My little brother VIII

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 1487 palavras
Data: 11/04/2014 20:30:23
Última revisão: 12/04/2014 05:02:32

capitulo oito.

— Gabriel? — o ouvi me chamar do outro lado da rua.

Virei-me e Miguel correu em minha direção. Minha primeira reação foi estranhar aquilo. Eu e Miguel nos conheciamos a muito tempo e mesmo ele sendo o melhor amigo do meu irmão, quase nunca nos falavamos.

— Fala ai Miguel — eu dei um tapa em sua mão tentando ser o mais educado possível.

Miguel sorria para mim, mas era um sorriso falso que escondia algo que eu não conseguia saber o que era.

— Vai para a aula de violão? — perguntou apontando para a mochila preta em minhas costas.

— Não, vou na casa de um amigo do curso para praticar um pouco — aquele súbito interesse por mim estava muito estranho — Por que?

— E que achei que se você tivesse um tempo, poderíamos ir ao Mc Donald's comer alguma coisa e conversar um pouco.

Miguel tentou sorrir de forma mais convincente, mas pareceu tão grotesco que tive de lutar para não fazer uma careta. Ele passou a mão pelo cabelo cor de cobre para tira-lo dos olhos. Talvez fosse nervosismo o que ele escondia. Miguel estava nervoso pela minha reação, afinal de contas, ele estava convidando outro homem para ir a uma lanchonete. Poderia ser apenas um encontro amigavel, mas sabe lá Deus o que aquele garoto tinha em mente. Conversar, ele dizia. Para mim isso soava como alguem interessado.

— Não sei Miguel. Combinei de encontrar com Maicon — isso era verdade, mas não o real motivo para dispenssa-lo. Miguel era muito bonito e parecia ser um cara legal de se conhecer, mas era o melhor amigo do meu irmão. Se ele contasse algo a Enzo, eu iria perdê-lo. E isso estava fora de cogitação.

Miguel me segurou pelo braço com muita força e colou sua boca próxima em meu ouvido.

— Enzo me contou o que está acontecendo entre vocês — seu tom de voz doce de antes desapareceu se transformando em um tom ameaçador.

Meu coração bateu mais forte pelo medo. Eu realmente tinha notado que Enzo estava estranho na noite anterior e não quis corresponder ao meu beijo. Na hora soube que tinha um problema, mas ele não quis me dizer qual era. E o problema estava agora em minha frente.

— Não sei do que você está falando — disse a frase mais clichê do mundo em situações desse tipo — Me solta que você está me machucando.

Ele soltou.

— Desculpe — pediu acariciando seu braço direito com a mão esquerda — Me dê cinco minutos Gabriel. Cinco minutos para me ouvir. — Sua mascara finalmente caiu e eu vai o desespero em seu olhar.

— Não temos nada para falar. Eu mal te conheço.

— Eu sei, mas me ouça só cinco minutos. E só o que eu te peço.

Pensei um momento a respeito disso. Eu iria ouvir uma lição de moral com toda a certeza. "Ele e seu irmão". Sei que vai dizer para mim com toda a certeza. Isso era algo que eu não queria ouvir. Mas lhe daria uma chance de falar.

— Só se estiver disposto a ouvir também — impus minha vontade.

Pude sentir que Miguel ficou desconfortável com isso, mas no fim aceitou.

Fomos ao MC Donald's que estava bem vazio para aquela hora. Pode parecer uma coisa idiota e infantil, mas pedi um big mac por conta da musiquinha do comercial: Dois hambúrgueres, alface, queijo.... Miguel pediu um Angus. Os lanches vieram acompanhados de batata frita e refigerante grande. Miguel que pagou a conta. Nos sentamos em uma mesa no canto quase escondida das demais e longe o sifciemte para que ninguém pudesse nos ouvir. Dei uma mordida no hamburguer enquanto ele mordicava uma batata sem a minima vontade de comê-la.

— Sabe que não pode ficar com ele não é? — Miguel quebrou o silêncio.

— Enzo e eu somos solteiros e nos amamos. Não vejo motivos para não ficarmos juntos — beberiquei a coca-cola.

— Vocês são irmãos — ele disse enquanto eu dublava — Seus pais, familia e amigos nunca irão aceitar isso.

— Eles que se fodão. Não me importo com eles e desde que eu esteje com meu irmão, eu vou ser feliz.

— Perdendo todos os outros que ama? Como vai se sentir quando seu pais e sua mãe morrerem e vocês dois não poderem ir no velório deles sem saber que eles te despresavam da mesma forma que todos os seus parentes em volta que os olharão com repulsa e faram comentários maldosos.

— Isso vai acontecer no dia que descobrirem que somos gays.

— Vão, mas depois eles vão acabar aceitando. Agora que os filhos são gays e tem um relacionamento incestuoso...

— Namoram — o interrompi— Não gosto de dizer "relacionamento incestuoso".

— Não importa como chame isso. É errado e não quero ver meu amigo sofrer por causa disso! — pude notar um tipo diferente de irritação. Parecia ciúmes.

— Você realmente acha errado, ou só está com ciúmes por não ser você quem ele ama? — coloquei o canudo em minha boca e suguei o líquido doce e gasoso adimirando minha vitória.

Miguel ficou completamente desconcertado com o que eu disse. Gagejava sem saber o que dizer enquanto sua pele branca ficava rubra de irritação e vergonha.

— É claro que não! — ele finalmente conseguiu formar uma frase — Eu não sou gay!

Dei uma risadinha quando ele disse que não era gay, pois esse declaração soou meio duvidosa.

— Tá bom Miguel — disse dando a ultima mordida em meu hamburguer — Eu finjo que acredito.

— Não tente mudar o rumo da conversa. Estamos falando de você e não de mim — ele tentou disfarçar, mas o estrago ja havia sido feito.

— Correção: Estavamos falando de mim. Essa conversa acabou.

— Vai ao menos levar em consideração o que eu disse? — Miguel tentou soar doce como de inicio, mas eu não cairia naquele jogo.

Me levantei da cadeira, peguei a batata, o refrigerante e a mochila do violão.

— Obrigado pelo lanche, mas não foi o suficiente para me afastar dele — me inclinei e dei-lhe um beijo na bochecha e sussurei em seu ouvido — Enzo é meu e se você tentar tira-lo de mim eu acabo com você. Mas fique tranquilo. Seu segredo está a salvo comigo.

Acariciei seu ombro e o deixei sozinho no Mc Donald'sObrigado a todos os que comentaram e acompanham meu conto desde o inicio. Sem vocês eu não estaria aqui escrevendo meu terceiro conto na casa. Obrigado a todos e saibam que são muito importantes para que eu continue aqui.

erykinho, obrigado por acompanhar meu conto mesmo como leitor oculto.

Geo Mateus. Você também me acompanha a um bom tempo quase sempre comentando. Obrigado e espero que continue me acompanhando.

M(a)rcelo e TIAGO SILVA, não vou dizer nada a respeito disso, pois iria estragar a história, mas a atitude de Miguel e um tanto suspeita, não acham?

dani3l, são praticamente proibidas, levando em conta toda a dor de cabeça que elas geram e vão gerar nesse conto e imagino que seja ainda pior na voda real.

Je t'aime Suki Dayo, adorei o significado do seu nome! "eu te amo" em dois idiomas distintos. Diferente e super criativo. E quanto aos erros ortográficos... Não estou dizendo que eu não erre, mas nem todos são culpa minha. Como disse no capitulo sete de "Caminho para o paraíso" (o qual julgo ser meu melhor conto) meu notebook caiu no chão e parou de funcionar. Disse que iria comprar um novo quando o cartão virasse, mas ocorreram uns problemas e não pude compra-lo. Desde então venho digitando em meu celular e acho a tela pequena e incômoda para digitar apesar do meu moto x ter 4,7 polegadas de tela. O tamanho da tela e o corretor ortográfico automático (que está precisando dar uma lida no Aurélio) ocasionam boa parte desses erros. Dê uma olhada nos primeiros capítulos de "Caminho para o paraíso" e notará que quase não existem erros.

Quanto aos erros de execução da capítulo: Eu estava sem inspiração nenhuma para escrever naquele dia. Antes eu não escrevia em dias assim, mas minha inspiração demorava um pouco para voltar devido a vários problemas familiares, e por esse motivo demorava para publicar. Tive a impresão de ter perdido vários leitores por conta de minha demora e por isso criei um cronograma onde posto dia sim dia não sem me importar se estarei bem naquele dia ou não. O ultimo capitulo não ficou tão bom por esse motivo e mesmo que eu ainda não esteja psicologicamente bem hoje, acredito que esse capitulo tenha ficado melhor.

Me chame de burro se quiser, mas eu não entendi muito bem o que quis dizer com: "noção de espaço literário única", mas espero que seja algo bom. kkkkkkk

Deixe alguma forma de contato em um comentário para podermos conversar mais a respeito de sua proposta. E obrigado pelos elogios. Eles ajudam e muito para que eu continue escrevendo contos aqui mesmo que goste mesmo e de escrever ficção fantástica #nerd. kkkkk

Obrigado a todos e aguardem pelo próximo.

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Comentários

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Juro que eu pensei que o Miguel fosse se declarar para o Gabriel

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JÁ IMAGINAVA QUE O MIGUEL ESTAVA GOSTANDO DO ENZO.

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Ja me viciei! Parabes pela bela escrita e maravilhosa historia. Aguardo os proximos com ansiedade. Bjo!

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Esquecendo a parte técnica do conto, preciso comentar contigo. Amei o "...eu acabo com você...", Simplesmente ri muito.

A propósito, ter noção de espaço literário é sim, uma coisa excelente e que pertence a você.

Quanto aos erros ortográficos, peço-lhe desculpas então, pois não sabia das dificuldades as quais está você tendo para escrever.

E falando dos erros de execução do conto, seria aí onde eu entraria para minimizar os efeitos da quebra de sentido.

No más, continua sendo um excelente conto. Nota 10.

Meu email fica contigo: alexbeeheather@hotmail.com

Contacte-me para averiguarmos a possibilidade de poder editar o teu conto. Será um privilégio.

JASD

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O Gabriel tem um jeitinho de bisca... Pra mim ele ñ é confiável!!

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E na vida real tudo e mais complicado,tudo se complica, mas so fui entender que se tratava do gabriel no final, e essa do miguel e super novo, nao imaginava que ele tambem seria um problema, eu achei que ele poderia sim ter um preconceito e nao aceitar,mas nao que gostasse do enzo,espero que.,,bom...ate a proxima..bjs

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Olha o garotinho! Tão novinho e já demarcando o território! Dale Gabriel!! kkkkkkkkkkkkk.... continua logo!

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