Nem a morte irá nos separar - Parte 5

Um conto erótico de Ric.Pires.
Categoria: Homossexual
Contém 1317 palavras
Data: 25/05/2014 15:08:51

"Dos nossos planos é que tenho mais saudade, quando olhávamos juntos na mesma direção, aonde está você agora, além de aqui dentro de mim?" (Vento no Litoral - Legião Urbana)

Gente, desculpe pela demora, aconteceu mais alguns problemas aqui em casa, mas tudo está se normalizando, ai vai a parte 5 da história, espero que gostem.

Na segunda feira, acordei cedo como de costume, e fui pra escola, encontrei o Daniel e fomos pra sala, assistimos a aula, e logo deu o sinal para o intervalo, saímos e fomos pra cantina.

(Eu) Dani, já falou com teus pais sobre as férias la em Santa Catarina?

(Daniel) Já sim, eles disseram que irão mandar um dinheiro, que por eles tudo bem, meus avós também concordaram, porque conhecem você e a sua família, então da minha parte está tudo certo, e seus pais?

(Eu) Já disse, também tá tudo certo, lugar pra ficar temos, só gastaremos nos passeios, quero levar você pra conhecer os lugares mais legais de Blumenau, você vai adorar.

(Daniel) Estou ansioso, hoje como você vai pro jogo?

(Eu) Meu irmão vai me levar, se quiser uma carona eu passo na sua casa e vamos juntos, tudo bem?^

(Daniel) Combinado então.

Voltamos pra sala, assistimos mais duas aulas, e fomos embora, como de costume deixei o Daniel em casa, e fui pra minha.

Eu não conseguia parar de pensar no Daniel desde o dia em que a gente se beijou, e não sabia o que estava acontecendo comigo, era como se eu quisesse ele do meu lado o tempo todo, deitei na cama pensativo, acabei pegando no sono, acordei quase 18:00, o primeiro jogo da semi-final estava marcado pras 19:30.

Minha mãe me acordou, disse pra mim comer alimentos leves pra não ter nenhum problema digestivo durante o jogo, comi, tomei banho, vesti o uniforme, meu irmão me esperava na sala, saímos com o carro, passamos na casa do Daniel, e fomos pra o Ginásio.

Fizemos o aquecimento, e fomos pra quadra, o jogo funcionava da seguinte forma: as duas equipes se enfrentavam em uma melhor de três, a equipe tinha que vencer os dois jogos e se classificava pra final, caso acontece um empate nesses dois jogos, seria forçado um terceiro jogo, pra desempatar, então quem somasse dois pontos, iria pra final.

Começamos o jogo, muito equilibrado, perdemos os dois primeiros sets, eu estava muito marcado no bloqueio do Pinheiros, então quase não recebia as bolas, eu estava puto da vida com o Daniel, porque ele não me passava as bolas, perdemos os 2 primeiros sets, mas ai o nosso jogo começou a aparecer, e vencemos os três seguidos com certa facilidade, eu estava completamente nervoso, porque tinha feito poucos pontos.

Saímos de quadra, a galera ia comemorar vitória, na casa do Thiago, os pais dele haviam viajado, e a irmã mais velha dele iria aproveitar e dormir na casa do namorado, como não haveria aula na terça devido ao conselho dos professores, liguei la em casa, e avisei que iriamos, e que o pessoal do time dormiria por lá mesmo, meus pais concordaram e disse que não havia problema.

Fomos pra casa dele que por sinal era perto do Ginásio, e com o passar do tempo foi chegando gente, e mais gente, e mais gente, por final devia ter umas 50 pessoas na casa do Thiago, ele como sempre quis aparecer, foi no armário da cozinha e pegou as bebidas do pai dele, vodka, wisky, martini, e tinha cerveja também.

A galera estava toda animada, todo mundo bebendo e se divertindo, eu nem tinha visto o Daniel, ai tinha uma menina lá, a Lígia, super rodada, todo mundo ficava com ela, a gente estava dando uns pegas nervoso, ai eu levei ela pro quarto, e ficamos por la mesmo, acabamos transando na cama dos pais do Thiago, saímos escondido pra ninguém nos ver.

Voltamos pra festa, eu sai pra procurar o Daniel e nada, resolvi beber, fiquei dando risada com o pessoal, e nada do Daniel aparecer, eis que de repente ele aparece perto piscina, conversando com sorrisinho pra todos os cantos com o Renato, eu fui lá falar com ele.

(Eu) Porra cara, onde tu tava?

(Daniel) Eu estava ali fora conversando com o Renato, algum problema?

(Eu) Não nenhum, mas tu podia ter me avisado, a gente não conversou desde a hora que o jogo terminou.

(Daniel) Pô foi mau, pera ai que a gente conversa, só vou ali pegar uma cerveja e já estou voltando, fica ai com o Renato.

(Eu) Beleza.

(Renato) Pô cara, o Dani é muito gente boa né?

(Eu) É sim, como se fosse um irmão pra mim, vocês se conhecem faz tempo?

Ele ficou meio pensativo, e respondeu.

(Renato) Não muito, mas a gente sai de vez em quando.

Pensei: "O Daniel sempre volta comigo da escola, as vezes a gente se vê a noite, de final de semana, a gente sempre sai, então eles devem sair a tarde, tem alguma coisa a mais nessa história".

(Eu) Entendi...

O Daniel voltou, o Renato saiu pra ir no banheiro, ficamos conversando.

(Daniel) E ai tá gostando da festa?

(Eu) Tá muito legal, nem te conto o que aconteceu.

(Daniel) O que? Fala que eu já to me mordendo de curiosidade.

Eu todo sorridente.

(Eu) Transei com a Ligia no quarto dos pais do Thiago.

(Daniel) O QUE? COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE COMER AQUELA VADIA QUE DÁ PRA TODO MUNDO CARA? NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO.

E socou meu ombro, e saiu de perto de mim. Sai atrás dele.

(Eu) Daniel, me espera ai cara, o que foi que eu fiz de errado?

(Daniel) Você não fez nada de errado, a vida é sua, você faz o que você quiser.

E saiu andando, me deixando falando sozinho. Não pude nem conversar com ele direito, mas eu sabia que havia alguma coisa errada, entrei de cara na vodka, bebi mais uns copos, e estava meio alterado.

Algumas pessoas já haviam ido embora, outras já estavam dormindo, eu fiquei na parte externa da casa com o pessoal ainda, o Daniel já havia ido dormir, estava na cama da irmã do Thiago, eu entrei no quarto e fui logo falar com ele.

(Eu) Tu pode me explicar o que aconteceu agora pouco la fora? Eu achei que tava tudo bem entre a gente cara.

(Daniel) Desculpa cara, são outros problemas.

(Eu) Pô então me conta, a gente é parceiro.

(Daniel) Cara, tô ficando com o Renato, mas não quero nada sério, e ele tá me pedindo em namoro, não sei se aceito, ele é gente boa, mas não sei se quero.

(Eu) Serio, que tu tá ficando com o Renato?

(Daniel) Sim, eu já pensei que você soubesse.

Eu me sentei do lado dele na cama, e começamos a conversar, ele me contando dos problemas que ele estava enfrentando com o Renato, eu coloquei a mão na boca dele, ele se calou, e aconteceu ali, desta vez eu beijei o Daniel, a coisa foi esquentando, eu deitei ele na cama, ficando por cima dele, a gente se beijando, ele tirou minha camisa, eu tirei a dele, quando me voltou a consciência, eu me levantei, peguei minha camiseta e sai em direção a porta, não falei com ninguém, abri o portão e sai andando pela rua de madrugada, querendo ir pra minha casa, o Daniel veio atrás de mim, me gritando mas eu só andava em passos rápidos, queria chegar em casa o mais rápido possível, quando ele me alcança, coloca a mão no meu ombro, eu me viro e digo:

(Eu) Amanhã a gente conversa, fica longe de mim por enquanto...

Deixei ele lá parado, e voltei pra casa...

Continua...

Pessoal me desculpem pela demora, é que realmente o tempo tá muito corrido, mas assim que me sobrar tempo, continuarei a história, obrigado pela atenção de todos... Até.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Pires. a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Que bom que voltou! E ainda com o trecho de uma de minhas cançoes favoritas, amei.

0 0