi filho!!

_Oi mãe! Aconteceu alguma coisa?

_Preciso saber uma coisa. Você e o Murilo não vão sair nesse final de semana, né?

_Não, porque? Vai ter alguma festa aí em casa?

_Sim e não ao mesmo tempo.

_Como assim?

_Seu pai ofereceu um jantar para o pessoal do trabalho aqui em casa, e o Matheus está se recusando a participar. Sendo assim, pensei que ele poderia passar esse final de semana com vocês dois.

_Claro mãe, sem problemas. Que horas ele vai sair daí?

_Então, eu sei que tinha que ter te avisado antes, mas... o fato é que ele já saiu daqui, e acredito que no máximo em uma hora ele irá te ligar para que você o busque no terminal.

Levei até um susto, mas assimilei rapidamente. Terminei de conversar com minha mãe e fui acordar o Victor e o Murilo. Tivemos que limpar o apartamento rapidamente, mesmo que sob o efeito da ressaca.

Em exatos 50 minutos, meu celular tocou. Fomos buscar o Matheus no terminal, e quando chegamos lá o encontramos com uma mala maior do que o esperado.

Depois dos cumprimentos, não pude deixar passar essa.

_Tá querendo passar um mês aqui?

_Hã, quase isso.

_Como assim?

_O colégio vai realizar jogos escolares até quarta, e não quero participar, daí pensei que poderia ficar aqui.

_kkkkkkkkkkkkk sem problemas. Mas avisar não custa nada, viu?!

_Foi mal!

O Murilo se aproximou.

_Relaxa cunhadinho. Fica de boa, e sinta-se em casa.

Fomos almoçar fora, com o Victor nos acompanhando.

Este foi, sem dúvidas, um final de semana muito interessante.

Pessoal, continuem comentando aqui ou lá no e-mail rafael_hanchuka@outlook.com

Até a próxima!

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Comentários

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Está ótimo como sempre cada capítulo, continue assim

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Como assim o pai da Ana escuta td isso é nada fala? Muito estranho... e sei não axo q o Victor está com alguém bêbado a ana deve saber e está fazendo chantagem... tenho certeza q a loucANa deve aprontar muitas ainda

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Li toda a sua história em dois dias e Viciei muito boa.Tem acho que o vitor também curti o mesmo sexo,só espero que ele não esteja gostando de nenhum dos dois.Curioso pra saber o desfecho desse enredo.Posta logo.

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Caralho, cada dia que passa fica tudo mais estranho. Achei muito calmo esse pai da Ana. Um pai escutar que a filha é uma vadia que dá em cima de um cara comprometido e gay e que possivelmente anda com traficantes e ficar sem numa boa? Acho que tem coisa aí. E agora eles estão indo atrás do Victor, isso ta virando história policial. kkkkk. Não que eu esteja achando ruim, que fique claro. Continue Fael, abraço

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Caralho... Depois de uma noite de cachaça, acordar com ressaca, e ainda ter que arrumar a bagunça pra poder buscar o irmão,não tem preço...Hehehehehehe.

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Nossa, que conversa mais de velório com o pai dela, pelo menos ele ouviu e propôs algo. Agora o Victor foi o que ajudou vocês contra a Ana, sobre o que ele e Ana discutiram deve ter sido algo dele estar apaixonado por um de vocês ou outra pessoa e ele deve ter reparado que amor entre pessoas do mesmo sexo pode ser legal e quer experimentar hehehe. Estou bem achando que a Ana vai surtar se o pai intervir nas amizades. O seu irmão gosta mesmo de vocês hahaha.

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O Victor curti rs legal. Legal o conto, e mais legal ainda a visita do teu irmão Kkk gostei dele, ele pensa como adulto Kkk

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O Victor me deixou com duas pulgas atrás da orelha rs ..

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Hum. Essas palavras do Vitor deixaram dúvidas no ar. Esse "problema" entre ele e a Ana ainda vai render.

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Não sei se tenho a imaginação muito fértil, mas já prevejo dois curiosos matando suas "curiosidades" e quem sabe um casal de formando?

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Tenho quase certeza que o Victor é afim do Rafael, e a Ana descobriu, e por isso a discussão dos dois. Rafael, fica com o Victor, gosto dele!

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já tenho muitas opiniões formadas, enfim, o Victor me deixou com à pulga atrás da orelha! HAHA continue logo <3

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Estranhas essas palavras do Victor.O que ele andou fazendo? E a vadia?Vai se ferrar logo?

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Não sei se tenho a imaginação muito fértil, mas já prevejo dois curiosos matando suas "curiosidades" e quem sabe um casal de formando? Espero não ter viajado d+++ na maionese... Curioso pela continuação... Ps: sempre torci pro victor ficar com o rafael. Ainda não consigo engolir a tradição do murilo... Sei que sou rancoroso, preciso mudar isso...

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Huuuum, acho que o Victor ficou com algum cara que a Ana ficava ou namorava. Percebi isso (se for verdade) quando ele disse: "Agora eu entendo vocês. É até legal.".

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